Questõessobre Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil
O indianismo foi a forma com que o romantismo brasileiro construiu a base histórica da nação, porque ele convidava o Brasil independente a fazer parte de uma história que
começaria muito antes da chegada dos portugueses ao país,
permitindo o anúncio da oposição ao período de domínio lusitano denominado:
Entre 1500 e 1530, os interesses da coroa portuguesa, no Brasil, focavam o pau-brasil, madeira abundante na Mata Atlântica e existente em quase todo o
litoral brasileiro, do Rio Grande do Norte ao Rio de
Janeiro. A extração era feita de maneira predatória e
assistemática, com o objetivo de abastecer o mercado europeu, especialmente as manufaturas de
tecido, pois a tinta avermelhada da seiva dessa
madeira era utilizada para tingir tecidos. A aquisição dessa matéria-prima brasileira era feita por
meio da
Considerando as características comuns das colonizações portuguesa e espanhola nas Américas nos sécs. XVI e
XVII assinale a alternativa CORRETA:
O Brasil atual, herdeiro da América Portuguesa, ocupa 47,3%
da superfície da América do Sul. Suas fronteiras atuais
estendem-se por 23.086 km lineares, sendo 7.367 km de
Costa Litorânea Atlântica e 15.719km de fronteira terrestre.
Para alcançar toda essa dimensão, Portugal precisou assinar
tratados com a Coroa Espanhola (adaptado de TERRA,L. et
al. Conexões: Estudos de Geografia Geral e do Brasil, 2010,
p. 14, vol I e II).
Considerando o texto acima, a assinatura do Tratado de Madri
culminou com a expansão mais representativa do território
brasileiro na porção:
Na primeira metade do século XVI, Dom João
III (1521-1557), ao decidir dar impulso ao
processo de colonização no Brasil, optou por
adotar o sistema de donatárias.
Sobre o tema, assinale alternativa correta.
Na primeira metade do século XVI, Dom João III (1521-1557), ao decidir dar impulso ao processo de colonização no Brasil, optou por adotar o sistema de donatárias.
Sobre o tema, assinale alternativa correta.
Em dezembro de 1815, Dom João elevou o
Brasil à condição de Reino Unido de Portugal e
Algarves. Atente para o que é dito sobre esse
assunto.
I. Tal medida deveu-se à transferência da família
real portuguesa para o Brasil, posto que
acabara de desembarcar e precisava oficializar
a nova sede do governo português.
II. O Brasil deixou de ser colônia e, tornando-se a
sede da monarquia portuguesa, equiparava-se
politicamente à metrópole.
III. A medida facilitou as relações comerciais, e
possibilitou maior autonomia à antiga colônia.
Está correto o que se afirma em
Em dezembro de 1815, Dom João elevou o Brasil à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. Atente para o que é dito sobre esse assunto.
I. Tal medida deveu-se à transferência da família real portuguesa para o Brasil, posto que acabara de desembarcar e precisava oficializar a nova sede do governo português.
II. O Brasil deixou de ser colônia e, tornando-se a sede da monarquia portuguesa, equiparava-se politicamente à metrópole.
III. A medida facilitou as relações comerciais, e possibilitou maior autonomia à antiga colônia.
Está correto o que se afirma em
A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e
citada no texto, foi provocada, sobretudo,
Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.
(Maria Odila Leite da Silva Dias.
A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)
Leia o excerto de uma peça teatral, de 1973.
Nassau
Como Governador-Geral do Pernambuco, a minha maior
preocupação é fazer felizes os seus moradores. Mesmo porque eles são mais da metade da população do Brasil, e esta
região, com a concentração dos seus quase 350 engenhos
de açúcar, domina a produção mundial de açúcar. Além do
mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha,
quero provar que a colonização holandesa é a mais benéfica.
Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portugueses,
holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou
católicos romanos e até mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha agora o balanço dos
últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
(Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar:
o elogio da traição, 1976. Adaptado)
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é
correto afirmar que
O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico
tendia a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial:
apesar das intenções aristocráticas da nobreza da terra, as
fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente.
Ao mesmo tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas.
Na Bahia, desde o final do século XVII, e no Rio de Janeiro,
desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico atlântico
de escravos passou a ser controlado pelas comunidades
mercantis locais (...).
(João Fragoso et alli. A economia colonial brasileira
(séculos XVI-XIX), 1998)
O texto permite inferir que
A colonização do Novo Mundo na época moderna apresenta-se como peça de um sistema, instrumento da acumulação
primitiva, da época do capitalismo mercantil. Na realidade,
nem toda colonização se desenrola dentro das travas do
sistema colonial, pois a colonização inglesa na América do
Norte, colônias de povoamento, deu-se fora dos mecanismos
definidores do sistema colonial mercantilista.
