O termo ceticismo vem do grego sképsis, que
significa “investigação”, “procura”, pois a sabedoria
não consiste em alcançar a verdade, mas procurá-la.
A epistemologia é marcada por diferentes maneiras de
formular critérios de verdade, nem sempre unânimes ou
universalmente aceitos. Destaca-se, nesse debate, a figura
do cético. O ceticismo instaura, de maneira decisiva, a
questão sobre a possibilidade do conhecimento. Com
base nessa afirmação, assinale o que for correto.
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — Certo
Tema central: a questão trata da etimologia e do sentido filosófico do ceticismo. É importante saber que, na filosofia, além da definição técnica, contamos com contextos históricos (escolas antigas como os céticos pirrônicos e os acadêmicos) que iluminam o uso do termo.
Resumo teórico e justificativa: o termo grego σκέψις (sképsis) traduz-se por "investigação", "busca" ou "exame". A raiz indica atitude de exame contínuo, não a posse imediata de uma verdade dada. Na tradição filosófica, isso explica por que o ceticismo enfatiza a suspensão do juízo ou a permanente investigação, em vez da afirmação segura de conhecimento absoluto. Assim, afirmar que "a sabedoria não consiste em alcançar a verdade, mas procurá-la" condensa corretamente a postura investigativa atribuída ao ceticismo clássico e a leituras contemporâneas que o veem como método crítico (ver Stanford Encyclopedia of Philosophy — entradas sobre Skepticism; e Encyclopedia Britannica, "Skepticism").
Observação histórica breve: os pirrônicos defendiam a suspensão do juízo (epoché) levando à ataraxia (tranquilidade), enquanto a tradição acadêmica (Academia de Platão em momentos posteriores) formulou versões segundo as quais o conhecimento certo seria impossível. Mesmo com nuances, a etimologia e a ênfase na "procura" justificam a alternativa como correta.
Dica de interpretação para provas: ao encontrar itens sobre conceitos filosóficos, verifique (1) a etimologia quando mencionada; (2) se a afirmação sintetiza uma atitude/metodologia reconhecida historicamente; (3) se há redução indevida (por exemplo, dizer que ceticismo só nega tudo é armadilha). Aqui, a formulação valoriza a investigação — ponto central do conceito.
Fontes recomendadas: Stanford Encyclopedia of Philosophy (entry "Skepticism"); Encyclopedia Britannica ("Skepticism").
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