No Egito Antigo, o trabalho agrícola era, predominantemente, desenvolvido por escravos.
Gabarito comentado
Resposta: E — Errado
Tema central: organização do trabalho agrícola no Egito Antigo — saber distinguir entre trabalho escravo e trabalho camponês/obrigatório (corvéia, tributos, arrendamento) é essencial para provas de História Geral.
Resumo teórico: a economia agrária egípcia baseava‑se na agricultura irrigada pelo Nilo, com predomínio de pequenos agricultores e camponeses que cultivavam para subsistência e para pagar tributos ao Estado e aos templos. O Estado e as instituições religiosas possuíam grandes lotes, mas esses eram trabalhados por camponeses, arrendatários e por mão de obra recrutada via obrigatoriedade estatal (corvéia), não por uso massivo de escravos agrícolas. A escravidão existia — sobretudo doméstica, judicial ou militar —, porém não foi o modo de produção predominante no campo (ver, por exemplo, Marc van de Mieroop, A History of Ancient Egypt; Toby Wilkinson, The Rise and Fall of Ancient Egypt).
Por que a afirmativa é falsa: a palavra-chave do enunciado é "predominantemente". As evidências textuais e arqueológicas (registos fiscais, cartas administrativas, vilarejos rurais) mostram que a maior parte do trabalho agrícola era realizada por camponeses livres ou semi‑livres e por trabalhadores recrutados pelo Estado, não por escravos em larga escala. Assim, afirmar que a agricultura era predominantemente desenvolvida por escravos é incorreto.
Estratégia para prova: atente para termos absolutos como "predominantemente", "sempre", "toda"; verifique se há consenso historiográfico. Lembre‑se de diferenciar tipos de trabalho (agrícola vs. construção/obras públicas) — a corvéia estatal mobilizava muitos homens para obras, mas isso não iguala agricultura = escravidão.
Fontes recomendadas: Marc van de Mieroop, A History of Ancient Egypt (2007); Toby Wilkinson, The Rise and Fall of Ancient Egypt (2010); análises de registros administrativos e textos do período faraônico. Para fontes antigas: Heródoto (uso crítico).
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