O mercantilismo começou a surgir na Idade Média. Porém
somente na Idade Moderna que ele se firmou como política
econômica e atingiu seu desenvolvimento.
A relação observada entre a teoria e prática do mercantilismo,
nos séculos XVII e XVIII, e o Estado Absolutista revela
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: a relação entre mercantilismo e Estado absolutista. É fundamental saber que mercantilismo não é apenas teoria econômica, mas um conjunto de políticas práticas (protecionismo, monopólios, controle colonial) usadas pelos Estados para acumular riqueza e fortalecer o poder central.
Resumo teórico (claro e progressivo):
- Mercantilismo: conjunto de práticas dos séculos XVI–XVIII voltadas à acumulação de metais preciosos e à balança comercial favorável; ações típicas: tarifas, subsídios à exportação, monopólios estatais, companhias charter e controle colonial.
- Estado absolutista: centralização do poder (monarca forte, burocracia e exército permanentes) que precisava de receitas e de controle econômico para se manter.
- Ligação prática: o Estado intervinha diretamente na economia para aumentar receitas, financiar exércitos e burocracia e consolidar seu poder — o caso clássico é o "colbertismo" na França (ministro Jean‑Baptiste Colbert) e as Navigation Acts na Inglaterra.
Fontes/leituras rápidas: Adam Smith, A Riqueza das Nações (crítica ao mercantilismo); estudos de história econômica e enciclopédias históricas (Enciclopédia Britannica) sobre mercantilismo e Colbert.
Justificativa da alternativa E: a alternativa descreve precisamente a prática mercantilista: a intervenção estatal (tarifas, monopólios, regulação das trocas e controle colonial) era usada como instrumento para fortalecer o próprio Estado absolutista — financiar guerras, ampliar a administração e garantir poder político. Exemplos históricos confirmam essa ligação.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: embora mercadores ganhassem importância, eles normalmente apoiavam o Estado que lhes concedia privilégios (monopólios), não atuavam como força majoritariamente hostil ao monarca.
B — incompleta/enganosa: o Estado financiava e regulava a expansão, mas a ênfase mercantilista é na intervenção estatal para fortalecer o Estado, não apenas em financiar a burguesia; muitas vezes era o Estado que impunha regras e privilégios.
C — equivocada: o mercantilismo incentivou a expansão colonial, mas isso aumentou — e não diminuiu — o controle do Estado sobre as colônias, por meio de leis e monopólios.
D — falsa: a justificativa mercantilista foi sobretudo política-econômica e estatal; a ideologia religiosa não foi o motor principal nem a condição para as práticas mercantis.
Dica de prova: ao ver "mercantilismo" + "Estado absolutista", pense logo em intervenção estatal, proteção econômica e fins políticos. Desconfie de alternativas que apresentam apenas parte da verdade ou invertam causa e efeito.
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