Questõesde UNEB sobre História do Brasil

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Foram encontradas 7 questões
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UNEB 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“A criminalização dos manifestantes e dos movimentos sociais é expressão da violência ilegítima do Estado e da truculência contra a democracia”, fato que pode ser observado na ação do Estado brasileiro em relação

Diz a Constituição que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. A ética republicana impõe a separação entre o público e o privado, bem como a democracia, que se caracteriza pelo poder do povo. Não só através dos seus representantes, mas também diretamente. Manifestações públicas são expressão da democracia direta. A ocupação da cidade pelos seus habitantes é o que dá a exata dimensão da cidadania. A criminalização dos manifestantes e dos movimentos sociais é expressão da violência ilegítima do Estado e da truculência contra a democracia. É uma violação da ética que há de orientar as relações públicas, tendo-se o Estado como ente instituído e a sociedade como instituidora e titular de todo poder. A ética republicana impõe assim o reconhecimento da supremacia da sociedade sobre o Estado.
A realização do Estado Democrático de Direito pressupõe o respeito absoluto e incondicional aos valores jurídicos que lhe são próprios, o exercício das funções públicas para a proteção dos direitos da pessoa humana e a realização das liberdades públicas, a democratização da estrutura do Estado, a atuação estatal transparente que permita ao cidadão o controle de seu funcionamento e a promoção e a defesa dos princípios da democracia pluralista e a difusão da cultura jurídica democrática.
São frequentes as mobilizações para a guerra, mas havemos de mobilizar para a paz; são frequentes as mobilizações para a ‘demonização’ de pessoas ou grupos sociais, notadamente daqueles que se situam no campo dos excluídos, e nesse sentido setores da mídia têm prestado grande desserviços aos direitos humanos, mas havemos de mobilizar para a garantia dos direitos.
(DAMASCENO*, 2016).

*João Batista Damasceno é doutor em Ciência Política pela UFF e juiz de Direito. 
A
à Revolta Farroupilha.
B
à Independência da Bahia.
C
ao Movimento Conselheirista de Canudos.
D
à Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
E
ao movimento pelas “Diretas Já”.
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UNEB 2014 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, Reconstrução Democrática : Governo Sarney

A Constituição brasileira de 1988, promulgada após o restabelecimento do regime democrático, que encerrou o período da ditadura militar no país, garantiu avanços sociais e políticos para a sociedade.

Em relação ao contexto em que o país viveu, durante sua elaboração, promulgação e implementação, é correto afirmar:

A
A elite, temerosa da radicalização política dos grupos armados de esquerda, se opôs à instalação do regime democrático, pressionando os militares para a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que reinstalasse o regime autoritário.
B
Os interesses do governo José Sarney em garantir uma maioria política nas eleições para o Congresso Constituinte contribuíram para a manutenção do congelamento dos preços e salários, estabelecidos pelo Plano Cruzado, apesar dos sinais de crise.
C
A transição política, negociada entre o regime ditatorial e o democrático, possibilitou a determinação, na Constituição, que, após o último presidente militar, a eleição do primeiro presidente civil seria através do voto universal e direto.
D
A abertura “lenta, gradual e segura”, conduzida pela Escola Superior de Guerra, fez com que a Constituição de 1988 mantivesse a ilegalidade do PCB (Partido Comunista Brasileiro), que, ao atuar na clandestinidade e apoiar o PT, foi perseguido e extinto no governo Collor.
E
O controle da inflação, estabelecido no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, através da implantação do Plano Real, e conseguido através do aumento das taxas de crescimento econômico e da oferta de emprego, foi o fator decisivo da aprovação da Emenda Constitucional que permitiu a reeleição para cargos executivos no país.
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UNEB 2014 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A história da escravidão no Brasil é marcada pela luta e pela resistência do povo negro, observadas em um movimento de forte conteúdo étnico-racial de oposição à escravidão ocorrido no país, que foi a

De acordo com o Artigo no 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou a sobrecarga de trabalho, que acarreta danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra, não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado trabalho escravo. (O QUE É..., 2014).
A
Revolta de Vila Rica.
B
Inconfidência Mineira.
C
Revolta dos Búzios.
D
Revolta Farroupilha.
E
Sabinada.
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UNEB 2014 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A abolição da escravidão, no Brasil, decorreu de um longo processo, que envolveu diversos interesses internos e externos, com inúmeros desdobramentos, como se pode inferir

De acordo com o Artigo no 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou a sobrecarga de trabalho, que acarreta danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra, não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado trabalho escravo. (O QUE É..., 2014).
A
na ação das bandeiras de destruição dos quilombos, que contiveram a fuga em massa de escravos e acabaram com a resistência à escravidão nos centros urbanos e nas áreas litorâneas, levando os quilombolas a adentrarem, cada vez mais, pelo interior da colônia.
B
no reconhecimento da independência do Brasil por Portugal, que, dependente econômica e financeiramente da Inglaterra, obrigou a nação recém-independente a pagar uma indenização ao trono português e a abolir imediatamente a escravidão.
C
na oposição da aristocracia rural às medidas centralizadoras de Marques de Pombal, que, representando o despotismo esclarecido português, defendia a gradual abolição da escravidão, o que levou à eclosão da Revolta de Beckman e da Guerra entre Emboabas e Mascates.
D
na aprovação do Bill Aberdeen pelo parlamento britânico, que, pressionando o Brasil, contribuiu para o estabelecimento da Lei Eusébio de Queiróz, cujo desdobramento foi o processo de imigração europeia, imbuído pelas ideias difundidas pela teoria do branqueamento.
E
na aprovação da Lei do Ventre Livre, que causou uma imediata crise no setor cafeeiro do Vale do Paraíba e no setor açucareiro do Nordeste, pela ausência de trabalhadores que pudessem, posteriormente, resolver a questão do envelhecimento da mão de obra escrava.
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UNEB 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O estabelecimento do modelo escravista brasileiro perpassou a época colonial e adentrou pelo período imperial, refletindo-se desde a época republicana até a contemporaneidade.
Em relação a este processo, pode-se inferir que a

