Questõesde UNESP sobre História

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45167905-3c
UNESP 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

Quanto à organização da vida e do trabalho no engenho colonial, o texto

A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de história do Brasil,1986.)
A
destaca a ausência de quaisquer relações de trabalho e de amizade dos senhores com os seus escravos.
B
demonstra a distribuição espacial das construções e seu papel no funcionamento e na lógica do poder dentro do engenho.
C
enfatiza a predominância do trabalho compulsório e os lucros obtidos na comercialização de escravos de origem africana.
D
denuncia o descaso dos senhores de engenho com a escolha da localização para a instalação do engenho.
E
atesta a irracionalidade do posicionamento das edificações e os problemas logísticos trazidos pela falta de planejamento espacial.
c63cfbdd-3b
UNESP 2017 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

No presidencialismo, a instabilidade da coalisão pode atingir diretamente a presidência. É menor o grau de liberdade de recomposição de forças, através da reforma do gabinete, sem que se ameacem as bases de sustentação da coalisão governante. No Congresso, a polarização tende a transformar “coalisões secundárias” e facções partidárias em “coalisões de veto”, elevando perigosamente a probabilidade de paralisia decisória e consequente ruptura da ordem política.

(Sérgio Henrique H. de Abranches. “Presidencialismo de coalisão: o dilema institucional brasileiro”. Dados, 1988.)

Os impasses do chamado “presidencialismo de coalisão” podem ser identificados em pelo menos dois momentos da história brasileira:

A
nas sucessivas constituintes realizadas entre 1934 e 1946 e na instabilidade política da chamada Primeira República.
B
nas dificuldades políticas enfrentadas no período de 1946 a 1964 e nas crises governamentais da chamada Nova República.
C
na reforma partidária do final do regime militar e na pulverização dos votos populares nas eleições presidenciais de 1989 e 1998.
D
na crise final do Segundo Império e no fechamento político provocado pela implantação do Estado Novo de Getúlio Vargas.
E
nas críticas à política dos governadores implementada por Campos Sales e no golpe militar que encerrou o governo de João Goulart.
c63fccea-3b
UNESP 2017 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Em 1955 foi realizada na Indonésia a Conferência de Bandung, que lançou as bases do chamado Movimento dos Não Alinhados. Considerando o contexto do Pós-Segunda Guerra Mundial, a Conferência de Bandung expressava

A
uma manifestação pelo reconhecimento internacional da hegemonia asiática sobre a economia do pós-guerra.
B
uma ruptura com os padrões socioculturais preconizados pela Tríplice Aliança e pela Tríplice Entente.
C
a resistência política contra os confrontos armados entre os Países Aliados e os Países do Eixo.
D

a consolidação da influência socialista no hemisfério oriental, com a redefinição de antigas fronteiras políticas.

E
a tentativa de alguns países de se manterem neutros diante da bipolaridade estabelecida pela Guerra Fria.
c63419fe-3b
UNESP 2017 - História - História Geral, Período Entre-Guerras; Crise de 1929 e seus desdobramentos

A chamada “política do Big Stick”, desenvolvida pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, manifestou-se por meio

      Dado que o Presidente eleito Donald Trump articulou uma visão coerente dos assuntos externos, parece que os Estados Unidos devem rejeitar a maioria das políticas do período pós-1945. Para Trump, a OTAN é um mau negócio, a corrida nuclear é algo bom, o presidente russo Vladimir Putin é um colega admirável, os grandes negócios vantajosos apenas para nós, norte-americanos, devem substituir o livre-comércio.

      Com seu estilo peculiar, Trump está forçando uma pergunta que, provavelmente, deveria ter sido levantada há 25 anos: os Estados Unidos devem ser uma potência global, que mantenha a ordem mundial – inclusive com o uso de armas, o que Theodore Roosevelt chamou, como todos sabem, de Big Stick?

      Curiosamente, a morte da União Soviética e o fim da Guerra Fria não provocaram imediatamente esse debate. Na década de 1990, manter um papel de liderança global para os Estados Unidos parecia barato – afinal, outras nações pagaram pela Guerra do Golfo Pérsico de 1991. Nesse conflito e nas sucessivas intervenções norte-americanas na antiga Iugoslávia, os custos e as perdas foram baixos. Então, no início dos anos 2000, os americanos foram compreensivelmente absorvidos pelas consequências do 11 de setembro e pelas guerras e ataques terroristas que se seguiram. Agora, para melhor ou para pior, o debate está nas nossas mãos.

