Questõessobre Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

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Foram encontradas 207 questões
0a58c56f-73
UDESC 2010 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

Em relação ao Texto 1, analise cada proposição e assinale com (V) para verdadeira ou (F) para falsa.

( ) As palavras “seco, curto pesadamente” (linha 7) são morfologicamente classificadas como adjetivos.

( ) Em “Os outros, tristes três, mal me haviam olhado” (linha 9), a presença do verbo haver indica oração sem sujeito.

( ) Em “Saíra e viera, aquele homem, para morrer em guerra” (linhas 6 e 7), o emprego do tempo mais-que-perfeito nos verbos destacados pode ser justificado pela incerteza da ação.

( ) Em “Um grupo de cavaleiros. Isto é, vendo melhor” (linha 3), o ponto final pode ser substituído por uma vírgula, seguindo-se as recomendações da língua formal escrita.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

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A
( ) V – V – F – V
B
( ) F – V – V – F
C
( ) F – F – V – V
D
( ) V – F – F – V
E
( ) V – V – V – V
34846b1d-3b
UFPR 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Ortografia, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

As duas estrofes a seguir iniciam o poema Y-Juca-Pyrama de Gonçalves Dias, publicado em 1851.

No meio das tabas de amenos verdores
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteião-se os tectos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos animos fortes,
Temiveis na guerra, que em densas cohortes
Assombrão das matas a imensa extensão

São rudes, severos, sedentos de gloria,
Já prelios incitão, já cantão victoria,
Já meigos attendem a voz do cantor:
São todos tymbiras, guerreiros valentes!
Seu nome la vôa na bocca das gentes,
Condão de prodigios, de gloria e terror!
Últimos Cantos, Gonçalves Dias


Nesse trecho, o poeta apresenta a tribo dos timbiras. Constatamos, sem dificuldades, que a ortografia da época era, em muitos aspectos, diferente da que usamos atualmente. Tendo isso em vista, considere as seguintes afirmativas:

1. As palavras paroxítonas terminadas em ditongo não eram acentuadas naquela época, diferentemente de hoje.
2. As formas verbais se alternam entre presente e futuro do presente do indicativo, com a mesma terminação.
3. A 3ª pessoa do plural dos verbos do presente do indicativo se diferencia graficamente da forma atual.
4. Os monossílabos tônicos perderam o acento na ortografia contemporânea.

Assinale a alternativa correta. 

A
Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B
Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
c5be81cd-4e
UNB 2014 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

Tendo como referência o fragmento de texto acima, julgue o próximo item.

Entre os recursos linguísticos utilizados no trecho apresentado, destacam-se: a forma como se inicia o relato, semelhante à do tradicional início de narrativas ficcionais, como evidenciam o emprego do pretérito imperfeito associado ao retardamento da apresentação do fato principal — “o editorial com o título: Basta!" —, e as citações, que atualizam o passado.

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C
Certo
E
Errado
8301e516-80
UDESC 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Assinale a alternativa incorreta, tendo como referência o Texto 1.

                                                      O filho eterno

[...]
Mas há um outro ponto, outra pequena utopia que o futebol promete – a alfabetização. É a única área em que seu filho tem algum domínio da leitura, capaz de distinguir a maioria dos times pelo nome, que depois ele digitará no computador para baixar os hinos de cada clube em mp3, e que cantará, feliz, aos tropeços. Ele ainda confunde imagens semelhantes – Figueirense e Fluminense, por exemplo – mas é capaz de ler a maior parte dos nomes. Em qualquer caso, apenas nomes avulsos. O que não tem nenhuma importância, o pai sente, além da brevíssima ampliação de percepção – alfabetizar é abstrair; se isso fosse possível, se ele se alfabetizasse de um modo completo, o pai especula, ele seria arrancado do seu mundo instantâneo dos sentidos presentes, sem nenhuma metáfora de passagem (ele não compreende metáforas; como se as palavras fossem as próprias coisas que indicam, não as intenções de quem aponta), para então habitar um mundo reescrito. TEZZA, Cristovão. O filho eterno. 9ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2010, p. 221. 
A
As formas verbais “digitará" (linha 3) e “cantará" (linha 4) marcam o futuro do presente do indicativo, e as formas verbais “fosse" (linha 7) e “alfabetizasse" (linha 8), o pretérito imperfeito do subjuntivo.
B
 O destaque em “cantará, feliz, aos tropeços" (linha 4) pode ser substituído por não muito bem, com falhas, sem alterar o sentido em que aparece no texto.
C
Em “Ele ainda confunde imagens semelhantes... mas é capaz de ler a maior parte dos nomes" (linhas 4 e 5), a conjunção destacada confere força argumentativa adversativa à oração em que está inserida.
D
Em “se ele se alfabetizasse de um modo completo" (linha 8), o destaque pode ser substituído por inteiramente, o que confirma a sua condição sintática de adjunto adverbial de modo.
E
Pode-se dizer que o termo destacado em “que o futebol promete – a alfabetização" (linha 1) constitui o sujeito sintático da oração.
beba798f-b3
UFPR 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Locução Verbal, Emprego do infinitivo (Infinitivo impessoal, Infinitivo pessoal)

