Questão 79e3d209-07
Prova:SÃO CAMILO 2018
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

A pirâmide de Quéfren e o obelisco de Luxor são dois monumentos do Egito Antigo datados, respectivamente, dos séculos XXVI e XIII a.C.


(www.pimpmytrip.it)



(www.molon.de)

Apesar das diferenças visíveis existentes entre esses monumentos, ambos exprimem

A
as vitórias militares dos egípcios sobre os povos invasores.
B
a concepção de um poder imperial desprovido de conteúdo religioso.
C
a visão de um mundo paradisíaco na vida terrena.
D
os símbolos do poder de autoridades militares egípcias.
E
o movimento de ascensão em direção à divindade solar.

Gabarito comentado

Pedro VandréMonitor do Qconcursos
A pirâmide de Quéfren foi construída durante o reinado do faraó Quéfren, da IV dinastia do Antigo Egito, por volta de 2520-2494 a.C. Ela é parte do complexo de pirâmides de Gizé e é reconhecida por sua imponência e simbolismo como uma tumba real. Por outro lado, o obelisco de Luxor foi esculpido durante o reinado do faraó Ramsés II, da XIX dinastia, por volta de 1250 a.C. Ele foi originalmente erigido no Templo de Luxor, como muitos outros obeliscos do Egito Antigo. Sobre esses monumentos de grande importância para a História Antiga, vamos analisar as opções e selecionar a correta:


A) Incorreta – Embora os antigos egípcios tenham registrado suas vitórias militares em relevos de templos e outros monumentos, é importante ressaltar que a construção da pirâmide de Quéfren e do obelisco de Luxor não foi motivada pela comemoração dessas vitórias. As pirâmides, notoriamente, foram concebidas principalmente como túmulos para os faraós, refletindo a crença na vida após a morte e a busca pela imortalidade. Por outro lado, os obeliscos possuíam significados predominantemente religiosos e políticos, servindo como símbolos de poder real e adoração aos deuses, mas não estavam diretamente associados a vitórias militares.


B) Incorreta – No Egito Antigo, a religião desempenhava um papel fundamental na sociedade, permeando todos os aspectos da vida. Os monumentos eram frequentemente concebidos e construídos com profunda reverência pelos aspectos religiosos da cultura, incluindo a adoração aos deuses e a crença na vida após a morte. Tanto as pirâmides quanto os obeliscos carregavam consigo conotações religiosas profundas, refletindo a conexão intrínseca entre os faraós e as divindades.


C) Incorreta – Não é disso que se tratam os monumentos da questão. As pirâmides, em particular, eram destinadas a servir como túmulos para os faraós, com a crença de que ele morto alcançaria a vida após a morte. Os obeliscos, por sua vez, tinham uma associação mais direta com a adoração aos deuses e a simbolização do poder real. Portanto, não há uma ligação entre esses monumentos e a visão de um mundo paradisíaco na vida terrena.


D) Incorreta – Esta opção não está precisa, uma vez que não existe uma ligação direta entre os monumentos em questão e o poder militar. Embora os faraós egípcios frequentemente exercessem liderança militar, as pirâmides e os obeliscos não eram símbolos específicos desse tipo de poder. Em vez disso, essas estruturas representavam principalmente o poder e a autoridade dos faraós como líderes religiosos e, automaticamente (no contexto da Antiguidade), políticos.


E) Correta – Essa interpretação ressalta um aspecto fundamental da cosmovisão egípcia antiga, na qual a conexão entre a terra e o céu era simbolizada por meio de estruturas arquitetônicas como obeliscos e pirâmides. Os obeliscos, em especial, eram frequentemente associados ao culto solar, representando a ligação íntima entre o faraó e a divindade solar Rá. Sua forma alongada e pontiaguda sugeria a ascensão do faraó ao mundo divino após a morte. Da mesma forma, as pirâmides, como a de Quéfren, projetadas para funcionar como túmulos reais, eram concebidas como pontes entre o mundo terreno e o além-vida, onde o faraó poderia alcançar a imortalidade.


Gabarito – Letra E


Referência:


Doberstein, Arnoldo Walter. O Egito antigo. Rio Grande do Sul: EDIPUCRS, 2010.



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