(Eliot Cohen. “Should the U.S. still carry a ‘big stick’?”. www.latimes.com, 18.01.2017. Adaptado.)

A
do respeito ao princípio da autonomia e da independência dos povos nativos do continente americano.
B
dos estímulos financeiros à recuperação econômica dos países latino-americanos, após a depressão econômica de 1929.
C
das contínuas intervenções diretas e indiretas em assuntos internos dos países latino-americanos.
D
da elevação das taxas alfandegárias na entrada de mercadorias europeias nos Estados Unidos, após a crise de 1929.
E
da repressão às manifestações por direitos civis nos Estados Unidos da década de 1960.
c63737fd-3b
UNESP 2017 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

O texto identifica dois períodos distintos nas relações globais após o fim da Guerra Fria. Tais períodos podem ser descritos da seguinte forma:

      Dado que o Presidente eleito Donald Trump articulou uma visão coerente dos assuntos externos, parece que os Estados Unidos devem rejeitar a maioria das políticas do período pós-1945. Para Trump, a OTAN é um mau negócio, a corrida nuclear é algo bom, o presidente russo Vladimir Putin é um colega admirável, os grandes negócios vantajosos apenas para nós, norte-americanos, devem substituir o livre-comércio.

      Com seu estilo peculiar, Trump está forçando uma pergunta que, provavelmente, deveria ter sido levantada há 25 anos: os Estados Unidos devem ser uma potência global, que mantenha a ordem mundial – inclusive com o uso de armas, o que Theodore Roosevelt chamou, como todos sabem, de Big Stick?

      Curiosamente, a morte da União Soviética e o fim da Guerra Fria não provocaram imediatamente esse debate. Na década de 1990, manter um papel de liderança global para os Estados Unidos parecia barato – afinal, outras nações pagaram pela Guerra do Golfo Pérsico de 1991. Nesse conflito e nas sucessivas intervenções norte-americanas na antiga Iugoslávia, os custos e as perdas foram baixos. Então, no início dos anos 2000, os americanos foram compreensivelmente absorvidos pelas consequências do 11 de setembro e pelas guerras e ataques terroristas que se seguiram. Agora, para melhor ou para pior, o debate está nas nossas mãos.

(Eliot Cohen. “Should the U.S. still carry a ‘big stick’?”. www.latimes.com, 18.01.2017. Adaptado.)

A
primeiro, uma fase de ordem mundial multipolarizada; depois, uma etapa marcada pela atuação russa e estadunidense como mediadores em áreas de conflito.
B
primeiro, uma fase de constantes atentados terroristas na Europa; depois, uma etapa de afirmação e consolidação da liderança industrial-militar estadunidense.
C
primeiro, uma fase de frequente intervencionismo norte-americano em conflitos regionais; depois, uma etapa de dúvida quanto ao papel dos Estados Unidos no cenário global.
D
primeiro, uma fase de alianças e acordos comerciais entre países europeus e latino-americanos; depois, uma etapa voltada à implantação de blocos econômicos regionais.
E
primeiro, uma fase de acelerado armamentismo russo e norte-americano; depois, uma etapa de distensão e de estabelecimento de uma ordem mundial bipolarizada.
c627432b-3b
UNESP 2017 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798) tiveram semelhanças e diferenças significativas. É correto afirmar que

A
as duas revoltas tiveram como objetivo central a luta pelo fim da escravidão.
B
a revolta mineira teve caráter eminentemente popular e a baiana, aristocrático e burguês.
C
a revolta mineira propunha a independência brasileira e a baiana, a manutenção dos laços com Portugal.
D
as duas revoltas obtiveram vitórias militares no início, mas acabaram derrotadas.
E
as duas revoltas incorporaram e difundiram ideias e princípios iluministas.
c62a30a2-3b
UNESP 2017 - História - História Geral, Revolução Industrial

      Nem todos os homens se renderam diante das forças irresistíveis do novo mundo fabril, e a experiência do movimento dos quebradores de máquina demonstra uma inequívoca capacidade dos trabalhadores para desencadear uma luta aberta contra o sistema de fábrica. De um lado, esse movimento de resistência visava investir contra as novas relações hierárquicas e autoritárias introduzidas no interior do processo de trabalho fabril, e nessa medida a destruição das máquinas funcionava como mecanismo de pressão contra a nova direção organizativa das empresas; de outro lado, inúmeras atividades de destruição carregaram implicitamente uma profunda hostilidade contra as novas máquinas e contra o marco organizador da produção que essa tecnologia impunha.

