Do período em destaque “constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais
resistente a doenças pulmonares” infere-se que:
Leia, atentamente, o Texto I para responder à questão.
TEXTO I
Mas pensar positivo funciona?
Funciona. Mas não como a maioria das pessoas gostaria. O pensamento positivo não vai engordar sua
conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias
pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças. Uma comprovação
disso veio da Universidade Harvard, nos EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar
positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde de 670 homens na
faixa dos 60 anos de idade. Também aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os
pessimistas.
Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a
doenças pulmonares quando comparada ao grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas
apresentaram resultados melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral. O coração
também bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto Delfland de Saúde Mental, na
Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e 84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames
foi menor entre os que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55% menos risco de ter
doenças cardíacas. O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio: pessoas com disposição para ver o lado
positivo da vida tendem a cuidar mais da saúde, a praticar exercícios e se alimentar melhor.
(Fonte: Revista Superinteressante, 2007).
Gabarito comentado
TEMA CENTRAL: A questão avalia o conhecimento sobre sujeito oracional, especialmente a função sintática da oração introduzida pela conjunção "que" no período composto.
Justificativa da Alternativa Correta (B):
No trecho “constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares”, a oração subordinada “que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares” exerce a função de sujeito do verbo “constatou-se”.
Pela norma-padrão, quando a oração inteira responde “o quê” se constatou, ela funciona como sujeito oracional. Aplicando o teste clássico sugerido por Bechara e Cunha & Cintra: substitua a oração pelo pronome “isso” – “Constatou-se isso”. A frase faz sentido, logo a oração tem valor de sujeito.
Assim, a alternativa B – “o sujeito do verbo da primeira oração está expresso pela segunda” – está correta, pois a oração iniciada por "que" é exatamente o sujeito do verbo “constatou-se”.
Análise das Alternativas Incorretas:
A) Errada. Não há relação circunstancial; a ligação envolve subordinação de sujeito e não adjunto adverbial.
C) Errada. Não são orações coordenadas, pois há dependência sintática; apenas a oração subordinada completa o sentido do verbo.
D) Errada. O conectivo não é pronome relativo; é uma conjunção subordinativa integrante, formando oração substantiva, não adjetiva.
E) Errada. A oração não atua como complemento verbal (objeto direto), mas como sujeito.
Estratégia de prova: Quando encontrar períodos iniciados por verbos como “acredita-se”, “constatou-se”, “sabia-se”, observe se a oração subsequente responde “o quê?” para identificar o sujeito oracional. Fique atento à diferença entre objeto direto e sujeito em construções com orações subordinadas, pois é uma das pegadinhas clássicas de provas!
Caso queira aprofundar, consulte Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, cap. 57) e Cunha & Cintra (cap. XXII) para mais exemplos de sujeito oracional.
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