Leia o texto a seguir.
Uma parte considerável dos novos ativistas já
compareceu a protestos e a encontros presenciais, mas há muitos que se manifestam exclusivamente na Internet sob a forma de textos,
hashtags e vídeos. E o volume de informação
produzido por eles sinaliza a centralidade que
a política assumiu no dia a dia dos brasileiros.
(Adaptado de: CIRNE, S. Somos todos ativistas. Galileu.
abr. 2016. p.41.)
As formas de ativismo on-line e off-line, no Brasil, demonstram a emergência, na sociedade civil, de novos
atores políticos, que se articulam por meio de ações
coletivas em rede.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as recentes formas de mobilização dos atores da sociedade civil, assinale a alternativa correta
Leia o texto a seguir.
Uma parte considerável dos novos ativistas já compareceu a protestos e a encontros presenciais, mas há muitos que se manifestam exclusivamente na Internet sob a forma de textos, hashtags e vídeos. E o volume de informação produzido por eles sinaliza a centralidade que a política assumiu no dia a dia dos brasileiros.
(Adaptado de: CIRNE, S. Somos todos ativistas. Galileu. abr. 2016. p.41.)
As formas de ativismo on-line e off-line, no Brasil, demonstram a emergência, na sociedade civil, de novos atores políticos, que se articulam por meio de ações coletivas em rede.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre as recentes formas de mobilização dos atores da sociedade civil, assinale a alternativa correta
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: trata-se das novas formas de ativismo (on‑line e off‑line) e da emergência de atores políticos em rede, caracterizados por participação ampla, fluida e por mobilizações conectivas.
Resumo teórico — Movimentos contemporâneos (Castells, Networks of Outrage and Hope; Bennett & Segerberg, “The Logic of Connective Action”) diferem de movimentos clássicos organizados institucionalmente. São marcados por:
- Diversidade de atores (coletivos, indivíduos, redes informais).
- Militância parcial/efêmera (participação episódica via hashtags, compartilhamentos).
- Ação conectiva (conteúdos pessoais que se ligam em rede, não só ação coletiva tradicional).
Justificativa da alternativa B: descreve com precisão essas características: participação de múltiplos grupos imersos no cotidiano e militância parcial/efêmera. Está alinhada ao conceito de ciberativismo e à lógica conectiva estudada por Bennett & Segerberg.
Análise das alternativas incorretas:
A — Errada: compara ações em rede aos sindicatos dos anos 1970; incorreto porque esses sindicatos tinham organização centralizada e foco em reivindicações trabalhistas, não na descentralização conectiva contemporânea.
C — Errada: afirma mobilização por entidades ideologicamente unificadas voltadas ao mercado e vantagens trabalhistas; isso descreve ação corporativa clássica, não o pluralismo e a fluidez do novo ativismo.
D — Errada: sugere que o ciberativismo mobiliza “grandes classes” e o movimento operário como protagonista — impreciso: o protagonismo é difuso, com participação de vários segmentos sociais, muitas vezes sem vinculação direta ao movimento operário.
E — Errada: afirma que redes atuais se organizam para defender intervenção estatal e regulação em favor do neoliberalismo — contraditório: políticas neoliberais buscam desregulação; além disso, redes contemporâneas não têm uma postura monolítica ideológica.
Dica de prova: leia palavras‑chave do enunciado (ex.: “diversos grupos”, “militância parcial”, “em rede”) e compare com modelos clássicos (sindicatos, movimentos operários). Procure termos que indiquem organização formal vs. organização conectiva.
Fontes sugeridas: Manuel Castells (2012); W. Lance Bennett & Alexandra Segerberg (2012).
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