A história da política da antiguidade greco-romana não desperta interesse para Maquiavel, pois dela não se pode extrair nenhuma ideia para a construção do Estado moderno.

Resposta: E — Errado.

Por quê (explicação curta): A afirmação contrária — de que a história política da antiguidade greco‑romana não interessa a Maquiavel — é falsa. Maquiavel estudou intensamente os autores antigos e baseou grande parte de sua teoria política em modelos da Roma antiga, especialmente na sua obra Discursos sobre a Primeira Década de Tito Lívio, onde elogia a República romana e extrai lições para a liberdade cívica. Mesmo em O Príncipe há contínuas referências históricas e práticas extraídas do passado clássico.

Resumo teórico (essencial): - Renascimento e humanismo redescobriram a literatura greco‑romana; isso gerou o chamado civic humanism, que influenciou pensadores políticos italianos. (Ver: Hans Baron, "The Crisis of the Early Italian Renaissance".) - Maquiavel dialoga explicitamente com a antiguidade: usa exemplos de Roma e de outros antigos para formular conceitos como virtù, fortuna e instituições republicanas. (Ver: Niccolò Machiavelli, Discorsi.)

Justificativa baseada em obras e contexto: - Nos Discorsi, Maquiavel defende a república mista e a importância das instituições e das virtudes cívicas inspiradas em Roma. - Em estudos contemporâneos, como J. G. A. Pocock ("The Machiavellian Moment"), argumenta‑se que Maquiavel é central para a tradição republicana moderna precisamente por reutilizar modelos antigos.

Dica de prova: atenção a sentenças absolutas do tipo “não desperta interesse” — frequentemente falsas. Procure referências textuais (nomes de obras, personagens e conceitos) para confirmar a relação entre autor e tradição citada.

Principais fontes recomendadas: Machiavelli, Discorsi; Machiavelli, Il Principe; Hans Baron, The Crisis of the Early Italian Renaissance; J. G. A. Pocock, The Machiavellian Moment.

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