Questõesde UNIOESTE sobre Literatura

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Foram encontradas 19 questões
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Qual alternativa NÃO procede a respeito de Terras do sem fim, de Jorge Amado?

A
Na posse pelas terras para o plantio do cacau, o código que regula as relações de mandonismo dos coronéis é a lei do gatilho.
B
A narrativa da história das três irmãs prostitutas – Maria, Lúcia, Violeta – é intercalada à da morte e translado do pai defunto.
C
Ao descobrir a paixão da esposa Ester pelo advogado Virgílio, o Coronel Horácio assassina os dois amantes numa “pensão de luxo”, em Ilhéus.
D
Depois de ouvir a leitura da Bíblia, feita por Don’Ana, Sinhô Badaró ordena a invasão das matas de Sequeiro Grande, porque essa era a “vontade de Deus”.
E
O romance inicia com uma viagem de navio em cujos espaços delineiam-se os grupos que darão suporte à narrativa, marcada por “terras, dinheiro, cacau e morte”.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Barroco, Parnasianismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os poemas originais de onde os versos foram extraídos.

Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo.

De ficção e realidade: diálogo possível

– Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações, politicalha, trapaças...  
– Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro, valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”.
– Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto?  
– É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!...”. 
 – O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos.
– Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha!
– É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os cascalhos vela...”.
– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato?
– Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais equidade: “
– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes iguais”
– Então, ainda há o que cantar neste país?
– Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota esperança”.  
A
“Começa o mundo enfim pela ignorância” faz parte do poema barroco “À instabilidade das cousas do mundo”, de Gregório de Matos Guerra.
B
A “febre” e o “delírio que te há de matar”, simbolicamente, estão associados ao erotismo presente nos versos românticos de Álvares de Azevedo.
C
“O metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei” são versos atribuídos ao árcade inconfidente mineiro Tomás Antônio Gonzaga.
D
O verso “ser das gentes o espectro execrado” integra a maldição do velho tupi ao seu filho, no poema indianista de Gonçalves Dias.
E
“Ouro nativo que na ganga impura” corresponde a uma figura metafórica para Língua Portuguesa, do poeta parnasiano Olavo Bilac.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa INCORRETA, tendo em vista as citações dos contos de Machado de Assis e o que se declara a respeito.

A
“Escuta, nem divinizar o dinheiro, nem também bani-lo; não vamos crer que ele dá tudo, mas reconheçamos que dá alguma coisa e até muita coisa”. Ponderação de Nóbrega a seu amigo, o conselheiro, em A desejada das gentes, a respeito dos bens de Quintília, dizendo-lhe que não era só a beleza dela que a fazia atraente.
B
“– Não sei o que dirá a sua fisiologia. A minha, que é de profano, crê que aquela moça tinha ao casamento uma aversão puramente física. Casou meio defunta, às portas do nada”. Reflexão do conselheiro a seu amigo, contando-lhe que se casara com Quintília estando ela à beira da morte, em A desejada das gentes.
C
“[...] entre eles havia alguma dissonância de caracteres, pouca ou nenhuma afinidade moral, e da parte da mulher com o marido uns modos que transcendiam o respeito e confinavam na resignação e no temor”. Percepção da personagem Garcia a respeito do casal Fortunato e Maria Luísa em A causa secreta.
D
“Essa lua-de-mel durou apenas um quarto de lua. Como das outras vezes, e mais depressa ainda, os velhos mestres retratados o fizeram sangrar de remorsos. Vexado e enfastiado, Pestana arremeteu contra aquela que o viera consolar tantas vezes, musa de olhos marotos e gestos arredondados, fácil e graciosa”. Atitudes do compositor Pestana, em Um homem célebre, para com Sinhazinha Mota, a mulher com quem se casara.
E
“Com o fim de a pôr ali [a multidão], pegou de um pau, concitou os ânimos [...] e deitou abaixo o rei; mas entrando no paço, vencedor e aclamado, viu que o trono só dava para uma pessoa, e cortou a dificuldade sentando-se em cima”. Ação da personagem chamada Bernardino, um tanoeiro demagogo, em O dicionário.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Com base na leitura do texto, assinale a alternativa INCORRETA.

Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo.

De ficção e realidade: diálogo possível

– Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações, politicalha, trapaças...  
– Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro, valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”.
– Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto?  
– É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!...”. 
 – O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos.
– Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha!
– É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os cascalhos vela...”.
– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato?
– Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais equidade: “
– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes iguais”
– Então, ainda há o que cantar neste país?
– Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota esperança”.  
A
O tom paródico do texto ironiza a corrupção presente na atual política brasileira.
B
O texto ampara-se na relação existente entre literatura e realidade.
C
O “assalto do vampiro”, no texto, faz referência ao conto “O grande assalto”.
D
O “assalto do vampiro” remete ao escritor Dalton Trevisan, alcunhado, literariamente, de “O vampiro de Curitiba”.
E
De acordo com os versos finais de Manuel Bandeira, o “laboratório de erros” da política impede “a rota esperança”.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Com base no conto A nova Califórnia, de Lima Barreto, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Na descrição do Capitão Pelino, o narrador ironiza a literatura elitista, centrada na valorização da língua culta e das normas gramaticais.
B
Ao discorrer sobre a forma como Raimundo Flamel tratava as crianças, o narrador expõe mazelas do tecido social e racial brasileiro.
C
O erro do químico Flamel – semelhante ao do escritor francês Saint-Pierre, em relação aos escravos – foi desconsiderar o ambiente que o cercava.
D
Ao apontar o único crime registrado na pacífica cidade de Tubiacanga, o narrador ironiza os que se valem do poder na defesa dos próprios interesses.
E
Quando descobre o processo alquímico de fabricar ouro – a partir dos ossos das pessoas mortas – Raimundo Flamel é covardemente assassinado.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Em Terras do sem fim, quem é a personagem que, caracterizada pelo engrandecimento, aparece no romance através de histórias marcadas pela superstição, violência e desonestidade: venda da alma ao diabo, tocaia interesseira e mortes bárbaras: “cortara-lhe as orelhas, a língua, o nariz e os ovos”?

A
Coronel Horácio da Silveira.
B
Coronel Teodoro Martins.
C
Sinhô Badaró.
D
Juca Badaró.
E
Negro Damião.
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UNIOESTE 2016 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Em Vestida de preto, de Mário de Andrade, o reencontro do narrador com a prima Maria, por quem este nutriu uma intensa paixão juvenil, é marcado por um sentimento descrito como:

A
“só tristeza, só vazio”.
B
“a sensação da vontade de Deus”
C
“nada de amores perigosos”.
D
“Maria estava comigo em nosso amor”.
E
“indiferença, frieza viva, quase antipatia”.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

Para responder a esta questão, leia os excertos abaixo:


“Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto”.

“Voltei, abri a porta e ele ao me ver disse ‘não faça isso, doutor, só tenho o senhor no mundo’. Não acabou de falar ou se falou eu não ouvi, com o barulho do tiro”.

“— Será que ele está vendo a gente de algum lugar? — perguntou o rapazinho. Olhou para o alto — o teto ainda de luz acesa —, como se a alma do morto estivesse por ali, observando-os; não viu nada, mas sentia como se a alma estivesse por ali”.

“Ai, por que não fugi? Pegou a vassoura atrás da porta e me encheu de pancada. Me desviei, a criança ali nos braços, o cabo deu no canto da mesa e se quebrou”.


