Questão 69038290-0e
Prova:URCA 2012
Disciplina:História
Assunto:História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

“Os sacerdotes­astrônomos tampouco observavam o céu para encontrar relações de causa e efeito entre os fenômenos astronômicos, mas, sim, para descobrir a vontade dos deuses” (IN: MOTA, Myriam Becho e BRAICK, Patrícia Ramos. Das cavernas ao terceiro milênio). O trecho citado refere­se a descobertas feitas pelos mesopotâmios que representam aspectos fundamentais de nossa cultura:

A
A descoberta de que a Terra gira em torno do Sol, base da teoria heliocêntrica;
B
A descoberta do fogo e das técnicas de domesticação de animais;
C
O horóscopo e o astrolábio, cujo desenvolvimento das pesquisas possibilitou avanços nos conhecimentos matemáticos: desenvolvimento da álgebra e divisão do círculo em 360 graus, o calendário lunar, a semana de sete dias, a divisão do ano em doze meses e do dia em dois períodos de doze horas;
D
As técnicas de mumificação dos corpos;
E
A descoberta da ciência, baseada na racionalidade, o que representou uma ruptura com as concepções míticas do universo.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Resposta correta: Alternativa C

Tema central: trata-se das contribuições da Mesopotâmia em astronomia/astrologia e matemática. A pista decisiva é o vínculo entre observação celeste e vontade dos deuses — isto remete ao uso das estrelas para divinação e para sistemas numéricos práticos que marcaram nossa herança cultural.

Resumo teórico: os babilônios (Mesopotâmia) desenvolveram um sistema sexagesimal que influenciou a divisão do círculo em 360º e a medição de tempo (60 minutos, 60 segundos). Suas observações astronômicas deram origem a horóscopos e tabelas planetárias, impulsionando métodos algébricos para resolver problemas numéricos e a organização de calendário lunar, semanas com sete dias (associadas aos sete astros visíveis) e meses lunares.

Por que a alternativa C é correta: ela reúne realizações historicamente atribuídas à antiga Mesopotâmia — horóscopo/astrologia como prática religiosa-astronômica; avanços matemáticos (pré-algebra babilônica); divisão do círculo em 360 graus pela base 60; calendário lunar e influência na semana de sete dias; e a divisão do dia em partes com origem em sistemas sexagesimais. Fontes: Encyclopaedia Britannica; Marc Van De Mieroop, History of Mesopotamia; Otto Neugebauer sobre matemática antiga.

Análise das alternativas incorretas:

A — Heliocentrismo é obra posterior (Aristarco, Copérnico) e não uma descoberta mesopotâmica.

B — Fogo e domesticação são inovações do Paleolítico/Neolítico, muito anteriores e não exclusivas da Mesopotâmia.

D — Técnicas de mumificação são características do Egito antigo, não da Mesopotâmia.

E — A afirmação generaliza: a Mesopotâmia não separou crença e observação por racionalidade científica; suas práticas astronômicas estavam ligadas à divinação, não a uma ruptura científica (essa transformação ocorre mais tarde, com a ciência grega e medieval).

Dica de prova: ao ver termos como “vontade dos deuses”, associe à astrologia/divinação — isso orienta para contribuições culturais e tecnológicas (calendário, sexagesimal), não para descobertas científicas modernas.

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