No Brasil, como em outras partes, os escravos negociaram mais do que lutaram abertamente contra o sistema. Trata-se do heroísmo prosaico de cada dia. “Apesar das chicotadas, das dietas inadequadas, da saúde seriamente comprometida ou do esfacelamento da família pela venda, os escravos conseguiram viver seu dia a dia”, conforme analisou Sandra Graham. “Relativamente poucos, na verdade, assassinaram seus senhores, ou participaram de rebeliões, enquanto a maioria, por estratégia, criatividade ou sorte, ia vivendo da melhor forma possível”. Como verbalizaram os próprios escravos, no Sul dos Estados Unidos, “os brancos fazem como gostam; os pretos, como podem”. (REIS. 1989. p 14).
A
adaptação do africano ao trabalho compulsório contribuiu para as poucas manifestações de revoltas escravas, restritas a ações individuais e isoladas.
B
inexistência de uma resistência escrava diante do trabalho servil, possibilitou a grande longevidade dos negros e o harmônico funcionamento do sistema colonial.
C
relação entre os senhores e escravos variava, do combate aberto dos escravos a estratégias de resistências mais sutis, como a prática da religiosidade e a manutenção de aspectos culturais.
D
a Lei de Terras, de 1850, buscava fixar o negro à terra, estabelecendo um laço de identidade ao país, evitando a escassez de mão de obra no processo, que já se consolidava, da abolição da escravidão.
E
a Frente Negra Brasileira objetivada o apoio ao projeto nacionalista getulista e à disseminação da ideologia da democracia racial no Brasil.
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UNEB 2017 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Criado em 30 de novembro de 1964, sendo, portanto, uma obra do regime militar que acabava de ser instalado no Brasil, através do golpe militar de 31 de março de 1964.

A informação refere-se

A
às Ligas Camponesas, um movimento de luta pela reforma agrária, que tinha como objetivo, dentre outros, prestar assistência médica aos camponeses.
B
ao Estatuto da Terra, cuja criação estava intimamente ligada ao clima de insatisfação reinante no meio rural.
C
à Lei de Terras, uma iniciativa no sentido de organizar a propriedade privada por compra e venda ou por doação do Estado.
D
ao Estatuto do Trabalhador Rural, que estabelecia normas para criação de sindicatos agrícolas mistos que englobassem empregados e empregadores.
E
ao movimento dos trabalhadores rurais sem-terra, organizado em todos os estados do país, que priorizava a colonização de terras devolutas e de latifúndios improdutivos.
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UNEB 2017 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Descendentes de africanos sudaneses, Maria Felipa nasceu em Itaparica e fez história por sua grande coragem nos combates travados contra os portugueses. [...] Muito querida na ilha, ganhava a vida vendendo marisco. Sua participação na luta pela independência da Bahia foi bastante ativa, não se limitando a discursos inflamados. Suas armas, no entanto, foram a inteligência, a coragem e a solidariedade. Maria Felipa atuou na guerra como enfermeira e como uma eficiente informante, mas ganhou fama no episódio em que liderou um grupo de 40 outras corajosas mulheres contra soldados portugueses. Segundo historiadores, elas avistaram a esquadra de 42 embarcações lusitanas ancoradas nas imediações da Ilha de Itaparica aguardando a ordem para invadir Salvador e reprimir as ações pela independência baiana. Algumas dessas guerreiras baianas, então, se aproximaram dos dois vigias da esquadra – Araújo Mendes e Guimarães das Uvas – e dotadas de encantos, os seduziram. Certos de que teriam alguns momentos de prazer, eles as levaram para um local mais distante e baixaram a guarda. Já nus, foram surpreendidos com uma surra de galhos de cansanção (planta que provoca uma grande sensação de queimadura ao tocar a pele). Logo após renderem os guardas, o grupo de mulheres lideradas por Maria Felipa ateou fogo em todas as embarcações portuguesas, o que enfraqueceu consideravelmente as tropas e as pretensões portuguesas de invadir Itaparica. (HISTORIA DE... 2017).

A história da afro-brasileira Maria Felipa remonta à formação socioeconômica do Brasil colonial e ao processo de independência do Brasil.

Nesse contexto, é correto afirmar que a

A
homogeneidade cultural dos africanos escravizados possibilitou o surgimento de movimentos de resistência contra a dominação portuguesa e a escravidão, como as conjurações mineira e baiana.
B
decadência da economia canavieira nordestina, resultante da descoberta do ouro na região da Minas Gerais, contribuiu para o crescimento de negros alforriados na Bahia.
C
Corte Portuguesa no Brasil, ao estabelecer uma maior dependência com a Inglaterra, através da abertura dos portos, fez aumentar a pressão inglesa para abolição do tráfico negreiro no Brasil, neste período.
D
influência da independência do Haiti no Brasil provocou uma revolta generalizada da mão de obra escrava, que desembocou na ruptura dos laços de dependência com Portugal.
E
resistência portuguesa na Bahia contribuiu para que o processo de independência baiana ocorresse através de um movimento popular, diferentemente do seu caráter elitista no centro sul.