No texto, os pronomes em negrito referem-se,
respectivamente, a:
A taxação de livros tem um efeito cascata que acaba
custando caro não apenas ao leitor, como também ao mercado
editorial – que há anos não anda bem das pernas – e, em última
instância, ao desenvolvimento econômico do país. A gente
explica. Taxar um produto significa, quase sempre, um aumento
no valor do produto final. Isso porque ao menos uma parte desse
imposto será repassada ao consumidor, especialmente se
considerarmos que as editoras e livrarias enfrentam há anos uma
crise que agora está intensificada pela pandemia e não poderiam
retirar o valor desse imposto de seu já apertado lucro. Livros mais
caros também resultam em queda de vendas, que, por sua vez,
enfraquece ainda mais editoras e as impede de investir em novas
publicações – especialmente aquelas de menor apelo comercial,
mas igualmente importantes para a pluralidade de ideias. Já deu
para perceber a confusão, não é? Mas, além disso, qual seria o
custo de uma sociedade com menos leitores e menos livros?
Taís Ilhéu. “Por que taxar os livros pode gerar retrocesso social e econômico
no país”. Guia do Estudante. Setembro/2020. Adaptado.
A taxação de livros tem um efeito cascata que acaba custando caro não apenas ao leitor, como também ao mercado editorial – que há anos não anda bem das pernas – e, em última instância, ao desenvolvimento econômico do país. A gente explica. Taxar um produto significa, quase sempre, um aumento no valor do produto final. Isso porque ao menos uma parte desse imposto será repassada ao consumidor, especialmente se considerarmos que as editoras e livrarias enfrentam há anos uma crise que agora está intensificada pela pandemia e não poderiam retirar o valor desse imposto de seu já apertado lucro. Livros mais caros também resultam em queda de vendas, que, por sua vez, enfraquece ainda mais editoras e as impede de investir em novas publicações – especialmente aquelas de menor apelo comercial, mas igualmente importantes para a pluralidade de ideias. Já deu para perceber a confusão, não é? Mas, além disso, qual seria o custo de uma sociedade com menos leitores e menos livros?
Taís Ilhéu. “Por que taxar os livros pode gerar retrocesso social e econômico no país”. Guia do Estudante. Setembro/2020. Adaptado.
Gabarito comentado
Tema central da questão: Interpretação de texto e identificação do antecedente dos pronomes relativos. Trata-se de um conteúdo fundamental para a compreensão e a construção da coesão textual, muito exigido em vestibulares e concursos.
Explicação didática: O pronome relativo “que”, segundo a gramática normativa (cf. Bechara; Cunha & Cintra), retoma um termo imediatamente anterior — o antecedente — conectando orações e estabelecendo elos entre ideias do texto.
Para acertar questões desse tipo, é crucial identificar corretamente a quem o “que” se refere em cada contexto. Leia atentamente o período, observe as relações de sentido e nunca suponha respostas apenas por aproximação superficial de termos.
Justificativa da alternativa C (correta):
1º “que acaba custando caro…” — Refere-se a efeito cascata: o efeito cascata é o que gera custos, não a taxação diretamente.
2º “mercado editorial – que há anos não anda bem…” — O mercado editorial é quem não anda bem.
3º “…uma crise que agora está intensificada…” — O termo crise é retomado.
4º “queda de vendas, que, por sua vez, enfraquece…” — Quem enfraquece editoras? A queda de vendas.
Por que as demais estão incorretas?
- A: O primeiro “que” NÃO retoma “taxação de livros”, mas “efeito cascata”.
- B: O segundo “que” NÃO retoma “leitor”, mas “mercado editorial”.
- D: O terceiro “que” NÃO retoma “livrarias”, e sim “crise”.
- E: O quarto “que” NÃO retoma “livros”, mas sim “queda de vendas”.
Estratégia: Ao encontrar pronomes relativos, retorne sempre ao termo imediatamente anterior e confira o sentido da frase. Evite distrações com palavras “perto”, concentre-se no sentido lógico que o período constrói.
Citar um trecho da Moderna Gramática Portuguesa (Bechara): “O pronome relativo estabelece ligação coesiva com o antecedente, dando continuidade ao texto sem repetição desnecessária.”
Resumo: Esta análise integra normas consagradas da língua portuguesa, favorecendo uma interpretação assertiva e consciente, essencial para o sucesso em provas.
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