                                     (Edgar de Decca. O nascimento das fábricas, 1982. Adaptado.)

De acordo com o texto, os movimentos dos quebradores de máquinas, na Inglaterra do final do século XVIII e início do XIX,

A
expunham a rápida e eficaz ação dos sindicatos, capazes de coordenar ações destrutivas em fábricas de diversas partes do país.
B
representavam uma reação diante da ordem e da disciplinarização do trabalho, facilitadas pelo emprego de máquinas na produção fabril.
C
indicavam o aprimoramento das condições de trabalho nas fábricas, que contavam com aparato de segurança interna contra atos de vandalismo.
D
revelavam a ingenuidade de alguns trabalhadores, que não percebiam que as máquinas auxiliavam e facilitavam seu trabalho.
E
simbolizavam a rebeldia da maioria dos trabalhadores, envolvidos com partidos e agrupamentos políticos de inspiração marxista.
c631353c-3b
UNESP 2017 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Na passagem dos anos 1920 para a década seguinte, a política de valorização do café no Brasil

A
impediu o avanço da produção de cacau, algodão e borracha, devido à concentração de recursos econômicos no Nordeste.
B
facilitou o deslocamento de capitais do setor industrial para o agrário, que aproveitava a estabilidade dos mercados externos para se desenvolver.
C
agravou a crise econômica, devido ao alto volume de café estocado e à redução significativa dos mercados estrangeiros para a mercadoria.
D
sustentou a hegemonia financeira da região Nordeste, que prolongou sua liderança e comando político por mais duas décadas.
E
foi compensada pela estratégia governamental de supervalorização do câmbio, o que permitiu o aumento significativo das exportações de café.
c62d1fbe-3b
UNESP 2017 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A Revolta dos Malês, ocorrida em 1835 na Bahia, contou com ampla participação popular e defendeu, entre outras propostas,

A
a rejeição ao catolicismo e a construção de uma ordem islâmica.
B
a manutenção da escravidão de africanos e a ampliação da escravização de indígenas.
C
o retorno de D. Pedro I e o restabelecimento da monarquia absolutista.
D
a ampliação das relações diplomáticas e comerciais com os países africanos.
E
o reconhecimento dos direitos e deveres de todo cidadão brasileiro.
c61b74fb-3b
UNESP 2017 - História - História Geral, Pré-História ou História Não-Escrita

Examine duas pinturas produzidas na Caverna de Altamira, Espanha, durante o Período Paleolítico Superior.


Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como

A
manifestação do primitivismo de povos incapazes de representações realistas.
B
expressão artística infantilizada e insuficiente para fornecer qualquer indício sobre a vida na Pré-História.
C
comprovação do pragmatismo de povos primitivos, despreocupados de sua alimentação.
D
representação, em linguagem visual, dos vínculos materiais de um povo com o seu ambiente.
E
revelação da predominância do pensamento abstrato sobre o concreto nos povos pré-históricos.
1afe434a-30
UNESP 2016 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

    O alvo dos ataques extremistas é o Iluminismo. E a melhor defesa é o próprio Iluminismo. “Por mais que seus valores estejam sendo atacados por elementos como os fundamentalistas americanos e o islamismo radical, isto é, pela religião organizada, o Iluminismo continua sendo a força intelectual e cultural dominante no Ocidente. O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo”. Estas palavras do historiador britânico Anthony Pagden chegam em um momento em que algumas forças insistem em dinamitar a herança do Século das Luzes. “O Iluminismo é um projeto importante e em incessante evolução. Proporciona uma imagem de um mundo capaz tanto de alcançar certo grau de universalidade quanto de libertar-se das restrições do tipo de normas morais oferecidas pelas comunidades religiosas e suas análogas ideologias laicas: o comunismo, o fascismo e, agora, inclusive, o comunitarismo”, afirma Pagden.
(Winston Manrique Sabogal. “‘O Iluminismo continua oferecendo uma arma contra o fanatismo’”. www.unisinos.br. Adaptado.)
No texto, o Iluminismo é entendido como

