Variação Linguística

Interpretação de Textos
Camila Nunes
Fala, galerinha! O meu nome é Camila Nunes, mas os meus alunos costumam me chamar de Câmis. Sou professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação há mais de 10 anos e doutora na área pela UFRJ. Já deu para perceber que a minha atividade favorita é ler, certo? Um dos meus autores favoritos é o Mia Couto, de Literatura Africana. Estou aqui para te ajudar a conquistar a tão sonhada nota alta no vestibular. Vem comigo! Instagram - @heycamisnunes

Resumo sobre Variação Linguística

Consiste na mudança da língua, a depender de uma série de fatores, tais como:

a) O tempo: conhecida como variação diacrônica, esse tipo de variação mostra a mudança da língua ao longo do tempo, fato natural que muda tudo, como por exemplo o pronome de tratamento “vossa mercê” que hoje é conhecido como “você”.

b) O lugar: também conhecida como variação diatópica, essa variação consiste nas mudanças que se observam em uma mesma língua sendo utilizada em lugares diferentes, tais como o uso do vocábulo “biscoito” no Rio de Janeiro e do vocábulo “bolacha” em São Paulo para se referir ao mesmo tipo de comida.

c) A situação: também conhecida como variação diafásica, trata-se de uma mudança que um mesmo indivíduo pode fazer ao estar em uma situação mais formal, tal como uma entrevista de emprego e, por isso, usar um jeito específico para se comunicar e mudar esse jeito ao entrar em outro tipo de situação, uma mais informal, como uma partida de futebol.

d) A cultura: também conhecida como variação diastrática, essa variação consiste na idade, no sexo, no nível de escolarização, profissão; enfim, todas as situações sociais que fazem com que um indivíduo se comunique diferente dos demais.

Também vale lembrar que, principalmente, no que tange à escala de formalidade e informalidade, não se deve deixar a informalidade exclusiva ao registro de fala e a formalidade exclusiva ao registro da escrita, posto que ambos podem apresentar as duas versões.

Por fim, as línguas são como seres vivos que nascem, crescem, se desenvolvem e morrem e, por isso, nunca devemos praticar preconceito linguístico (julgar alguém pela forma como essa pessoa se comunica), uma vez que a mudança é algo intrínseco às línguas.