Atente ao texto a seguir sobre o nascimento da Ciência Moderna:
O nascimento da Ciência Moderna fica incompreensível sem o trabalho crítico dos filósofos, que
desmontaram as ideias teóricas do aristotelismo e do geocentrismo ptolomaico, rompendo com
esses esquemas considerados caducos para quem precisava definir o homem por sua liberdade
ou autonomia.
(JAPIASSU, Hilton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de Janeiro: Imago, 2007, p. 37.)
O texto acima retrata, com clareza, a significância do trabalho crítico dos filósofos no plano do
conhecimento científico moderno. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
Atente ao texto a seguir sobre o nascimento da Ciência Moderna:
O nascimento da Ciência Moderna fica incompreensível sem o trabalho crítico dos filósofos, que desmontaram as ideias teóricas do aristotelismo e do geocentrismo ptolomaico, rompendo com esses esquemas considerados caducos para quem precisava definir o homem por sua liberdade ou autonomia.
(JAPIASSU, Hilton. Como Nasceu a Ciência Moderna. Rio de Janeiro: Imago, 2007, p. 37.)
O texto acima retrata, com clareza, a significância do trabalho crítico dos filósofos no plano do conhecimento científico moderno. Sobre esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: trata-se do nascimento da Ciência Moderna — processo em que a matematização da natureza, o método experimental e a crítica às explicações aristotélicas (teleológicas e qualitativas) romperam com o saber tradicional, permitindo a autonomia da ciência. Conhecimentos úteis: Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Galileu e obras sobre a Revolução Científica (ex.: Japiassu; Kuhn).
Resumo teórico e progressivo:
1) Aristotelismo: explicações qualitativas, causas finais (teleologia) e cosmologia compatível com geocentrismo.
2) Ptolomaico: modelo geométrico/astronômico geocêntrico usado para prever movimentos, associado à tradição antiga.
3) Copérnico e Kepler: questionaram o centro da Terra; Kepler trouxe leis matemáticas do movimento.
4) Revolução galileana: matematização dos fenômenos, uso do experimento e da linguagem matemática para descrever a natureza — ruptura decisiva com Aristóteles e marco do que chamamos Ciência Moderna (ver Galileu, Dialogo; Japiassu, Como Nasceu a Ciência Moderna).
Por que a alternativa D é correta:
A afirmação D reconhece que a revolução galileana, ao privilegiar a matemática e métodos experimentais em oposição às explicações aristotélicas, constitui o núcleo do surgimento da Ciência Moderna. Isso está em linha com a historiografia da ciência: a passagem da explicação teleológica para a descrição matemática e experimental é determinante.
Análise das alternativas incorretas:
A) Errada — o aristotelismo sustentava o geocentrismo e explicações qualitativas, não o heliocentrismo.
B) Errada — embora o modelo ptolomaico seja geométrico, a ideia de que "a natureza está escrita em linguagem matemática" é mais característica da visão moderna (Galileu/Kepler); a frase sobre conhecimento como "dádiva de Deus" é uma interpretação teológica, não caracterização do geocentrismo ptolomaico.
C) Errada — as ideias de Ptolomeu não abriram caminho para a autonomia científica moderna; foi a crítica posterior (Copérnico, Galileu, Kepler) que promoveu essa autonomia.
E) Errada — o nascimento da Ciência Moderna não ocorreu com o geocentrismo; ao contrário, ocorreu na superação do geocentrismo e do aristotelismo, impulsionada pelo heliocentrismo e pela revolução metodológica.
Dica de prova: busque termos-chave no enunciado: "revolução galileana", "matemática", "oposição ao aristotelismo", "autonomia da ciência". Alternativas que invertam essas relações (atribuir ao aristotelismo o que foi conquista moderna) costumam ser as pegadinhas.
Fontes indicadas: Japiassu, H. Como Nasceu a Ciência Moderna; Galileu, obras selecionadas; Kuhn, T. S., The Structure of Scientific Revolutions (contexto histórico).
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