O meu lugar,

Tem seus mitos e seres de luz,

É bem perto de Oswaldo Cruz,

Cascadura, Vaz Lobo, Irajá.

O meu lugar,

É sorriso, é paz e prazer,

O seu nome é doce dizer,

Madureira, ia, Iaiá.

Madureira, ia, Iaiá

Em cada esquina um pagode um bar,

Em Madureira.

Império e Portela também são de lá,

Em Madureira.

E no Mercadão você pode comprar

Por uma pechincha você vai levar,

Um dengo, um sonho pra quem quer sonhar,

Em Madureira.

CRUZ, A. Meu lugar. Disponível em: www.vagalume.uol.com.br. Acesso em: 16 abr. 2010 (fragmento).

A análise do trecho da canção indica um tipo de interação entre o indivíduo e o espaço. Essa interação explícita na canção expressa um processo de

A canção de Arlindo Cruz é uma exaltação ao bairro de Madureira, o qual o cantor e compositor valoriza nos versos que descreve os modos, os lugares e os valores do lugar. A repetição do verso "O meu lugar" não deve deixar dúvidas de que se trata de um processo de pertencimento ao espaço. Portanto, letra E.
A autossegregação espacial seria o processo de autoconfinamento em algum lugar, onde o autor iria exaltar seu isolamento espacial rompendo relações com ambientes externos. A exclusão sociocultural poderia ser compreendida junto da homogeneização cultural. No fim, ambas tratam de excluir o diferente cultural exaltando apenas uma cultura. Não é o que o compositor pretende. A letra, por fim, não fala de expansão urbana, mas de uma identidade cultural suburbana do Rio de Janeiro, a qual o compositor se associa. 

Gabarito: E