Questõessobre Coesão e coerência

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FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a opção que apresenta a frase que se mostra totalmente coerente em termos lógicos.

A
“As palavras são os médicos de uma mente doente.”
B
“Peguei um resfriado no parque; o portão estava aberto.”
C
“A vida é uma doença sexualmente transmissível, que tem cem por cento de taxa de mortalidade.”
D
“Tomei comprimidos, mas desisti de me matar por esse método. Gastaria uma fortuna em clínicas de desintoxicação.”
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FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021, FAMEMA 2021 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Um texto é estruturado, entre outros fatores, por meio de ligações coesivas; os termos sublinhados no Texto 2 que se ligam por coesão a termos futuros do texto são

MALÁRIA

“Doença infecciosa causada por protozoários que são transmitidos pela picada das fêmeas de um gênero de mosquitos. O nome é do tempo em que se pensava – erroneamente – que a transmissão da doença era feita por meio do ar. Vem do italiano mala aria [mau ar] – na língua italiana, ar é substantivo feminino. Defensores da tese de que esta doença e outras, como a febre amarela, eram assim transmitidas, tinham uma receita insólita para combater as epidemias: tiros de canhão para purificar o ar. Método absolutamente inócuo, a não ser, claro, nos casos em que um ou outro mosquito fosse alcançado pelas balas perdidas dos canhões”.

BUENO, Márcio, A origem curiosa das palavras.
Rio de Janeiro: Ed. José Olímpio, 2003. 
A
tese – receita.
B
receita – método.
C
método – em que.
D
em que – assim.
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ESPM 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

No segundo parágrafo, no segmento: ...nem ainda atribuir-lhes papel decorativo..., o pronome pessoal oblíquo “lhes” tem como referência no texto:

Textos para a questão:


    Os fenômenos da linguagem examinavam-se outrora apenas à luz da gramática e da lógica, e já era muito se a análise reconhecia como palavras expletivas ou de realce os termos sobejantes¹ unidos à oração ou nela encravados.

    Hoje que a ciência da linguagem investiga os fatos sem deixar-se pear² por antigos preconceitos, já não podemos levar essas expressões à conta da superfluidades nem ainda atribuir-lhes papel decorativo, o que seria contrassenso, uma vez que rareiam no discurso eloquente e retórico e se usam a cada instante justamente no falar desataviado de todos os dias.

    Uma coisa é dirigirmo-nos à coletividade, a pessoas desconhecidas, de condições diversas, e que nos ouvem caladas; outra coisa é tratar com alguém de perto, falar e ouvir, e ajeitar a cada momento a linguagem em atenção a essa pessoa que está diante de nós, para que fique sempre bem impressionada com as nossas palavras.

(Said Ali, Meios de Expressão e Alterações Semânticas, RJ)


¹sobejantes: demasiados, excessivos, de sobras.

²pear: prender.



A
essas expressões
B
palavras expletivas
C
os fatos
D
antigos preconceitos
E
superfluidades
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UNIFOA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Pronomes pessoais retos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação à coesão do TEXTO, não se pode afirmar que:

A indiferença com a violência nas favelas do Rio de Janeiro

O silêncio de autoridades e instituições revela o fatalismo de uma política de segurança pública falida

Marcelo Baumann Burgo

 

A rotina de tiroteios em diversas favelas do Rio de Janeiro tem por cenário um labirinto de casas recheadas de seres humanos, acuados e humilhados. O quadro ultrapassa as raias do absurdo, e nem os escritores do realismo mágico seriam capazes de imaginá-lo.

O que mais surpreende, contudo, é o silêncio condescendente das autoridades e instituições cujo papel deveria ser o de, antes de qualquer outra coisa, zelar pelas garantias mínimas do direito à vida e integridade física dos cidadãos.

            Mas ao que tudo indica, para os moradores das favelas cariocas, nem mesmo esse aspecto elementar do pacto hobbesiano tem sido preservado, o que sugere que, para eles, a lei é a da barbárie. Na favela da Rocinha, por exemplo, desde setembro de 2017, a cada três dias pelo menos uma pessoa – incluindo policiais - morreu nesses confrontos.

O primeiro e mais ensurdecedor silêncio é o do governador e das autoridades da segurança pública estaduais e federais. No máximo, se manifestam quando algum policial é morto no “campo de batalha”, para lamentar sua perda e reafirmar o “espírito de combate da tropa”.

Diante desse silêncio deliberado, ficam no ar várias perguntas: como explicar o sentido de uma política de segurança que tem como efeito real a tortura diária da população das favelas, que se vê obrigada a conviver com um fogo cruzado intenso e aleatório? Quem realmente responde por ela, e pelas mortes e sofrimento que ela provoca? Onde se pretende chegar com isso? Quais as suas razões “técnicas”, se é que não é uma ofensa às vítimas formular essa pergunta? SILÊNCIO...

Sob esse primeiro vácuo de respostas, há um segundo nível de silêncio, o das instituições que deveriam questionar as autoridades estaduais e federais. Cadê os poderes legislativos, que não criam um grupo suprapartidário de parlamentares para interpelar o governo? Neste caso, não vale alegar que estamos aguardando as próximas eleições para “fazer o debate”, pois o sofrimento é hoje, e a morte espreita diariamente a vida dessa população.

E o Ministério Público, que não organiza uma força-tarefa para, tempestivamente, proteger a ordem jurídica escandalosamente violada, com a agressão de todo tipo aos direitos fundamentais dos cidadãos? SILÊNCIO...

