Determinismo, na cultura grega, era a crença de que
todo o ser humano, ao nascer, já traz seu Destino
“determinado” por uma espécie de deusa maléfica,
denominada Moira. Se aceitarmos essa crença,
estaremos negando, em parte, a essência do homem.
Por quê?
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A.
Tema central: a questão contrapõe determinismo (fatalismo das Moiras na Grécia antiga) à ideia da essência humana. Pergunta-se qual atributo humano seria negado se aceitarmos que tudo já vem pré-determinado ao nascer.
Resumo teórico (didático e progressivo):
- Na mitologia grega as Moiras representam o destino fixo de cada vida; muitas tragédias (ex.: Sófocles) exploram o conflito entre destino e responsabilidade.
- Na filosofia, a noção relevante é a autonomia/ liberdade prática: capacidade de deliberar e escolher (em Aristóteles, prohairesis — escolha moral — em Nicomachean Ethics III). Se tudo é pré-determinado, a escolha moral perde seu sentido e a responsabilidade também.
- Fontes recomendadas: Aristóteles, Nicomachean Ethics (sobre escolha e ação voluntária) e leituras de apoio como a Stanford Encyclopedia of Philosophy (entradas sobre "Determinism" e "Moral Responsibility").
Justificativa da alternativa A: A alternativa afirma que aceitar o determinismo implicaria negar a liberdade humana e, portanto, a capacidade de decidir atos e destino. Essa afirmação corresponde ao núcleo do problema: a essência do homem, em termos morais e éticos, inclui a liberdade de escolha; negar isso é comprometer a agência e a imputabilidade moral. Por isso A é correta.
Análise das alternativas incorretas:
B — fala de costumes e heranças culturais; são condicionantes importantes, mas não constituem a essência filosófica que entra em choque direto com o determinismo pedido pela questão.
C — afirma que o homem deixaria de ser um ser social e idêntico a todos os outros seres; é confuso e incorreto: determinismo não transforma humanos em idênticos a não-humanos.
D — menciona o "psiquismo pessoal" como diferencial único; determinismo não anula necessariamente a subjetividade ou personalidade psicológica, mas questiona a liberdade de escolha, que é o foco da questão.
E — associa o problema à tendência à religiosidade interior; religiosidade não é o constitutivo universal que a questão busca relacionar com a perda de essência humana diante do destino fixo.
Dica de interpretação: ao ver “essência do homem” e “destino determinado”, pense em liberdade/azione moral. Busque termos-chave como liberdade, escolha, responsabilidade para identificar a alternativa correta.
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