O verbo “ir" tem, ainda, outro uso corrente não contemplado no texto: pode ser uma partícula unicamente gramatical responsável por marcar o tempo futuro do verbo principal da oração. Assinale a alternativa representativa desse uso. 

O texto a seguir é referência para a questão.

    Dependendo do contexto em que são empregados, termos como “aí", “até" e “ir" ora denotam espaço, ora denotam tempo. Esses variados sentidos que as palavras podem assumir nem sempre são precisamente especificados no dicionário.
    Talvez o exemplo mais interessante para ilustrar a indicação de tempo ou de espaço com a mesma palavra seja o verbo “ir". O sentido primeiro (aceitemos isso para efeito de raciocínio) do verbo “ir" é de deslocamento: “alguém vai de A a B" quer dizer que alguém se desloca do ponto A ao ponto B. Trata-se de espaço.
    Dizemos também, por exemplo, que a Bandeirantes vai de Piracicaba a S. Paulo. Mas é claro que a rodovia não se desloca: ela começa em uma cidade e termina em outra. Não há sentido de deslocamento nessa oração, mas ainda estamos no domínio do espaço.
    Agora, veja-se outro caso: também dizemos que o período colonial vai de 1500 a 1822 (ou a 1808, conforme o ponto de vista). Nesse exemplo, ninguém se desloca, nem se informa sobre dois pontos do espaço, dois lugares extremos. Agora não se trata mais de espaço. Trata-se de tempo. E o verbo é o mesmo.
POSSENTI, Sírio. Analogias. Disponível em: <http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/palavreado/analogias>. Acesso em 23 mai. 2014.
A
Enquanto aguardamos o telefonema da Joana, o Luís vai ao mercado e compra os salgados para o café.
B
O período de inscrição para o concurso foi divulgado: vai de novembro a dezembro.
C
Já noticiaram: o técnico vai divulgar o nome dos jogadores convocados nesta semana.
D
Amanhã, este carro vai para a oficina, para reparos no freio e na lataria. 
E
Você já guardou tudo? Vai que ele chegue sem avisar...
d45b0afc-96
CEDERJ 2013 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Leia o trecho:

Uma noite, depois do café, meu pai me mandou buscar um livro que deixara na cabeceira da cama. Novidade: meu velho nunca se dirigia a mim.

As formas verbais assinaladas indicam, respectivamente, os seguintes aspectos do passado:

                                                    Infância

     
Uma noite, depois do café, meu pai me mandou buscar um livro que deixara na cabeceira da cama. Novidade: meu velho nunca se dirigia a mim. E eu, engolido o café, beijava-lhe a mão, porque isto era praxe, mergulhava na rede e adormecia. Espantado, entrei no quarto, peguei com repugnância o antipático objeto e voltei à sala de jantar. Aí recebi ordem para me sentar e abrir o volume. Obedeci engulhando, com a vaga esperança de que uma visita me interrompesse. Ninguém nos visitou naquela noite extraordinária.

      Meu pai determinou que eu principiasse a leitura. Principiei. Mastigando as palavras, gaguejando, gemendo uma cantilena medonha, indiferente à pontuação, saltando linhas e repisando linhas, alcancei o fim da página, sem ouvir gritos. Parei surpreendido, virei a folha, continuei a arrastar-me na gemedeira, como um carro em estrada cheia de buracos.

