Questõesde FATEC sobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

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FATEC 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o historiador Boris Fausto,

A grande marca deixada pelos paulistas na vida colonial do século XVII foram as bandeiras. ,
(FAUSTO, Boris. História concisa do Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial e Edusp, 2001. p. 51.)

A afirmação pode ser considerada correta, pois

A
foi nesse período que expedições reunindo brancos, índios e mamelucos, chefiados pelos paulistas, lançaram-se pelo sertão em busca de índios a serem escravizados e de metais preciosos que colocariam o Brasil na era do ouro.
B
os paulistas, através das bandeiras, marcaram seu poder político de São Paulo a Minas Gerais, se fixando na capitania do Rio de Janeiro e transformando-a em sede colonial.
C
esse século representou a presença dos paulistas em postos públicos de poder, presença essa alternada por vezes pelos mineiros, os donos de minas de ouro, tudo a mando da metrópole.
D
a descoberta, no século XVII, de minas de ouro na atual região das Minas Gerais, pelos paulistas, lhes garantiu prestígio e o direito de investir suas riquezas nas futuras fazendas de café.
E
as bandeiras e o apresamento de indígenas para a escravidão significaram uma diminuição do uso da mão-de-obra negra e o início do caminho para a abolição definitiva do tráfico de escravos africanos.
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FATEC 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o historiador Stuart B. Schwarcz, durante o período da colonização, havia um ditado popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não há açúcar; sem Angola, não há escravos”.

(http://tinyurl.com/njyvll6 Acesso em: 30.06.2014.)


Esse ditado traz elementos que permitem concluir que a organização colonial

A
dependia da produção de açúcar para exportação, produzido com trabalho de escravos.
B
era baseada na policultura de subsistência, para alimentar a grande população escrava.
C
utilizava-se do trabalho escravo, para garantir a produção de gêneros industrializados.
D
desenvolvia a economia do Brasil e de Angola, pois ambos dividiam os lucros do açúcar.
E
era baseada no trabalho assalariado, porém utilizava escravos nas atividades domésticas.
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FATEC 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O Brasil foi o principal destino dos africanos escravizados especialmente no século XIX. Ainda que pressões internacionais pusessem cada vez mais restrições ao tráfico transatlântico, os portos do sudeste do país, vários deles clandestinos, foram o destino de cerca de três quartos das pessoas escravizadas no Brasil entre 1822 e 1866. A escravidão mantinha, dessa forma, o seu papel fundamental na economia brasileira e na formação das relações sociais do país.

Assinale a alternativa que corresponde corretamente ao contexto apresentado no texto

A
O Brasil proibiu oficialmente a entrada de africanos escravizados e a sua comercialização em 1866, o que levou à abolição da escravidão na década seguinte.
B
O sudeste brasileiro, cuja economia se baseava principalmente na cafeicultura, recebeu a maior parte dos africanos escravizados no Brasil do século XIX.
C
A Inglaterra teve êxito em coibir o tráfico transatlântico em 1888, ano em que ocorreu a abolição da escravidão no Brasil, nos Estados Unidos e no Caribe.
D
A escravidão indígena, em detrimento da escravidão africana, foi predominante nos chamados ciclos do ouro e do café nos séculos XIX e XX.
E
Os escravizados aportados no Brasil após 1822 vinham, em maior número, do chamado Chifre da África, região menos vigiada pela marinha britânica.
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FATEC 2013 - História - História Geral, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Ao longo da História, muitas sociedades utilizaram o trabalho de pessoas escravizadas, como, por exemplo, a Grécia Clássica e a América Portuguesa.
Refletindo sobre essa forma de exploração do trabalho, é correto afirmar que

A
as duas sociedades citadas utilizaram predominantemente o trabalho de escravos africanos da região subsaariana e da África oriental.
B
a utilização do trabalho escravo, nas duas sociedades citadas, pode ser considerada a base da organização econômica e produtiva.
C
as duas sociedades citadas utilizaram o trabalho de escravos apenas na produção agrícola de exportação e não nas cidades.
D
o exercício da cidadania era permitido aos escravos na Grécia Clássica, mas era impedido na América Portuguesa.
E
havia, na Grécia, apenas escravos de origem romana e, na América Portuguesa, apenas escravos de origem africana.
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FATEC 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O projeto de ocupação populacional da Colônia foi estabelecido entre 1534 e 1536, com a adoção do sistema de capitanias hereditárias, que já havia sido empregado com sucesso nas ilhas atlânticas e, além do Brasil, seria estendido à Angola. O objetivo do rei D. João III com o sistema de capitanias hereditárias era promover a ocupação territorial, transferindo o ônus para particulares. O sistema consistia na concessão pelo rei de extensos domínios a particulares, os quais recebiam uma carta de doação real e um foral, no qual estavam especificadas suas obrigações. O donatário, nome dado ao particular que recebia a capitania, tinha o direito de explorá-la economicamente, administrar a Justiça e, ao mesmo tempo, estava obrigado a se sujeitar à autoridade da Coroa, a recolher os tributos e a expandir a fé católica, entre outras atribuições. Cabia ao donatário, ainda, a concessão de sesmarias, grandes extensões de terras que estão na origem do latifúndio no Brasil. O sistema, contudo, começou a apresentar problemas para os donatários. Poucas foram as capitanias que efetivamente prosperaram.

