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UFU-MG 2019 - Sociologia - Estratificação e desigualdade social

Em 2007, a escola de samba do Rio de Janeiro, Império Serrano, apresentou como enredo “Ser Diferente é Normal”, com a seguinte letra: “Temos que olhar de outro jeito / Quem nasceu diferente / E venceu preconceito / A gente tem que admirar / Harmonizar pra ser feliz / Diferença social, pra quê? / Tá na cara que a beleza / Está nos olhos de quem vê / Romantismo irradia energia pra viver”.
A letra dessa música traz informações que podem ser desdobradas e analisadas por meio de conceitos analíticos das Ciências Sociais.
Assinale a alternativa que apresenta esses conceitos analíticos.

A
Infraestrutura, violência, nepotismo.
B
Inclusão social, fetichismo da mercadoria, nepotismo.
C
Inclusão social, controle social, desigualdades sociais e culturais.
D
Infraestrutura, fetichismo da mercadoria, desigualdades sociais e culturais.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Cidadania e movimentos sociais

As desigualdades sociais, étnicas e culturais existentes no Brasil fazem com que exista uma mobilização de grupos, exigindo atendimento às necessidades humanas básicas, garantia de direitos e de deveres iguais. O movimento negro, após anos de debate e de luta por seu reconhecimento e por sua história, passou a ter uma data, 20 de novembro, para que esse debate fosse realizado e para mostrar a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade. Contudo, o movimento negro ainda possui algumas bandeiras e pautas para realizar.

Assinale a alternativa que contém somente reivindicações e pautas desse movimento

A
Cotas em universidades públicas, igualdade salarial entre gêneros e acesso igualitário à previdência social.
B
Redistribuição de terras aos sem-terra, acesso igualitário às escolas e à educação superior e reconhecimento do casamento civil entre homossexuais.
C
Fim da diferença salarial entre negros e brancos, acesso igualitário às escolas e à educação superior, preservação e reconhecimento da herança cultural afro-brasileira.
D
Reforma agrária, combate às discriminações de gênero e à exploração do trabalhador urbano.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Max Weber e a Ação Social, Relação entre Indivíduo e Sociedade

Para Marx e Engels, os homens sempre tiveram acesso a ideias falsas a respeito de si mesmos, daquilo que são ou deveriam ser, organizavam suas relações em função das representações sociais que lhes eram apresentadas, fazendo com que os produtos de suas ideias crescessem a ponto de dominá-los. Para eles, os criadores inclinavam-se diante de suas próprias criações.
Com base nas informações deduzíveis do texto, o conceito analisado pelos autores e a obra que nos remete a esse conceito são

A
mercadoria, na obra “O capital”.
B
ideologia, na obra “A ideologia alemã”.
C
comunismo, na obra “O manifesto comunista”.
D
capitalismo, na obra “O 18 de brumário de Luís Bonaparte”.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Cultura e sociedade


De acordo com a charge acima, a fala do religioso, induz ao entendimento de que

A
as desigualdades sociais, após o descobrimento do Brasil, apontam relações que podem levar à diversidade cultural, à solidariedade mecânica e ao branqueamento da raça.
B
a ação social relacionada a tradições religiosas apontam relações que podem levar ao genocídio, à tolerância cultural e à alienação.
C
a ação social racional relacionada a valores religiosos apontam relações que podem levar ao branqueamento da raça, à alienação e à tolerância cultural.
D
as diferenças sociais e culturais existentes entre os indivíduos apontam relações que podem levar ao etnocentrismo, ao preconceito e à intolerância.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - O processo de socialização

<http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/index.html>. Acesso em 09.mar.2019.


O processo por meio do qual o indivíduo aprende a ser um membro da sociedade é designado pelo nome de socialização, segundo Peter Berger e Brigitte Berger. Padrões de conduta são impostos aos indivíduos, e cada sociedade engendra seus próprios padrões, como pode ser observado na tirinha do Laerte, reproduzida acima.