      Com certeza o negociante recebera alguma dívida perdida: no meio do capítulo pôs-se a conversar comigo, perguntou-me se eu estava compreendendo o que lia. Explicou-me que se tratava de uma história, um romance, exigiu atenção e resumiu a parte já lida. Um casal com filhos andava numa floresta, em noite de inverno, perseguido por lobos, cachorros selvagens. Depois de muito correr, essas criaturas chegavam à cabana de um lenhador. Era ou não era? Traduziu-me em linguagem de cozinha diversas expressões literárias. Animei-me a parolar. Sim, realmente havia alguma coisa no livro, mas era difícil conhecer tudo.

      Alinhavei o resto do capítulo, diligenciando penetrar o sentido da prosa confusa, aventurando-me às vezes a inquirir. E uma luzinha quase imperceptível surgia longe, apagava-se, ressurgia, vacilante, nas trevas do meu espírito.

      Recolhi-me preocupado: os fugitivos, os lobos e o lenhador agitaram-me o sono. Dormi com eles, acordei com eles. As horas voaram. Alheio à escola, aos brinquedos de minhas irmãs, à tagarelice dos moleques, vivi com essas criaturas de sonho, incompletas e misteriosas.

      À noite meu pai me pediu novamente o volume, e a cena da véspera se reproduziu: leitura emperrada, mal-entendidos, explicações.

        Na terceira noite fui buscar o livro espontaneamente, mas o velho estava sombrio e silencioso. E no dia seguinte, quando me preparei para moer a narrativa, afastou-me com um gesto, carrancudo.

      Nunca experimentei decepção tão grande. Era como se tivesse descoberto uma coisa muito preciosa e de repente a maravilha se quebrasse. E o homem que a reduziu a cacos, depois de me haver ajudado a encontrá-la, não imaginou a minha desgraça. A princípio foi desespero, sensação de perda e ruína, em seguida uma longa covardia, a certeza de que as horas de encanto eram boas demais para mim e não podiam durar.


                                                 RAMOS, Graciliano. Infância. São Paulo: Record, 1995. p.187-191.

A
conclusão de ação passada; ação passada posterior a outra passada; ação passada em andamento.
B
ação passada concluída; ação posterior a outra passada; passado interrompido.
C
ação passada com duração no presente; ação anterior a outra passada; ação passada pontual.
D
instalação de marco temporal passado; ação passada anterior a outra também passada; ação passada contínua.
3bf4eb2f-8d
UNESP 2011 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais), Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Tomando por base que estresido é particípio do verbo estresir, que significa no texto a passagem da marca da senhora para o peito do vaqueiro por meio de papel, tinta e um instrumento furador, complete a lacuna da seguinte frase com a forma adequada do pretérito perfeito do indicativo do verbo estresir:

A bordadeira___________ o desenho sobre o pano.

Instrução: A questão toma por base uma passagem do romance O sertanejo, do romântico brasileiro José de Alencar (1829-1877).

                                                      O sertanejo

      O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afável:

      – Fique descansado, camarada, que não o envergonharei levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente! Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.

      O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou:

      – Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha, tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodão.

      Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.

      – Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.

      O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu.

      Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus.

      E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingênua superstição.

                                                                                           (José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro:

                                                                                  Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado.)

A
estresou
B
estreseu
C
estrisiu
D
estresinhou
E
estresiu
04929c6c-8d
UNESP 2010 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Morfologia - Verbos, Colocação Pronominal, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Pronomes pessoais oblíquos, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Morfologia - Pronomes

Quem me ver estar dançando. – Mas o negro lhe amarrou.

Nos dois versos acima, do exemplo de estrofes de um bumba-meu-boi recolhidas por Sívio Romero, as formas ver e lhe caracterizam um uso popular. Se se tratasse de um discurso obediente à construção formal em Língua Portuguesa, tais formas seriam substituídas, respectivamente, por:

Instrução: A questão  toma por base um fragmento do livro Comunicação e folclore, de Luiz Beltrão (1918-1986).

