Questõesde UNESP sobre História Geral
O importante trabalho de fazer um alfinete é dividido em
mais ou menos dezoito operações distintas. Vi uma pequena
fábrica que só empregava dez operários e onde, em consequência, alguns deles eram encarregados de duas ou três
operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e, por
isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam
fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra
contém mais de quatro mil alfinetes de tamanho médio.
Assim, esses dez operários podiam fazer mais de quarenta
e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada operário fez um décimo desse produto, podemos dizer que fez,
num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes.
Mas, se todos tivessem trabalhado à parte e independentemente uns dos outros, e se eles não tivessem sido moldados
a essa tarefa particular, cada um deles não teria feito, com
certeza, vinte alfinetes.
(Adam Smith. A riqueza das nações (1776). Apud: André Gorz.
Crítica da divisão do trabalho, 1980. Adaptado.)
Considerando que uma libra equivale a aproximadamente
450 gramas, o texto indica que
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em sociedades
pré-modernas”, pois envolveu
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no
177, 2018.)
O apoio à recuperação das economias capitalistas da
Europa Ocidental e os investimentos na Ásia, na África e
na América Latina, mencionados no texto, correspondem à
atuação dos Estados Unidos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se viram numa situação privilegiada, como a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O governo americano coordenou um vasto plano de apoio para recuperar as economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As agitações revolucionárias na Ásia, África e América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um crescimento econômico sem precedentes das economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial cresceu na escala extraordinária de seis por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per capita em todo esse período. Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
Essas notícias têm em comum conflitos que envolvem
questões
Quinta-feira, 14 de novembro de 1991
Para checheno, russos impõem “terror real”
O presidente da Checheno-Ingushia (Cáucaso, sul da Rússia) declarou ontem que a Rússia prepara uma campanha desestabilizadora contra seu país. O Parlamento russo exigiu uma “solução pacífica” e o envio de um grupo de deputados para a negociação.
Segunda-feira, 18 de novembro de 1991
Sérvios derrotam croatas em Vukovar
Croácia admite a perda da cidade para o Exército iugoslavo,
que a sitiava há 86 dias
A Croácia admitiu ter perdido militarmente para o Exército iugoslavo a cidade sitiada de Vukovar. A queda de Vukovar é uma das piores derrotas sofridas pela Croácia.
Segunda-feira, 16 de maio de 1994
Combate se intensifica na Bósnia
Sérvios e muçulmanos ignoram apelo internacional por diálogo;
denunciadas novas atrocidades
Tropas muçulmanas e sérvias intensificaram os combates na região de Tuzla, nordeste da Bósnia, ameaçando jogar por terra o esforço por novas conversações de paz. Os novos combates indicam que sérvios e muçulmanos não estão dispostos a aceitar os apelos internacionais por novas conversações.
(https://acervo.folha.com.br. Adaptado.)
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”,
recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo
com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram
“necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de
acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula:
visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).

O evento representado na imagem mostra
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).
O evento representado na imagem mostra
As práticas econômicas mercantilistas são frequentemente
relacionadas aos Estados modernos e representam
A afirmação do texto de que, diferentemente do medieval, o
homem contemporâneo “se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela” pode ser justificada pela
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”,
representado pelas pessoas que viviam na Idade Média,
pode ser associado, entre outros fatores,
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”,
representado pelas pessoas que viviam na Idade Média,
pode ser associado, entre outros fatores,
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
Dois fatores que contribuíram para os processos de emancipação política na África e na Ásia no pós-Segunda Guerra
Mundial foram:
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a
Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo
Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa
Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o
governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825.
Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico
dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da
Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu
poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos,
enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.
[...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros
quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras,
tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república
ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de
Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do
A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para
perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao
adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o
além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos
os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram,
ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.
(François Hartog. Regimes de historicidade:
presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)
O texto afirma que a obra de Homero
A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado.
(François Hartog. Regimes de historicidade:
presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.)
O texto afirma que a obra de Homero
Ao mencionar a aliança temporária e bizarra entre capitalismo
liberal e comunismo, o texto refere-se
As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes
africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento
de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram
mais pessoas, e sim matérias-primas.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre
europeus e africanos, ocorrida quando
As redes de comércio, os fortes costeiros, as relações tecidas ao longo dos séculos entre comerciantes europeus e chefes africanos, continuaram a ser o sustentáculo do fornecimento de mercadorias para os europeus, só que agora estas não eram mais pessoas, e sim matérias-primas.
(Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)
O texto refere-se à redefinição das relações comerciais entre europeus e africanos, ocorrida quando