Questão dc3ac56d-bb
Prova:UNEB 2014
Disciplina:História
Assunto:História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A história da escravidão no Brasil é marcada pela luta e pela resistência do povo negro, observadas em um movimento de forte conteúdo étnico-racial de oposição à escravidão ocorrido no país, que foi a

De acordo com o Artigo no 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais que coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou a sobrecarga de trabalho, que acarreta danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea, em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra, não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado trabalho escravo. (O QUE É..., 2014).

A
Revolta de Vila Rica.
B
Inconfidência Mineira.
C
Revolta dos Búzios.
D
Revolta Farroupilha.
E
Sabinada.

Gabarito comentado

A
Anderson MaiaMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: C — Revolta dos Búzios (Conjuração Baiana, 1798)

Tema central: a questão exige reconhecer qual movimento colonial brasileiro teve forte conteúdo étnico‑racial e oposição explícita à escravidão. É preciso distinguir revoltas de elite das que envolveram amplas camadas populares e reivindicações abolicionistas.

Resumo teórico: a Conjuração Baiana (também chamada Revolta dos Búzios ou Revolta dos Alfaiates, 1798) foi um movimento com significativa participação de negros, mulatos, artesãos e soldados, que defendia, entre outras pautas, a abolição da escravidão, igualdade de direitos e reformas sociais. Por isso é apontada como um episódio de resistência étnico‑racial contra o sistema escravista.

Fontes relevantes: Lei Áurea — Lei nº 3.353, de 13 de maio de 1888 (abolição formal da escravidão); Código Penal Brasileiro — art. 149 (tipifica o crime de redução à condição análoga à de escravo). Para a história: estudos sobre a Conjuração Baiana/“Revolta dos Búzios” em manuais de história do Brasil colonial e obras sobre resistência escrava.

Justificativa da resposta (por que C): a descrição do enunciado destaca um "movimento de forte conteúdo étnico‑racial de oposição à escravidão". A Conjuração Baiana teve exatamente essa característica: mobilizou populações afrodescendentes e pleiteou a abolição, o que a torna a opção correta.

Análise das alternativas incorretas:

  • A — Revolta de Vila Rica: foi um levante local em Minas por motivos fiscais/econômicos (século XVIII) e não um movimento com centralidade abolicionista ou de massa preta organizada.
  • B — Inconfidência Mineira: liderada por elites mineradoras (1789); projetos inspirados no Iluminismo e independência, mas sem programa abolicionista consistente — muitos líderes eram escravocratas.
  • D — Revolta Farroupilha: (1835–1845) conflito regional no Rio Grande do Sul liderado por estancieiros; motivações políticas e econômicas, sem caráter étnico‑racial abolicionista.
  • E — Sabinada: (1837–1838) rebelião na Bahia por reivindicações políticas e administrativas; não se destaca como movimento de massa afro‑brasileira com demanda direta pela abolição.

Dica de prova: ao ver termos como "conteúdo étnico‑racial" e "oposição à escravidão", busque na memória as insurreições com ampla participação popular negra e reivindicações por igualdade/abolição — aí estará a resposta.

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