Com base na leitura da obra A cidade e as serras, de Eça de Queirós, publicada originalmente em 1901, é correto concluir que, nela, encontra-se.
Gabarito comentado
Alternativa correta: E
Tema central: compreender como A cidade e as serras (Eça de Queirós, 1901) constrói um contraste entre a vida urbana moderna e a vida rural, valorizando a serenidade, os laços comunitários e uma certa saudade do campo frente à industrialização.
Resumo teórico breve: o romance é uma sátira à cosmopolita Paris e ao culto do progresso material. O protagonista, Jacinto, representa o excesso urbano (luxo, tecnologia, isolamento). A mudança para a serra mostra a recuperação de saúde, relações humanas e um ideal pastoral — não uma reflexão ecológica moderna, mas uma nostalgia da vida rural diante da concentração urbana e da industrialização. Fonte básica: a própria obra (Eça de Queirós, A cidade e as serras, 1901) e comentários críticos sobre o tema da pastoralidade na literatura realista.
Por que a alternativa E é correta: ela resume com precisão o sentido do texto: há valorização do meio rural e modos de vida associados (trabalho rural, comunidade, equilíbrio) como resposta crítica à cidade industrial. Esse tom nostálgico é típico de autores do final do século XIX e início do XX que enfrentavam a consolidação da industrialização e o êxodo urbano.
Análise das alternativas incorretas
A: incorreta — o livro critica a modernidade tecnológica, mas não formula uma consciência ecológica no sentido contemporâneo; a menção aos motores a vapor como inspiração de “visionarismo ecológico” é anacrônica.
B: incorreta — embora exista uma hierarquia implícita entre cidade (moderna) e campo (tradicional), o texto não faz uma classificação de continentes (Europa vs América) como eixo central.
C: incorreta — a natureza no romance é recuperadora e vitalizante, não essencialmente símbolo de penitência ou vínculo religioso entre indivíduo e divindade.
D: incorreta e factualmente equivocada — não houve “ciclo bélico mundial do século XIX”; além disso, o tom da obra não é otimismo acrítico da modernização, mas crítica e saudosa.
Dica de prova: detecte palavras-chave (nostalgia, rural, industrialização) e elimine alternativas com contradições históricas ou leitura claramente anacrônica do texto.
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