Sob essa segunda e espessa camada de silêncios, subsiste uma terceira igualmente decisiva, a da grande imprensa. Não que ela não faça a crônica diária dos tiroteios, mas em geral as faz descrevendo os fatos com aparente neutralidade, como se eles simplesmente fizessem parte da rotina, não dando sinais, portanto, de que reflete sobre o que significa informar, em uma mesma matéria, que três ou quatro pessoas morreram ou se feriram, e que a operação teve como saldo a apreensão de “um fuzil”, “dez trouxinhas de maconha”, e “alguns papelotes de cocaína”...

Cadê os editoriais cobrando respostas das autoridades? Cadê o trabalho que, em outras áreas da vida pública, por exemplo na questão da corrupção, a grande imprensa faz com tanto zelo para mobilizar a opinião pública? No caso da rotina de tiroteios nas favelas o que parece resultar do trabalho da grande imprensa é o oposto da mobilização, ou seja, um efeito de resignação diante da violência ordinária.

Restaria, ainda, a sociedade civil organizada. Cadê a OAB, CNBB, ABI, as universidades, associações de bairro, e tantas outras que se irmanaram na luta contra a ditadura? Para ser justo com elas, até esboçaram alguma reação, mas sem força para fazer diferença. Com isso, tudo se passa como se esse bangue-bangue diário e estúpido dissesse respeito apenas aos moradores das favelas. Será que devemos esperar que somente eles se mobilizem?

Como se vê, para além de quaisquer outras razões de ordem econômica e social, o que se passa com a (in)segurança nos territórios populares do Rio de Janeiro deve ser creditado, antes de mais nada, aos silêncios e omissões de diferentes autoridades e instituições. Tal postura não deixa de revelar o quadro de fatalismo e perplexidade a que chegamos e não por acaso! Pois não há mesmo muito a se fazer com o modelo atual de segurança pública.

Em face de uma trama social que se torna cada vez mais complexa, a verdade é que não há como insistir com respostas casuísticas, provisórias e crescentemente brutais, que sintomaticamente já não podem prescindir do apoio recorrente das Forças Armadas.

Mas se é assim, que ao menos se reconheça, com honestidade, a necessidade de enfrentarmos um amplo debate sobre a reforma estrutural das instituições de segurança pública, a começar pelas polícias civil e militar. A cada dia, sua incompatibilidade com o projeto de democracia se mostra mais explícita.

O sofrimento de quem convive diariamente sob a tortura da loteria dos tiroteios nos territórios populares não terá como ser reparado, mas ainda não é tarde demais para mobilizarmos energia para esse debate.

No caso do Rio de Janeiro, o mínimo aceitável seria exigir que as autoridades, de um lado, contribuíssem para precipitar esta discussão e, de outro, interrompessem imediatamente a escalada do descalabro que elas vêm chancelando, movidas sabe-se lá por que tipo de cálculo.

 

Adaptado a partir de: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-indiferenca-com-a-violencia-nasfavelas-do-rio-de-janeiro /. Acesso em 10 de maio de 2018.

A
no primeiro parágrafo, em "...seriam capazes de imaginá-lo", a partícula "lo" faz referência ao termo "O quadro...".
B
no quarto parágrafo, em "...se manifestam quando algum policial é morto", a partícula "se" faz referência à sequência "governador e das autoridades da segurança pública estaduais e federais".
C
no sexto parágrafo, em "...pois o sofrimento é hoje...", a partícula "pois" introduz uma ideia de contrariedade ao conteúdo apresentado anteriormente na sentença.
D
no oitavo parágrafo, em "...como se eles simplesmente fizessem parte da rotina...", o vocábulo "eles" faz referência ao termo "tiroteios".
E
no décimo quinto parágrafo, os conectivos "de um lado" e "de outro" funcionam no intuito de organizar o plano textual, abrindo uma série e acentuando a sua continuidade.
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UEA 2018, UEA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“E o almoço, ao meio-dia, onde, junto do pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o soergueu e o animou.” (5º parágrafo)

Os pronomes sublinhados retomam o sentido de:

Considere o trecho do romance O quinze, de Rachel de Queiroz, para responder à questão.


Armado com um cartãozinho do bispo e um bilhete particular de Conceição à senhora que administrava o serviço, Chico Bento conseguiu obter o ambicionado lugar no açude do Tauape.

 No bilhete, a moça fazia o possível para comover a destinatária; e a senhora, apesar de já se ter habituado a esses pedidos que falavam sempre numa mesma pobreza extrema e em criancinhas famintas, achou jeito de desentulhar uma pá, e ela mesma guiou o vaqueiro aturdido, com seu ferro na mão, e o entregou ao feitor.

Duramente Chico Bento trabalhou todo o dia no serviço da barragem.

Só de longe em longe parava para tomar um fôlego, sentindo o pobre peito cansado e os músculos vadios.

E o almoço, ao meio-dia, onde, junto do pirão, um naco de carne cheiroso emergia, mal o soergueu e o animou.

Já era tão antiga, tão bem instalada a sua fome, para fugir assim, diante do primeiro prato de feijão, da primeira lasca de carne!…   


 

(O quinze, 2009.)

A
“almoço”.
B
“naco de carne cheiroso”.
C
“serviço da barragem”.
D
“Chico Bento”.
E
“pirão”. 
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MACKENZIE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Pronomes demonstrativos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Coesão e coerência, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere as seguintes afirmações sobre o texto.

I. O pronome isso (linha 03) refere-se ao que é afirmado anteriormente.
II. A forma verbal sustentariam (linha 08) apresenta um tempo que denota ideia de possibilidade, de algo possível, mas não efetivamente certo.
III. A partícula si (linha 13) refere-se à expressão inteligência artificial.

Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão



A
Apenas a afirmação I está correta.
B
Apenas a afirmação II está correta.
C
Apenas a afirmação III está correta.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
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FIMCA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes relativos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Na organização das ideias do texto, pode-se afirmar que está correto o que se afirma em:

O que é prevenção de suicídio, afinal?

