Questõesde PUC - SP 2017

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Foram encontradas 149 questões
f151d171-f9
PUC - SP 2017 - Física - Oscilação e Ondas, Dinâmica, Trabalho e Energia, Energia Mecânica e sua Conservação, Movimento Harmônico

• Uma esfera de massa 1000g encontra-se em equilíbrio estático quando suspensa por uma mola ideal que está presa, por uma de suas extremidades, ao teto de um elevador que executa um movimento de ascensão com velocidade constante de módulo 2m.s-1. Quando o botão de emergência é acionado, o elevador para subitamente e, então, o sistema mola+esfera passa a oscilar em MHS com amplitude de 10cm. Determine, em unidades do SI, a constante elástica da mola. Despreze a resistência do ar durante a oscilação.

Adote: √20 = 4,5



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
425
B
450
C
475
D
500
f14eabf3-f9
PUC - SP 2017 - Física - Estática e Hidrostática, Hidrostática

• Uma pessoa de massa M pratica mergulho nas águas tranquilas do mar, com seu corpo totalmente submerso e em repouso, porém próximo à superfície. Depois de um certo tempo ela retorna ao barco, quando seu corpo, já totalmente fora da água, fica submetido a um empuxo de aproximadamente 1,2N. Determine, em unidades do SI, a massa aproximada dessa pessoa.

Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
70
B
85
C
100
D
120
f149fafd-f9
PUC - SP 2017 - Física - Oscilação e Ondas, Movimento Harmônico

• Duas fontes harmônicas simples produzem pulsos transversais em cada uma das extremidades de um fio de comprimento 125cm, homogêneo e de secção constante, de massa igual a 200g e que está tracionado com uma força de 64N. Uma das fontes produz seu pulso Δt segundos após o pulso produzido pela outra fonte. Considerando que o primeiro encontro desses pulsos se dá a 25cm de uma das extremidades dessa corda, determine, em milissegundos, o valor de Δt.



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
37,5
B
75,0
C
375,0
D
750,0
f1425e74-f9
PUC - SP 2017 - Física - 2ª Lei da Termodinâmica - Ciclo de Carnot e Máquinas Térmicas, Transformações Gasosas, Física Térmica - Termologia, Gás Ideal, 1ª Lei da Termodinâmica

• O diagrama abaixo mostra um ciclo realizado por 1 mol de um gás monoatômico ideal. Determine, em porcentagem, o rendimento de uma máquina de Carnot que operasse entre as mesmas fontes térmicas desse ciclo.



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
24
B
35
C
65
D
76
f131a710-f9
PUC - SP 2017 - Física - Fundamentos da Cinemática, Estática e Hidrostática, Calorimetria, Cinemática, Física Térmica - Termologia, Estática - Momento da Força/Equilíbrio e Alavancas, Vetores, Grandezas e Unidades, Conteúdos Básicos, Hidrostática

Dentre as afirmações abaixo, assinale a correta:

Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
Se, para um dado intervalo de tempo, a velocidade média de uma partícula resulta nula, é porque essa partícula permaneceu em repouso durante esse intervalo de tempo.
B
As grandezas físicas velocidade, aceleração, quantidade de movimento e trabalho de uma força são vetoriais.
C
Para um corpo que se desloca ao longo de uma trajetória retilínea, não estando o referencial adotado localizado sobre essa trajetória, os vetores posição e velocidade, para o referido corpo, terão direções paralelas.
D
Um corpo, cujo módulo da velocidade é constante, poderá ter aceleração não nula.
f13e3f9a-f9
PUC - SP 2017 - Física - Calorimetria, Física Térmica - Termologia, 1ª Lei da Termodinâmica

• Os filtros de “barro”, na verdade não são de barro, mas sim de cerâmica à base de argila. Esses filtros possuem pequenos poros que permitem a passagem lenta da água, do reservatório para a superfície externa, ocorrendo então a transformação da água do estado líquido para o estado de vapor. Essa transformação ocorre a partir do calor que a água da superfície externa absorve do filtro e da água em seu interior. A retirada do calor diminui gradualmente a temperatura da água que está dentro do filtro, tornando-a agradável para consumo.

Num dia de temperatura muito elevada e umidade do ar muito baixa, uma dona de casa enche com água seu filtro cerâmico à base de argila, que estava totalmente vazio, até a capacidade máxima de 6 litros. Decorrido certo intervalo de tempo, verifica-se que houve uma diminuição no volume total, devido à passagem de m gramas de água pelos poros da parede do filtro para o meio externo. Como consequência, ocorreu uma variação de temperatura de 5 kelvin na massa de água restante. Nessas condições, determine a massa de água m, aproximada, em gramas, que evaporou.



