Questõessobre Literatura

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ENEM 2020 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Seixas era homem honesto; mas ao atrito da secretaria e ao calor das salas, sua honestidade havia tomado essa têmpera flexível da cera que se molda às fantasias da vaidade e aos reclamos da ambição.


Era incapaz de apropriar-se do alheio, ou de praticar um abuso de confiança; mas professava a moral fácil e cômoda, tão cultivada atualmente em nossa sociedade.


Segundo essa doutrina, tudo é permitido em matéria de amor; e o interesse próprio tem plena liberdade, desde que se transija com a lei e evite o escândalo.


ALENCAR, J. Senhora. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.


A literatura romântica reproduziu valores sociais em sintonia com seu contexto de mudanças. No fragmento de Senhora, as concepções românticas do narrador repercutem a

A
resistência à relativização dos parâmetros éticos.
B
idealização de personagens pela nobreza de atitudes.
C
crítica aos modelos de austeridade dos espaços coletivos.
D
defesa da importância da família na formação moral do indivíduo.
E
representação do amor como fator de aperfeiçoamento do espírito.
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ENEM 2020 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

O laço de fita


Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...

Prendi meus afetos, formosa Pepita.


Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!

Não rias, prendi-me

Num laço de fita.

Na selva sombria de tuas madeixas,

Nos negros cabelos de moça bonita,

Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,


Formoso enroscava-se

O laço de fita.


[...]


Pois bem! Quando um dia na sombra do vale

Abrirem-me a cova... formosa Pepita!


Ao menos arranca meus louros da fronte,

E dá-me por c'roa...

Teu laço de fita.


ALVES, C. Espumas flutuantes. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 ago. 2015 (fragmento).


Exemplo da lírica de temática amorosa de Castro Alves, o poema constrói imagens caras ao Romantismo. Nesse fragmento, o lirismo romântico se expressa na

A
representação infantilizada da figura feminina.
B
criatividade inspirada em elementos da natureza.
C
opção pela morte como solução para as frustrações.
D
ansiedade com as atitudes de indiferença da mulher.
E
fixação por signos de fusão simbólica com o ser amado.
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UNESP 2021 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo



A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do

A
Realismo.
B
Romantismo.
C
Arcadismo.
D
Barroco.
E
Naturalismo.
fe56a51f-6a
UNESP 2021 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

Futurismo. O Manifesto Futurista, de autoria do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), foi publicado em Paris em 1909. Nesse manifesto, Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: “queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários”. Falando da Itália para o mundo, o Futurismo coloca-se contra o “passadismo” burguês e o tradicionalismo cultural. A exaltação da máquina e da “beleza da velocidade”, associada ao elogio da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política.

(https://enciclopedia.itaucultural.org.br. Adaptado.)


Verifica-se a influência dessa vanguarda artística nos seguintes versos do poeta português Fernando Pessoa:

A

Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante!

Outra vez a obsessão movimentada dos ônibus.

E outra vez a fúria de estar indo ao mesmo tempo

                                            [dentro de todos os comboios

De todas as partes do mundo,

De estar dizendo adeus de bordo de todos os navios,

Que a estas horas estão levantando ferro ou

                                            [afastando-se das docas.

B

O sonho é ver as formas invisíveis

Da distância imprecisa, e, com sensíveis

Movimentos da esprança e da vontade,

Buscar na linha fria do horizonte

A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —

Os beijos merecidos da Verdade.

C

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...

Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...

E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas

Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso...

D

Não me compreendo nem no que, compreendendo, faço.

Não atinjo o fim ao que faço pensando num fim.

É diferente do que é o prazer ou a dor que abraço.

Passo, mas comigo não passa um eu que há em mim.

E

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena

                                                                [cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como

                                                                                [o rio.

Mais vale saber passar silenciosamente

                    E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam

                                                                            [a voz,

Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,

Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre

                                                                        [correria,

                    E sempre iria ter ao mar.