   Dia mundial de prevenção de suicídio, 10 de setembro. De um tempo para cá todo ano voltamos ao tema. Mas ainda estamos encontrando o tom.
   Após uma vida inteira ignorando o assunto os meios de comunicação resolveram finalmente abordá-lo. Mas, presos aos modelos de campanhas de conscientização habituais focaram-se nos números, taxas de crescimento, histórias individuais, entrevistas com pessoas afetadas pela questão. Tudo muito importante para que a sociedade fique mais esclarecida sobre o panorama local, nacional e até mundial sobre o suicídio. Mas inócuo para prevenção de fato.
  O que é prevenção, afinal? A prevenção em saúde se dá em três níveis:
   Prevenção primária: estratégias para evitar o adoecimento, retirando fatores de risco.
  Prevenção secundária: detecção precoce de pessoas acometidas por um problema, se possível antes de ele se manifestar.
  Prevenção terciária: intervenções para evitar sequelas depois que o problema acontece.
   De trás para frente, quando se fala em suicídio, não é possível fazer prevenção terciária, a não ser tratar das feridas emocionais de quem ficou (na chamada pósvenção).
  E o que seria a prevenção secundária nesses casos? Evitar que pessoas já com intenções ou planos suicidas cometam o ato. Tal situação normalmente se dá quando existe um transtorno mental que agrava uma situação de crise – por estar doente ela não vê outra saída que não a morte. É preciso então dissuadi-las disso, mostrando que o ser humano consegue superar qualquer coisa se tiver ajuda suficiente e se suas emoções não estiverem adoecidas. Não adianta apresentar números, contar histórias tristes. Ninguém nessa situação vai pensar “Puxa, quanta gente já se matou, né? Melhor eu não fazer isso”. Ao contrário, tais dados podem até normalizar para elas esse comportamento. Faremos prevenção se ensinarmos todo mundo a detectar sintomas de depressão, a diferenciar uso e dependência de substâncias; se combatermos o preconceito com psiquiatria, psicologia, estimulando em quem precisa a busca de ajuda e apresentando caminhos para atendimento em crises (como o CVV – fone 188). Se a sociedade inteira compreender que essas são formas eficazes de se buscar saídas para situações aparentemente insolúveis e insuportáveis, poderemos prevenir alguns casos.
  Evidentemente o ideal é que a gente não chegue a ponto de considerar seriamente o suicídio. Como já vimos que isso normalmente ocorre quando crises parecem insuportáveis e insolúveis em função do adoecimento emocional, esse último deveria ser o alvo da prevenção primária. É ingênuo achar ser possível prevenir crises. Mas evitar o adoecimento é um alvo a ser perseguido com afinco. Atividade física regular, sono de qualidade, alimentação saudável, desenvolvimento de vínculos afetivos, criação de uma rede de suporte, tudo isso – de preferência ao mesmo tempo – oferece boa proteção ao adoecimento ou ao agravamento dos transtornos mentais. Falar disso – que aparentemente nada tem a ver com o suicídio – talvez seja uma das formas mais importantes de prevenir novos casos.
    Ah, e apesar de óbvio, vale a pena lembrar: não adianta voltarmos a esses temas apenas ano que vem, ok?
  Já percebeu como diante das mesmas situações – mesmo as dramáticas – tem gente que desmorona, outros sofrem por um tempo mas seguem em frente, e ainda há quem não se abale? Isso mostra que boa parte do problema diante de eventos negativos não está neles, mas em nós – como nossa história, nossos pensamentos, pressupostos e crenças interferem na forma com que lidamos com as adversidades. Em O poder da resiliência (Sextante, 2019) o psicólogo Rick Hanson se uniu ao consultor Forrest Hanson para mostrar, baseado em pesquisas científicas e exemplos práticos, como resiliência vai além da capacidade de absorver os golpes e ficar em pé (o que já é bastante). Ela também coopera para termos mais qualidade de vida e um bem-estar efetivo. Habilidades que vêm muito a calhar tanto para prevenção primária como para secundária e pósvenção.

(Daniel Martins de Barros, 10/09/2019. Disponível em: https://emais.estadao.com.br/blogs/daniel-martins-de-barros/o-que-eprevencao-de-suicidio-afinal/.)
A
O elemento destacado em “É preciso então dissuadi-las disso” (8º§) retoma “pessoas”.
B
O pronome demonstrativo destacado em isso normalmente ocorre” (9º§) indica a omissão das ideias anteriores.
C
Em “um transtorno mental que agrava uma situação de crise” (8º§)o pronome “que” tem a função de complemento verbal.
D
No trecho “estimulando em quem precisa” (8º§) o termo destacado evita a repetição inadequada de “todo mundo”.
E
A expressão destacada em “poderemos prevenir alguns casos (8º§) retoma os casos específicos de suicídio citados anteriormente no texto.
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ESPM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Parafraseando o trecho: “vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos.”, tem-se:

    Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos. (...) Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito, bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publicista, romancista ou polígrafo.

(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp) 
A
indizíveis fatos da vida geram o ódio da blasfêmia embutido em ataques verbais à sociedade.
B
infelicidades da vida produzem o veneno do maldizer disfarçado em crítica generalizada.
C
trajetórias malditas da existência se transformam em aversão atroz ao próximo.
D
conflitos existenciais criam o amargor pessimista disfarçado em ameaça geral à humanidade.
E
injúrias da vida originam inimigos figadais, provocando violentas discussões verbais entre as pessoas.
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UFRGS 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Observe as propostas de reescrita para o seguinte trecho do texto.