                                                          O Bumba-Meu-Boi

Entre os autos populares conhecidos e praticados no Brasil – pastoril, fandango, chegança, reisado, congada, etc. – aquele em que melhor o povo exprime a sua crítica, aquele que tem maior conteúdo jornalístico, é, realmente, o bumba-meu-boi, ou simplesmente boi.
Para Renato Almeida, é o “bailado mais notável do Brasil, o folguedo brasileiro de maior significação estética e social”. Luís da Câmara Cascudo, por seu turno, observou a sua superioridade porque “enquanto os outros autos cristalizaram, imóveis, no elenco de outrora, o bumba-meu-boi é sempre atual, incluindo soluções modernas, figuras de agora, vocabulário, sensação, percepção contemporânea. Na época da escravidão mostrava os vaqueiros escravos vencendo pela inteligência, astúcia e cinismo. Chibateava a cupidez, a materialidade, o sensualismo de doutores, padres, delegados, fazendo-os cantar versinhos que eram confissões estertóricas. O capitão-do-mato, preador de escravos, assombro dos moleques, faz-sono dos negrinhos, vai ‘caçar’ os negros que fugiram, depois da morte do Boi, e em vez de trazê-los é trazido amarrado, humilhado, tremendo de medo. O valentão mestiço, capoeira, apanha pancada e é mais mofino que todos os mofinos. Imaginem a alegria negra, vendo e ouvindo essa sublimação aberta, franca, na porta da casa-grande de engenho ou no terreiro da fazenda, nos pátios das vilas, diante do adro da igreja! A figura dos padres, os padres do interior, vinha arrastada com a violência de um ajuste de contas. O doutor, o curioso, metido a entender de tudo, o delegado autoritário, valente com a patrulha e covarde sem ela, toda a galeria perpassa, expondo suas mazelas, vícios, manias, cacoetes, olhada por uma assistência onde estavam muitas vítimas dos personagens reais, ali subalternizados pela virulência do desabafo”.
Como algumas outras manifestações folclóricas, o bumbameu-boi utiliza uma forma antiga, tradicional; entretanto, fá-la revestir-se de novos aspectos, atualiza o entrecho, recompõe a trama. Daí “o interesse do tipo solidário que desperta nas camadas populares”, como o assinala Édison Carneiro. Interesse que só pode manter-se porque o que no auto se apresenta não reflete apenas situações do passado, “mas porque têm importância para o futuro”. Com efeito, tendo por tema central a morte e a ressurreição do boi, “cerca-se de episódios acessórios, não essenciais, muito desligados da ação principal, que variam de região para região... em cada lugar, novos personagens são enxertados, aparentemente sem outro objetivo senão o de prolongar e variar a brincadeira”. Contudo, dentre esses personagens, os que representam as classes superiores são caricaturados, cobrindo-se de ridículo, o que torna “o folguedo, em si mesmo, uma reivindicação”.

Sílvio Romero recolheu os versos de um bumba-meu-boi, através dos quais se constata a intenção caricaturesca nos personagens do folguedo. Como o Padre, que recita:
                                 
                                  Não sou padre, não sou nada
                                  “Quem me ver estar dançando
                                  Não julgue que estou louco;
                                  Secular sou como os outros”.

Ou como o Capitão-do-Mato que, dando com o negro Fidélis, vai prendê-lo:
                                 
                                 “CAPITÃO – Eu te atiro, negro
                                                      Eu te amarro, ladrão,
                                                      Eu te acabo, cão.”

Mas, ao contrário, quem vai sobre o Capitão e o amarra é o Fidélis:

                                     “CORO – Capitão de campo
                                                     Veja que o mundo virou
                                                     Foi ao mato pegar negro
                                                     Mas o negro lhe amarrou.

                                  CAPITÃO – Sou valente afamado
                                                     Como eu não pode haver;
                                                     Qualquer susto que me fazem
                                                     Logo me ponho a correr”.

(Luiz Beltrão. Comunicação e folclore. São Paulo: Edições Melhoramentos, 1971.)
A
vir, o.
B
vir, a.
C
vesse, a.
D
visse, te.
E
vier, o.
046148a3-8d
UNESP 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

No fragmento apresentado, de Vidas secas, as formas verbais mais frequentes se enquadram em dois tempos do modo indicativo. Marque a alternativa que indica, pela ordem, o tempo verbal predominante no segundo parágrafo e o que predomina no quinto parágrafo.

Instrução: A questão  toma por base uma passagem do romance regionalista Vidas secas, de Graciliano Ramos (1892-1953).

                                                                               Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito.
Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa.
Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repende estourava:
– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa.
Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia.
Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinha Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros.
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!
O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda.
Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

                                                               (Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.)
A
pretérito perfeito – pretérito imperfeito.
B
presente – pretérito imperfeito.
C
presente – pretérito perfeito.
D
futuro do pretérito – presente.
E
pretérito imperfeito – pretérito perfeito.
96917c06-7f
ENEM 2015 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Advérbios, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Morfologia

   Em junho de 1913, embarquei para a Europa a fim de me tratar num sanatório suíço. Escolhi o de Clavadel, perto de Davos-Platz, porque a respeito dele me falara João Luso, que ali passara um inverno com a senhora. Mais tarde vim a saber que antes de existir no lugar um sanatório, lá estivera por algum tempo Antônio Nobre. “Ao cair das folhas", um de seus mais belos sonetos, talvez o meu predileto, está datado de “Clavadel, outubro, 1895". Fiquei na Suíça até outubro de 1914.

BANDEIRA, M. Poesia com pleta e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

No relato de memórias do autor, entre os recursos usados para organizar a sequência dos eventos narrados, destaca-se a


A
construção de frases curtas a fim de conferir dinamicidade ao texto.
B
presença de advérbios de lugar para indicar a progressão dos fatos.
C
alternância de tempos do pretérito para ordenar os acontecimentos.
D
inclusão de enunciados com comentários e avaliações pessoais.
E
alusão a pessoas marcantes na trajetória de vida do escritor.
96865204-7f
ENEM 2015 - Português - Interpretação de Textos, Adjetivos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Morfologia




A rapidez é destacada como uma das qualidades do serviço anunciado, funcionando como estratégia de persuasão em relação ao consumidor do mercado gráfico. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é o emprego 

A
do termo “fácil" no início do anúncio, com foco no processo.
B
de adjetivos que valorizam a nitidez da impressão.
C
das formas verbais no futuro e no pretérito, em sequência.
D
da expressão intensificadora “menos do que" associada à qualidade.
E
da locução “do mundo" associada a “melhor", que quantifica a ação.
2c895d89-4a
UERJ 2014, UERJ 2014 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

A memória expressa pelo enunciador do texto não pertence somente a ele.

Na construção do poema, essa ideia é reforçada pelo emprego de:


A
tempo passado e presente.
B
linguagem visual e musical.
C
descrição objetiva e subjetiva.
D
primeira pessoa do singular e do plural.
5b4ef10c-3c
FGV 2014 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Verbos auxiliares, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

1,7% dos municípios brasileiros, e apenas isso, _____monitorado a qualidade do ar. ______ no país 252 estações que efetuam esse acompanhamento ambiental – nos EUA são cinco mil estações. Os dados_____ estudo exclusivo do Instituto Saúde e Sustentabilidade.

(IstoÉ, 16.07.2014. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:


A
têm ... Têm ... compõe
B
tem ... Funcionam ... compõe
C
tem ... Existe ... compõe
D
têm ... Há ... compõem
E
têm ... Instalou-se ... compõem
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PUC - RS 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

Se os verbos em destaque no período “Se a propaganda fosse paga, ou dependesse apenas do interesse jornalístico, o poder econômico poderia prevalecer e os candidatos menos conhecidos talvez não tivessem oportunidade de se apresentar ao público” (linhas 48 a 52) fossem utilizados em outro tempo verbal, o resultado correto seria

A
é dependa poderá têm
B
é depende pode tenham
C
for depende pode têm
D
seja dependa poderia teriam
E
seria dependeria poderá terão
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SENAC-SP 2013 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

“Emprega-se esse tempo verbal quando nos transportamos mentalmente a uma época passada e descrevemos o que então era presente".
                                                  (BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. Rio de Janeiro: 
                                                                                                                                        Nova Fronteira, 2009)


O verbo empregado nos tempo e modo descritos acima está sublinhado em:

                                                                   
                                                 CÓDIGOS E LINGUAGENS
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

            Em 1876, os Estados Unidos comemoraram o centenário de sua independência com um evento de encher os olhos. Realizada na Filadélfia, a “Exposição internacional de arte, manufatura e produtos do solo e das minas" ocupava uma área quase do tamanho do parque do Ibirapuera, em São Paulo.
             Nesse ambiente de excitação e curiosidade, o professor escocês Alexandre Graham Bell, de 29 anos, parecia deslocado.Seus primeiros dias na feira foram de desânimo e frustração. Ele trazia de Boston, cidade em que morava, uma engenhoca chamada de “novo aparato acionado pela voz humana". A organização da feira lhe destinara uma pequena mesa escondida no fundo de um corredor. Era um espaço fora do roteiro dos juízes encarregados de avaliar e premiar as invenções. Como se inscrevera na última hora, seu nome nem sequer aparecia na programação oficial.
             Tudo isso mudou devido a uma extraordinária coincidência. Em um final de tarde, uma voz fina e esganiçada chamou-lhe a atenção:
             − Mr. Graham Bell?
             Ao se virar, ele deparou-se com o imperador do Brasil, dom Pedro II. Os dois tinham se conhecido semanas antes, em Boston, onde Graham Bell criara uma escola para surdos-mudos.
            − O que o sr. está fazendo aqui? − perguntou dom Pedro.
            Graham Bell contou-lhe que acabara de patentear um mecanismo capaz de transmitir a voz humana. A cena que se seguiu é hoje parte dos grandes momentos da história da ciência. Escoltado pelo imperador do Brasil, por um batalhão de repórteres e pelos juízes, que, àquela altura, estavam por perto, Graham Bell pediu que dom Pedro II se postasse a cerca de cem metros e mantivesse junto aos ouvidos uma pequena concha metálica conectada a um fio de cobre. No extremo oposto da fiação, pronunciou as seguintes palavras, da peça Hamlet, de William Shakespeare:
             − To be or not to be (ser ou não ser).
             − Meu Deus, isso fala! Exclamou dom Pedro II.
             Mais tarde rebatizado como telefone, o aparato seria considerado um dos marcos do século XIX, chamado de “Século das luzes" devido às inovações científicas que mudaram radicalmente a vida das pessoas. Encomendado por dom Pedro II pessoalmente a Graham Bell, o telefone chegou ao Rio de Janeiro antes mesmo de ser adotado em alguns países europeus supostamente mais desenvolvidos do que o Brasil.
                           (Adaptado de Laurentino Gomes. 1889. São Paulo, Editora Globo, 2013, formato ebook)
A
Tudo isso mudou devido a uma extraordinária coincidência.
B
A organização da feira lhe destinara uma pequena mesa escondida...
C
... Alexandre Graham Bell, de 29 anos, parecia deslocado.
D
... o aparato seria considerado um dos marcos do século XIX...
E
... e mantivesse junto aos ouvidos uma pequena concha metálica...
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UNIFESP 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

O zigue-zague temporal ligado à vida de Sem-Pernas, em- pregado no fragmento para a composição da personagem, é construído de maneira muito precisa, por meio da utilização alternada de diversos tempos verbais. Indique a alternativa em que há, respectivamente, um tempo verbal que expressa fatos ocorridos num tempo anterior a outros fatos do passado e um tempo verbal usado para marcar o caráter hipotético de certas ações ou o desejo de que se realizassem.

Instrução: As questões de números 25 a 27 tomam por base o fragmento.

  [Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava “meu padrinho” e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A perna coxa se recusava a ajudá-lo. E a borracha zunia nas suas costas quando o cansaço o fazia parar. A princípio chorou muito, depois, não sabe como, as lágrimas secaram. Certa hora não resistiu mais, abateu-se no chão. Sangrava. Ainda hoje ouve como os soldados riam e como riu aquele homem de colete cinzento que fumava um charuto.

(Jorge Amado. Capitães da areia.)

A
Vivera na casa de um padeiro (...) – uma mão que o acarinhasse (...)
B
Em cada canto estava um com uma borracha comprida. – Sofreu fome.
C
Nunca tivera família. – A perna coxa se recusava a ajudá-lo.
D
A princípio chorou muito (...) – Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora.
E
Ele quer um carinho (...) – Um dia levaram-no preso.
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CEDERJ 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

Assinale a alternativa que analisa corretamente o emprego dos verbos no passado nos trechos:

“Na sua frente estava a cidade misteriosa, e ele partiu para conquistá-la.” (Texto I, linhas 21-22)
Engajou com 9 anos nos Capitães da Areia, quando o Caboclo ainda era o chefe...”(Texto I, linhas 25-26)