A
um impulso intelectual propagador de ideologias políticas e religiosas contrárias à hegemonia do Ocidente.
B
um movimento filosófico e intelectual de valorização da razão, da liberdade e da autonomia, restrito ao século XVIII.
C
uma tendência de pensamento legitimadora do domínio colonialista e imperialista exercido pelas nações europeias.
D
um projeto intelectual eurocêntrico baseado em imagens de mundo dotadas de universalidade teológica.
E
uma experiência intelectual racional e emancipadora, de origem europeia, porém passível de universalização.
1ac61139-30
UNESP 2016 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

Observe o cartaz, relativo ao plebiscito realizado em janeiro de 1963.

cartaz alude à situação histórica brasileira marcada por

A
estabilidade política, crescimento da economia agroindustrial e baixas taxas de inflação.
B
renúncia presidencial, debates sobre sistema de governo e projetos de reforma social.
C
ascensão de governos conservadores, despolitização da sociedade e abolição de leis trabalhistas.
D
deposição do presidente da República, privatizações de empresas estatais e adoção do neoliberalismo.
E
autoritarismos governamentais, restrições à liberdade de expressão e cassações de mandatos de parlamentares.
1ac2eb7e-30
UNESP 2016 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

Os impasses do desenvolvimento industrial brasileiro, apontados pelo texto, foram enfrentados no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961) com o Plano de Metas, cujo objetivo era promover a industrialização por meio

  A industrialização contemporânea requer investimentos vultosos. No Brasil, esses investimentos não podiam ser feitos pelo setor privado, devido à escassez de capital que caracteriza as nações em desenvolvimento. Além disso, o crescimento econômico do Brasil, um recém-chegado ao processo de modernização, processou-se em condições socioeconômicas diferentes. Um efeito internacional de demonstração, na forma de imitação de padrões de vida, entre países ricos e pobres, e entre classes ricas e pobres dentro das nações, resultou em pressões significativas sobre as taxas de crescimento para diminuir a diferença entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Em vista das aspirações de melhores padrões de vida, o governo desempenhou um papel importante no crescimento econômico recente do Brasil.
(Carlos Manuel Peláez e Wilson Suzigan. História monetária do Brasil, 1981. Adaptado.)
A
da associação de esforços econômicos entre o Estado, o capital estrangeiro e as empresas nacionais.
B
da valorização da moeda nacional, da estatização de fábricas falidas e da contenção de salários.
C
da criação de indústrias têxteis estatais e do aumento de impostos sobre o grande capital nacional.
D
do emprego de empresas multinacionais submetidas à severa lei da remessa de lucros, juros e dividendos para o exterior.
E
do combate à seca no Nordeste e do aumento do salário mínimo, com controle da inflação.
1aadd1a9-30
UNESP 2016 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

   A Igreja foi responsável direta por mais uma transformação, formidável e silenciosa, nos últimos séculos do Império: a vulgarização da cultura clássica. Essa façanha fundamental da Igreja nascente indica seu verdadeiro lugar e função na passagem para o Feudalismo. A condi- ção de existência da civilização da Antiguidade em meio aos séculos caóticos da Idade Média foi o caráter de resistência da Igreja. Ela foi a ponte entre duas épocas.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 2016. Adaptado.)
O excerto permite afirmar corretamente que a Igreja cristã

A
tornou-se uma instituição do Império Romano e sobreviveu à sua derrocada quando da invasão dos bárbaros germânicos.
B
limitou suas atividades à esfera cultural e evitou participar das lutas políticas durante o Feudalismo.
C
manteve-se fiel aos ensinamentos bíblicos e proibiu representações de imagens religiosas na Idade Média.
D
reconheceu a importância da liberdade religiosa na Europa Ocidental e combateu a teocracia imperial.
E
combateu o universo religioso do Feudalismo e propagou, em meio aos povos sem escrita, o paganismo greco-romano.
1abd1f00-30
UNESP 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