Nessa mesma noite, no jantar de despedida, reunida a famllia, meu pai anunciou que pretendia fazer-me voltar a Paris para acabar meus estudos (1. 26-29).

I - Reunida a família, no jantar de despedida, meu pai anunciou que, para acabar meus estudos, nessa mesma noite pretendia me fazer voltar a Paris.
II - Nessa mesma noite, reunida a família, meu pai anunciou que pretendia, no jantar de despedida, me fazer voltar a Paris para acabar meus estudos.
III- Reunida a família, meu pai anunciou, no jantar de despedida nessa mesma noite, que pretendia me fazer voltar a Paris para acabar meus estudos.

Quais estão corretas e preservam a significação do trecho original?

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de DUMONT, Santos. O que eu vi, o que
nós veremos. Rio de Janeiro: Hedra, 2016 ..
Organização de Marcos Villares.
A
Apenas I.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
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UFRGS 2019 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Assinale a alternativa que corresponde, respectivamente, às remissões estabelecidas pelas expressões desse achado (l. 47) e isso (l. 58) no texto.

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de: KENEDY, E. Curso básico de linguística
gerativa. São Paulo: Contexto, 2013. p. 79-80.
A
Refere-se ao achado apresentado no primeiro parágrafo; refere-se à lógica presente na relação entre o gene FOXP2 e o comportamento linguístico.
B
Refere-se ao achado apresentado, no mesmo parágrafo, anterior à expressão; refere-se à descoberta apresentada no primeiro parágrafo do texto.
C
Refere-se ao achado apresentado no primeiro parágrafo; refere-se à lógica presente na relação entre o gene FOXP2 e o comportamento linguístico.
D
Refere-se ao achado apresentado, no mesmo parágrafo, anterior à expressão; refere-se à lógica presente na relação entre o gene FOXP2 e o comportamento linguístico.
E
Refere-se à lógica presente na relação entre o gene FOXP2 e o comportamento linguístico; refere-se ao achado apresentado, no mesmo parágrafo, anterior à expressão.
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FASEH 2019, FASEH 2019 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os mecanismos de coesão textual, indique a alternativa cuja indicação do referente em relação ao destacado NÃO está correta.

Vida pós-Zika

Com ajuda de mães, estudo descobre imunidade após
contato com o vírus.

     Um estudo feito em parceria com 50 mães que tiveram Zika durante a gravidez concluiu que a maior parte delas — e de seus filhos — desenvolveu imunidade ao vírus. A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz e do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, será apresentada hoje às mães.
     As mulheres, que participam da pesquisa voluntariamente, tiveram a infecção durante a gestação e são acompanhadas desde 2016, ao lado de seus filhos. Alguns deles nasceram com a síndrome da Zika Congênita, caracterizada principalmente pela microcefalia; outros têm alterações neurológicas, embora não possuam a síndrome; e o último grupo é assintomático.
    No Hospital Antônio Pedro, 36 profissionais fazem o acompanhamento clínico em que avaliam e estimulam o desenvolvimento das crianças, moradoras de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. Ali, coletam o sangue que é estudado por 22 cientistas da Fiocruz. Há três principais linhas de pesquisa, sendo a de maior impacto para a população a que resultou na descoberta sobre a imunidade.
    Segundo Luzia Maria de Oliveira Pinto, pesquisadora do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz, que coordena os estudos, os dados finais ainda estão sendo concluídos, mas já se pode cravar que a maioria das pessoas pesquisadas desenvolveu, sim, imunidade ao vírus.
   Outros dois estudos estão sendo finalizados: um avalia se a intensidade da resposta inflamatória do organismo para combater o vírus na gravidez tem impacto no desfecho clínico do bebê; e o outro verifica se as células podem produzir proteínas e anticorpos contra o vírus.
    — Sem essas mães não conseguiríamos fazer as pesquisas. A consequência da infecção já aconteceu. Por isso é um ato que não vai ajudá-las diretamente, mas pode ajudar outras famílias, até porque podem ocorrer novas epidemias — enfatiza a pesquisadora.
   Mesmo sem poder se beneficiar diretamente do impacto das pesquisas, nenhuma mãe atendida pelo Hospital Antônio Pedro se recusou a colaborar com os cientistas.
   — Por isso quisemos dar uma resposta a elas, mostrar: “olha como vocês contribuíram para a ciência”. A maioria dessas mães era produtiva, tinha emprego, e tudo mudou completamente. A vida delas é dedicada às crianças. Levam os filhos de duas a três vezes por semana para estimulação com fisioterapia, psicologia, fonoaudióloga… São lutadoras — afirma a coordenadora do projeto, Claudete Araújo Cardoso, infectologista pediátrica da Faculdade de Medicina da UFF.
    A pesquisadora conta ainda que pretende acompanhar os casos até os bebês crescerem:
   — Essas crianças vão ter que continuar sendo estimuladas. Como protocolo de pesquisa, o Ministério da Saúde orienta acompanhá-las por três anos, e decidimos acompanhar por cinco. Mas vou acompanhá-las até virarem adultas.
  Na mesma semana em que descobriu que estava grávida, manchas vermelhas apareceram no corpo de Kamila Mitidieri, de 23 anos. Era Zika. Sophia nasceu com a síndrome. Agora tem 2 anos e 9 meses e faz fisioterapia motora e respiratória e frequenta a fonoaudióloga.
   — Ela está se desenvolvendo bem melhor. Aprendeu até a falar “mãe”. Eu sempre soube que ela precisaria de um cuidado maior do que uma criança que não tem nada. Há três meses consegui um emprego, mas tive que sair porque a dona do salão não aceitava que eu levasse minha filha ao médico.
   Apesar das dificuldades do dia a dia, ela não hesita em ajudar nas pesquisas e enfrenta seus temores:
   — Realmente eu odeio tirar sangue, mas toda vez que me pedem eu tiro. Tenho vontade de ter outro filho, mas tenho medo.
  Logo depois que Elisangela Patricia, de 37 anos, recebeu o diagnóstico de Zika, descobriu que estava grávida. Na hora, os médicos disseram que seu filho teria microcefalia, mas não foi o que aconteceu. Ele nasceu sem sintomas, mas, com o passar do tempo, alterações foram sendo descobertas. Samuel Travassos, de 2 anos e 10 meses, tem pequenos cistos no cérebro, atraso no desenvolvimento e suspeita de autismo.
   — Fico com ele o tempo todo, 24 horas por dia. É cansativo, não consigo cuidar de mim, tenho pressão alta e bronquite, mas ele precisa mais que eu. É grudado em mim, toma meu tempo todo, mas eu sempre participo de tudo. Se dizem que tem uma pesquisa, eu ajudo, mesmo não sabendo o que é. Tem que estudar, que pesquisar. Eles ajudam a gente, e a gente ajuda eles.
(TATSCH, Constança. O Globo. 05 de outubro de 2019.)
A
[...] outros têm alterações neurológicas, [...]” (2º§) / “seus filhos”.
B
Alguns deles nasceram com a síndrome da Zika Congênita, [...]” (2º§) / “seus filhos”.
C
A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz e do Hospital Universitário Antônio Pedro, [...]” (1º§) / “Um estudo”
D
[...] fazem o acompanhamento clínico em que avaliam e estimulam o desenvolvimento das crianças, [...]” (3º§) / “o acompanhamento clínico.”
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FASEH 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

A expressão destacada em “Mesmo sem poder se beneficiar diretamente do impacto das pesquisas, nenhuma mãe atendida pelo Hospital Antônio Pedro se recusou a colaborar com os cientistas.” (7º§) NÃO pode ser substituída sem prejuízo semântico por:

Vida pós-Zika

Com ajuda de mães, estudo descobre imunidade após
contato com o vírus.

     Um estudo feito em parceria com 50 mães que tiveram Zika durante a gravidez concluiu que a maior parte delas — e de seus filhos — desenvolveu imunidade ao vírus. A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz e do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, será apresentada hoje às mães.
     As mulheres, que participam da pesquisa voluntariamente, tiveram a infecção durante a gestação e são acompanhadas desde 2016, ao lado de seus filhos. Alguns deles nasceram com a síndrome da Zika Congênita, caracterizada principalmente pela microcefalia; outros têm alterações neurológicas, embora não possuam a síndrome; e o último grupo é assintomático.
    No Hospital Antônio Pedro, 36 profissionais fazem o acompanhamento clínico em que avaliam e estimulam o desenvolvimento das crianças, moradoras de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. Ali, coletam o sangue que é estudado por 22 cientistas da Fiocruz. Há três principais linhas de pesquisa, sendo a de maior impacto para a população a que resultou na descoberta sobre a imunidade.
    Segundo Luzia Maria de Oliveira Pinto, pesquisadora do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz, que coordena os estudos, os dados finais ainda estão sendo concluídos, mas já se pode cravar que a maioria das pessoas pesquisadas desenvolveu, sim, imunidade ao vírus.
   Outros dois estudos estão sendo finalizados: um avalia se a intensidade da resposta inflamatória do organismo para combater o vírus na gravidez tem impacto no desfecho clínico do bebê; e o outro verifica se as células podem produzir proteínas e anticorpos contra o vírus.
    — Sem essas mães não conseguiríamos fazer as pesquisas. A consequência da infecção já aconteceu. Por isso é um ato que não vai ajudá-las diretamente, mas pode ajudar outras famílias, até porque podem ocorrer novas epidemias — enfatiza a pesquisadora.
   Mesmo sem poder se beneficiar diretamente do impacto das pesquisas, nenhuma mãe atendida pelo Hospital Antônio Pedro se recusou a colaborar com os cientistas.
   — Por isso quisemos dar uma resposta a elas, mostrar: “olha como vocês contribuíram para a ciência”. A maioria dessas mães era produtiva, tinha emprego, e tudo mudou completamente. A vida delas é dedicada às crianças. Levam os filhos de duas a três vezes por semana para estimulação com fisioterapia, psicologia, fonoaudióloga… São lutadoras — afirma a coordenadora do projeto, Claudete Araújo Cardoso, infectologista pediátrica da Faculdade de Medicina da UFF.
    A pesquisadora conta ainda que pretende acompanhar os casos até os bebês crescerem:
   — Essas crianças vão ter que continuar sendo estimuladas. Como protocolo de pesquisa, o Ministério da Saúde orienta acompanhá-las por três anos, e decidimos acompanhar por cinco. Mas vou acompanhá-las até virarem adultas.
  Na mesma semana em que descobriu que estava grávida, manchas vermelhas apareceram no corpo de Kamila Mitidieri, de 23 anos. Era Zika. Sophia nasceu com a síndrome. Agora tem 2 anos e 9 meses e faz fisioterapia motora e respiratória e frequenta a fonoaudióloga.
   — Ela está se desenvolvendo bem melhor. Aprendeu até a falar “mãe”. Eu sempre soube que ela precisaria de um cuidado maior do que uma criança que não tem nada. Há três meses consegui um emprego, mas tive que sair porque a dona do salão não aceitava que eu levasse minha filha ao médico.
   Apesar das dificuldades do dia a dia, ela não hesita em ajudar nas pesquisas e enfrenta seus temores:
   — Realmente eu odeio tirar sangue, mas toda vez que me pedem eu tiro. Tenho vontade de ter outro filho, mas tenho medo.
  Logo depois que Elisangela Patricia, de 37 anos, recebeu o diagnóstico de Zika, descobriu que estava grávida. Na hora, os médicos disseram que seu filho teria microcefalia, mas não foi o que aconteceu. Ele nasceu sem sintomas, mas, com o passar do tempo, alterações foram sendo descobertas. Samuel Travassos, de 2 anos e 10 meses, tem pequenos cistos no cérebro, atraso no desenvolvimento e suspeita de autismo.
   — Fico com ele o tempo todo, 24 horas por dia. É cansativo, não consigo cuidar de mim, tenho pressão alta e bronquite, mas ele precisa mais que eu. É grudado em mim, toma meu tempo todo, mas eu sempre participo de tudo. Se dizem que tem uma pesquisa, eu ajudo, mesmo não sabendo o que é. Tem que estudar, que pesquisar. Eles ajudam a gente, e a gente ajuda eles.
(TATSCH, Constança. O Globo. 05 de outubro de 2019.)
A
“Embora não possa”.
B
“Ainda que não possa”.
C
“Outrossim não possa”.
D
“Conquanto não possa”.
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FASEH 2019 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o trecho “Há três principais linhas de pesquisa, sendo a de maior impacto para a população a que resultou na descoberta sobre a imunidade.” (3º§). Acerca dos termos destacados, pode-se afirmar que:

Vida pós-Zika

Com ajuda de mães, estudo descobre imunidade após
contato com o vírus.

     Um estudo feito em parceria com 50 mães que tiveram Zika durante a gravidez concluiu que a maior parte delas — e de seus filhos — desenvolveu imunidade ao vírus. A descoberta, feita por pesquisadores da Fiocruz e do Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense, será apresentada hoje às mães.
     As mulheres, que participam da pesquisa voluntariamente, tiveram a infecção durante a gestação e são acompanhadas desde 2016, ao lado de seus filhos. Alguns deles nasceram com a síndrome da Zika Congênita, caracterizada principalmente pela microcefalia; outros têm alterações neurológicas, embora não possuam a síndrome; e o último grupo é assintomático.
    No Hospital Antônio Pedro, 36 profissionais fazem o acompanhamento clínico em que avaliam e estimulam o desenvolvimento das crianças, moradoras de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí. Ali, coletam o sangue que é estudado por 22 cientistas da Fiocruz. Há três principais linhas de pesquisa, sendo a de maior impacto para a população a que resultou na descoberta sobre a imunidade.
    Segundo Luzia Maria de Oliveira Pinto, pesquisadora do Laboratório de Imunologia Viral do Instituto Oswaldo Cruz, que coordena os estudos, os dados finais ainda estão sendo concluídos, mas já se pode cravar que a maioria das pessoas pesquisadas desenvolveu, sim, imunidade ao vírus.
   Outros dois estudos estão sendo finalizados: um avalia se a intensidade da resposta inflamatória do organismo para combater o vírus na gravidez tem impacto no desfecho clínico do bebê; e o outro verifica se as células podem produzir proteínas e anticorpos contra o vírus.
    — Sem essas mães não conseguiríamos fazer as pesquisas. A consequência da infecção já aconteceu. Por isso é um ato que não vai ajudá-las diretamente, mas pode ajudar outras famílias, até porque podem ocorrer novas epidemias — enfatiza a pesquisadora.
   Mesmo sem poder se beneficiar diretamente do impacto das pesquisas, nenhuma mãe atendida pelo Hospital Antônio Pedro se recusou a colaborar com os cientistas.
   — Por isso quisemos dar uma resposta a elas, mostrar: “olha como vocês contribuíram para a ciência”. A maioria dessas mães era produtiva, tinha emprego, e tudo mudou completamente. A vida delas é dedicada às crianças. Levam os filhos de duas a três vezes por semana para estimulação com fisioterapia, psicologia, fonoaudióloga… São lutadoras — afirma a coordenadora do projeto, Claudete Araújo Cardoso, infectologista pediátrica da Faculdade de Medicina da UFF.
    A pesquisadora conta ainda que pretende acompanhar os casos até os bebês crescerem:
   — Essas crianças vão ter que continuar sendo estimuladas. Como protocolo de pesquisa, o Ministério da Saúde orienta acompanhá-las por três anos, e decidimos acompanhar por cinco. Mas vou acompanhá-las até virarem adultas.
  Na mesma semana em que descobriu que estava grávida, manchas vermelhas apareceram no corpo de Kamila Mitidieri, de 23 anos. Era Zika. Sophia nasceu com a síndrome. Agora tem 2 anos e 9 meses e faz fisioterapia motora e respiratória e frequenta a fonoaudióloga.
   — Ela está se desenvolvendo bem melhor. Aprendeu até a falar “mãe”. Eu sempre soube que ela precisaria de um cuidado maior do que uma criança que não tem nada. Há três meses consegui um emprego, mas tive que sair porque a dona do salão não aceitava que eu levasse minha filha ao médico.
   Apesar das dificuldades do dia a dia, ela não hesita em ajudar nas pesquisas e enfrenta seus temores:
   — Realmente eu odeio tirar sangue, mas toda vez que me pedem eu tiro. Tenho vontade de ter outro filho, mas tenho medo.
  Logo depois que Elisangela Patricia, de 37 anos, recebeu o diagnóstico de Zika, descobriu que estava grávida. Na hora, os médicos disseram que seu filho teria microcefalia, mas não foi o que aconteceu. Ele nasceu sem sintomas, mas, com o passar do tempo, alterações foram sendo descobertas. Samuel Travassos, de 2 anos e 10 meses, tem pequenos cistos no cérebro, atraso no desenvolvimento e suspeita de autismo.
   — Fico com ele o tempo todo, 24 horas por dia. É cansativo, não consigo cuidar de mim, tenho pressão alta e bronquite, mas ele precisa mais que eu. É grudado em mim, toma meu tempo todo, mas eu sempre participo de tudo. Se dizem que tem uma pesquisa, eu ajudo, mesmo não sabendo o que é. Tem que estudar, que pesquisar. Eles ajudam a gente, e a gente ajuda eles.
(TATSCH, Constança. O Globo. 05 de outubro de 2019.)
A
Os dois termos dizem respeito ao mesmo referente textual.
B
Apenas o primeiro termo destacado indica uma generalização.
C
A omissão dos termos não compromete o entendimento do trecho.
D
O segundo termo destacado pode ser substituído por “ao” mantendo-se a correção.
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UNEMAT 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes possessivos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