<https://tinyurl.com/y6q37ysu> Acesso em: 15.10.2019. Adaptado.


Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, algumas das causas do fracasso do sistema descrito no texto.

A
A maior parte dos donatários enfrentou a resistência dos grupos indígenas à ocupação de seus territórios tradicionais, os altos custos de manutenção e de desenvolvimento das capitanias e/ou a falta de assistência por parte da Coroa portuguesa.
B
Por serem de origem nobre, os donatários não demonstraram as habilidades necessárias para administrar adequadamente os recursos econômicos de suas capitanias e gerar lucros, forçando a Coroa portuguesa a promulgar a Lei de Terras.
C
A natureza política do sistema de capitanias hereditárias foi questionada pela burguesia portuguesa, que recorreu a cortes internacionais para impedir a distribuição da maior parte das terras americanas aos membros da nobreza.
D
O declínio do sistema é consequência do fracasso agrícola, causado pela alternância de períodos de chuva intensa e secas prolongadas, características do clima de monções predominante na maior parte do território americano.
E
O sistema entrou em colapso quando a terceira geração de donatários foi derrotada na guerra contra os corsários franceses, que, após a vitória, ocuparam os territórios das antigas capitanias hereditárias.
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FATEC 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O texto II remete a um período de produção do açúcar em que se estabeleceu um tipo característico de relação social e de trabalho.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, algumas das características dessas relações sociais e de trabalho nos engenhos de açúcar da América portuguesa, no século XVI.

Leia os textos I e II para responder a questão.


Texto I

O branco açúcar que adoçará meu café

Nesta manhã de Ipanema

Não foi produzido por mim

Nem surgiu dentro do açucareiro por milagre

Vejo-o puro

E afável ao paladar

Como beijo de moça, água

Na pele, flor

Que se dissolve na boca. Mas este açúcar

Não foi feito por mim.

Este açúcar veio

Da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira,

Dono da mercearia.

Este açúcar veio

De uma usina de açúcar em Pernambuco

Ou no Estado do Rio

E tampouco o fez o dono da usina.

Este açúcar era cana

E veio dos canaviais extensos

Que não nascem por acaso

No regaço do vale.

Em lugares distantes,onde não há hospital

Nem escola,

Homens que não sabem ler e morrem de fome

Aos 27 anos

Plantaram e colheram a cana

Que viraria açúcar.

Em usinas escuras,

Homens de vida amarga

E dura

Produziram este açúcar

Branco e puro

Com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.

GULLAR, F. “O Açúcar”. Toda poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980.


Texto II


<https://tinyurl.com/y4ur7lhb> Acesso em: 18.10.2019. Original colorido


* Texto da imagem: “Em 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, mas nem todo mundo conseguiu ler.”

As informações contidas na imagem do texto II, localizadas no canto inferior direito, não foram reproduzidas, pois não interferem na resolução da questão apresentada.
A
O modelo de produção de açúcar na América portuguesa beneficiou-se da prática corrente entre os povos africanos, que se ofereciam voluntariamente à escravidão, como forma de fugir das más condições econômicas e climáticas características do subdesenvolvimento do seu continente.
B

A escravidão africana foi justificada por diferentes narrativas que utilizavam passagens bíblicas para defender o trabalho forçado como castigo divino ou como forma de expiação dos supostos pecados dos africanos, que, muitas vezes, na América portuguesa, foram separados de membros de suas famílias e comunidades.

C
Embora no sudeste prevalecesse a escravidão africana, nos engenhos de açúcar do Nordeste, a mão de obra escravizada era predominantemente de origem indígena andina, fornecida por traficantes de escravos especializados em atravessar clandestinamente a linha de fronteira demarcada pelo Tratado de Tordesilhas.
D
Ao contrário das capitanias do Nordeste, que utilizavam mão de obra escravizada, a capitania de São Vicente se caracterizou pelo açúcar de alta qualidade, produzido a partir da mão de obra livre de imigrantes italianos e alemães, que vinham para a América fugindo das guerras de unificação de seus respectivos países.
E
A escravidão de africanos e afrodescendentes nos engenhos de açúcar coloniais seguia a lógica interna das sociedades africanas, cujo sistema de produção de commodities em larga escala foi tomado como modelo para o desenvolvimento das colônias europeias em todo o continente americano.
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FATEC 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Durante o período colonial, a exploração de trabalhadores escravos de origem africana foi fundamental para o desenvolvimento das atividades produtivas em toda a América Portuguesa.