Os fragmentos acima correspondem, respectivamente, aos seguintes contos:

A
“O arquivo”, “Morre desgraçado”, “O outro”, “O negócio”.
B
“Peru de Natal”, “O outro”, “Fazendo a barba”, “Morre desgraçado”.
C
“Pai contra mãe”, “O enfermeiro”, “O negócio”, “Morre desgraçado”.
D
“Fazendo a barba”, “O enfermeiro”, “O espelho”, “O outro”.
E
“Peru de Natal”, “O outro”, “O espelho”, “Pai contra mãe”.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Teoria Literária

No que tange o romance Fogo morto, de José Lins do Rego, é CORRETO afirmar que:

A
a obra fora escrita para denunciar o cangaço e o cangaceiro, representados na personagem Antônio Silvino, que espalhava terror e morte pelo Nordeste brasileiro, mormente na década de 30.
B
trata-se de um romance panfletário, de tom político, pois nota-se a denúncia dos problemas sociais: a miséria, a fome, a seca que assolam o sertão nordestino da época.
C
o título “fogo morto” aponta para a decadência em sentido amplo, tanto do engenho que cede lugar à usina, quanto da expressão de um Nordeste decadente.
D
a obra Fogo morto pertence ao ciclo do cangaço, juntamente a outros dois romances do autor: Pedra bonita e Cangaceiros, haja vista a decadência do engenho.
E
Coronel Lula, Capitão Vitorino e Capitão Antônio Silvino são representantes do Exército nacional, que tiveram ascensão no Nordeste brasileiro na década de 40.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

Sobre o conto “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector, é CORRETO afirmar que:

A
traz um protagonista masculino, o que é típico do universo ficcional desta escritora.
B
traz um narrador masculino envolvido por personagens femininas, como estratégia de reafirmação da posição feminina no universo ficcional.
C
traz um narrador feminino, marcado pela falta, por uma carência que são típicas da humanidade tal como costuma ser descrita no universo ficcional desta escritora.
D
traz como narrador-protagonista uma personagem imbuída de bastante poder, para questionar a forma como ela lida com ele cotidianamente.
E
traz uma narradora observadora, que critica o comportamento masculino para reafirmar-se diante dos homens.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Sobre o conto “O outro”, de Rubem Fonseca, assinale a alternativa INCORRETA.

A
O conto apresenta, por meio da tensão da narrativa, o medo da convivência de um executivo com um pedinte.
B
O espaço da ação é a cidade, permeado pela insegurança e a instabilidade das relações sociais.
C
Vivendo em um grande centro urbano, apressado para chegar no horário, preocupado com o trabalho, numa rotina inflexível, o narrador-personagem nos alerta que algo vai mudar ao sentir uma forte taquicardia.
D
A mudança na rotina do personagem, proposta pelo médico cardiologista, é aceita sem ressalvas pelo executivo.
E
Ao olhar nos olhos do pedinte, o executivo percebe tratar-se de um menino franzino.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Parnasianismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

Leia atentamente o excerto do soneto “O acendedor de lampiões”, de Jorge de Lima, e assinale a opção CORRETA.


“Triste ironia atroz que o senso humano irrita: –
ele que doira a noite e ilumina a cidade,
talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
crenças, religiões, amor, felicidade,
como este acendedor de lampiões da rua!” 

A
Trata-se de um soneto decassílabo, com rimas externas, denotando, pelo cuidado com a forma e temática, pertencer ao movimento parnasiano.
B
O poema retrata a amargura da profissão de acendedor lampiões em uma sociedade que não valoriza o trabalho, tampouco o trabalhador braçal.
C
O soneto retrata a miséria nos subúrbios dos grandes centros brasileiros, onde a situação é tão precária que não há luz elétrica para os moradores.
D
A temática proposta no poema faz alusão à hipocrisia humana, principalmente no que diz respeito à crença, religião, amor, felicidade.
E
Acender lampiões se traduz como um ato de coragem, de bravura, pois o acendedor de lampiões não se cansa de executar seu trabalho.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Parnasianismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

Leia atentamente o fragmento abaixo, retirado do soneto “O incêndio de Roma”, de Olavo Bilac, e assinale a alternativa CORRETA.


               “Nero, com o manto grego ondeando ao ombro, assoma
  entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte,
lira em punho, celebra a destruição de Roma”.

