De acordo com o historiador Stuart B. Schwarcz,
durante o período da colonização, havia um ditado
popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem
a escravidão, não há açúcar; sem Angola, não há
escravos”.
(http://tinyurl.com/njyvll6 Acesso em: 30.06.2014.)
Esse ditado traz elementos que permitem concluir que a
organização colonial
De acordo com o historiador Stuart B. Schwarcz, durante o período da colonização, havia um ditado popular que dizia: “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não há açúcar; sem Angola, não há escravos”.
(http://tinyurl.com/njyvll6 Acesso em: 30.06.2014.)
Esse ditado traz elementos que permitem concluir que a
organização colonial
Gabarito comentado
Resposta correta: A
Tema central: organização econômica e social do Brasil colonial — especialmente o complexo açucareiro e a dependência do trabalho escravo e do tráfico africano (principalmente de Angola).
Resumo teórico: O Brasil colonial, entre os séculos XVI e XVII, organizou-se em torno da monocultura de cana‑de‑açúcar voltada para exportação. O modelo de plantation reunia grandes propriedades (latifúndios), produção para o mercado externo, e trabalho escravo africano como força central de trabalho. O tráfico intercontinental, com forte presença de Angola nas rotas portuguesas, foi decisivo para a reposição e manutenção dessa mão de obra.
Fontes recomendadas: Stuart B. Schwartz, Sugar Plantations in the Formation of Brazilian Society (1985); Boris Fausto, História do Brasil — para compreender o papel do açúcar, da escravidão e das rotas africanas.
Por que a alternativa A é correta: A frase popular citada resume três elos causais: economia exportadora baseada no açúcar → produção dependente de trabalho escravo → escravos fornecidos em larga escala por Angola. Isso descreve precisamente o modelo colonial açucareiro: produção de açúcar para exportação, realizada majoritariamente por escravizados.
Análise das alternativas incorretas:
B (policultura de subsistência para alimentar a população escrava) — incorreta. O eixo era a monocultura exportadora, não policultura voltada à subsistência.
C (trabalho escravo para garantir produção de bens industrializados) — incorreta. A base era produção agrícola (açúcar), matéria‑prima exportada; não se tratava de indústria local desenvolvida sustentada por assalariados industriais.
D (desenvolvia a economia do Brasil e de Angola, ambos dividiam lucros) — incorreta. Angola era fonte de escravizados via redes de tráfico; não havia repartição de lucros nem desenvolvimento econômico paralelo e equivalente.
E (modelo baseado no trabalho assalariado, com escravos apenas em tarefas domésticas) — incorreta. O trabalho assalariado era minoritário; a economia do açúcar dependia do trabalho escravo em larga escala, tanto nas lavouras quanto na produção.
Dica de interpretação: ao ver expressões como “sem X, não há Y” pense em relações de dependência histórica (produto → mão de obra → fonte da mão de obra). Busque palavras‑chave: açúcar, escravidão, Angola.
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