No capitalismo moderno, o conceito de Indústria Cultural procura descrever e explicar a produção em grande escala e seriada de produtos culturais que se transformam em bens simbólicos à venda, a fim de servir ao consumo das massas de trabalhadores para os momentos de lazer. Tais produtos culturais industrializados, que têm sido veiculados pelo cinema, rádio e televisão desde o início do século XX, transformaram a cultura em puro entretenimento das massas podendo, assim, proporcionar visões acríticas sobre o sistema de dominação econômico vigente: o capitalismo.

A corrente de pensamento teórico que desenvolveu esta concepção sobre a Indústria Cultural foi

Resposta correta: Alternativa D — a Escola de Frankfurt.

Tema central: trata-se de Indústria Cultural, conceito da Teoria Crítica que explica como a produção em massa de bens culturais (cinema, rádio, TV, plataformas digitais) se transforma em mercadoria e contribui para a manutenção da ordem capitalista, promovendo conformismo e alienação.

Resumo teórico claro: A expressão "Indústria Cultural" foi formulada por Theodor W. Adorno e Max Horkheimer (ver: Dialética do Esclarecimento, 1944). Eles apontam princípios centrais: padronização (formatos repetitivos), massificação (produção seriada), pseudo‑individualização (sensação de escolha dentro de produtos praticamente idênticos) e função ideológica (reprodução de valores do sistema). Resultado: entretenimento que anestesia a crítica social e simplifica o pensamento.

Por que a alternativa D é correta: porque refere‑se exatamente à Escola de Frankfurt, grupo da Teoria Crítica alemã que analisou a cultura de massa como instrumento de dominação. O enunciado usa termos-chave — "produção em grande escala", "entretenimento das massas", "visões acríticas" — que correspondem diretamente às teses de Adorno e Horkheimer.

Análise das alternativas incorretas:

A — Positivismo: erro. O Positivismo (Comte, Durkheim em variantes) foca métodos científicos e a coesão/instituições sociais; não desenvolveu a crítica cultural sobre indústria de entretenimento.

B — Pesquisa de Comunicação de Massas: impreciso. Pesquisas empíricas (ex.: Lazarsfeld) estudam efeitos e processos de mídia, frequentemente com foco em métodos e políticas públicas, não na crítica filosófica da mercantilização cultural que a Escola de Frankfurt propõe.

C — Escola de Palo Alto: equivocada. A Escola de Palo Alto (Bateson, Watzlawick) trata relações interpessoais, comunicação e teoria dos desenhos de interação; sua ênfase é microcomunicacional, não na crítica da indústria cultural e alienação das massas.

Dica de prova: ao ver expressões como "massa", "dominação", "alienação" e "produção em grande escala", associe imediatamente à Teoria Crítica/Escola de Frankfurt (Adorno & Horkheimer). Palavras-chave ajudam a eliminar alternativas que falam de abordagens empíricas ou micro‑comunicacionais.

Fonte recomendada: Theodor W. Adorno & Max Horkheimer — Dialética do Esclarecimento (1944); textos introdutórios sobre Teoria Crítica e Indústria Cultural em manuais de sociologia da cultura.

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