Questõesde ENEM sobre Variação Linguística

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Foram encontradas 36 questões
7aec58f2-2d
ENEM 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis anos são uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.

Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma história a um guarda-chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória, recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco. Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.

PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.


No texto, observa-se o uso característico do português de Portugal, marcadamente diferente do uso do português do Brasil. O trecho que confirma essa afirmação é:

A
“Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu.”
B
“Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.”
C
“Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.”
D
“Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra.”
E
“O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra.”
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ENEM 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da noite anterior, saí a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconchego do calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso “Bom dia!”, de um vaporoso aperto de mãos nas apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Adão para tratamento das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas.

GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado).


A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da

A
localização dos eventos de fala no tempo ficcional.
B
composição da verossimilhança do ambiente retratado.
C
restrição do papel do narrador à observação das cenas relatadas.
D
construção mística das personagens femininas pelo autor do texto.
E
caracterização das preferências linguísticas da personagem masculina.
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ENEM 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Zé Araújo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram a chegar que uma mulher tinha se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas jurou e não cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim você mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juras, depois esquece.

O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo fechava os olhos e soltava a voz:

Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor./ Seus olhos eram circúnvagos/ Do romantismo azul dos lagos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/ E os pés muito pequenos./ Enfím eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus.

CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo. São Paulo: Arx, 2006 (adaptado).


O comentário do narrador do romance “[...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena” relaciona-se ao fato de que essa valsa é representativa de uma variedade linguística

A
detentora de grande prestígio social.
B
específica da modalidade oral da língua.
C
previsível para o contexto social da narrativa.
D
constituída de construções sintáticas complexas.
E
valorizadora do conteúdo em detrimento da forma.
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ENEM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Da corrida de submarino à festa de aniversário no trem

Leitores fazem sugestões

para o Museu das Invenções Cariocas

“Falar ‘caraca!' a cada surpresa ou acontecimento que vemos, bons ou ruins, é invenção do carioca, como também o ‘vacilão'.”

“Cariocas inventam um vocabulário próprio”. “Dizer ‘merrmão' e ‘é merrmo' para um amigo pode até doer um pouco no ouvido, mas é tipicamente carioca.”

“Pedir um ‘choro' ao garçom é invenção carioca.”

“Chamar um quase desconhecido de ‘querido' é um carinho inventado pelo carioca para tratar bem quem ainda não se conhece direito.”

“O ‘ele é um querido' é uma forma mais feminina de elogiar quem já é conhecido.”

SANTOS, J. F Disponível em: www.oglobo.globo.com. Acesso em: 6 mar. 2013 (adaptado).

Entre as sugestões apresentadas para o Museu das Invenções Cariocas, destaca-se o variado repertório linguístico empregado pelos falantes cariocas nas diferentes situações específicas de uso social. A respeito desse repertório, atesta-se o(a)

A
desobediência à norma-padrão, requerida em ambientes urbanos.
B
inadequação linguística das expressões cariocas às situações sociais apresentadas.
C
reconhecimento da variação linguística, segundo o grau de escolaridade dos falantes.
D
identificação de usos linguísticos próprios da tradição cultural carioca.
E
variabilidade no linguajar carioca em razão da faixa etária dos falantes.
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ENEM 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

O Texto I é a transcrição de uma entrevista concedida por uma professora de português a um programa de rádio. O Texto II é a adaptação dessa entrevista para a modalidade escrita. Em comum, esses textos

TEXTO I

      Entrevistadora— eu vou conversar aqui com a professora A. D. ... o português então não é uma língua difícil?

      Professora — olha se você parte do princípio... que a língua portuguesa não é só regras gramaticais. não se você se apaixona pela língua que você . já domina que você já fala ao chegar na escola se o teu professor cativa você a ler obras da literatura. obras da/ dos meios de comunicação. se você tem acesso a revistas. é... a livros didáticos. a... livros de literatura o mais formal o e/ o difícil é porque a escola transforma como eu já disse as aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.


TEXTO II

      Entrevistadora — Vou conversar com a professora A. D. O português é uma língua difícil?

      Professora — Não, se você parte do princípio que a língua portuguesa não é só regras gramaticais. Ao chegar à escola, o aluno já domina e fala a língua. Se o professor motivá-lo a ler obras literárias, e se tem acesso a revistas, a livros didáticos, você se apaixona pela língua. O que torna difícil é que a escola transforma as aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.

MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001 (adaptado).

A
apresentam ocorrências de hesitações e reformulações.
B
são modelos de emprego de regras gramaticais.
C
são exemplos de uso não planejado da língua.
D
apresentam marcas da linguagem literária.
E
são amostras do português culto urbano.
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ENEM 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Assum preto

Tudo em vorta é só beleza
Sol de abril e a mata em frô
Mas assum preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor

Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do assum preto
Pra ele assim, ai, cantá mió

Assum preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil veiz a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento)

As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra a

A
pronúncia das palavras “vorta" e “veve".
B
pronúncia das palavras “tarvez" e “sorto".
C
flexão verbal encontrada em “furaro" e “cantá".
D
redundância nas expressões “cego dos óio" e “mata em frô".
E
pronúncia das palavras “ignorança" e “avuá".
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ENEM 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Essa pequena

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena

CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012.