“Para abordar o direito dos índios a uma educação diferenciada, a Constituição de 1988 se impõe como o grande marco. Foi a partir dela(1) que se reconheceu aos índios o direito de permanecerem índios e terem suas tradições e modos de vida respeitados e protegidos pelo Estado brasileiro. Com a sua(2) promulgação, rompe-se com a tradição legislativa e administrativa que procurava incorporar os índios à comunhão nacional, pois os(3) concebia como categoria étnica e social transitória, a quem(4) cabia um único destino: seu desaparecimento cultural. A Constituição de 1988 inaugurou uma nova fase no relacionamento dos povos indígenas com o Estado e com a sociedade brasileira, reconhecendo suas(5) organizações sociais, costumes, línguas, crenças e tradições, e atribuindo ao Estado o dever de respeitar e proteger as manifestações das culturas indígenas”.

GRUPIONI, Luís Donizete Benzi. Educação em Contexto da Diversidade Étnica: os povos no Brasil. In: RAMOS, Marise N.; ADÃO, Jorge M.; NASCIMENTO, Graciete Maria. Diversidade na educação: reflexões e experiências. Brasília: Secretaria de Educação Média e tecnológica, 2003.p.115. (adaptado)

Para manter a coerência do texto, alguns elementos de coesão foram empregados na sua escrita, como os termos em negrito. Seguindo a enumeração dada a eles, considera-se que:

A
Dela (1), sua (2) e a quem (4) são elementos coesivos que retomam “Constituição de 1988”.
B
Dela (1) e sua (2) são elementos coesivos que retomam “Constituição de 1988”; os demais termos em negrito se referem e retomam “índios”/”povos indígenas”.
C
Sua (2) e suas (5) são elementos coesivos que retomam “Constituição de 1988”.
D
Sua (2) é um elemento coesivo que se refere a ‘vida’.
E
A quem (4) é elemento coesivo que se refere à “Constituição”.
c5fd8e60-9e
ULBRA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base no fragmento abaixo, leia as afirmações e marque a alternativa correta.


“Fique de olho. Antes de tudo, fique de olho no seu próprio comportamento nas redes sociais. Não basta checar as origens das mensagens, embora isso ajude. Não basta conferir se elas foram produzidas por órgãos de imprensa conhecidos e responsáveis. Mais do que isso, é preciso verificar os impulsos que levam cada um de nós a propagar histórias que não sabemos de onde vêm.” (l. 35-38)


I – O termo sublinhado “embora” é um articulador de causalidade.

II – A palavra sublinhada “isso” faz referência a checar as origens das mensagens.

III – A palavra sublinhada “elas” faz referência a mensagens.

IV – A palavra sublinhada “que” faz referência a histórias.


Estão corretas:

Instrução: A questão refere-se ao texto Você anda espalhando mentiras por aí, de Eugênio Bucci, disponível em https://epoca.globo.com/politica/eugenio-bucci/noticia/2017/08/voce-anda-espalhando-mentiras-por-ai.html

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A
apenas I e III.
B
apenas II e III.
C
apenas II e IV.
D
apenas I, II e III.
E
apenas II, III e IV.
c60b598e-9e
ULBRA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Assinale a referência correta da palavra “las”, sublinhada, no trecho abaixo.


“Responsabilizado por ser a principal plataforma de difusão de notícias falsas, sobretudo nas eleições americanas de 2016, o Facebook volta e meia anuncia uma nova estratégia para combatê-las.” (l. 1-2)

Instrução: A questão refere-se ao texto adaptado Fake news no Facebook: veja quais foram as mais compartilhadas em 2017, de Jessé Giotti, disponível em https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/01/fake-news-no-facebook-vejaquais-foram-as-mais-compartilhadas-em-2017-cjbwcc88q04s001lsf1fr59iy.html.

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A
Plataforma.
B
Eleições americanas.
C
Notícias falsas.
D
Estratégia.
E
Difusão.
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UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Repartimos a vida em idades, em anos, em meses, em dias, em horas, mas todas estas partes são tão duvidosas, e tão incertas, que não há idade tão florente, nem saúde tão robusta, nem vida tão bem regrada, que tenha um só momento seguro.”

(Antonio Vieira, “Sermão de Quarta-feira de Cinza – ano de 1673”, em A arte de morrer. São Paulo: Nova Alexandria, 1994, p. 79.)

Nesta passagem de um sermão proferido em 1673, Antônio Vieira retomou os argumentos da pregação que fizera no ano anterior e acrescentou novas características à morte. Para comover os ouvintes, recorreu ao uso de anáforas.

Assinale a alternativa que corresponde ao efeito produzido pelas repetições no sermão.