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
11
B
55
C
66
D
108
f13b2f09-f9
PUC - SP 2017 - Física - Eletrodinâmica - Corrente Elétrica, Física Moderna, Física Atômica e Nuclear, Eletricidade

• Um átomo de hidrogênio gasoso, no seu estado fundamental, tem energia de -13,6eV. Determine a energia necessária, em eV (elétron-volt), que ele deve absorver para que sofra uma transição para o próximo estado de excitação permitido pelo modelo atômico de Bohr.



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
-3,4
B
-17,0
C
17,0
D
10,2
f1367a23-f9
PUC - SP 2017 - Física - Oscilação e Ondas, Ondas e Propriedades Ondulatórias

Radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB em inglês), predição da teoria do Big Bang, é uma forma de radiação eletromagnética que preenche todo o universo, cuja descoberta experimental se deve a Arno Penzias e Robert Wilson. Em qualquer posição do céu, o espectro da radiação de fundo é muito próximo ao de um corpo negro ideal, cujo espectro tem uma frequência de pico de 160 GHz. Considerando a CMB distribuída isotropicamente pelo Universo, com velocidade de propagação de 3x105 km.s-1, determine o número inteiro aproximado de ondas dessa radiação por centímetro linear do Universo.



Quando necessário, adote:

• módulo da aceleração da gravidade: 10 m.s-2

• calor latente de vaporização da água: 540 cal.g-1

• calor específico da água: 1,0 cal.g-1. °C-1

• densidade da água: 1 g.cm-3

• constante universal dos gases ideais: R = 8,0 J.mol-1.K-1

• massa específica do ar: 1,225.10-3 g.cm-3

• massa específica da água do mar: 1,025 g.cm-3

• 1cal = 4,0 J

A
1
B
5
C
7
D
9
f12e5849-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Biomas brasileiros, Ecologia e ciências ambientais

O Brasil é um país que se destaca pela diversidade de ecossistemas. A seguir, estão descritas características de alguns desses ecossistemas.


I – A vegetação caracteriza-se por apresentar tanto espécies de porte herbáceo quanto arbustos e árvores de troncos retorcidos e casca grossa.

II – As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, e as temperaturas são relativamente constantes. Grandes árvores são abundantes e absorvem rapidamente os nutrientes do solo, considerado pobre.

III – A vegetação é constituída por árvores de grande porte, que acompanham a cadeia de montanhas do litoral. O ambiente é úmido, graças aos ventos que carregam umidade do mar e a condensam na forma de chuva e nevoeiros ao subir as montanhas.

IV – Ecossistema que apresenta grande biodiversidade e é considerado aquele mais devastado do país. Animais ameaçados de extinção, como o mico-leão e a onça pintada, habitam esse ecossistema.


• Podem ser atribuídas à Mata Atlântica as características identificadas pelos algarismos

A
I e II, apenas.
B
III e IV, apenas.
C
II, III e IV, apenas.
D
I, II, III e IV.
f1266afc-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Anelídeos e Moluscos, Identidade dos seres vivos


• A “casa” que os animais representados na tirinha possuem é fabricada naturalmente

A
pela rádula.
B
pelo clitelo.
C
pelo sifão.
D
pelo manto.
f12b5f1b-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Sistema Digestório Humano, Identidade dos seres vivos

A pancreatite crônica é uma doença que leva à destruição gradativa do pâncreas, o que pode fazer com que ele perca suas funções exócrina e endócrina. No caso de insuficiência exócrina, a pessoa recebe por via oral as enzimas que ela não produz, como A e B. Havendo comprometimento da função endócrina, é necessário receber injeção de C após as refeições.


• O texto acima fica correto se as letras A, B e C forem substituídas, respectivamente, por

A
pepsina, tripsina e insulina.
B
maltase, quimotripsina e glucagon.
C
insulina, glucagon e lipase.
D
amilase, lipase e insulina.
f121519f-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - IST´s e Métodos contraceptivos, Qualidade de vida das populações humanas

Por que os jovens não usam camisinha?

Os jovens estão deixando de usar camisinha. Apesar dos alertas de que o preservativo evita DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) ou gravidez indesejada, diferentes justificativas aparecem e a ausência da camisinha vira hábito. Para ter uma ideia, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 9 em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV, mas mesmo assim, 6 em cada 10 destes adolescentes não usaram preservativo em alguma relação sexual no último ano.

(Fonte: UOL Notícias, 13 fev. 2017)


• Ao não adotarem o método preventivo mencionado no texto, além da AIDS, os jovens aumentam as chances de também contraírem

A
sífilis, gonorreia, herpes e HPV.
B
hepatite C, clamídia, febre amarela e meningite.
C
hepatite B, hidrofobia, sarampo e rubéola.
D
hepatite A, ascaridíase, zika e malária.
f10e9a0b-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Hereditariedade e diversidade da vida

Os camundongos A e B da imagem abaixo são geneticamente idênticos, exceto pelo fato de que um deles tem um gene extra, o gene que codifica o hormônio de crescimento humano, que foi inserido no genoma do animal por técnicas de engenharia genética, no início de seu desenvolvimento.


