Do ponto de vista filosófico, a condição humana é de
ambiguidade. Porque o homem, enquanto ser, não se reduz a
uma compreensão simples, o que pode levar à reafirmação de
valores subjacentes no seu comportamento diário.
A alternativa em que está corretamente relacionado o dito
popular à base de crença subjacente do ser humano é a
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
1. Tema central (resumo didático):
A questão exige identificar a crença subjacente a um dito popular. Trata-se de reconhecer como determinadas falas expressam explicações fundamentais sobre a condição humana — por exemplo, explicações de caráter religioso (o divino como causa do ser) ou filosófico (razão, natureza, destino).
2. Conceito teórico essencial (breve):
Crença subjacente = pressuposto não-explicito que dá sentido à frase. No campo do sagrado, autores úteis: Rudolf Otto, A ideia do sagrado (numinoso como experiência do divino); Mircea Eliade, O sagrado e o profano (o sagrado como fundamento da realidade); Émile Durkheim (função social da religião).
3. Por que B está correta:
A alternativa B afirma que o ser humano é explicado pelo divino e que sem fé o homem “não é nada”. O dito popular citado expressa exatamente essa dependência do indivíduo em relação a Deus — é uma justificativa teísta da existência e do valor pessoal. Logo, a crença subjacente coincide com a descrição fornecida na alternativa.
4. Análise das alternativas incorretas (estratégia e motivos):
A — “Não é gente, mais parece um bicho”: corresponde à desumanização (comparação homem/animal). A alternativa indica “indiferenciação entre homem e animal”, que seria plausível, mas o enunciado da alternativa textual é incompatível com a interpretação proposta no enunciado original da prova (a formulação dada não corresponde ao sentido pretendido).
C — “Essas coisas acontecem desde que o homem é homem!”: isso expressa a ideia de constância ou universalidade da experiência humana (caráter atemporal), não mutabilidade. Portanto “a natureza humana é mutável” é incompatível com a frase — contradição clara.
D — “Eu uso a cabeça e não me deixo arrastar pelas paixões.”: essa fala valoriza a razão e menospreza as paixões; a alternativa diz “o homem é um ser irracional”, o que contradiz a assertiva. Logo, está errada por oposição conceitual.
E — “Não adianta lutar contra o destino. O que tem de ser, será.”: expressa fatalismo/predestinação; entretanto a alternativa afirma “o homem é livre, e não existe predestinação” — novamente é o oposto do sentido da frase, portanto falsa.
5. Dicas de prova (estratégias):
- Procure palavras-chave que revelem a explicação subjacente (Deus, destino, razão, natureza).
- Verifique coerência: muitas alternativas apresentam contradições entre a fala e a interpretação proposta — elimine-as.
- Use processo de eliminação: contraste lema da frase com a leitura teórica indicada pela alternativa.
Referências rápidas: Rudolf Otto, A ideia do sagrado; Mircea Eliade, O sagrado e o profano; Émile Durkheim, As formas elementares da vida religiosa.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