BERGER, Peter L. e BERGER, Brigitte. Socialização: como ser um membro da sociedade. In: FORACCHI, Marialice Mencarini e MARTINS, José de Souza (Org.). Sociologia e sociedade: leituras de introdução à Sociologia. São Paulo: LTC, 1994. p. 204.


Considerando-se os posicionamentos apresentados, assinale a alternativa que apresenta a interpretação sociológica da tirinha.

A
A tirinha satiriza os padrões culturais e apresenta uma possibilidade de desnaturalização
B
A tirinha apresenta uma versão humorística da socialização primária e um processo de padronização cultural.
C
A tirinha retrata padrões sociais pré-estabelecidos com enfoque no processo de fetichismo da mercadoria.
D
A tirinha ironiza o consumo dentro da sociedade e o processo da contracultura da socialização primária.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Cultura e sociedade

Para Pais (1990, p. 164), “a cultura pode ser entendida como um conjunto de significados compartilhados; um conjunto de símbolos específicos que simbolizam a pertença a um determinado grupo; uma linguagem com seus específicos usos, particulares rituais e eventos, através dos quais a vida adquire um sentido. Esses ‘significados compartilhados’ fazem parte de um conhecimento comum, ordinário, quotidiano.”

PAIS, José Machado. A construção sociológica da juventude-alguns atributos. Revista Análise social: Lisboa, vol. XXV, 1990. p. 164.

Considerando-se o excerto acima, é correto afirmar que

A
a juventude pode ser estudada como uma categoria social na qual é possível estabelecer similaridades e diferenças sociais.
B
a cultura juvenil, para as Ciências Sociais, estabelece padrões individuais e próprios em todos os grupamentos humanos.
C
a juventude não pode ser estudada como uma categoria social, porque os jovens não estão no mercado de trabalho, e trabalho é a categoria fundamental para as Ciências Sociais.
D
a juventude é um problema social que deve ser enfrentado pelo Estado e pela Economia, mas está distante de se tornar um problema sociológico, pois carece de teorias próprias.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Max Weber e a Ação Social, Relação entre Indivíduo e Sociedade

Para Weber (1991, p. 130), “é decisivo que o trabalho rotineiro esteja entregue, de maneira predominante e progressiva, ao elemento burocrático. Toda a história do desenvolvimento do Estado moderno, particularmente, identifica-se com a da moderna burocracia e a da empresa burocrática, da mesma forma que toda a evolução do grande capitalismo moderno se identifica com a burocratização crescente das empresas econômicas. As formas de dominação burocrática estão em ascensão em todas as partes.”

COHN, Gabriel (Org.) Weber: Sociologia. 5.ed. São Paulo: Ática, 1991.


A partir da teorização sobre a burocracia e sobre o Estado em Weber, assinale a alternativa correta.

A
A ideia de burocracia é negativa e caracteriza a morosidade do capitalismo moderno.
B
A burocracia baseia-se tanto em costumes tradicionais quanto nos descritos na legislação vigente.
C
A ideia de burocracia está ligada à regulação da conduta dos indivíduos nas instituições em geral.
D
A burocracia permite adaptação do sistema legislativo às flutuações da bolsa de valores do capitalismo moderno.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Cidadania e movimentos sociais, Movimentos sociais no Brasil

A Estação Primeira de Mangueira se sagrou vitoriosa no carnaval de 2019 do Rio com a proposta de contar o “avesso” da história do Brasil – com um samba-enredo que jogou os holofotes do Sambódromo sobre heróis “apagados” da história e sobre as lutas de negros, de indígenas e de mulheres ao longo dos séculos, após o descobrimento.


A questão da diversidade e do reconhecimento das diferenças faz parte da pauta de discussão dos movimentos sociais feministas, negros, étnicos e indígenas.
De acordo com os pressupostos sociológicos, constituem-se justificativas para o apagamento desses heróis

A
a realização de movimentos sociais.
B
a existência de uma simplificação da nossa história.
C
a nossa cultura passar a ser real e concisa com a ausência de heróis.
D
as elites se manterem no poder.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como a couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha.”

KAFKA, Franz. A metamorfose. São Paulo: Cia das Letras, 1997. p. 7.