No ciclo do ouro, no século XVIII, os escravos não foram responsáveis apenas pela parte braçal, mas também pelo desenvolvimento de técnicas que nunca tinham sido aplicadas na região de Minas Gerais como, por exemplo, a técnica das canoas (que eram lavadouros, espécies de mesas) em que se depositava o cascalho retirado dos rios ou tabuleiros em pequenos montes para ser lavado e apurado.

(http://www.palmares.gov.br/2008/06/livro-valoriza-historia-afro-brasileira-do-ciclo-de-ouro/ Acesso em: 08.01.2014. Adaptado)

Considerando os elementos apresentados, é correto concluir que a mineração no período colonial

A
reproduzia o modelo de extração trazido pelos colonizadores portugueses.
B
agregava procedimentos técnicos desenvolvidos pelos escravos africanos.
C
dependia de grandes máquinas extratoras importadas da Europa.
D
visava à exploração do ouro, abundante nas regiões litorâneas
E
era prejudicada pela inexperiência dos escravos nas minas
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FATEC 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Segundo o historiador Fernando Novais, o pacto colonial “define o sistema colonial porque é através dele que as colônias preenchem sua função histórica, isto é, respondem aos estímulos que lhes deram origem, que formam a sua razão de ser, enfim, que lhes dão sentido".

(NOVAIS, Fernando A. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Brasil em perspectiva. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1973, p. 47-63.) 

Considerando as ideias expostas, é correto afirmar que a exploração açucareira, no nordeste do Brasil Colonial, 

A
pode ser considerada uma exceção, visto que a montagem do sistema açucareiro atendeu muito mais às condições existentes na colônia do que aos interesses comerciais da metrópole.
B
contrariava os objetivos gerais do colonialismo mercantilista, uma vez que grande parte dos lucros obtidos com a comercialização do açúcar era apropriada pelos senhores de engenho, em detrimento da burguesia mercantil metropolitana.
C
seguiu a lógica particular do colonialismo português de obter lucros elevados mediante a redução nos custos da produção, razão pela qual o açúcar foi o produto escolhido, visto que essa atividade exigia investimentos iniciais bastante modestos.
D
atendeu plenamente à lógica mercantilista dos empreendimentos coloniais, promovendo uma atividade apoiada no tripé − latifúndio, monocultura e escravidão africana − altamente lucrativa e que contribuía para a acumulação de capitais na metrópole.
E
foi coerente com os quadros gerais do sistema colonial no que diz respeito ao produto, muito valorizado nos mercados internacionais, mas não no tocante ao uso de mão de obra africana, visto que a mão de obra indígena era mais abundante e barata.
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FATEC 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“A produção açucareira, limitada até o século XV, pôde deslanchar com a conquista do novo mundo.”

(CAMPOS, Flávio de & MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Editora Escala Educacional, 2005.p.206.)

A explicação para a afirmação acima está

A
no sistema de plantation que foi implantado na América, caracterizando-se pela produção em larga escala, pelo latifúndio, pela monocultura e pela mão de obra assalariada.
B
na implantação das capitanias hereditárias na América portuguesa, o que facilitou o cultivo da cana por todo o território colonial.
C
na agricultura de subsistência, que foi largamente utilizada nas colônias americanas e que impulsionou o plantio da cana.
D
nas mudas de cana-de-açúcar encontradas em solo americano, que eram mudas de melhor qualidade do que aquelas encontradas no Oriente.
E
no clima quente e úmido da região tropical, na fertilidade do solo e, principalmente, na disponibilidade de imensas extensões de terra.
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FATEC 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

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No trecho citado, parte de uma obra publicada em 1711, o jesuíta Antonil

A
torna evidente que o trabalho escravo constituiu a base da exploração econômica em setores essenciais da economia colonial.
B
fornece argumentos para o combate movido pela igreja contra a escravização de indígenas e africanos nos domínios coloniais portugueses.
C
explica por que a escravidão foi importante no empreendimento açucareiro, mas teve papel secundário e marginal na exploração mineradora.
D
justifca a brandura da escravidão no Brasil e sugere uma explicação para a “democracia racial” predominante na sociedade colonial brasileira.
E
condena as tentativas de introduzir trabalhadores livres, trazidos da europa, para substituir a mão-de-obra escrava nas lavouras de café.