O Epicurismo, corrente filosófica fundada por
Epicuro de Samos, é caracterizada como
hedonista, porque pregava a busca imediata do
prazer.
No século IV a.C., a Grécia foi conquistada pelo rei
macedônio Felipe II. Seu filho Alexandre, o Grande,
consolidou o domínio macedônio da Grécia e
expandiu seu império pelo Oriente, chegando suas
conquistas às margens do rio Indo, na Índia.
Educado por Aristóteles, Alexandre assimilou a
cultura grega e levou-a para suas conquistas no
Oriente, resultando daí uma intensa troca cultural
entre os gregos e os povos orientais. O império de
Alexandre não resistiu à sua morte, ocorrida em
323 a.C., aos 33 anos de idade, mas seus
resultados culturais foram duradouros com a
emergência da chamada cultura helenística. Sobre
essa questão, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta correta: E — Errado
Resumo do tema: Epicurismo é uma escola helenística que identifica o bem supremo com o prazer (hedonê). Porém, é fundamental entender que o prazer epicurista não equivale à busca desenfreada ou imediata de sensações.
Base teórica essencial: Epicuro distingue prazeres cinéticos (ativos, ligados a movimentos ou satisfações momentâneas) e prazeres catastemáticos (estados de equilíbrio). Seu ideal ético é atingir ataraxia (tranquilidade da alma) e aponia (ausência de dor corporal). A prudência (phronêsis) orienta as escolhas: evita-se prazeres imediatos quando estes geram dores futuras. Fontes clássicas: Carta a Meneceu e os Preceitos Principais de Epicuro; interpretação moderna: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entrada "Epicurus").
Por que a afirmativa é errada: afirmar que o epicurismo "pregava a busca imediata do prazer" reduz e deturpa a doutrina. Epicuro defendia uma vida simples e calculada, buscando prazeres que garantissem estabilidade e sossego, e muitas vezes renunciando a prazeres momentâneos que causariam perturbação. Portanto, a expressão busca imediata é imprecisa e torna a frase falsa.
Dica de prova: atenção a termos absolutos ou enfáticos (como "imediata", "sempre"). Pergunte-se: o autor valorizaria consequencialmente esse termo? No caso de Epicuro, não.
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