A partir das sentenças iniciais de A metamorfose, de Franz Kafka, e de seu conhecimento sobre o livro, é correto dizer que

A
o narrador kafkiano evita o desenrolar dos fatos, encadeando digressões e adjetivações que travam o prosseguimento do enredo
B
o narrador kafkiano apresenta, na primeira frase, o clímax da narrativa, demonstrando naturalidade e impassibilidade diante do absurdo.
C
apesar de chocante, a metamorfose é elucidada, ao longo da trama, a partir dos fatos físicos que levaram a ela.
D
a partir da conflituosa comunicação verbal do inseto com a família, o narrador passa a tomar partido de Gregor, gerando empatia do leitor com ele.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

Considero-me um realista, mas sou realista não à maneira naturalista — que falseia a vida — mas à maneira de nossa maravilhosa literatura popular, que transfigura a vida com a imaginação para ser fiel à vida. [...] O que eu procuro atingir, portanto, é, se não a verdade do mundo, a verdade de meu mundo, afinal inapreensível em sua totalidade, mas mesmo assim, ou por isso mesmo, tentador e belo [...] Assim, sem exageros que acabem a ilusão consentida do público, é melhor não apelar para as muletas do verismo nem esconder as traves da arquitetura teatral — sejam as do autor, as do encenador ou as dos atores, pois todos nós temos as nossas; assim o público, vendo que não pretendemos enganá-lo, que não queremos competir com a vida, aceita nossos andaimes de papel, madeira e cola e pode, graças a essa generosidade, participar de nossa maravilhosa realidade transfigurada.

SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. 26 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. p. 16-17.


Sobre o texto acima, da “nota do autor” de O santo e a porca, e a peça em si, é correto afirmar que

A
com o claro objetivo de retratar a vida como ela é no sertão, Suassuna investe em um teatro realista, que não “esconda as traves da arquitetura teatral”.
B
Suassuna recusa “apelar para as muletas do verismo”, motivo pelo qual a peça contém elementos chamados “fantásticos”, como a porca falante.
C
faz parte da “generosidade” do leitor aceitar momentos da trama pouco verossímeis, como o sumiço e a reaparição espontâneos da estátua de Santo Antônio.
D
há momentos da peça, como os disfarces múltiplos dos personagens, que dependem da “ilusão consentida do público”.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Morte e vida severina e O santo e a porca foram concebidas como peças de teatro, ou seja, foram projetadas para interpretação no palco. Considerando-se tal especificidade e seus enredos, assinale a alternativa que apresenta características comuns às obras.

A
Estrutura do texto dramático; humor como recurso prevalente; crítica social.
B
Retrato do sertão nordestino; divisão em três atos; presença de rubricas.
C
Estrutura do texto dramático; retrato do sertão nordestino; presença de rubricas.
D
Humor como recurso prevalente; escrita em versos; crítica social.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o poema acima, de Waly Salomão, é INCORRETO afirmar que


MORICONI, Italo. Destino: poesia. 2.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016. p. 115. 

A
o poeta escreve, a partir de sua “alta razão”, ou seja, é a sua racionalidade que comanda a ação de compor e domina as emoções.
B
a presença de anacolutos torna a leitura mais “hermética”, ou seja, truncada e complexa.
C
o poeta cria efeitos de reforço no significado de algumas palavras com a enumeração de sinônimos.
D
os versos com recuos gráficos à direita geram um destaque de seus significados, por ficarem em evidência gráfica.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

A partir do trecho acima, de Morte e vida Severina, e de seu conhecimento sobre a obra, assinale a alternativa correta.

ASSISTE AO ENTERRO DE UM TRABALHADOR DE EITO E OUVE O QUE DIZEM DO MORTO OS AMIGOS QUE O LEVARAM AO CEMITÉRIO

— Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a conta menor que tiraste em vida.
— É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe deste latifúndio.
— Não é cova grande,
é cova medida,
é a terra que querias ver dividida.
— É uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.
— É uma cova grande
para teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.
— É uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.

