A divisão entre a esfera privada e a pública não impediu que todos os habitantes de Atenas participassem da vida política que se realizava na esfera pública.

Resposta correta: E — Errado

Tema central: a formação da polis e a distinção entre esfera pública e privada na Grécia antiga — tema essencial para compreender quem tinha acesso à vida política e por que a participação não era universal.

Resumo teórico: a polis era uma comunidade política na qual a vida pública (assembleia — ekklesia, conselho — boule, tribunais) era o espaço da ação política. Contudo, essa participação era reservada aos cidadãos homens (adultos, filhos de ambos os pais cidadãos, normalmente maiores de 18 anos). Permaneciam excluídos da participação política direta: mulheres, escravos, metecos (estrangeiros residentes) e menores.

Fontes relevantes: Aristóteles — Política (análise da constituição da polis e da cidadania); Túcidides — discurso de Péricles (contexto social e político de Atenas); referências à lei da cidadania périclea (c. 451/450 a.C.), que tornou mais rígidos os critérios de cidadania.

Justificativa do gabarito (por que E é correto): a afirmação original diz que a divisão público/privado “não impediu que todos os habitantes de Atenas participassem da vida política”. Isso é falso: a estrutura da polis, exatamente por separar esfera pública da privada e por estabelecer critérios de cidadania, limitou explicitamente a participação política a uma parcela da população (homens cidadãos). Logo, nem “todos os habitantes” participavam — muitos foram excluídos.

Dica de prova: desconfie de termos absolutos como todos ou sempre. Em questões sobre cidadania ateniense, lembre-se: participação política = direito dos cidadãos adultos do sexo masculino; exclusões sociais são a regra.

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