Questõessobre Escolas Literárias
Assinale o que for incorreto sobre Clarice Lispector e seus contos em Laços de Família.
Sobre Dias Gomes e O Pagador de Promessas é correto afirmar que:
No trecho, o “sapo-tanoeiro” representa uma sátira aos
Leia o trecho do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira.
O sapo-tanoeiro
[...]
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia
Mas há artes poéticas...”
(Estrela da vida inteira, 1993.)
Leia o fragmento de O visitante, de Hilda Hilst, para responder
a QUESTÃO.
O visitante (1968)
ANA (tecendo ou próximo do tear, como se estivesse
acabado de tecer alguma coisa): muitas vezes tenho
saudade das tuas pequenas roupas. Eram tão macias!
(sorrindo) Tinha uma touca que, por engano meu, quase te
cobria os olhos.
MARIA (seca): É bem do que eu preciso ainda hoje:
antolhos.
ANA (meiga): E uma camisola tão comprida... branca. Nos
punhos e no decote, coloquei umas fitas. E te arrastavas,
choravas se, de repente, na noite, não me vias.
MARIA: Agora vejo-te sempre. Cada noite. Cada dia.
(pausa)
ANA: Eras mansa. Me amavas. Ainda me amas agora?
MARIA: Ah, que pergunta! As coisas se transformam. Nós
também.
ANA: A casa ainda é a mesma. E a mesa e...
MARIA (interrompendo): A casa, a mesa... todas essas
coisas vivem mais do que nós. Ficam aí paradas. E assim
mesmo envelhecem. Tu pensas que são as mesmas coisas
e não são. (...)
Fonte: HILST, Hilda. Volume I. São Paulo: Nankin Editorial, 2000, p. 101.
Considerando a leitura do trecho de O visitante, assinale a
alternativa CORRETA quanto ao gênero literário.
Leia o fragmento do poema Cantoria, de Cora Coralina, para responder a QUESTÃO.
CantoriaMeti o peito em Goiáse canto como ninguém.Canto as pedras,canto as águas,as lavadeiras, também.
Cantei um velho quintalcom murada de pedra.Cantei um portão altocom escada caída.
Cantei a casinha velhade velha pobrezinha.Cantei colcha furadaestendida no lajedo;muito sentida,pedi remendos pra ela. (...)
Fonte: CORALINA, Cora. Meu livro de Cordel. São Paulo: Global, 2013, p. 9.
A partir da leitura do excerto de Cantoria, é INCORRETO
afirmar que
Leia a seguir o fragmento do poema Mundo Pequeno, de
Manoel de Barros, para responder a QUESTÃO.
Mundo Pequeno
Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença
delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor,
esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
– Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença, pode muito que você carregue para o resto da vida um certo gosto por nadas...
E se riu.
Você não é de bugre? – ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em
estradas –
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
agramática.
Fonte: BARROS, Manoel de. O livro das Ignorãças. In: Poesia completa. São
Paulo: Leya, 2010, p. 319-320.
O excerto do poema traz o descobrimento, inquietação e
questionamento do menino Manoel pela “doença das frases”.
É CORRETO afirmar que esta doença pode ser lida como um
desvio:
Leia o fragmento de Terra Sonâmbula, do escritor
moçambicano Mia Couto, para responder a QUESTÃO.
Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos
caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre cinzas e
poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas nunca vistas, em
cores que se pegavam à boca. Eram cores sujas, tão sujas que
tinham perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de
levantar asas pelo azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os
viventes se acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem
da morte. (...)
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9.
Observando a passagem do romance, é CORRETO afirmar que
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
No verso “Não permita Deus que eu morra”, o eu lírico se dirige diretamente a Deus, tomando-o como seu interlocutor.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
No verso “Não permita Deus que eu morra”, o eu lírico se dirige diretamente a Deus, tomando-o como seu interlocutor.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
O poema é representante do nacionalismo literário romântico.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
O poema é representante do nacionalismo literário romântico.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
Depreende-se do poema que o eu lírico considera impossível retornar à pátria “Onde canta o Sabiá”.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
Depreende-se do poema que o eu lírico considera impossível retornar à pátria “Onde canta o Sabiá”.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Um recurso literário usado pela autora no poema é a atribuição de características humanas a figuras não humanas.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Um recurso literário usado pela autora no poema é a atribuição de características humanas a figuras não humanas.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
Na segunda estrofe, os pronomes possessivos “nosso”, “nossas”, “nossos” e “nossa” referem-se a elementos da pátria de onde o eu lírico está anterior.
