Questõesde USP sobre História do Brasil

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ff9e490b-e1
USP 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

No Brasil, do mesmo modo que em muitos outros países latino-americanos, as décadas de 1870 e 1880 foram um período de reforma e de compromisso com as mudanças. De maneira geral, podemos dizer que tal movimento foi uma reação às novas realidades econômicas e sociais resultantes do desenvolvimento capitalista não só como fenômeno mundial mas também em suas manifestações especificamente brasileiras.

Emília Viotti da Costa, “Brasil: a era da reforma, 1870-1889”. In: Leslie Bethell, História da América Latina, v.5. São Paulo: Edusp, 2002. Adaptado.

A respeito das mudanças ocorridas na última década do Império do Brasil, cabe destacar a reforma

A
eleitoral, que, ao instituir o voto direto para os cargos eletivos do Império, ao mesmo tempo em que proibiu o voto dos analfabetos, reduziu notavelmente a participação eleitoral dos setores populares.
B
religiosa, com a adoção do ultramontanismo como política oficial para as relações entre o Estado brasileiro e o poder papal, o que permitiu ao Império ganhar suporte internacional.
C
fiscal, com a incorporação integral das demandas federativas do movimento republicano por meio da revisão dos critérios de tributação provincial e municipal.
D
burocrática, que rompeu as relações de patronato empregadas para a composição da administração imperial, com a adoção de um sistema unificado de concursos para preenchimento de cargos públicos.
E
militar, que abriu espaço para que o alto-comando do Exército, vitorioso na Guerra do Paraguai, assumisse um maior protagonismo na gestão dos negócios internos do Império.
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USP 2015 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Segundo o texto, é correto afirmar que a Transamazônica, cuja construção se iniciou no regime militar (1964-1985), representou, inclusive,

Paralelamente à abertura da Transamazônica processa-se o trabalho da colonização, realizado pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). As pequenas agrovilas se sucedem de vinte em vinte quilômetros à margem da estrada, e nos cem hectares que cada colono recebeu são plantados milho, feijão e arroz. Já no próximo mês começará a plantação de cana de açúcar, cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém saídos da universidade, orientam os colonos... No meio da selva começam a surgir as agrovilas. Vindos de diferentes regiões do país, os colonos povoam as margens da Transamazônica e espalham pelo chão virgem o verde disciplinado das culturas pioneiras. Os pastos da região são excelentes.

Revista Manchete, 15 de abril de 1972.
A
um projeto para eliminar o controle nacional e estatal dos recursos naturais da Amazônia, facilitando o avanço de interesses britânicos na região.
B
um esforço de ampliar as áreas de ocupação na Amazônia e de construir a ideia de que se vivia um período de avanço, integração e crescimento nacional.
C
uma superação das dificuldades de comunicação e deslocamento entre o Sul e o Norte do país, facilitando a migração e permitindo plena integração entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
D
uma tentativa de reaquecer a economia da borracha, com a criação de rotas de escoamento rápido da produção em direção aos portos do Sudeste
E
um projeto de utilização dessa estrada para delimitar as fronteiras entre os estados da região.
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USP 2015 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O gráfico fornece elementos para afirmar:

Examine o gráfico.


A
A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no país.
B
As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C
Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse escravista.
D
Desde o final do século XVIII, criaram se as condições para que a economia e a sociedade do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E
Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as imposições favoráveis ao trabalho livre.
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USP 2015 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra

Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir.

Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas, 1954.
A
a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
B
os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América.
C
a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas.
D
o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América.
E
a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa.
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USP 2015 - História - História do Brasil

Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir

Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com a transição para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era o brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante várias décadas.

Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
A
as explicações positivistas e evolucionistas sobre o impacto da mistura de raças na formação do caráter nacional brasileiro.
B
os projetos de valorização dos vínculos entre o caráter nacional brasileiro e os produtos da indústria cultural norte americana.
C
o reconhecimento e a celebração da origem africana da maioria dos brasileiros e a rejeição das tradições europeias.
D
a percepção de que o país estava plenamente inserido na modernidade e havia assumido a condição de potência mundial.
E
o desejo de retornar ao período anterior à chegada dos europeus e de recuperar padrões culturais e cotidianos indígenas.
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USP 2014 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A colonização, apesar de toda violência e disrupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje.


Carlos Fausto. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.


Com base no trecho acima, é correto afirmar que

A
o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas.
B
várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana.
C
a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
D
a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu.
E
não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural.
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USP 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas diligências e por qualquer via se procura. Há pouco mais de cem anos que esta folhase começou a plantar e beneficiar na Bahia [...] e, destasorte, uma folha antes desprezada e quase desconhecidatem dado e dá atualmente grandes cabedais aos moradoresdo Brasil e incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes.


                          André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas.

