Qual das afirmativas NÃO é procedente em relação ao romance Fogo morto, de José Lins do
Rego?
Gabarito comentado
Tema central da questão: A questão exige conhecimento sobre o romance Fogo Morto, de José Lins do Rego, relacionando-o à estrutura narrativa, personagens e principais tópicos temáticos da obra no contexto do regionalismo brasileiro.
Conceito fundamental: O regionalismo dos anos 30 busca retratar de modo realista as condições sociais, econômicas e culturais do Nordeste. Fogo Morto é referência nesse movimento, abordando a decadência dos engenhos e dos valores patriarcais do campo nordestino.
Justificativa da alternativa correta (B):
A alternativa B é incorreta porque afirma que o romance é dividido em quatro partes, tratando temas e personagens que não correspondem ao que consta efetivamente na obra. Fogo Morto é dividido em três partes:
- O Mestre José Amaro: Foca no seleiro pobre, representante dos pequenos trabalhadores do engenho.
- O Engenho de Seu Lula: Centra-se no proprietário decadente do Engenho Santa Fé.
- O Capitão Vitorino: Apresenta o defensor dos antigos valores, de personalidade quixotesca.
Não há partes dedicadas a "Maria Bonita e os cangaceiros" ou "O coronel e o lobisomem", e citar "A usina do seu Lula de Holanda" não condiz com a real estrutura do enredo. Portanto, essa alternativa é a não procedente.
Análise das alternativas incorretas:
- A) Correta. A ambientação é a zona açucareira do Nordeste, Várzea do Rio Paraíba, e o autor integra o regionalismo de 30.
- C) Correta. O cangaço, simbolizado pelo bando de Antônio Silvino, representa a contestação social e está presente na obra.
- D) Correta. A condição das moças solteiras, como Marta e Neném, ilustra bem a opressão e as expectativas da sociedade patriarcal.
- E) Correta. A história mostra a ascensão, apogeu e decadência do Engenho Santa Fé e de seus donos.
Dicas para provas: Fique atento à estrutura real das obras. Muitas pegadinhas de concursos alteram detalhes na quantidade de capítulos, personagens centrais ou pontos-chave do enredo. Sempre relacione as alternativas com as características concretas do livro estudado. Termos específicos como “usina”, “cangaceiros” ou proximidade de nomes (Maria Bonita não é personagem de Fogo Morto) costumam ser armadilhas.
Resumo final: A alternativa B é a única não procedente, pois deturpa a estrutura do romance. Conhecer profundamente as divisões e personagens do livro é essencial para gabaritar esse tipo de questão.
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