Tendo como referência o poema Canção do exílio , escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
Na segunda estrofe, os pronomes possessivos “nosso”, “nossas”, “nossos” e “nossa” referem-se a elementos da pátria de onde o eu lírico está anterior.
Tendo como referência o poema Canção do exílio, escrito pela poeta Gonçalves Dias e publicado em 1846, julgue o item a seguir.
Verifica-se no poema um sentimento de repulsa do eu lírico em relação à própria pátria, por estar em uma terra distante.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
O eu lírico se apresenta como uma pessoa alheia ao movimento de degradação da natureza.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
O eu lírico se apresenta como uma pessoa alheia ao movimento de degradação da natureza.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Graça Graúna emprega uma linguagem predominantemente denotativa ao falar dos quatro elementos da natureza.
Considerando o poema Caos climático , de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
Graça Graúna emprega uma linguagem predominantemente denotativa ao falar dos quatro elementos da natureza.
Considerando o poema Caos climático, de Graça Graúna, julgue o item a seguir.
O poema expresso o sentimento lírico de preocupação com a devastação da natureza em prol do lucro.
Um aspecto do poema em que se manifesta a persistência
de um valor afirmado também no Modernismo da década de
1920 é o
Considere as imagens e o texto, para responder à questão.
II / São Francisco de Assis
Senhor, não mereço isto.
Não creio em vós para vos amar.
Trouxestesme a São Francisco
e me fazeis vosso escravo.
Não entrarei, senhor, no templo,
seu frontispício me basta.
Vossas flores e querubins
são matéria de muito amar.
Dai-me, senhor, a só beleza
destes ornatos. E não a alma.
Pressente-se dor de homem,
paralela à das cinco chagas.
Mas entro e, senhor, me perco
na rósea nave triunfal.
Por que tanto baixar o céu?
por que esta nova cilada?
Senhor, os púlpitos mudos
entretanto me sorriem.
Mais que vossa igreja, esta
sabe a voz de me embalar.
Perdão, senhor, por não amar-vos.
Carlos Drummond de Andrad
*O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012
Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das
igrejas sob a estética do Barroco:
I. Unemse, no edifício, diferentes artes, para assaltar de
uma vez os sentidos, de modo que o público não possa
escapar.
II. O arquiteto procurava surpreender o observador,
suscitando nele uma reação forte de maravilhamento.
III. A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam
encenar, entre outras coisas, a preeminência da Igreja.
A experiência que se expressa no poema de Drummond
registra, em boa medida, as reações do eu lírico ao que se
encontra registrado em
Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das igrejas sob a estética do Barroco:
I. Unemse, no edifício, diferentes artes, para assaltar de uma vez os sentidos, de modo que o público não possa escapar.
II. O arquiteto procurava surpreender o observador, suscitando nele uma reação forte de maravilhamento.
III. A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam encenar, entre outras coisas, a preeminência da Igreja.
A experiência que se expressa no poema de Drummond registra, em boa medida, as reações do eu lírico ao que se encontra registrado em
Considere as imagens e o texto, para responder à questão.
II / São Francisco de Assis
Senhor, não mereço isto.
Não creio em vós para vos amar.
Trouxestesme a São Francisco
e me fazeis vosso escravo.
Não entrarei, senhor, no templo,
seu frontispício me basta.
Vossas flores e querubins
são matéria de muito amar.
Dai-me, senhor, a só beleza
destes ornatos. E não a alma.
Pressente-se dor de homem,
paralela à das cinco chagas.
Mas entro e, senhor, me perco
na rósea nave triunfal.
Por que tanto baixar o céu?
por que esta nova cilada?
Senhor, os púlpitos mudos
entretanto me sorriem.
Mais que vossa igreja, esta
sabe a voz de me embalar.
Perdão, senhor, por não amar-vos.
Carlos Drummond de Andrad
*O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012