Questão c7b2ee82-e3
Prova:FAG 2014
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Do período em destaque “constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares” infere-se que:

Leia, atentamente, o Texto I para responder à questão.


TEXTO I

Mas pensar positivo funciona?

    Funciona. Mas não como a maioria das pessoas gostaria. O pensamento positivo não vai engordar sua conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças. Uma comprovação disso veio da Universidade Harvard, nos EUA. Há 5 anos, um grupo de médicos da instituição descobriu que pensar positivamente pode fazer bem para os pulmões. Os pesquisadores avaliaram o estado de saúde de 670 homens na faixa dos 60 anos de idade. Também aplicaram testes de personalidade para identificar quem eram os otimistas e os pessimistas.
    Depois de 8 anos, constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares quando comparada ao grupo dos estressados. Até mesmo os fumantes otimistas apresentaram resultados melhores que os adeptos do tabagismo que eram, digamos, baixo-astral. O coração também bate melhor quando estamos com bom humor. Os pesquisadores do Instituto Delfland de Saúde Mental, na Holanda, monitoraram homens com idade entre 64 e 84 anos durante 15 anos. A incidência de enfartes e derrames foi menor entre os que tinham uma atitude positiva. Os otimistas apresentaram ainda 55% menos risco de ter doenças cardíacas. O que essas pesquisas revelam pode soar óbvio: pessoas com disposição para ver o lado positivo da vida tendem a cuidar mais da saúde, a praticar exercícios e se alimentar melhor.
(Fonte: Revista Superinteressante, 2007). 

A
são duas orações que se unem por circunstância.
B
o sujeito do verbo da primeira oração está expresso pela segunda.
C
é formado por duas orações coordenadas sem o auxílio de conexão.
D
a conexão entre as duas orações é um pronome relativo; portanto, a segunda é adjetiva.
E
a segunda oração é complemento verbal.

Gabarito comentado

F
Florinda Lins Monitor do Qconcursos

TEMA CENTRAL: A questão avalia o conhecimento sobre sujeito oracional, especialmente a função sintática da oração introduzida pela conjunção "que" no período composto.

Justificativa da Alternativa Correta (B):
No trecho “constatou-se que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares”, a oração subordinada “que a turma do bom humor tinha um sistema imunológico mais resistente a doenças pulmonares” exerce a função de sujeito do verbo “constatou-se”.
Pela norma-padrão, quando a oração inteira responde “o quê” se constatou, ela funciona como sujeito oracional. Aplicando o teste clássico sugerido por Bechara e Cunha & Cintra: substitua a oração pelo pronome “isso”“Constatou-se isso”. A frase faz sentido, logo a oração tem valor de sujeito.

Assim, a alternativa B – “o sujeito do verbo da primeira oração está expresso pela segunda” – está correta, pois a oração iniciada por "que" é exatamente o sujeito do verbo “constatou-se”.

Análise das Alternativas Incorretas:

A) Errada. Não há relação circunstancial; a ligação envolve subordinação de sujeito e não adjunto adverbial.
C) Errada. Não são orações coordenadas, pois há dependência sintática; apenas a oração subordinada completa o sentido do verbo.
D) Errada. O conectivo não é pronome relativo; é uma conjunção subordinativa integrante, formando oração substantiva, não adjetiva.
E) Errada. A oração não atua como complemento verbal (objeto direto), mas como sujeito.

Estratégia de prova: Quando encontrar períodos iniciados por verbos como “acredita-se”, “constatou-se”, “sabia-se”, observe se a oração subsequente responde “o quê?” para identificar o sujeito oracional. Fique atento à diferença entre objeto direto e sujeito em construções com orações subordinadas, pois é uma das pegadinhas clássicas de provas!

Caso queira aprofundar, consulte Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, cap. 57) e Cunha & Cintra (cap. XXII) para mais exemplos de sujeito oracional.

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