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UNESP 2021 - Literatura - Barroco, Modernismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo


A obra Prisão de Tiradentes (datada de 1914), do pintor brasileiro Antônio Parreiras (1860-1937), remete a evento histórico relacionado ao seguinte movimento literário brasileiro:

A
Barroco.
B
Arcadismo.
C
Romantismo.
D
Realismo.
E
Modernismo.
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ENEM 2020 - Literatura - Classificação dos Gêneros Literários, Gêneros Literários

    Montaigne deu o nome para um novo gênero literário; foi dos primeiros a instituir na literatura moderna um espaço privado, o espaço do “eu", do texto intimo. Ele cria um novo processo de escrita filosófica, no qual hesitações, autocríticas, correções entram no próprio texto.

COELHO. M. Montaigne.  São Paulo Publicita. 2001 (adaptado).

O novo gênero de escrita aludido no texto é o(a)

A
confissão, que relata experiências de transformação.
B
ensaio, que expõe concepções subjetivas de um tema.
C
carta, que comunica informações para um conhecido.
D
meditação, que propõe preparações para o conhecimento.
E
diálogo, que discute assuntos com diferentes interlocutores.
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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Drummond é um dos maiores representantes do movimento modernista brasileiro. Desenhou poeticamente as inquietudes e os dilemas humanos.
Tendo em vista os procedimentos de construção do texto literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema acima:

Texto 3:

Canção amiga
Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça,
Todas as mães se reconheçam,
E que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países.
Se não me veem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças.
(DRUMMOND, Carlos. In: Novos Poemas)
A
representa o modernismo, devido ao tom de ruptura e à utilização de usos linguísticos típicos da oralidade.
B
apresenta uma característica importante do gênero lírico, a apresentação objetiva de fatos.
C
expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças.
D
critica a inutilidade do poeta e da poesia, sobretudo aquela que não possui tom pomposo.
E
apresenta influências românticas, por tratar da individualidade, da saudade da infância.
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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo foi um movimento literário e artístico do início do séc. XX, cujo objetivo era o rompimento com o tradicionalismo, a libertação estética, a experimentação constante. O poema Nova Poética constitui exemplo das propostas modernistas.
Não se encontram características do movimento modernista em:

Vou lançar a poesia do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa do brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, [as virgens cem por cento [e as amadas que envelhecem sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 1986)
A
Provisoriamente não cantaremos o amor/que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos/Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços/não cantaremos o ódio porque esse não existe.
B
O meu nome é Severino, como não tenho outro de pia/Como há muitos Severinos, que é santo de romaria/deram então de me chamar Severino de Maria.
C
Ora (direis) ouvir estrelas! Certo/Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto/Que, para ouvi-las, muita vez desperto/E abro as janelas, pálido de espanto.
D
Vou-me embora pra Pasárgada/ Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolherei.
E
Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher de nuvens/a fruta sem preço/O poema, senhores/não fede/nem cheira.
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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Teoria Literária

Texto 3:Canção amiga 

Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça,
Todas as mães se reconheçam,
E que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países.
Se não me veem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças.

(DRUMMOND, Carlos. In: Novos Poemas)


Sobre a linguagem do poema, nota-se que foi empregada com o objetivo principal de: 

A
fazer referência a acontecimentos, transmitindo informações acerca do mundo exterior.
B
persuadir o leitor, em um forte apelo à sua sensibilidade.
C
demonstrar o processo de construção do poema, observando o papel da linguagem e do poeta
D
focalizar os sentimentos do eu lírico, suas sensações, reflexões e opiniões frente ao mundo real.
E
estabelecer contato comunicativo entre o emissor da mensagem e o receptor.
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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Teoria Literária

Poeta do Modernismo, Manuel Bandeira escreveu vários poemas que podem ser considerados “poéticas”, ou seja, eles tratam do “fazer poesia”, ora dizendo para que a poesia serve, ora dizendo como ela deve ser.
Indique a alternativa em que NÃO fragmento de texto com a mesma intenção poética:

Vou lançar a poesia do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa do brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, [as virgens cem por cento [e as amadas que envelhecem sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 1986)
A
Não faças versos sobre acontecimentos./Não há criação nem morte perante a poesia. (Drummond, À procura da poesia)
B
Penetra surdamente no reino das palavras./Lá estão os poemas que esperam ser escritos.(Drummond, À procura da poesia)
C
De onde ela vem?! De que matéria bruta/Vem essa luz que sobre as nebulosas. (Augusto do Anjos/ A ideia)
D
Não me importa a palavra, esta corriqueira./Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe ( Adélia Prado/ Antes do nome)
E
Não sei quantas almas tenho./Cada momento mudei.(Fernando Pessoa/ Não sei quantas almas tenho)
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UEL 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

A fala de Eduardo a respeito de ser pobre em O demônio familiar levanta a questão da representação dos pobres em textos literários. Assinale a alternativa que contém a correta correlação entre a obra referida e a temática da pobreza.

Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio familiar e responda à questão

EDUARDO (Rindo-se) -– Eis um corretor de casamentos, que seria um achado precioso para certos indivíduos do meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
PEDRO -– Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor! Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
EDUARDO -– E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato mais como um amigo do que como um escravo?
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o senhor tivesse muito dinheiro e comprasse carro bem bonito para... EDUARDO -– Para... Dize!
PEDRO -– Para Pedro ser cocheiro de senhor!
EDUARDO -– Então a razão única de tudo isto é o desejo que tens de ser cocheiro?
PEDRO — Sim, senhor!
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te importava que eu ficasse mal com a pessoa que estimava; que me casasse com uma velha ridícula, que vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo dar-me por muito feliz, que fosse esse motivo frívolo, mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança. (Eduardo sai.)

ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 54-55. 
A
Nos Poemas escolhidos, Gregório de Matos ressalta que os pobres são aqueles excluídos de negócios escusos, sem deixar de considerar seus envolvimentos pouco nobres com os mais ricos e poderosos.
B
Em Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade exclui os pobres de seu foco, pois o poeta está concentrado na movimentação das elites econômicas.
C
Em Amor de perdição, Camilo Castello Branco dirige sua atenção para o modo como os pobres se organizam, com a finalidade de trair os mais ricos e tirá-los do poder.
D
Em Clara dos Anjos, Lima Barreto constrói a representação dos pobres, transferindo-lhes seu espírito de militância, por meio de reivindicações políticas e coletivas.
E
Em Quarenta dias, Maria Valéria Rezende vê como imagens mais marcantes dos pobres a violência e o individualismo, o que leva a protagonista a apegar-se cada vez mais a uma vida materialmente confortável.
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UEL 2019 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Sobre as relações entre O demônio familiar e o Romantismo, considere as afirmativas a seguir.

I. O vínculo da peça com o Romantismo decorre do franco abolicionismo, apesar da negação da concessão de alforria a Pedro.
II. A comicidade da peça realça a tonalidade romântica, pois expõe a fragilidade da nobreza de caráter como marca central do estilo de época.
III. A defesa da família e o discurso moralista predominam como forma de exaltação de valores românticos.
IV. A relevância dos relacionamentos amorosos como tópicos centrais da peça contribui para acentuar as conexões com o Romantismo.

Assinale a alternativa correta.

Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio familiar e responda à questão

EDUARDO (Rindo-se) -– Eis um corretor de casamentos, que seria um achado precioso para certos indivíduos do meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
PEDRO -– Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor! Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
EDUARDO -– E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato mais como um amigo do que como um escravo?
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o senhor tivesse muito dinheiro e comprasse carro bem bonito para... EDUARDO -– Para... Dize!
PEDRO -– Para Pedro ser cocheiro de senhor!
EDUARDO -– Então a razão única de tudo isto é o desejo que tens de ser cocheiro?
PEDRO — Sim, senhor!
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te importava que eu ficasse mal com a pessoa que estimava; que me casasse com uma velha ridícula, que vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo dar-me por muito feliz, que fosse esse motivo frívolo, mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança. (Eduardo sai.)

ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 54-55. 
A
Somente as afirmativas I e II são corretas.
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas.
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
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IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A Semana de Arte Moderna trouxe para a sociedade experiências distintas em relação ao contato com a leitura, através da literatura, e com a arte em geral. Dos excertos a seguir, assinale aquele que, com o advento do Modernismo, nos proporcionou a experiência da narrativa por meio do fluxo de consciência.

