Questõesde ENEM 2019 sobre História

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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria a cidade.
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).

De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica fundamental o(a)

A
dedicação altruísta em ações coletivas.
B
participação direta em fóruns decisórios.
C
ativismo humanista em debates públicos.
D
discurso formalista em espaços acadêmicos.
E
representação igualitária em instâncias parlamentares.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História Geral, Mundo Árabe : de Maomé ao Império

A população africana residente nesta província, bem como a de todo o Império, compõe-se de indivíduos de diferentes lugares da África que variam em costumes e religiões; a que aqui segue o maometismo, à qual pertencemos, é uma população pequena, porém, distinta entre si, e notando a necessidade de sustentarmos nosso culto e fundados ainda no artigo 5º da Constituição do Império, requeremos ao sr. chefe de polícia licença para exercermos o culto.
REIS, J. J.; GOMES, F. S.; CARVALHO, M. J. M. O Alufá Rufino: tráfico, escravidão e liberdade no Atlântico negro (1822-1853). São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).

O pedido de um grupo de africanos de Recife ao chefe de polícia local tinha como objetivo, naquele contexto,

A
criticar a doutrina oficial.
B
professar uma fé alternativa.
C
assegurar a cidadania política.
D
legalizar os terreiros de candomblé.
E
eliminar algumas tradições culturais.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A Regência iria enfrentar uma série de rebeliões nas províncias, marcadas pela reação das elites locais contra o centralismo monárquico levado a efeito pelos interesses dos setores ligados ao café da Corte, como a Cabanagem, no Pará, a Balaiada, no Maranhão, e a Sabinada, na Bahia. Mas, de todas elas, a Revolução Farroupilha era aquela que mais preocuparia, não só pela sua longa duração como pela sua situação fronteiriça da província do Rio Grande, tradicionalmente a garantidora dos limites e dos interesses antes lusitanos e agora nacionais do Prata.
PESAVENTO, S. J. Farrapos com a faca na bota. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.

A característica regional que levou uma das revoltas citadas a ser mais preocupante para o governo central era a

A
autonomia bélica local.
B
coesão ideológica radical.
C
liderança política situacionista.
D
produção econômica exportadora.
E
localização geográfica estratégica.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A ausência quase completa de fantasmas na Bíblia deve ter favorecido também a vontade de rejeição dos fantasmas pela cultura cristã. Várias passagens dos Evangelhos manifestam mesmo uma grande reticência com relação a um culto dos mortos: “Deixa os mortos sepultar os mortos”, diz Jesus (Mt 8:21), ou ainda: “Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mt 22:32). Por certo, numerosos mortos são ressuscitados por Jesus (e, mais tarde, por alguns de seus discípulos), mas tal milagre — o mais notório possível segundo as classificações posteriores dos hagiógrafos medievais — não é assimilável ao retorno de um fantasma. Ele prefigura a própria ressurreição do Cristo três dias depois de sua Paixão. Antecipa também a ressurreição universal dos mortos no fim dos tempos.
SCHMITT, J.-C. Os vivos e os mortos na sociedade medieval. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

De acordo com o texto, a representação da morte ganhou novos significados nessa religião para

A
extinguir as formas de ritualismo funerário.
B
evitar a expressão de antigas crenças politeístas.
C
sacramentar a execução do exorcismo de infiéis.
D
enfraquecer a convicção na existência de demônios.
E
consagrar as práticas de contato mediúnico transcendental.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil

Uns viam na abdicação uma verdadeira revolução, sonhando com um governo de conteúdo republicano; outros exigiam o respeito à Constituição, esperando alcançar, assim, a consolidação da Monarquia. Para alguns, somente uma Monarquia centralizada seria capaz de preservar a integridade territorial do Brasil; outros permaneciam ardorosos defensores de uma organização federativa, à semelhança da jovem República norte-americana. Havia aqueles que imaginavam que somente um Poder Executivo forte seria capaz de garantir e preservar a ordem vigente; assim como havia os que eram favoráveis à atribuição de amplas prerrogativas à Câmara dos Deputados, por entenderem que somente ali estariam representados os interesses das diversas províncias e regiões do Império.
MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: a consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).