MELO NETO, João Cabral de. Serial e antes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997. p.159-160.
A
Como grande parte dos poetas do Modernismo, João Cabral de Melo Neto abdica totalmente da rima em seu texto.
B
Conhecido como o “poeta-engenheiro”, João Cabral de Melo Neto arquiteta todo o seu poema em redondilhas maiores, ou seja, com sete sílabas poéticas.
C
O trecho aborda, a partir dos comentários dos amigos do trabalhador morto, temas sociais amplos, como a desigualdade na distribuição de terras e a fome.
D
No trecho, ambientado no enterro do personagem-narrador Severino, questiona-se a falência da reforma agrária no nordeste, na época marcada pela presença dos latifúndios.
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UFU-MG 2019 - Sociologia - Globalização, reestruturação produtiva e mudanças recentes do trabalho, Mundo do trabalho

Com base na charge e na teorização apresentadas, é correto afirmar que os jovens do século XXI

<http://www.rogeriorocha.ecn.br/search?q=ao+mesmo+tempo%2C+as+oportunidades+para+profissionais+t%C3%A9cnicos+e+>.Acesso em 09.mar.2019.


        Segundo alguns teóricos, há múltiplas possibilidades de orientação para a vida em que o uso de tecnologias age sobre as ações dos indivíduos. Para Sales (2014), a juventude, particularmente, “estabelece um vínculo com a tecnologia da ordem da impregnação e da composição. Símbolos compartilhados no ciberespaço geram significados e referenciam atitudes e posturas das pessoas tanto quanto sinais e gestos do encontro físico.”

SALES, Shirlei Rezende. Tecnologias digitais e juventude ciborgue: alguns desafios para o currículo do Ensino Médio. In: DAYRELL, Juarez, CARRANO, Paulo e MAIA, Carla Linhares (Org.). Juventude e Ensino Médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 234.
A
são nativos digitais e instrumentalizados para o consumo tecnológico.
B
são familiarizados com as ciberculturas, mas não as consomem.
C
consomem a cibercultura e as tecnologias, mas não as produzem.
D
são familiarizados com a tecnologia e desconectados do consumo tecnológico.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Esta história poderia chamar-se "As estátuas". Outro nome possível é "O assassinato". E também "Como matar baratas". Farei então pelo menos três histórias, verdadeiras, porque nenhuma delas mente a outra. Embora uma única, seriam mil e uma, se mil e uma noites me dessem.
LISPECTOR, Clarice, “A quinta história”, In: Felicidade clandestina, Rio de Janeiro: Rocco, 2013. p. 128.

O parágrafo acima inicia o conto “A quinta história”, de Clarice Lispector. Considerando-se as características peculiares à obra da escritora, presentes no conto, é correto afirmar que

A
a linguagem simbólica e as reflexões existenciais justificam por que Clarice foi considerada uma importante representante da “corrente espiritualista” do Modernismo brasileiro.
B
como é comum nas obras da escritora, o enredo desencadeado a partir de um fato banal leva suas personagens a se questionarem, repensando suas certezas estabelecidas.
C
a metalinguagem e as referências às obras literárias do passado revelam o cuidado da escritora com a forma, fruto de sua busca por uma arte pura, afastada das questões sociais.
D
a angústia da mulher com a morte das baratas pode ser vista como uma crítica ao patriarcado e ao seu domínio violento sobre os seres vulneráveis, tema central na obra de Clarice.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O excerto abaixo, retirado da obra Terra sonâmbula de Mia Couto, é a reprodução do diálogo entre Kindzu e Surendra.

Antoninho, o ajudante, escutava com absurdez. Para ele eu era um traidor da raça, negro fugido das tradições africanas. Passou por entre nós dois, desdelicado provocador, só para mostrar seus desdéns. No passeio, gargalhou-se alto e mau som. Me vieram à lembrança as hienas. Surendra disse, então:

– Não gosto de pretos, Kindzu.
– Como? Então gosta de quem? Dos brancos?
– Também não.
– Já sei: gosta de indianos, gosta da sua raça.
– Não. Eu gosto de homens que não têm raça. É por isso que eu gosto de si, Kindzu.

