Questão 58e00b1a-af
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os poemas originais de onde os versos foram
extraídos.
Assinale a alternativa INCORRETA, considerando os poemas originais de onde os versos foram
extraídos.
Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo.
De ficção e realidade: diálogo possível
– Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações,
politicalha, trapaças... – Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro,
valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”.
– Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto? – É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre
que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!...”. – O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos.
– Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro
branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada
recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha!
– É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os
cascalhos vela...”.
– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato?
– Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais
equidade: “– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes
iguais”– Então, ainda há o que cantar neste país?
– Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o
labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota
esperança”.
Instrução: para responder a questão, leia o texto abaixo.
De ficção e realidade: diálogo possível
– Literatura é fuga do real, cara! Veja o Brasil que temos: propina, tráfico de influência, delações,
politicalha, trapaças...
– Quem disse que a Literatura não tem os pés fincados na realidade? Para o momento brasileiro,
valem os versos: “Começa o mundo enfim pela ignorância,/ e tem qualquer dos bens por natureza”.
– Que bens? A rifa das licitações? O propinoduto?
– É isso mesmo, cara! Diferente do fantasma romântico, parece que o dinheiro virou uma “febre
que nunca descansa,/ O delírio que te há de matar!...”.
– O que nós temos é uma safra de corruptos e corrompidos.
– Verdade! Sujeito assim safado mereceria “ser das gentes o espectro execrado”. O tal “Ouro
branco! Ouro preto! Ouro podre” corrompeu muito político. “De cada ribeirão trepidante e de cada
recosto/ de montanha, o metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei”. Que vergonha!
– É! Mas, certamente, esse não é o “Ouro nativo que na ganga impura/ A bruta mina entre os
cascalhos vela...”.
– Sei lá! O que mais nos reserva a Lava-Jato?
– Veja só, cara! Ouvindo os noticiários, tenho a impressão que o assalto do vampiro tem mais
equidade: “
– Cê vem com a gente. É uma loja. Nós roubamos e dividimos o dinheiro. Em partes
iguais”
– Então, ainda há o que cantar neste país?
– Claro! Vai o legado das Olimpíadas e das Paralimpíadas: “Entre o laboratório de erros/ e o
labirinto de surpresas,/ canta o conhecimento do limite,/ a madura experiência a brotar da rota
esperança”.
A
“Começa o mundo enfim pela ignorância” faz parte do poema barroco “À instabilidade das
cousas do mundo”, de Gregório de Matos Guerra.
B
A “febre” e o “delírio que te há de matar”, simbolicamente, estão associados ao erotismo
presente nos versos românticos de Álvares de Azevedo.
C
“O metal rolou na cascalhada/ Para o fausto d’El-Rei” são versos atribuídos ao árcade
inconfidente mineiro Tomás Antônio Gonzaga.
D
O verso “ser das gentes o espectro execrado” integra a maldição do velho tupi ao seu filho,
no poema indianista de Gonçalves Dias.
E
“Ouro nativo que na ganga impura” corresponde a uma figura metafórica para Língua
Portuguesa, do poeta parnasiano Olavo Bilac.