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A
Os verbos estar e ser, no pretérito imperfeito, mostram o estado contínuo da cidade e a permanência de Caboclo como líder. Já os verbos partir e engajar, no mais-que-perfeito, revelam que as ações de João Grande são anteriores à chegada de Caboclo no grupo.
B
Os verbos partir e engajar são empregados no pretérito perfeito, para demonstrar, por meio de ações inconclusas, a indecisão do personagem João Grande. Além disso, usam-se os verbos estar e ser no pretérito mais-que-perfeito para indicar os estados passageiros da cidade e do chefe do grupo.
C
Todos os verbos (estar, partir, engajar e ser) são empregados no pretérito imperfeito, a fim de expressar processos não concluídos e incompletos. Com isso, reforça-se a ideia de que João Grande não vai conseguir conquistar a cidade.
D
O emprego dos verbos estar e ser no pretérito imperfeito indica os estados contínuos e durativos da cidade e do chefe do grupo. Tais estados contrastam com as ações concluídas por João Grande, expressas pelos verbos partir e engajar no pretérito perfeito.
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UECE 2010 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro)

Observe o que se diz sobre o emprego dos tempos verbais no texto 2 e escreva V ou F, conforme a afirmação seja verdadeira ou falsa.

( ) O emprego do pretérito imperfeito (via, linha 13) sugere que o enunciador teve uma visão duradoura da Rita. Essa visão durou enquanto durou o sonho e foi além do sonho.

( ) O acúmulo do gerúndio entre as linhas 21 e 25 confere às ações de Rita um caráter de coisa não acabada, de algo que dura. Esse caráter do gerúndio sugere que a presença de Rita na vida do enunciador é muito forte, indo as sensações experimentadas por sua visão além do sonho.

( ) A mudança para o futuro do pretérito do indicativo (linhas 26-28), tempo verbal que tem valor hipotético e caráter de antecipação imaginária, permite ao leitor questionar a existência real de Rita.

( ) No último parágrafo, o pretérito imperfeito do indicativo (sorria, linha 31) sugere a continuidade do sorriso de Rita numa situação irreal, o que nos leva a supor uma confusão entre o sonho e a realidade. Quanto ao pretérito perfeito do indicativo (teve, linha 32), por indicar uma ação conclusa, já observada depois de terminada, sugere a irreversibilidade da situação do enunciador em relação a essa filha.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:

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A
V, F, F, V.
B
F, V, F, V.
C
F, F, V, V.
D
V, V, V, V.
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PUC - SP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Mas Ohrt garantiu que Dylan vai aparecer algum dia para visitar a galeria, talvez "sem avisar e numa segunda- feira, quando estamos fechados".

Nesse último parágrafo do texto 2, os verbos em destaque estão empregados no presente do indicativo e

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A
o verbo ir, usado como auxiliar, indica que a visita se dará no futuro; o verbo estar, usado como de ligação, indica uma situação habitual, ou seja, a galeria está sempre fechada às segundas- feiras.
B
o verbo ir, usado como principal, indica que a visita já se deu; o verbo estar, usado como auxiliar, indica que a galeria costuma fechar às segundas- feiras.
C
o verbo vir, usado como auxiliar, indica que a visita se dará em breve; o verbo estar, outro auxiliar, indica não haver um tempo demarcado, ou seja, a galeria fecha em todas as segundas- feiras.
D
o verbo vir, usado como principal, indica que a visita está para acontecer; o verbo estar, usado como de ligação, assinala que a galeria não abre em todos os dias da semana.
E
o verbo ir, usado como auxiliar, assinala quando a visita se dará; o verbo estar, também usado como auxiliar, delimita que a galeria funciona sempre às segundas- feiras.
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USP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Redação - Reescritura de texto

Para expressar um fato que seria consequência certa de outro, pode-se usar o pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito, como ocorre na seguinte frase:

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A
“era um dos combóis que traziam fornecimento para o Valongo”.
B
“você estava bem bom, se quisesse ir conosco”.
C
“Pois já não disse que sabe também sangrar?”.
D
“de oficial de barbeiro dava um salto mortal a médico de navio negreiro”.
E
“logo nos primeiros dias de viagem adoeceram dois marinheiros”.