COUTO, Mia. Terra sonâmbula, São Paulo: Companhia das Letras, 2016. p. 15.


Com base no diálogo transcrito e no enredo do romance, é correto afirmar que

A
a conversa ocorre ainda no início da guerra quando Kindzu havia impedido a destruição da loja do indiano por parte de alguns negros moçambicanos.
B
o romance mostra como o racismo que atravessa a sociedade moçambicana, devastada pelas guerras, é consequência imediata da colonização portuguesa.
C
o romance pretende apresentar os dilemas que geraram os conflitos entre negros e indianos, povos de etnias distintas que lutam pelo território moçambicano.
D
a fala de Surendra revela um desejo radical de convívio harmônico entre os diferentes, capaz de superar noções de identidade baseadas só na raça.
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UFU-MG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No filme Escritores da Liberdade, baseado em fatos verídicos, a atriz Hilary Swank dá vida a uma inexperiente e sonhadora professora de Língua e Literatura Inglesa, Erin Gruwell, que vai lecionar para uma turma "problema" em uma escola de periferia americana. Há uma tensão constante no ar, com latinos e negros se enfrentando, levando para a sala de aula as situações das ruas. São alunos rebeldes, desmotivados, sem esperanças, marginalizados. Para piorar, ela não encontra apoio no corpo docente nem na direção; em vez disso, tem diante de si um universo preconceituoso e resistente. A própria disciplina que ensina a coloca à parte do mundo de seus alunos, que têm sua "própria língua". Como vencer essas barreiras?
Obstinada, Erin não desanima e, lançando mão de métodos nada convencionais, aos poucos acaba conquistando um a um, até chegarem ao ápice do lançamento do livro Diário dos Escritores da Liberdade, publicado em 1999, com textos marcados pelas histórias de vida sofridas, mas que despertaram nos estudantes uma visão diferente de suas possibilidades e de como enxergar o outro, antes inimigo, mas com angústias e desejos tão parecidos.
Erin buscou inicialmente conhecer seus alunos, saber de seus medos, seus sonhos, seus entraves. Relacionando o que colhia aqui e ali das várias trajetórias, levou para a sala de aula um livro que chamou a atenção justamente pelo sofrimento da autora: O Diário de Anne Frank. Os horrores do Holocausto calaram fundo nas mentes daqueles jovens, e sua leitura foi o estopim para que pudessem enxergar além de suas vivências.

Conhecimento Prático Língua Portuguesa, ano 8, ed. 69, fevereiro/março, 2018. p. 26.

De acordo com o texto, assinale a alternativa correta.

A
Em “A própria disciplina que ensina a coloca à parte do mundo de seus alunos [...]” e “Há uma tensão constante no ar, com latinos e negros se enfrentando [..]” as orações em destaque apresentam a mesma relação semântica com as orações anteriores.
B
Em “A própria disciplina que ensina a coloca à parte do mundo de seus alunos [...]” e “Há uma tensão constante no ar, com latinos e negros se enfrentando [..]” as orações em destaque apresentam a mesma relação semântica com as orações anteriores.
C
O emprego das aspas em “problema” e “própria língua” objetiva chamar a atenção para a acepção equivocada do termo, no contexto em que foi empregado.
D
O emprego do pretérito no último parágrafo objetiva expressar ideia de continuidade e de duração no tempo.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

A temporalidade é um elemento essencial ao gênero narrativo. Sobre a representação do tempo no romance Quincas Borba, de Machado de Assis, assinale a alternativa INCORRETA.

