Tomando por base que estresido é particípio do verbo estresir,
que significa no texto a passagem da marca da senhora para
o peito do vaqueiro por meio de papel, tinta e um instrumento
furador, complete a lacuna da seguinte frase com a forma
adequada do pretérito perfeito do indicativo do verbo estresir:
A bordadeira___________ o desenho sobre o pano.
Tomando por base que estresido é particípio do verbo estresir, que significa no texto a passagem da marca da senhora para o peito do vaqueiro por meio de papel, tinta e um instrumento furador, complete a lacuna da seguinte frase com a forma adequada do pretérito perfeito do indicativo do verbo estresir:
A bordadeira___________ o desenho sobre o pano.
Instrução: A questão toma por base
uma passagem do romance O sertanejo, do romântico brasileiro
José de Alencar (1829-1877).
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num
toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o
ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e
com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei
levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente!
Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi
valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva
muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do
mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só
temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse
mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha,
tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal
de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas
servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro
aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema
que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio
do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante
na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com
o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que
os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes
de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem
que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já
estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem
o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?...
Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei
onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato;
chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou
um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso
adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar
que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro:
Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado.)
Instrução: A questão toma por base uma passagem do romance O sertanejo, do romântico brasileiro José de Alencar (1829-1877).
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente! Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha, tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado. O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?... Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato; chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro:
Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado.)
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