    Art. 3º O governo paraguaio se reconhece obrigado à celebração do Tratado da Tríplice Aliança de 1º de maio de 1865, entendendo-se estabelecido desde já que a navegação do Alto Paraná e do Rio Paraguai nas águas territoriais da república deste nome fica franqueada aos navios de guerra e mercantes das nações aliadas, livres de todo e qualquer ônus, e sem que se possa impedir ou estorvar-se de nenhum modo a liberdade dessa navegação comum.
(“Acordo Preliminar de Paz Celebrado entre Brasil, Argentina e Uruguai com o Paraguai (20 junho 1870)”. In: Paulo Bonavides e Roberto Amaral (orgs.). Textos políticos da história do Brasil, 2002. Adaptado.)
O tratado de paz imposto pelos países vencedores da guerra contra o Paraguai deixa transparente um dos motivos da participação do Estado brasileiro no conflito:

A
o domínio de jazidas de ouro e prata descobertas nas províncias centrais.
B
o esforço em manter os acordos comerciais celebrados pelas metrópoles ibéricas.
C
a garantia de livre trânsito nas vias de acesso a províncias do interior do país.
D
o projeto governamental de proteger a nação com fronteiras naturais.
E
o monopólio governamental do transporte de mercadorias a longa distância.
1ab0f499-30
UNESP 2016 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural


A pintura representa no martírio de Cristo os seguintes princípios culturais do Renascimento italiano:

A
a imitação das formas artísticas medievais e a ênfase na natureza espiritual de Cristo.
B
a preocupação intensa com a forma artística e a ausência de significado religioso do quadro.
C
a disposição da figura de Cristo em perspectiva geométrica e o conteúdo realista da composição.
D
a gama variada de cores luminosas e a concepção otimista de uma humanidade sem pecado.
E
a idealização do corpo do Salvador e a noção de uma divindade desvinculada dos dramas humanos.
1ab3e935-30
UNESP 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

  Em meados do século o negócio dos metais não ocuparia senão o terço, ou bem menos, da população. O grosso dessa gente compõe-se de mercadores de tenda aberta, oficiais dos mais variados ofícios, boticários, prestamistas, estalajadeiros, taberneiros, advogados, médicos, cirurgiões-barbeiros, burocratas, clérigos, mestres-escolas, tropeiros, soldados da milícia paga. Sem falar nos escravos, cujo total, segundo os documentos da época, ascendia a mais de cem mil. A necessidade de abastecer-se toda essa gente provocava a formação de grandes currais; a própria lavoura ganhava alento novo.
(Sérgio Buarque de Holanda. “Metais e pedras preciosas”. História geral da civilização brasileira, vol 2, 1960. Adaptado.)
De acordo com o excerto, é correto concluir que a extração de metais preciosos em Minas Gerais no século XVIII

A
impediu o domínio do governo metropolitano nas áreas de extração e favoreceu a independência colonial.
B
bloqueou a possibilidade de ascensão social na colônia e forçou a alta dos preços dos instrumentos de mineração.
C
provocou um processo de urbanização e articulou a economia colonial em torno da mineração.
D
extinguiu a economia colonial agroexportadora e incorporou a população litorânea economicamente ativa.
E
restringiu a divisão da sociedade em senhores e escravos e limitou a diversidade cultural da colônia.
1ab71b55-30
UNESP 2016 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

  No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o processo de dispersão do Império.
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.)
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é correto concluir que

A
os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação.
B
os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis.
C
as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos.
D
o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos.
E
as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial.
1aba2952-30
UNESP 2016 - História - História Geral, Construção do Estado Liberal: Independência das Treze Colônias (EUA)

A expansão territorial dos Estados Unidos, no século XIX, foi o resultado da compra da Luisiana francesa pelo governo central, da anexação de territórios mexicanos, da distribuição de pequenos lotes de terra para colonos pioneiros, da expansão das redes de estradas de ferro, assim como da anexação de terras indígenas. Esse processo expansionista foi ideologicamente justificado pela doutrina do Destino Manifesto, segundo a qual

A
o direito pertence aos povos mais democráticos e laboriosos.
B
o mundo deve ser transformado para o engrandecimento da humanidade.
C
o povo americano deve garantir a sobrevivência econômica das sociedades pagãs.
D
as terras pertencem aos seus descobridores e primeiros ocupantes.
E
a nação deve conquistar o continente que a Providência lhe reservou.
1aaaeb0b-30
UNESP 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

   Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela.
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade:

A
a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes.
B
a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas.
C
a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos.
D
a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação.
E
a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras.