Questõessobre Razão: Inata ou Adquirida?

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UECE 2019 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Observe as seguintes citações, que refletem posições divergentes, colocadas por empiristas e racionalistas, sobre o método que deveria ser usado para o estabelecimento do correto processo de conhecimento da realidade: 

     “Primeiramente, considero haver em nós certas noções primitivas, as quais são como originais, sob cujo padrão formamos todos os nossos outros conhecimentos”.

DESCARTES, R. Carta a Elisabeth. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Col. Os Pensadores.

     “De onde a mente apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo numa palavra, da experiência. Todo o conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento”.

LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Col. Os pensadores.

Considerando o que propunham o empirismo e o racionalismo, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) O racionalismo é a forma de compreensão do conhecimento que prioriza a razão e recorre à indução como método de análise.
( ) O empirismo, ao contrário do racionalismo, parte da experiência para a construção de afirmações gerais a respeito da realidade.
( ) Para o racionalismo, sobretudo o cartesiano, a verdade deveria ser buscada fora dos sentidos, visto que eles são enganosos e podem nos equivocar em qualquer experiência de percepção.
( ) O empirismo, vertente de compreensão da qual Locke fazia parte, aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas. 

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
V, F, V, F.
B
V, V, F, V.
C
F, F, F, V.
D
F, V, V, F.
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IF-TM 2011 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Só se chega ao conhecimento através da análise crítica, que brota da própria razão. Isso inverte a concepção de que objetos externos poderiam ser percebidos como tal. O conhecimento, para Kant, não é mero reflexo dos objetos, ele parte do sujeito, da mente humana que produz a imagem das coisas e as organiza para explicar o universo.


CHAUI, MARILENA. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.


Em Crítica da Razão Prática, o filósofo indica como agir corretamente: “Age de maneira tal que a máxima de tua ação sempre possa valer como princípio de uma lei universal”. Assim, ele definiu o seu “imperativo categórico” como sendo:

A
As ações que são levadas a cabo por uma força de pressão exterior, de uma pena ou de um prazer.
B
O mundo do ser, da razão teórica, é o domínio da faculdade ativa, do agir, o mundo dos fins e do valioso.
C
O comportamento humano de submissão ao poder estabelecido pelo direito e este por sua vez submetido à moralidade.
D
A atitude baseada num dever externo a partir das ações humanas que são transmitidas a partir da cultura de uma sociedade.
E
A ética, possível de ultrapassar o mundo dos fenômenos e aceder ao absoluto, à zona das leis morais, marcadas pela racionalidade e pela universalidade.
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ENEM 2019 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

TEXTO I

Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.

DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.


TEXTO II

Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.

RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.


Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo

A
centrado na razão humana.
B
baseado na explicação mitológica.
C
fundamentado na ordenação imanentista.
D
focado na legitimação contratualista.
E
configurado na percepção etnocêntrica.
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ENEM 2018 - Filosofia - Ética e Liberdade, Conceitos Filosóficos, A Razão e seus Sentidos, A Consciência e os Limites do Conhecimento, Em Busca da Verdade, O Sujeito Moderno, Razão: Inata ou Adquirida?

Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.


O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)

A
racionalidade científica.
B
determinismo biológico.
C
degradação da natureza.
D
domínio da contingência.
E
consciência da existência.
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UFU-MG 2017 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Leia o fragmento da obra Lógica para principiantes, de Pedro Abelardo.

Uma palavra universal, entretanto, é aquela que é apta pela sua descoberta para ser predicada singularmente de muitos seres, tal como este nome homem, que se pode ligar com os nomes particulares dos homens segundo a natureza das coisas sujeitas (substâncias) às quais foi imposto.

ABELARDO, P. Lógica para principiantes. Tradução de Ruy Afonso da Costa Nunes. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 230. Coleção “Os pensadores” – grifos do autor.