A
“Como a nordestina, há milhares de moças espalhadas por cortiços, vagas de cama num quarto, atrás de balcões trabalhando até a estafa. Não notam sequer que são facilmente substituíveis e que tanto existiriam como não existiriam. Poucas se queixam e ao que eu saiba nenhuma reclama por não saber a quem. Esse quem será que existe?” (Clarice Lispector, em A hora da estrela)
B
“Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choraram também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral.” (Machado de Assis, em Dom Casmurro)
C
“Mas tinham ainda outra influência, que é justamente a que falta aos de hoje: era a influência que derivava de sua condições físicas. Os meirinhos de hoje são homens como quaisquer outros; nada têm de imponentes, nem no seu semblante nem no seu trajar, confundem-se com qualquer procurador, escrevente de cartório ou contínuo de repartição.” (Manuel Antônio de Almeida, em Memórias de um sargento de milícias)
D
“Dir-se-ia que, vassalo e tributário desse rei das águas, o pequeno rio, altivo e sobranceiro contra os rochedos, curva-se humildemente aos pés do suserano. Perde então a beleza selvática; suas ondas são calmas e serenas como as de um lago, e não se revoltam contra os barcos e as canoas que resvalam sobre elas: escravo submisso, sofre o látego senhor.” (José de Alencar, em O Guarani)
E
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estava dentro, como ainda um conto e quinhentos em dinheiro.” (Aluísio de Azevedo, em O cortiço)
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IF-PE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O Modernismo brasileiro costuma ser dividido em três fases: a Geração de 22, a de 30 e a de 45. Essas Gerações têm como um de seus representantes, respectivamente,

A
Mário de Andrade, Aluísio de Azevedo e Euclides da Cunha.
B
Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes.
C
José de Alencar, Machado de Assis e João Cabral de Melo Neto.
D
Oswald de Andrade, Cecília Meireles e Guimarães Rosa.
E
Vinícius de Moraes, Ariano Suassuna e Olavo Bilac.
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UEL 2019 - Literatura - Vanguardas Europeias, Escolas Literárias

Algumas vanguardas artísticas europeias criadas na primeira metade do século XX foram manifestações artístico-literárias que criticavam uma concepção tradicional de museu, introduzindo uma estética marcada pela experimentação e pela subjetividade, que influenciaria fortemente diversas manifestações culturais em todo o mundo.

Sobre as principais correntes vanguardistas e suas respectivas características, assinale a alternativa correta.

A
O Surrealismo apresentava a exaltação da tecnologia, das máquinas, da velocidade e do progresso.
B
O Expressionismo evidenciava a decomposição e a fragmentação das formas geométricas, afirmando que um mesmo objeto poderia ser visto de vários ângulos.
C
O Cubismo valorizava a subjetividade e buscava transmitir ao mundo a situação do homem, com seus vícios e horrores.
D
O Futurismo defendia a criação por meio das experiências nascidas no imaginário e na atmosfera onírica, sem interferências da razão.
E
O Dadaísmo surgiu como oposição à guerra e ressaltava a espontaneidade da arte pautada na liberdade de expressão, no absurdo e na irracionalidade.
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UNC 2011 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Escolas Literárias

[...] um romance histórico, que conta a saga de uma família libanesa, através da personagem Amina. Datado de final de século XIX, princípios do século XX, a história tem como pano de fundo a imigração libanesa. Relata, em primeira pessoa, a trajetória desta personagem que obrigada por seu pai a acompanhar seu tio a fugir, se dirige aos EUA e posteriormente ao Brasil onde passa por dias difíceis e situações complicadas expondo suas angústias e nos revelando o pensamento de uma oriental vivendo agora no ocidente.”

Em relação ao texto acima, assinale a alternativa correta.

A

Refere-se à obra Amrik, que foi escrita por Ana Miranda.

B
É um resumo do romance Cidade Ilhada, publicado em1989, por Milton Hatoun.
C
Trata-se de um comentário que resume a saga de um imigrante retratada pelo escritor Dias Gomes.
D
É uma obra vinculada ao regionalismo literário brasileiro, por meio da qual se reproduz a situação política, econômica e social do Brasil.
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UNC 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa correta que preenche a lacuna no texto a seguir.


