INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere
as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares
Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de
1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado
e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que
houvesse participação de investimentos privados na
sua montagem e execução.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja
Católica, que desejava expandir o cristianismo para
além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial
da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa
teve como principais critérios a competência e a
experiência profissional de Cabral, sinalizando o
rompimento do Estado português com os privilégios
aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer
rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a
“descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados
possíveis, devido ao interesse português
em controlar a navegação no Atlântico Sul.
Estão corretas apenas as afirmativas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse participação de investimentos privados na sua montagem e execução.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve como principais critérios a competência e a experiência profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse português em controlar a navegação no Atlântico Sul.
Estão corretas apenas as afirmativas
Gabarito comentado
Gabarito: B — II e IV
Tema central: a expedição de Pedro Álvares Cabral (abril de 1500) insere‑se na política ultramarina portuguesa: objetivos comerciais, legitimação religiosa e organização estatal do comércio. Para responder, é preciso distinguir o que foi intenção explícita da Coroa, o papel da Igreja e a composição social/econômica das expedições.
Resumo teórico rápido Papel do Estado: Portugal centralizou o comércio nas instituições reais (Casa da Índia) e organizou frotas, mas não excluiu totalmente capitais privados e senhores fidalgos que participavam da armada. Igreja e legitimação: As bulas papais (ex.: Inter caetera, 1493) e o sistema do Padroado deram respaldo à expansão e à missão evangelizadora. Finalidade: objetivo principal era estabelecer rotas para as Índias e controlar o comércio de especiarias; o achamento do Brasil foi resultado correlato, consolidado depois pelo Tratado de Tordesilhas (1494) e pela ação portuguesa no Atlântico Sul.
Fontes relevantes: Carta de Pero Vaz de Caminha (1500) — relato do achamento; Tratado de Tordesilhas (1494); bula papal Inter caetera (1493); estudos sobre a Casa da Índia e o Padroado.
Por que a alternativa B está correta? Afirmativa II: verdadeira — a Igreja apoiava a expansão cristã e as bulas papais/Padroado deram legitimidade às possessões ultramarinas. Afirmativa IV: verdadeira — a missão primária da armada era abrir/garantir a rota das especiarias para a Índia; o "descobrimento" do Brasil foi um resultado possível esperado na lógica de controlar o Atlântico Sul.
Análise das afirmativas incorretas I: falsa — embora a Coroa comandasse e centralizasse, havia participação de capitais privados e de armadores; capitães e comerciantes muitas vezes aportavam navios e recursos, e a articulação estatal não significava ausência total de investimento privado. III: falsa — Cabral era fidalgo; a escolha de comandantes ainda refletia privilégios sociais e clientelismo. Não houve ruptura clara com privilégios aristocráticos nem um critério puramente técnico/meritocrático.
Dica de interpretação: procure palavras absolutas (por ex., "sem que houvesse") e termos que imponham mudança estrutural (como "rompimento"). Eles costumam indicar afirmações falsas em questões históricas quando não há evidência forte de ruptura.
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