Para Abelardo, a palavra universal

A
sempre tem existência real e ela própria é a mais autêntica realidade, pois emana do mundo inteligível e contrasta com o mundo sensível.
B
é tão só uma emissão da voz humana, que designa unicamente a coleção dos seres criados por Deus e que estão dispostos na natureza.
C
é uma mera ideia abstrata, sem vínculo algum com a realidade corpórea das coisas existentes na natureza.
D
por si mesma, não existe, mas se refere a seres reais e designa uma pluralidade de indivíduos semelhantes, o que é constatado no nome homem.
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UNB 2010 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Para Sartre, os seres dividem-se em seres-em-si e seres-para- si. Os seres-em-si não possuem, segundo esse filósofo, consciência, ao passo que os seres-para-si são dotados de uma consciência que lhes possibilita constituírem-se sempre como projeto, pelo qual dirigem seu presente a partir de sua liberdade. Com base na divisão sartreana entre seres-em-si e seres-para-si e suas relações com a temporalidade, a vida e a morte, verifica-se, na passagem do texto de Proust apresentada, que

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Marcel Proust. Em busca do tempo perdido: o caminho de Guermantes. vol. 3, 3.a
ed. rev. Trad. Mario Quintana. São Paulo: Globo, 2006, p. 376-7 (com adaptações).

Com base no fragmento de texto acima, de Marcel Proust, julgue
os itens .

A
a personagem acamada, a despeito de ser, quando ainda viva, biologicamente um ser humano, não é mais um ser- para-si na situação narrada.
B
a transição do ser-para-si ao ser-em-si só ocorre, efetivamente, com a morte biológica da personagem acamada, uma vez que a temporalidade do ser-em-si é a de um eterno presente.
C
a noção de vida e a de morte que perpassam a descrição do estado da personagem acamada ocupam, respectivamente, os lugares semânticos de ser-para-si e ser-em-si.
D
a proposição de Sartre de que “o ser humano não pode não ser livre” estabelece uma relação de subordinação entre sua concepção do que é um ser humano e a concepção biológica desse conceito.
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UNESP 2017 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é carência ou não é nada. Sustento que uma pessoa com deficiência intelectual é um ser com carências e imperfeições. Sustento que eu, você e ele somos seres com carências e imperfeições. Portanto, concluo que nós, os seres humanos, pelo fato de existir, somos – TODOS – incapazes e capazes intelectualmente. A diferença entre um autista severo e eu é o grau de carência, não a diferença entre o que somos. A “razão alterada” é um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres únicos e não categorizados em padrões sociais que agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.

(Chema Sánchez Alcón. “Crítica de la razón alterada”. http://losojosdehipatia.com.es, 30.10.2016. Adaptado.)


De acordo com o texto, “razão alterada” é

A
uma racionalidade tradicional voltada à pesquisa filosófica do ser como entidade metafísica.
B
um conceito científico empregado para legitimar padrões de normalidade com base na biologia.
C
um conceito filosófico destinado a criticar a valorização da diferença no campo intelectual.
D
uma metodologia científica que expressa a diferença entre seres humanos com base no coeficiente intelectual.
E
um tipo de racionalidade contestadora de padrões sociais e dotada de pretensões universalistas.
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ENEM 2017 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o lluminismo.

FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).


Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a

A
modernização da educação escolar.
B
atualização da disciplina moral cristã.
C
divulgação de costumes aristocráticos.
D
socialização do conhecimento científico.
E
universalização do princípio da igualdade civil.
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UFLA 2008 - Filosofia - Conceitos Filosóficos, Razão: Inata ou Adquirida?

“A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos. Essa estrutura é que é universal, a mesma para todos os seres humanos, em todos os tempos e lugares. Essa estrutura é inata, isto é, não é adquirida pela experiência. Por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão é, do ponto de vista do conhecimento, anterior à experiência e independente da experiência.

Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela pensa, dependem da experiência. Sem ela (a experiência) a razão seria sempre vazia, inoperante, nada conheceria. A experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento para a razão e essa fornece a forma do conhecimento”.

De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA.

INSTRUÇÕES: Leia os textos das questões 25 e 26, que se refere a diferentes linhas filosóficas.

A
O conteúdo, a matéria do conhecimento, é inato.
B
A estrutura da razão é inata.
C
A estrutura da razão é adquirida por experiência.
D
A experiência fornece a forma do conhecimento para a razão.