                                                                                               São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado


O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711,revela que


A
o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar.
B
todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que ocorria com outros produtos, era direcionado à metrópole.
C
não se pode exagerar quanto à lucratividade propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, desde seu início, era maior.
D
os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente o potencial econômico de suas colônias americanas.
E
economia colonial foi marcada pela simultaneidade de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua inserção em mercados internacionais.
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USP 2014 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina

Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,

A
a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada.
B
liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
C
escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
D
não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
E
o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
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USP 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Durante os primeiros tempos de sua existência, o PCB prosseguiu em seu processo de diferenciação ideológica com o anarquismo, de onde provinha parte significativa de sua liderança e de sua militância. Nesse curso, foi necessário, no que se refere à questão parlamentar, também proceder a uma homogeneização de sua própria militância. Houve algumas tentativas de participação em eleições e de formulação de propostas a serem apresentadas à sociedade que se revelaram infrutíferas por questões conjunturais. A primeira vez em que isso ocorreu foi, em 1925, no município portuário paulista de Santos, onde os comunistas locais, apresentando-se pela legenda da Coligação Operária, tiveram um resultado pífio. No entanto, como todos os atos pioneiros, essa participação deixou uma importante herança: a presença na cena política brasileira dos trabalhadores e suas reivindicações. Estas, em particular, expressavam um acúmulo de anos de lutas do movimento operário brasileiro.

Dainis Karepovs. A classe operária vai ao Parlamento.
São Paulo: Alameda, 2006, p.169.

A partir do texto acima, pode-se afirmar corretamente que

A
as eleições de representantes parlamentares advindos de grupos comunistas e anarquistas foram frequentes, desde a Proclamação da República, e provocaram, inclusive, a chamada Revolução de 1930.
B
comunistas, anarquistas e outros grupos de representantes de trabalhadores eram formalmente proibidos de participar de eleições no Brasil desde a proclamação da República, cenário que só se modificaria com a Constituição de 1988.
C
as primeiras décadas do século XX representam um período de grande diversidade político-partidária no Brasil, o que favoreceu a emergência de variados grupos de esquerda, cuja excessiva divisão impediu- os de obter resultados eleitorais expressivos.
D
as experiências parlamentares envolvendo operários e camponeses, no Brasil da década de 1920, resultaram em sua presença dominante no cenário político nacional, após o colapso do primeiro regime encabeçado por Getúlio Vargas.
E
as primeiras participações eleitorais de candidatos trabalhadores ganharam importância histórica, uma vez que a política partidária brasileira da chamada Primeira República era dominada por grupos oriundos de grandes elites econômicas.
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USP 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:

A
tabaco, algodão e derivados da pecuária.
B
ferro, sal e tecidos.
C
escravos indígenas, arroz e diamantes.
D
animais exóticos, cacau e embarcações.
E
drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.
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USP 2012 - História - História do Brasil

A população indígena brasileira aumentou 150% na década de 1990, passando de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento médio anual foi de 10,8%, quase seis vezes maior do que o da população brasileira em geral.

http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.

A notícia acima apresenta

A
dado pouco relevante, já que a maioria das populações indígenas do Brasil encontra-se em fase de extinção, não subsistindo, inclusive, mais nenhuma população originária dos tempos da colonização portuguesa da América.
B
discrepância em relação a uma forte tendência histórica observada no Brasil, desde o século XVI, mas que não é uniforme e absoluta, já que nas últimas décadas não apenas tais populações indígenas têm crescido, mas também o próprio número de indivíduos que se autodenominam indígenas.
C
um consenso em torno do reconhecimento da importância dos indígenas para o conjunto da população brasileira, que se revela na valorização histórica e cultural que tais elementos sempre mereceram das instituições nacionais.
D
resultado de políticas públicas que provocaram o fim dos conflitos entre os habitantes de reservas indígenas e demais agentes sociais ao seu redor, como proprietários rurais e pequenos trabalhadores.
E
natural continuidade da tendência observada desde a criação das primeiras políticas governamentais de proteção às populações indígenas, no começo do século XIX, que permitiram a reversão do anterior quadro de extermínio observado até aquele momento.
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USP 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

A charge satiriza uma prática eleitoral presente no Brasil da chamada "Primeira República". Tal prática revelava a

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A
ignorância, por parte dos eleitores, dos rumos políticos do país, tornando esses eleitores adeptos de ideologias políticas nazifascistas.
B
ausência de autonomia dos eleitores e sua fidelidade forçada a alguns políticos, as quais limitavam o direito de escolha e demonstravam a fragilidade das instituições republicanas.
C
restrição provocada pelo voto censitário, que limitava o direito de participação política àqueles que possuíam um certo número de animais.
D
facilidade de acesso à informação e propaganda política, permitindo, aos eleitores, a rápida identificação dos candidatos que defendiam a soberania nacional frente às ameaças estrangeiras.
E
ampliação do direito de voto trazida pela República, que passou a incluir os analfabetos e facilitou sua manipulação por políticos inescrupulosos.
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USP 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O tráfico de escravos africanos para o Brasil;

A
teve início no final do século XVII, quando as primeiras jazidas de ouro foram descobertas nas Minas Gerais.
B
foi pouco expressivo no século XVII, ao contrário do que ocorreu nos séculos XVI e XVIII, e foi extinto, de vez, no início do século XIX.
C
teve início na metade do século XVI, e foi praticado, de forma regular, até a metade do século XIX
D
foi extinto, quando da Independência do Brasil, a despeito da pressão contrária das regiões auríferas.
E
dependeu, desde o seu início, diretamente do bom sucesso das capitanias hereditárias, e, por isso, esteve concentrado nas capitanias de Pernambuco e de São Vicente, até o século XVIII.
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USP 2013 - História - História do Brasil

Com base na leitura da obra A cidade e as serras, de Eça de Queirós, publicada originalmente em 1901, é correto concluir que, nela, encontra-se.

A
o prenúncio de uma consciência ecológica que iria eclodir com força somente em finais do século XX, mas que, nessa obra, já mostrava um sentido visionário, inspirado pela invenção dos motores a vapor.
B
uma concepção de hierarquia civilizacional entre as regiões do mundo, na qual, a Europa representaria a modernidade e um modelo a seguir, e a América, o atraso e um modelo a ser evitado.
C
a construção de uma associação entre indivíduo e divindade, já que, no livro, a natureza é, fundamentalmente, símbolo de uma condição interior a ser alcançada por meio de resignação e penitência.
D
a manifestação de um clima de forte otimismo, decorrente do fim do ciclo bélico mundial do século XIX, que trouxe à tona um anseio de modernização de sociedades em vários continentes.
E
uma valorização do meio rural e de modos de vida a ele associados, nostalgia típica de um momento da história marcado pela consolidação da industrialização e da concentração da maior parte da população em áreas urbanas
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USP 2013 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Em seu contexto de origem, o quadro acima corresponde a uma;

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A
denúncia política das guerras entre as populações indígenas brasileiras.
B
idealização romântica num contexto de construção da nacionalidade brasileira
C
crítica republicana à versão da história do Brasil difundida pela monarquia.
D
defesa da evangelização dos índios realizada pelas ordens religiosas no Brasil.
E
concepção de inferioridade civilizacional dos nativos brasileiros em relação aos indígenas da América Espanhola.
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USP 2013 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A partir da leitura do texto acima, escrito pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se afirmar, corretamente, que, nas terras portuguesas da América,

Não há trabalho, nem gênero de vida no mundo mais parecido à cruz e à paixão de Cristo, que o vosso em um destes engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento e martírio[...]. De todos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, os que pertencem por condição aos pretos, e como por herança, são os mais dolorosos.
A
a Igreja Católica defendia os escravos dos excessos cometidos pelos seus senhores e os incitava a se revoltar.
B
as formas de escravidão nos engenhos eram mais brandas do que em outros setores econômicos, pois ali vigorava uma ética religiosa inspirada na Bíblia
C
a Igreja Católica apoiava, com a maioria de seus membros, a escravidão dos africanos, tratando, portanto, de justificá-la com base na Bíblia
D
clérigos, como P. Vieira, se mostravam indecisos quanto às atitudes que deveriam tomar em relação à escravidão negra, pois a própria Igreja se mantinha neutra na questão.
E
havia formas de discriminação religiosa que se sobrepunham às formas de discriminação racial, sendo estas, assim, pouco significativas.
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USP 2011 - História - História do Brasil

á cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações.
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.

O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do atual território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura

A
favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as técnicas de produção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani.
B
possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los.
C
proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e ferramentas.
D
difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos.
E
era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto, mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América.
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USP 2011 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

No início de 1969, a situação política se modifica. A repressão endurece e leva à retração do movimento de massas. As primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm seus dirigentes perseguidos e são suspensas. O movimento estudantil reflui. A oposição liberal está amordaçada pela censura à imprensa e pela cassação de mandatos.
Apolônio de Carvalho. Vale a pena sonhar. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.


O testemunho, dado por um participante da resistência à ditadura militar brasileira, sintetiza o panorama político dos últimos anos da década de 1960, marcados

A
pela adesão total dos grupos oposicionistas à luta armada e pela subordinação dos sindicatos e centrais operárias aos partidos de extrema esquerda.
B
pelo bipartidarismo implantado por meio do Ato Institucional nº 2, que eliminou toda forma de oposição institucional ao regime militar.
C
pela desmobilização do movimento estudantil, que foi bastante combativo nos anos imediatamente posteriores ao golpe de 64, mas depois passou a defender o regime.
D
pelo apoio da maioria das organizações da sociedade civil ao governo militar, empenhadas em combater a subversão e afastar, do Brasil, o perigo comunista.
E
pela decretação do Ato Institucional nº 5, que limitou drasticamente a liberdade de expressão e instituiu medidas que ampliaram a repressão aos opositores do regime.
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USP 2011 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Examine a seguinte tabela:


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A tabela apresenta dados que podem ser explicados

A
pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
B
pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
C
pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
D
pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
E
pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.
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USP 2011 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O Estado de compromisso, expressão do reajuste nas relações internas das classes dominantes, corresponde, por outro lado, a uma nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café, o estabelecimento de uma certa racionalização no uso de algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional (...).
Boris Fausto. A revolução de 1930. Historiografia e história. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 109-110.

Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do período posterior a 1930,

A
à retomada do comando político pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro.
B
ao primeiro momento de intervenção governamental na economia brasileira.
C
à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
D
ao esforço de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional.
E
à ampla democratização nas relações políticas, trabalhistas e sociais.