Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.

Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:

O determinismo é uma concepção filosófica na qual o destino dos indivíduos se encontra pré estabelecido. Se opõe a ideia de livre arbítrio ou do libertarismo nas quais os indivíduos guardam certa liberdade para conduzir e moldar seu destino. No mito de Édipo, mesmo diante da tentativa de seu pai em afastá-lo de seu destino anunciado, seu fado acaba por ser cumprido em sua integralidade ao matar seu pai e desposar sua mãe. O destino de Édipo não estava aberto para a agência do indivíduo, não era uma história em aberto, estava determinado e foi cumprido.
Santo Agostinho, santo e filósofo do norte africano, concebia que toda a vida humana estava pré determinada a partir de arranjos celestiais totalmente distantes da capacidade de compreensão humana. Ainda que guardemos a sensação de conduzir nossos passos, todos eles estão pré determinados por Deus, à grande força criadora e condutora do universo e da vida. Ter fé, para Santo Agostinho, portanto, singificava aceitar que Deus controla nosso destino e que não há nada que possamos fazer para impedir.

Resposta, letra B.

A letra A, como a frase expressa, se vincula ao existencialismo que marca a filosofia de Sartre.
A letra C expõe um pensamento de Schopenhauer que, embora acredite que não exista livre arbítrio, considera que uma atitude ascética pode quebrar a roda da miséria humana na busca incessante de satisfazer desejos.
A letra D está errada, pois revela uma afirmação de Michel Foucault, filósofo bastante preocupado em questionar as estruturas de pensamento, discurso e construção de verdades.
A letra E revela o pensamento de Nietzsche, bastante influenciado por Schopenhauer, e extremamente crítico ao cristianismo.

Gabarito: B