Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.


    Cada comunidade desenvolve uma norma linguística comum a todos os falantes e, por isso, compreendida por todos.

Em assim sendo, os falantes da Bahia somente conseguem entender o que é produzido linguisticamente pelos falantes de sua comunidade.

Tema central da questão: Variação linguística e norma-padrão

Esta questão exige compreensão dos conceitos de norma linguística e variação linguística. Segundo a norma-padrão, existe uma forma de português ensinada em todo o país, que permite a comunicação entre todos os brasileiros, apesar de existirem diferenças regionais (sotaques, vocabulários e expressões).

A proposição apresenta a ideia equivocada de que os falantes da Bahia apenas conseguem compreender o que é dito por outros baianos, negando a compreensão entre diferentes regiões.

Justificativa para a alternativa correta (E - errado):

De acordo com renomados autores, como Evanildo Bechara e com o que descreve a linguística moderna (cf. Eugen Coșeriu), variações existem no falar, mas a compreensão mútua permanece. O português brasileiro possui uma base comum — a norma-padrão e as normas urbanas de prestígio — que garantem que baianos, paulistas, gaúchos ou amazonenses possam se entender.

Vale lembrar: segundo Celso Cunha & Lindley Cintra, o que caracteriza a comunicação efetiva em uma língua nacional é a unidade linguística fundamentada pela norma-padrão, e não a limitação à compreensão apenas local.

Estratégia para provas: Fique atento a afirmações que generalizam ou usam expressões absolutas como “somente”, “apenas”, “só”, pois costumam indicar erro, especialmente quando tratam de fenômenos amplos como a língua falada em um país inteiro.

Por que a alternativa "C" (certo) está incorreta?

A alternativa "C" só seria correta se fosse possível afirmar que não há compreensão entre brasileiros de diferentes regiões, o que é falso. Os meios de comunicação nacionais, a literatura, e a própria interação entre pessoas de diferentes estados provam o contrário.

Resumo: A alternativa correta é E (errado), pois a afirmação desconsidera a unidade e a compreensão mútua propiciadas pela norma da língua portuguesa no Brasil.

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