Considerando as informações fornecidas, analise atentamente as seguintes afirmações.

I – O camundongo B, que recebeu o gene humano, apresenta esse gene apenas nas células glandulares produtoras de hormônio de crescimento.

II – Após ter recebido o gene humano, o camundongo tem possibilidade de transmitir hereditariamente esse gene para sua prole.

III – A modificação descrita fez com que o código genético do camundongo B se tornasse ligeiramente diferente daquele do camundongo A.


• Está correto o que se afirma



A
em I, apenas.
B
em II, apenas.
C
em III, apenas.
D
em II e III, apenas.
f1141d55-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Evolução biológica, Origem e evolução da vida

A diversificação evolutiva é um fenômeno biológico que se encontra refletido na composição molecular dos organismos atuais. A hemoglobina, por exemplo, é uma das moléculas cujas diferenças na composição de aminoácidos são utilizadas para se deduzir relações evolutivas entre espécies. Considere as espécies animais A, B, C, D e E, cujas moléculas de hemoglobina possuam diferenças na composição de aminoácidos. Em relação à hemoglobina da espécie A, as hemoglobinas das espécies B, C, D e E possuem aminoácidos diferentes, respectivamente.


• Sendo assim, assinale o diagrama que melhor representa as relações evolutivas entre essas espécies.

A


B


C


D


f1183496-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Ecologia e ciências ambientais, Cadeias e teias alimentares

• Em um certo ecossistema, roedores e formigas alimentam-se de sementes e, portanto, são potenciais competidores. Porém, enquanto os roedores preferem sementes grandes, as formigas têm predileção por sementes pequenas. Sabe-se, também, que nesse ecossistema as plantas de sementes grandes competem com as plantas de sementes pequenas por recursos do solo, havendo, nessa relação, uma nítida vantagem das primeiras sobre as segundas. Se os roedores forem removidos do ecossistema, espera-se que haja, em longo prazo,

A
redução do número de plantas de sementes grandes.
B
aumento do número de plantas de sementes pequenas.
C
redução do número de formigas.
D
aumento contínuo da população de formigas.
f108220e-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Ciclo Celular, Moléculas, células e tecidos

A figura a seguir ilustra o ciclo celular.

• Na célula somática de um organismo diploide em que , espera-se encontrar



A
moléculas de DNA em G2.
B
10 moléculas de DNA em C e G1.
C
20 moléculas de DNA na metáfase.
D
mais moléculas de DNA em G1 que em S.
f103392b-f9
PUC - SP 2017 - Biologia - Fotossíntese, Moléculas, células e tecidos

O botânico inglês F.F. Blackman notabilizou-se por seus estudos sobre fotossíntese vegetal. Ele mediu os efeitos de diferentes intensidades luminosas, concentrações de CO2 e temperaturas sobre a taxa de fotossíntese. Alguns dos resultados de seus experimentos podem ser visualizados no gráfico a seguir.

• Considerando o gráfico ao lado e os seus conhecimentos sobre esse processo biológico, pode-se concluir que, na fotossíntese,



A
a síntese de carboidratos é um fenômeno que não depende da temperatura.
B
o fator luz é o único responsável pelas variações na taxa fotossintética.
C
ocorrem fenômenos que dependem diretamente da luz e fenômenos independentes da luz.
D
as limitações de CO2 e de temperatura são superadas quando há bastante luz.
f383cb76-b0
PUC - SP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A perspectiva temática comum nos três textos diz respeito

Texto I
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06

A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas. É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos. A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 

Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.

É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.

A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.

Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.

As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.

Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.

O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em: 25 abr. 2018.



Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades

Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoeas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]

A
ao consumismo ser um mal que vem para o bem.
B
à presença da teoria malthusiana, que perdura até os dias atuais.
C
à abundância do consumo e sua conotação positiva
D
às consequências decorrentes de hábitos consumistas.
f373cfd6-b0
PUC - SP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Qual a relação de sentido que os elementos coesivos destacados no texto 3 estabelecem, de acordo com ordem em que são empregados?

Texto I
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06

A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas. É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos. A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 

Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.

É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.

A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.

Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.

As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.

Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.

O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em: 25 abr. 2018.



Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades

Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoeas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]

A
Qual a relação de sentido que os elementos coesivos destacados no texto 3 estabelecem, de acordo com ordem em que são empregados?
B
Exceção, temporalidade, contradição e esclarecimento.
C
Concessão, frequência, oposição e explicação
D
Inclusão, frequência, contraste e temporalidade.
f36e8162-b0
PUC - SP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Parênteses, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No terceiro parágrafo do texto 3, são empregadas as seguinte notações especiais: itálico, aspas e parênteses. Indique, respectivamente, as finalidades de tais usos.

Texto I
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06

A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas. É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos. A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 

Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.

É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.

A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.

Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.

As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.

Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.

O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em: 25 abr. 2018.



Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades

Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoeas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]

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