“Os sacerdotesastrônomos tampouco observavam o céu para encontrar relações de causa e efeito entre os fenômenos astronômicos, mas, sim, para descobrir a vontade dos deuses” (IN: MOTA, Myriam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. Das cavernas ao terceiro milênio). O trecho citado referese a descobertas feitas pelos mesopotâmios que representam aspectos fundamentais de nossa cultura:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: trata-se das contribuições da Mesopotâmia em astronomia/astrologia e matemática. A pista decisiva é o vínculo entre observação celeste e vontade dos deuses — isto remete ao uso das estrelas para divinação e para sistemas numéricos práticos que marcaram nossa herança cultural.
Resumo teórico: os babilônios (Mesopotâmia) desenvolveram um sistema sexagesimal que influenciou a divisão do círculo em 360º e a medição de tempo (60 minutos, 60 segundos). Suas observações astronômicas deram origem a horóscopos e tabelas planetárias, impulsionando métodos algébricos para resolver problemas numéricos e a organização de calendário lunar, semanas com sete dias (associadas aos sete astros visíveis) e meses lunares.
Por que a alternativa C é correta: ela reúne realizações historicamente atribuídas à antiga Mesopotâmia — horóscopo/astrologia como prática religiosa-astronômica; avanços matemáticos (pré-algebra babilônica); divisão do círculo em 360 graus pela base 60; calendário lunar e influência na semana de sete dias; e a divisão do dia em partes com origem em sistemas sexagesimais. Fontes: Encyclopaedia Britannica; Marc Van De Mieroop, History of Mesopotamia; Otto Neugebauer sobre matemática antiga.
Análise das alternativas incorretas:
A — Heliocentrismo é obra posterior (Aristarco, Copérnico) e não uma descoberta mesopotâmica.
B — Fogo e domesticação são inovações do Paleolítico/Neolítico, muito anteriores e não exclusivas da Mesopotâmia.
D — Técnicas de mumificação são características do Egito antigo, não da Mesopotâmia.
E — A afirmação generaliza: a Mesopotâmia não separou crença e observação por racionalidade científica; suas práticas astronômicas estavam ligadas à divinação, não a uma ruptura científica (essa transformação ocorre mais tarde, com a ciência grega e medieval).
Dica de prova: ao ver termos como “vontade dos deuses”, associe à astrologia/divinação — isso orienta para contribuições culturais e tecnológicas (calendário, sexagesimal), não para descobertas científicas modernas.
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