A
A temática proposta, isto é, a Antiguidade Clássica, bem como o cuidado formal, soneto com versos alexandrinos, é inerente ao Parnasianismo.
B
O movimento parnasiano no Brasil tem início com a publicação de Missal e broquéis, de Cruz e Souza
C
Pode-se afirmar, pelo caudal da obra que produziram, que Olavo Bilac e Cruz e Souza foram os grandes nomes da literatura parnasiana brasileira.
D
O nome Parnasianismo deriva de Arcádia, região da Grécia, onde vivem em harmonia com a natureza, simbolizando um ideal de vida.
E
Simbolismo e Parnasianismo no Brasil produziram temas e textos análogos dada a proximidade temporal entre as duas escolas, a ponto de muitos teóricos fundirem e confundirem as expressões de cada movimento literário.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Teoria Literária

No que concerne ao conto “Pai contra mãe”, de Machado de Assis, é CORRETO afirmar.

A
Neste conto, descreve-se o conflito familiar entre o pai, Candinho, e a mãe, Clara, que debatiam sobre a escravidão. Ela mostrava-se favorável a ter escravos, ao passo que Candido Neves era contrário.
B
No conto em questão não há meio tom, contorno indefinido, sugestão. Machado fala abertamente sobre a escravidão no Brasil, mostrando as mazelas do escravizado.
C
Neste conto, Arminda é a escravizada, que grávida, fugira da casa do seu dono para ter o filho em segurança e levá-lo para a roda dos enjeitados.
D
Predomina no conto uma visão romântica em que o pai, depois de receber o dinheiro, recobra o filho, obtendo com isso o perdão da tia Mônica e o amor da esposa, Clara.
E
Neste conto, Cândido Neves e a moça Clara tiveram um filho, Albino.
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UNIOESTE 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Tendo por base Esses Lopes, de João Guimarães Rosa, conto do qual foi extraído o texto abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.


“Quero falar alto. [...] A maior prenda, que há, é ser virgem. [...] Me valia ter pai e mãe, sendo órfã de dinheiro? [...] Eu queria me chamar Maria Miss, reprovo o meu nome, de Flausina. [...] E veio aquele, Lopes, chapéu grandão, aba desabada. [...] Aguentei aquele caso corporal. [...] Varri casa, joguei o cisco para a rua, depois do enterro. [...] E os Lopes me davam sossego? Dois deles, tesos, me requerendo, o primo e o irmão do falecido. [...] Mas um, mais, porém, ainda me sobrou, Sorocabano Lopes, velhoco, o das fortes propriedades. [...] De hoje por diante, só muito casada! [...] Quero o bom-bocado que não fiz, quero gente sensível. [...] Lopes, não! – desses me arrenego.”

A
Flausina, a personagem narradora, apesar do abuso machista e de ter filhos de pais diferentes, revela-se mãe exemplar.
B
A protagonista consegue livrar-se dos Lopes e garantir sua sobrevivência mediante intriga, astúcia e ações mortais planejadas.
C
O domínio da escrita e da leitura é um dos instrumentos de que se vale Flausina para corroborar sua vingança.
D
Instantâneos da vida sertaneja, costumes, ambiente e personagens do sertão são representados a partir de uma técnica estética inovadora.
E
Subjacente ao discurso da mulher que se vinga das humilhações sofridas, está o discurso do prazer pelas desmedidas vinganças praticadas.
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UNIOESTE 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Qual das afirmativas NÃO é procedente em relação ao romance Fogo morto, de José Lins do Rego?

A
Ambientado na região açucareira do nordeste, na Várzea do Rio Paraíba, seu autor integra a geração regionalista dos anos 30.
B
É dividido em quatro partes, centradas, respectivamente nos seguintes temas: Mestre Zé Amaro; Maria Bonita e os cangaceiros; O coronel e o lobisomem; A usina do seu Lula de Holanda.
C
Evidencia o tema da contestação armada à ordem vigente, representado pelo cangaço e o bando de Antônio Silvino.
D
A educação para o casamento e a desintegração familiar caracterizaram a trágica condição das moças solteiras, a exemplo de Marta e Neném.
E
Traça a história completa da ascensão à decadência de uma casa e sua família, cujo símbolo é o engenho Santa Fé e seus proprietários.
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UNIOESTE 2017 - Literatura - Simbolismo, Parnasianismo, Escolas Literárias

Tendo em vista os tercetos abaixo e os poemas de onde foram extraídos, O Incêndio de Roma e Sinfonias do Ocaso, bem como seus respectivos autores, Olavo Bilac e Cruz e Sousa, assinale a alternativa INCORRETA.