A
A repetição busca sensibilizar os fiéis para o desengano da passagem do tempo.
B
A repetição busca demonstrar aos fiéis o temor de uma vida longeva.
C
A repetição busca sensibilizar os fiéis para o valor de cada etapa da vida.
D
A repetição busca demonstrar aos fiéis a insegurança de uma vida cristã.
d22bcf54-8c
UNICAMP 2021 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos de coesão usados na construção do texto, é correto afirmar que:

A Amazônia em chamas, a censura voltando, a economia estagnada, e a pessoa quer falar de quê? Dos cafonas. Do império da cafonice que nos domina. O cafona fala alto e se orgulha de ser grosseiro e sem compostura. Acha que pode tudo. Não há ética que caiba a ele. Enganar é ok. Agredir é ok. Gentileza, educação, delicadeza, para um convicto e ruidoso cafona, é tudo coisa de maricas. O cafona fura filas, canta pneus e passa sermões. Despreza a ciência, porque ninguém pode ser mais sabido que ele. O cafona quer ser autoridade, para poder dar carteiradas. Quer bajular o poderoso e debochar do necessitado. Quer andar armado. Quer tirar vantagem em tudo. Unidos, os cafonas fazem passeatas de apoio e protestos a favor. Atacam como hienas e se escondem como ratos. Existe algo mais brega do que um rico roubando? Algo mais chique do que um pobre honesto? É sobre isso que a pessoa quer falar, apesar de tudo que está acontecendo. Porque só o bom gosto pode salvar este país.

(Adaptado de Fernanda Young, Bando de cafonas. Publicado em https: //oglobo.globo.com/cultura/em-sua-ultima-coluna-fernanda-young-sent enciacafonice-detesta-arte-23903168. Acessado em 27/05/2020.)   

A
a “economia estagnada” é retomada no uso da expressão “dar carteiradas”.
B
o uso de “isso”, no final do texto, retoma as ideias de cafonice e honestidade.
C
“apesar de tudo”, na penúltima linha, retoma o que a autora denomina “império da cafonice”.
D
o “porque”, na última linha, explica que o país precisa do bom gosto dos cafonas.
0c251ff5-88
CEDERJ 2020 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

“Isso é uma média entre famílias brancas com números próximos dos outros países mais desenvolvidos e famílias negras e latinas que ficam próximas de países bem mais pobres” (1° parágrafo).
A palavra isso retoma a seguinte ideia:

A Covid-19 e a desigualdade

   Conforme o coronavírus se espalha, vemos mais diferenças ressaltadas. Em grande parte dos EUA, outro grupo de risco surgiu. Morrem proporcionalmente bem mais negros e latinos. O que não parece ser obra do vírus, mas sim das pessoas. Alguns índices de saúde dos EUA sempre foram os piores dos países de primeiro mundo, como a maior mortalidade infantil de filhos de mães jovens. Isso é uma média entre famílias brancas com números próximos dos outros países mais desenvolvidos e famílias negras e latinas que ficam próximas de países bem mais pobres.
  Além disso, negros e latinos exercem mais trabalhos essenciais, têm menos condições financeiras de ficar em casa, vivem em densidades maiores, têm mais diabetes, hipertensão, obesidade e outros complicadores da Covid-19.
   O mesmo deve acontecer no Brasil. Pesquisadores do grupo M ave, da Fiocruz, calcularam o índice de vulnerabilidade de brasileiros considerando acesso à saúde, esgoto tratado, eletricidade, IDH e outros indicadores de qualidade de vida. Todos são fatores necessários para as medidas mais importantes para barrar a pandemia e promover o distanciamento e higiene constante.
   Difícil ficar em casa quando é preciso andar quilômetros para ter água para lavar as mãos. E as regiões onde já vemos os sinais vermelhos, como partes do Amazonas e do Ceará, em que o sistema de saúde já está entrando em colapso, estão entre as regiões mais vulneráveis que observaram.
Atila lamarino (Trecho extraído e adaptado de: Folha de São Paulo, 19/04/2020)
A
os EU A não apresentam grupo de risco significativo
B
a população de negros e latinos está mais protegida da doença
C
o coronavírus se espalha de maneiras diferentes nos continentes
D
a taxa de mortalidade infantil de filhos de mães jovens é maior
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UDESC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Analise as proposições em relação ao conto As nove cantoras paralíticas, Péricles Prade, ao Texto, e assinale (V) para verdadeira e (F) para falsa.


( ) Nas estruturas “em virtude do raro talento que as domina” (linha 5) e “no quartinho onde costurava e bordava” (linha 16), as palavras destacadas, na morfologia, são pronomes relativos e têm como antecedentes, respectivamente, talento e quartinho.

( ) Da leitura do conto, pode-se, por inferência, fazer a analogia entre a paralisia das cantoras e a juventude eterna delas, como se ambas – paralisia e eternidade – não se movessem, não passassem por modificações, ficando sempre do mesmo modo.

( ) Em “Marcola que, segundo contam, há muito viera” (linhas 8 e 9) a palavra destacada pode ser substituída por desde que e, ainda assim, mantêm-se o sentido e a coerência no texto, pois tanto segundo como desde que, na morfologia, são conjunções subordinativas temporais.

( ) No conto, o fantástico e o maravilhoso transparecem em várias passagens, como ocorre no seguinte segmento: “Podem cantar meses a fio, sem cansaço, tendo a melodia a força de manter os habitantes em absoluto silêncio durante o longo período das canções” (linhas 6 e 7).

( ) As palavras “lugarejo” (linha 9), “quartinho” (linha 16), “viajante” (linha 8) e “comprador” (linha 10) apresentam sufixos que designam, sequencialmente, diminutivo, diminutivo, profissão e agrupamento.


Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

A
V – F – F – V – V
B
V – V – V – V – F
C
F – V – F – V – F
D
F – F – V – F – V
E
V – V – F – V – F