(Fernando Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial,
1989. Adaptado)
A partir do texto, é correto afirmar que
Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em
princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto,
ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino.
FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.
Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês
de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto
apontar:
Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino.
FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.
Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto apontar:
Sobre as atividades econômicas e a mão de obra
na América Portuguesa, entre os séculos XVI e
XVII, é correto afirmar que a produção
TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso
vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo
Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra
o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena
de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final,
os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização:
séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por
mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que
sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas
e bens que possuem souberam falar, também lhes
houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos
quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para
Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil:
cotidiano evida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo de colonização
portuguesa na América estavam relacionadas à
TEXTO I
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
BARROS, J. In: SOUZA, L. M. Inferno atlântico: demonologia e colonização: séculos XVI-XVIII. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.
TEXTO II
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR, F. V. In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano evida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à
Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 x 40 metros) e velha maloca
taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório,
tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes
solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a
“casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes
vinganças contra os brancos e contra outros índios...
Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão
territorial. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado).
Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio,
delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado.
Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a
citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a)
A vinda da família real deslocou definitivamente o
eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de
Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade.
A presença da Corte implicava uma alteração do
acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do
absolutismo acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento).
As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro
em decorrência da presença da Corte estavam limitadas
à superfície das estruturas sociais porque
A vinda da família real deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava uma alteração do acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento).
As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da Corte estavam limitadas à superfície das estruturas sociais porque
Considere as seguintes afirmações sobre o período da história do Brasil, compreendido entre 1500 e 1530, no que concerne ao seu entendimento pela historiografia tradicional:
I. Período pré-colonial em virtude da ausência de povoamento efetivo nas novas terras, em que Portugal enviava, de vez em quando, expedições exploratórias que também tinham o fim de expulsar invasores.
II. Período de colonização, visto que Portugal auferia lucros exorbitantes e realizava grandes investimentos nos negócios com o corte e a venda do pau-brasil, exportando o produto para o oriente.
III. Período de pouco interesse de Portugal por essa possessão de terras, posto que estava envolvido com o comércio nas Índias e com a exploração do litoral africano.
Está correto o que se afirma em
I. Período pré-colonial em virtude da ausência de povoamento efetivo nas novas terras, em que Portugal enviava, de vez em quando, expedições exploratórias que também tinham o fim de expulsar invasores.
II. Período de colonização, visto que Portugal auferia lucros exorbitantes e realizava grandes investimentos nos negócios com o corte e a venda do pau-brasil, exportando o produto para o oriente.
III. Período de pouco interesse de Portugal por essa possessão de terras, posto que estava envolvido com o comércio nas Índias e com a exploração do litoral africano.
Está correto o que se afirma em
Como tratar com os índios
A experiência de trezentos anos tem feito ver que a
aspereza é um meio errado para domesticar os índios;
parece, pois, que brandura e afago são os meios que
nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem
dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito
com a falta de leis. Os habitantes da América são menos
sanguinários do que os negros d’África, mais mansos,
tratáveis e hospitais.
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII,
sobre um tema recorrente para os homens da sua época.
Seu posicionamento emerge de um contexto em que
Como tratar com os índios
A experiência de trezentos anos tem feito ver que a aspereza é um meio errado para domesticar os índios; parece, pois, que brandura e afago são os meios que nos restam. Perdoar-lhes alguns excessos, de que sem dúvida seria causa a sua barbaridade e longo hábito com a falta de leis. Os habitantes da América são menos sanguinários do que os negros d’África, mais mansos, tratáveis e hospitais.
VILHENA, L. S. A Bahia no século XVIII. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
O escritor português Luís Vilhena escreve, no século XVIII, sobre um tema recorrente para os homens da sua época. Seu posicionamento emerge de um contexto em que
As Ordenações Filipinas, como tal, nunca chegaram a ser aplicadas no território brasileiro.
Considerando o texto acima, que apresenta um extrato das Ordenações Filipinas, base do direito português do início do século XVII até meados do século XIX, julgue o item que se segue.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere
as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares
Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de
1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado
e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que
houvesse participação de investimentos privados na
sua montagem e execução.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja
Católica, que desejava expandir o cristianismo para
além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial
da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa
teve como principais critérios a competência e a
experiência profissional de Cabral, sinalizando o
rompimento do Estado português com os privilégios
aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer
rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a
“descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados
possíveis, devido ao interesse português
em controlar a navegação no Atlântico Sul.
Estão corretas apenas as afirmativas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse participação de investimentos privados na sua montagem e execução.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve como principais critérios a competência e a experiência profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse português em controlar a navegação no Atlântico Sul.
Estão corretas apenas as afirmativas