O cenário descrito revela a seguinte característica política do período regencial:

A
Instalação do regime parlamentar.
B
Realização de consultas populares.
C
Indefinição das bases institucionais.
D
Limitação das instâncias legislativas.
E
Radicalização das disputas eleitorais.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente

TEXTO I
A adesão da Alemanha à Otan
A adesão da Alemanha Ocidental à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) há 50 anos teve como pano de fundo o conflito entre o Ocidente e o Leste da Europa e o projeto da integração europeia. A adesão da República Federal da Alemanha foi um passo importante para a reconstrução do país no pós-guerra e abriu o caminho para a Alemanha desempenhar um papel relevante na defesa da Europa Ocidental durante a Guerra Fria.
HAFTENDORN, H. A adesão da Alemanha à Otan: 50 anos depois. Disponível em: www.nato.int. Acesso em: 5 out. 2015 (adaptado).

TEXTO II
Otan discute medidas para deter os jihadistas no Iraque e na Síria
O regime de terror imposto pelos islamitas radicais no Oriente Médio alarma a Otan tanto ou mais que a Rússia, ainda que a estratégia para detê-los ainda seja difusa. O avanço do chamado Estado Islâmico, que instalou um califado repressor em zonas do Iraque e da Síria, comandou boa parte das reuniões bilaterais que mantiveram os líderes da organização atlântica no País de Gales.
ABELLÁN, L. Otan discute medidas para deter os jihadistas no Iraque e na Síria. Disponível em: http://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 out. 2015.

As diferentes estratégias da Otan, demonstradas nos textos, são resultantes das transformações na

A
composição dos países-membros.
B
localização das bases militares.
C
conformação do cenário geopolítico.
D
distribuição de recursos naturais.
E
destinação dos investimentos financeiros.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas (CPAQ) marcou um momento novo das relações internacionais no campo da segurança. Aberta para assinaturas em Paris, em janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de negociações na Conferência do Desarmamento em Genebra, a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ, em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Disse: “O que vocês fizeram com sua livre vontade foi anunciar a essa e a todas as futuras gerações que as armas químicas são instrumentos que nenhum Estado com algum respeito por si mesmo e nenhum povo com algum senso de dignidade usaria em conflitos domésticos ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas: trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.

O que a Convenção representou para o cenário geopolítico mundial?

A
Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.
B
Restrição aos complexos industriais militares.
C
Enfraquecimento de blocos políticos regionais.
D
Cerceamento às agências de inteligência estatal.
E
Desestabilização das empresas produtoras de munições.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente


Disponível em: http://operamundi.uol.com.br. Acesso em: 28 ago. 2014 (adaptado).

As imagens representam fases de um conflito geopolítico no qual as forças envolvidas buscam

A
garantir a posse territorial.
B
promover a conversão religiosa.
C
explorar as reservas petrolíferas.
D
controlar os sítios arqueológicos.
E
monopolizar o comércio marítimo.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008. O

uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por

A
focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
B
permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
C
neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
D
promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
E
registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - História da América Latina, Civilizações Pré-Colombianas: Maias, Aztecas e Incas

Os pesquisadores que trabalham com sociedades indígenas centram sua atenção em documentos do tipo jurídico-administrativo (visitas, testamentos, processos) ou em relações e informes e têm deixado em segundo plano as crônicas. Quando as utilizam, dão maior importância àquelas que foram escritas primeiro e que têm caráter menos teórico e intelectualizado, por acharem que estas podem oferecer informações menos deformadas. Contrariamos esse posicionamento, pois as crônicas são importantes fontes etnográficas, independentemente de serem contemporâneas ao momento da conquista ou de terem sido redigidas em período posterior. O fato de seus autores serem verdadeiros humanistas ou pouco letrados não desvaloriza o conteúdo dessas crônicas.
PORTUGAL, A. R. O ayllu andino nas crônicas quinhentistas: um polígrafo na literatura brasileira do século XIX (1885-1897). São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

As fontes valorizadas no texto são relevantes para a reconstrução da história das sociedades pré-colombianas porque

A
sintetizam os ensinamentos da catequese.
B
enfatizam os esforços de colonização.
C
tipificam os sítios arqueológicos.
D
relativizam os registros oficiais.
E
substituem as narrativas orais.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Uma privatização do espaço maior do que aquela proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito, longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara, nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do estilo século XVIII, mandou construir uma parede em torno de sua cama a fim de fechar completamente o pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.). História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

A partir do século XVII, a história da casa, que foi se modificando para atender aos novos hábitos dos indivíduos, provocou o(a)

A
ampliação dos recintos.
B
iluminação dos corredores.
C
desvalorização da cozinha.
D
embelezamento dos jardins.
E
especialização dos aposentos.