Questõessobre Razão: Inata ou Adquirida?
Só se chega ao conhecimento através da análise crítica, que brota da própria razão. Isso inverte a concepção
de que objetos externos poderiam ser percebidos como tal. O conhecimento, para Kant, não é mero reflexo dos
objetos, ele parte do sujeito, da mente humana que produz a imagem das coisas e as organiza para explicar o
universo.
CHAUI, MARILENA. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
Em Crítica da Razão Prática, o filósofo indica como agir corretamente: “Age de maneira tal que a máxima de tua
ação sempre possa valer como princípio de uma lei universal”. Assim, ele definiu o seu “imperativo categórico”
como sendo:
Só se chega ao conhecimento através da análise crítica, que brota da própria razão. Isso inverte a concepção de que objetos externos poderiam ser percebidos como tal. O conhecimento, para Kant, não é mero reflexo dos objetos, ele parte do sujeito, da mente humana que produz a imagem das coisas e as organiza para explicar o universo.
CHAUI, MARILENA. Convite à Filosofia. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002.
Em Crítica da Razão Prática, o filósofo indica como agir corretamente: “Age de maneira tal que a máxima de tua
ação sempre possa valer como princípio de uma lei universal”. Assim, ele definiu o seu “imperativo categórico”
como sendo:
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na
contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar
totalmente à vontade seus maravilhosos atributos,
considerar, admirar e adorar a incomparável beleza
dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é
o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que
o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa?
Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas”
uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção
da modernidade que defende um modelo
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é “apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade que defende um modelo
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício,
quando o homem sentiu a necessidade de criar em si
uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores,
as mais repugnantes mutilações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem
naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso
auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição
humana e a elaboração de um mecanismo distintivo
entre homens e animais, marcado pelo(a)
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
Leia o fragmento da obra Lógica para principiantes, de Pedro Abelardo.
Uma palavra universal, entretanto, é aquela que é apta pela sua descoberta para ser
predicada singularmente de muitos seres, tal como este nome homem, que se pode ligar
com os nomes particulares dos homens segundo a natureza das coisas sujeitas
(substâncias) às quais foi imposto.
ABELARDO, P. Lógica para principiantes. Tradução de Ruy Afonso da Costa Nunes. São Paulo: Nova Cultural,
1988, p. 230. Coleção “Os pensadores” – grifos do autor.
Para Abelardo, a palavra universal
Para Sartre, os seres dividem-se em seres-em-si e seres-para- si. Os seres-em-si não possuem, segundo esse filósofo, consciência, ao passo que os seres-para-si são dotados de uma consciência que lhes possibilita constituírem-se sempre como projeto, pelo qual dirigem seu presente a partir de sua liberdade. Com base na divisão sartreana entre seres-em-si e seres-para-si e suas relações com a temporalidade, a vida e a morte, verifica-se, na passagem do texto de Proust apresentada, que
Marcel Proust. Em busca do tempo perdido: o caminho de Guermantes. vol. 3, 3.a
ed. rev. Trad. Mario Quintana. São Paulo: Globo, 2006, p. 376-7 (com adaptações).
Com base no fragmento de texto acima, de Marcel Proust, julgue
os itens .
Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é
carência ou não é nada. Sustento que uma pessoa com
deficiência intelectual é um ser com carências e imperfeições.
Sustento que eu, você e ele somos seres com
carências e imperfeições. Portanto, concluo que nós, os
seres humanos, pelo fato de existir, somos – TODOS – incapazes
e capazes intelectualmente. A diferença entre um
autista severo e eu é o grau de carência, não a diferença
entre o que somos. A “razão alterada” é um tipo de racionalidade
diferenciada que considera as pessoas como
seres únicos e não categorizados em padrões sociais que
agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.
(Chema Sánchez Alcón. “Crítica de la razón alterada”.
http://losojosdehipatia.com.es, 30.10.2016. Adaptado.)
De acordo com o texto, “razão alterada” é
Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou é carência ou não é nada. Sustento que uma pessoa com deficiência intelectual é um ser com carências e imperfeições. Sustento que eu, você e ele somos seres com carências e imperfeições. Portanto, concluo que nós, os seres humanos, pelo fato de existir, somos – TODOS – incapazes e capazes intelectualmente. A diferença entre um autista severo e eu é o grau de carência, não a diferença entre o que somos. A “razão alterada” é um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres únicos e não categorizados em padrões sociais que agrupam as pessoas por níveis, índices ou coeficientes.
(Chema Sánchez Alcón. “Crítica de la razón alterada”. http://losojosdehipatia.com.es, 30.10.2016. Adaptado.)
De acordo com o texto, “razão alterada” é
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem.
Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente —
que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou
em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária
para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada
por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades:
o lluminismo.
FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos.
São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto
apresenta uma concepção de pensamento que tem como
uma de suas bases a
Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o lluminismo.
FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).
Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a
“A razão é uma estrutura vazia, uma forma pura sem conteúdos. Essa estrutura é que é universal, a mesma para todos os seres humanos, em todos os tempos e lugares. Essa estrutura é inata, isto é, não é adquirida pela experiência. Por ser inata e não depender da experiência para existir, a razão é, do ponto de vista do conhecimento, anterior à experiência e independente da experiência.
Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela pensa, dependem da experiência. Sem ela (a experiência) a razão seria sempre vazia, inoperante, nada conheceria. A experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento para a razão e essa fornece a forma do conhecimento”.
De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA.
Os conteúdos que a razão conhece e nos quais ela pensa, dependem da experiência. Sem ela (a experiência) a razão seria sempre vazia, inoperante, nada conheceria. A experiência fornece a matéria (os conteúdos) do conhecimento para a razão e essa fornece a forma do conhecimento”.
De acordo com o texto, assinale a alternativa CORRETA.