A
A narrativa não segue uma linearidade temporal exata, ocorrendo algumas idas e vindas entre os diferentes momentos da vida de Rubião.
B
A obra começa num momento avançado da ação, para depois voltar ao início dos acontecimentos, procedimento conhecido como in media res.
C
O narrador em terceira pessoa é que define a ordem da narração dos acontecimentos, combinando tempo cronológico e tempo psicológico.
D
Para melhor compreender a trajetória do protagonista Murilo Rubião, a obra retoma parte da infância do professor, na cidade de Barbacena.
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UFU-MG 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O romance Terra Sonâmbula, de Mia Couto, é uma das mais importantes obras da literatura moçambicana após a independência do país. Sobre a elaboração dessa trama narrativa, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Mesmo em se tratando de uma guerra, a obra não apresenta tom épico, pois não há ênfase nas cenas de batalha, estando o foco nos efeitos devastadores da guerra.
B
O romance se compõe de múltiplas narrativas que se cruzam na obra; o próprio ato de narrar aparece como essencial ao ato de permanecer vivo.
C
A combinação entre a tradição oral moçambicana e a tradição literária, de origem europeia, ocorre sempre de modo tenso, mostrando a distância entre elas.
D
A obra pode ser vista como narrativa de viagem, porém, em vários momentos, o deslocamento experimentado é mais temporal e psicológico do que espacial.
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UFU-MG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tocar no assunto remete a um Fla-Flu ou a Corinthians x Palmeiras em final de campeonato. De um lado, empedernidos, os defensores do livro impresso, trazendo-os junto ao peito, capas veneradas, metendo o nariz entre suas páginas, sentindo o cheirinho inebriante, degustando o prazer de abrir a primeira página, para em seguida fechá-lo novamente, mais alguns instantes admirando aquela obra de arte.
Do outro, os descolados e seus tablets e e-readers atraentes, com mil e uma funções, permitindo que o usuário, além de carregar consigo uma biblioteca que cabe na mochila ou no bolso, interaja em suas redes sociais enquanto faz um download do livro comprado há dois minutos em uma livraria digital.
Haverá aqueles que dirão que não é mais a mesma história, que os cinemas de rua morreram, que não há mais matinês como as da sua infância. Nostalgias à parte, a convivência entre as diversas linguagens é saudável e dá o tom aos novos tempos. E-books e livros em papel convivem harmoniosamente na bolsa de muita gente.
É o caso da produtora de eventos Caren Bianco, que se mudou para a Itália e não tinha como levar sua biblioteca a tiracolo. "Em um primeiro momento, senti um verdadeiro pavor. Leio muito e uso bastante a internet, porém não era consumidora de leitura digital de livros e revistas. Mas não tinha solução. Se eu quisesse ler, principalmente em português, teria de optar pelo e-book. Confesso que ainda prefiro o livro em papel, localizo melhor trechos que quero reler nesse formato, mas também confesso que é muito prático carregar as minhas obras preferidas para todo canto e lugar", pondera.
Os dois modelos carregam vantagens e desvantagens. Se um, por seu lado, nos remete a um mundo muito particular só de tocá-lo ou cheirá-lo, o outro traz a possibilidade de ser acessado com poucos cliques. Se um, porém, pesa no transporte de lá para cá, o outro cansa a vista com sua luminosidade. Mas podem conviver harmoniosamente,

Conhecimento Prático Língua Portuguesa, ano 8, ed. 69, fevereiro/março, 2018. p. 23-25. (Adaptado)


Com base nas relações que ocorrem entre os elementos internos ao texto, analise as afirmativas.

I. Em “Tocar no assunto remete a um Fla-Flu ou a Corinthians x Palmeiras em final de campeonato.”, a forma verbal em destaque apresenta um processo verbal em si mesmo, sem qualquer noção de tempo ou modo, mas relacionado a um ser.
II. No quarto parágrafo, o discurso relatado cumpre, primordialmente, o papel de sustentar a tese de que há convivência harmoniosa entre e-books e livros.
III. Em “Haverá aqueles que dirão que não é mais a mesma história [...]”, as formas verbais em destaque indicam essencialmente posterioridade em relação ao momento da enunciação. IV. Em “Se um, porém, pesa no transporte de para , o outro cansa a vista com sua luminosidade.”, os termos em destaque se referem à Itália e ao Brasil.

Assinale a alternativa que contém somente as afirmativas corretas.

A
I e IV.
B
I e II.
C
III e IV.
D
II e III.