O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador, trabalhada em uma linguagem informal, comum na música popular. Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente no texto, o uso de

A
palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inusitado no português.
B
expressões populares, que reforçam a proximidade entre o autor e o leitor.
C
palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
D
formas pronominais em primeira pessoa.
E
repetições sonoras no final dos versos.
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ENEM 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir do século XIX é um dos traços que distinguem o português do Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família real portuguesa (1808) e, particularmente, com a Independência, Portugal deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas.

ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006.

Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na constituição do português do Brasil porque

A
deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imigração.
B
transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as indígenas e as europeias.
C
promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena e o europeu.
D
guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do Brasil e os do português de Portugal.
E
tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países que também tiveram colonização portuguesa.
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ENEM 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Óia eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo para xaxar

Vou mostrar pr'esses cabras
Que eu ainda dou no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levar
Que eu aqui de novo cantando
Que eu aqui de novo xaxando
Óia eu aqui de novo mostrando
Como se deve xaxar

Vem cá morena linda
Vestida de chita
Você é a mais bonita
Desse meu lugar V
ai, chama Maria, chama Luzia
Vai, chama Zabé, chama Raque
Diz que eu tou aqui com alegria

BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento).

A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é:

A
“Isso é um desaforo”.
B
“Diz que eu tou aqui com alegria”
C
“Vou mostrar pr'esses cabras”.
D
“Vai, chama Maria, chama Luzia”
E
“Vem cá morena linda, vestida de chita”.
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ENEM 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

eu acho um fato interessante... né... foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer... né... que... minha mãe morava no Piauí com toda família... né... meu... meu avô... materno no caso... era maquinista... ele sofreu um acidente... infelizmente morreu... minha mãe tinha cinco anos... né... e o irmão mais velho dela... meu padrinho... tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar... foi trabalhar no banco... e... ele foi... o banco... no caso... estava... com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum local mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o... o... escrivão entendeu Paraíba... né... e meu... e minha família veio parar em Mossoró que era exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai... né... e começaram a se conhecer... namoraram onze anos... né... pararam algum tempo... brigaram... é lógico... porque todo relacionamento tem uma briga... né... e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível... né... como vieram a se conhecer... namoraram e hoje... e até hoje estão juntos... dezessete anos de casados...

CUNHA, M. A. F. (Org.) . Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade do Natal. Natal: EdUFRN, 1998.

Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um(a)

A
índice de baixa escolaridade do falante.
B
estratégia típica de manutenção da interação oral.
C
marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
D
manifestação característica da fala regional nordestina.
E
recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
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ENEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo"

Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos.

Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:

— Homem livre no futeboi só conheço um: o Afonsinho. Esíe sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais O resto é conversa.

Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o At leta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.

Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.

ANDREUGCI, R.
Disponivef em: http://carosamigos.terra.com.br.
Acesso em: 19 ago. 2011.
A
“[...] o Atleta do Século acertou."
B
"O Rei respondeu sem titubear [...]"
C
“E provavelmente acertaria novamente hoje."
D
"Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira v e z [...]
E
"Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano.”
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ENEM 2012 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

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Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é

A
predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
B
vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
C
realização do plural conforme as regras da tradição gramatical.
D
ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
E
presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
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ENEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

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As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre avô e neto neste texto é

A
a opção pelo emprego da forma verbal “era” em lugar de “foi”.
B
a ausência de artigo antes da palavra “árvore”.
C
o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal “está”.
D
o uso da contração “desse” em lugar da expressão “de esse”.
E
a utilização do pronome “que” em início de frase exclamativa.
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ENEM 2008 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

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Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.

A
“Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”
B
“E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
C
“Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”
D
“...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”
E
“mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, onde um dragão...”
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ENEM 2007 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

No texto II, verifica-se que o autor utiliza

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A
linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composição de Vidas Secas, a relação entre o escritor e o personagem popular.
B
linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
C
linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma história que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca.
D
linguagem formal com recursos retóricos próprios do texto literário em prosa, para analisar determinado momento da literatura brasileira.
E
linguagem regionalista, para transmitir informações sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o entendimento do texto.
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ENEM 2006 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

No romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, o vaqueiro Fabiano encontra-se com o patrão para receber o salário. Eis parte da cena: No fragmento transcrito, o padrão formal da linguagem convive com marcas de regionalismo e de coloquialismo no vocabulário. Pertence à variedade do padrão formal da linguagem o seguinte trecho:

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A
“Não se conformou: devia haver engano” (l.1).
B
“e Fabiano perdeu os estribos” (l.3).
C
“Passar a vida inteira assim no toco” (l.4).
D
“entregando o que era dele de mão beijada!” (l.4-5).
E
“Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou” (l.11).
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ENEM 2006 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

No poema, a referência à variedade padrão da língua está expressa no seguinte trecho:

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A
“A linguagem / na ponta da língua” ( .1 e 2).
B
“A linguagem / na superfície estrelada de letras” (v.5 e 6).
C
“[a língua] em que pedia para ir lá fora” ( .14).
D
“[a língua] em que levava e dava pontapé” (v.15).
E
“[a língua] do namoro com a priminha” (v.17).
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ENEM 2006 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em

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A
situações formais e informais.
B
diferentes regiões do país.
C
escolas literárias distintas.
D
textos técnicos e poéticos.
E
diferentes épocas.