A tragédia grega exprime um conflito insolúvel,
levado a termo pela morte ou confinamento de suas
partes conflitantes.
A tragédia grega floresceu em um período curto (525–
406 a.C.). Seus autores mais famosos são Ésquilo,
Sófocles e Eurípedes. Com base na afirmação acima,
assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Resposta: C — Certo
Tema central: a estrutura e o desfecho da tragédia grega clássica. Para responder, é preciso conhecer conceitos como conflito trágico, catástrofe e os mecanismos dramatúrgicos descritos por Aristóteles (poética: hamartia, peripeteia, anagnórise).
Resumo teórico: A tragédia grega focaliza um conflito de natureza moral ou existencial que não encontra solução conciliadora dentro do enredo. Segundo Aristóteles (Poética), o melhor enredo é aquele que culmina numa catástrofe coerente com as ações das personagens, provocando psique no público (piedade e medo) e levando à catarse. Na prática, esse desfecho frequentemente se dá pela morte ou pelo exílio/confinamento das personagens principais — recursos dramáticos que selam a impossibilidade de reconciliação e restauram, de modo trágico, a ordem (ou mostram sua impossibilidade).
Exemplos práticos: Édipo Rei (Sófocles) — queda trágica e cegueira/exílio; Medeia (Eurípedes) — crime e destruição que isolam a protagonista; Oresteia (Ésquilo) — ciclo de violência que termina em julgamento e punição. Esses exemplos ilustram conflitos insolúveis que se encerram em morte, punição ou expulsão.
Justificativa da resposta: A afirmação é correta porque sintetiza a finalidade dramática da tragédia grega: apresentar um conflito profundo que não admite solução pacífica, conduzindo-o a uma conclusão extrema (morte, exílio, confinamento) que revela as consequências inevitáveis das ações humanas e produz o efeito catártico pretendido.
Dica de prova: Ao ler enunciados sobre tragédia, procure palavras-chave como "conflito insolúvel", "catástrofe" ou "catarse" — são sinais de que a alternativa segue a definição aristotélica e a tradição dos grandes tragédias gregas.
Fontes: Aristóteles, Poética; leituras de Sófocles, Ésquilo e Eurípedes (textos e comentários críticos).
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