“Nero, com o manto grego ondeado ao ombro, assoma
Entre os libertos, e ébrio, engrinaldada a fronte,
Lira em punho, celebra a destruição de Roma”.


“Ah! por estes sinfônicos ocasos
A terra exala aromas de áureos vasos,
Incensos de turíbulos divinos”.

A
A impassibilidade de Nero (1º terceto) perante o incêndio devastador pode ser interpretada como a representação ideal do artista na estética parnasiana.
B
A destruição de Roma (1º terceto) alude a um fato histórico e faz do Imperador Nero a representação de um louco.
C
Ao contrário de Olavo Bilac, Cruz e Sousa conseguiu vencer os preconceitos e sobrepor-se ao jugo de uma sociedade hostil e escravocrata.
D
A exploração da musicalidade, de assonâncias e de aliterações e a presença de vocabulário litúrgico são comuns na poesia de Cruz e Sousa.
E
A percepção do objeto (pôr do sol) não pela visão, mas pela audição – sinestesia – caracteriza o poema aludido no 2º terceto.
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UNIOESTE 2017 - Literatura - Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Com base nos contos e o que se declara a respeito, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Em alusão à escravidão negra, os dois contos de Machado de Assis – Pai Contra Mãe e O Caso da Vara – tematizam o universo do interesse pessoal sobrepondo-se ao compromisso moral.
B
Ao concluir o conto O Enfermeiro com a frase “Bem-aventurados os que possuem, porque eles serão consolados”, Machado de Assis denuncia o poder corruptor da riqueza, capaz de aplacar o remorso da consciência de Procópio, o protagonista.
C
O fantástico e o absurdo estão presentes na metáfora burocrática e impessoal d’O arquivo – conto homônimo de Victor Giudice – para explicitar a reificação humana.
D
Os dois contos de Simões Lopes Neto envolvem paixão e morte: No Manantial, a donzela Maria Altina é o motivo da violenta obsessão de Chicão; em O Negro Bonifácio, a violência chega ao clímax no ato selvagem de castração infligido por Tudinha ao negro Bonifácio.
E
Em O Homem que Sabia Javanês, por meio do personagem Policarpo, Lima Barreto critica o patriotismo corrupto e propõe três projetos capazes de salvar o País: cultural, agrícola e político.
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UNIOESTE 2017 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

Tendo em vista a Carta XVII ao Rei D. Afonso VI, escrita pelo Pe. Antônio Vieira, assinale a alternativa que NÃO condiz com as afirmações do autor.

A
Aponta injustiças e tiranias impostas, afirmando que no espaço de quarenta anos se mataram e se destruíram, pela costa e sertões desta terra, mais de dois milhões de índios.
B
Solicita ao Rei não apenas a firmeza da lei, mas a necessidade de castigo aos que a violarem, e afirma que há religiosos corruptos que apregoam e fazem o contrário do que deveriam fazer
C
Insinua, em tom profético, que Deus castiga os reis injustos, e exemplifica que puniu o Faraó do Egito, tirando-lhes os primogênitos, por este consentir no cativeiro do povo hebreu.
D
Pede ao Rei que envie mais governadores e capitães-mores, tão decentes quanto os que aqui estão, pois só esses conseguem refrear a ganância e a imoralidade dos portugueses.
E
Afirma que os índios livres das aldeias, assistidos pelos missionários, estão tão bem instruídos na doutrina cristã quanto os portugueses que melhor a dominam.