“_____________________ é a tragédia de um homem que não compreende os códigos e os poderes do mundo em que vive. É motivado por uma ética incompreensível e insondável para um mundo em que os atos valem pelas vantagens que trazem. Contundente crítica à opressão do homem – que se dá não apenas pela exploração financeira, mas também pela supressão da individualidade.”

A
Jorge, um brasileiro
B
O Pagador de Promessas
C
A Cidade Ilhada
D
AMRIK
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UNC 2011 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Assinale a alternativa que corresponde ao romance “Jorge, um brasileiro”, de Oswaldo França Júnior.

A
A essa hora, um viajante, montado numa boa besta tordilho-queimada, gorda e marcha-deira, seguia aquela estrada. A sua fisionomia e maneiras de trajar denunciavam de pronto que não era homem de lida fadigosa e comum ou algum fazendeiro daquelas cercanias que voltasse para casa. Trazia na cabeça um chapéu-do-chile de abas amplas e cingido de larga fita preta, sobre os ombros um poncho-pala de variegadas cores e calçava botas de couro da Rússia bem feitas e em bom estado de conservação.”
B
“As sementes destes contos não poderiam ser mais diversas: a primeira visita a um bordel em ‘Varandas da Eva’; uma passagem de Euclides da Cunha em ‘Uma carta de Bancroft’; a vida de exilados em ‘Bárbara no inverno’ ou ‘Encontros na península’; o amor platônico por uma inglesinha em ‘Uma estrangeira da nossa rua’. Com mão discreta e madura, o autor trabalha esses fragmentos da memória até que adquiram, sem que se adivinhe como ou quando, outro caráter: frutos do acaso e da biografia pessoal, eles afinal se mostram como imagens exemplares do curso de nossos desejos e fracassos.”
C
“A narrativa retorna ao caso do Bananal, e descobre-se que o Fefeu havia sido preso por ter sido obrigado a roubar uma correia de ventilador para o seu caminhão, que havia quebrado. O zelador não concordou de maneira alguma em ceder uma para ele, ele tentou tirar e o zelador chamou um soldado e o prendeu.”
D
"Numa favela tem pedreiros, empregadas domésticas, cobradores. Nem todos são envolvidos com o crime. Eu mesmo nunca me envolvi. Era uma espécie de mauricinho, um espectador. Éramos pobres, esperando uma ajuda de Deus. Já o bandido se afasta da comunidade quando é mesmo bandido.”
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UNC 2011 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Em relação a Cirino, personagem da obra Inocência, de Visconde de Taunay, é correto o que se afirma em:

A
"Homem já de alguma idade, o recém-chegado era gordo, de compleição sanguínea, rosto expressivo e franco. Trajava à mineira e parecia, como realmente era, morador daquela localidade.”
B
Depois de descobrir uma nova espécie de borboleta e denominá-la Papilio Innocentia, em homenagem à beleza de Inocência, continua a sua viagem.
C
Padrinho de Inocência, morava “para lá das Parnaíbas, já nos terrenos Gerais”.
D
Aprendeu a receitar e passou a fazer excursões pelo interior, medicando as pessoas, utilizando-se “de alguns conhecimentos de valor positivo, outros que a experiência lhe ia indicando ou que a voz do povo e a superstição ministravam”.
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Unichristus 2018 - Literatura - Parnasianismo, Escolas Literárias


Torce, aprimora, alteia, lima
A frase, e enfim,
No verso de ouro engasta a rima
Como um rubim
Quero que a estrofe cristalina,
Dobrada ao jeito
Do ourives, sai da oficina
...........................................
Assim procedo. Minha pena
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena,
Serena forma.

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira.
40a ed. Cultrix, São Paulo. p. 227.


Nesse fragmento, de Olavo Bilac, observa-se que o poeta parnasiano define a palavra como algo que não se identifica com a substância das coisas, mas veste-a de forma magnífica. Nesse fragmento, fica evidente uma das características da poesia parnasiana, no caso,

A
a idealização da natureza.
B
o erotismo latente.
C
o culto da forma.
D
a dessacralização da palavra.
E
o sentimentalismo exagerado.