Questõessobre Uso dos dois-pontos

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e0d1fcdd-7a
USS 2022 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação

“Resultado: estava sempre chegando atrasado ao emprego, o que lhe valera não poucas repreensões do chefe.” (l. 3-4)

“ele reconhecia, necessária: espantava completamente seu sono.” (l. 8-9)


Nos trechos em destaque, as expressões apresentadas após os dois-pontos assumem valor, respectivamente, de:

A
conclusão/oposição
B
retificação/confirmação
C
comparação/ponderação
D
consequência/explicação
a852efa1-02
UEG 2017 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação

Considere o trecho a seguir.

“De maneira crescente, a identificação do consumidor passa pelo seu perfil: uma série de dados sobre sua condição socioeconômica, seus hábitos e suas preferências de consumo” (linhas 16 e 17).

No trecho citado, o sinal de dois pontos tem como função introduzir

Leia com atenção o texto a seguir para responder à questão.


SIBILIA, Paula. O homem pós-orgânico: a alquimia dos corpos e das almas à luz das tecnologias digitais. 2. ed. Rio de Janeiro:
Contraponto, 2015. p. 34-36. (Adaptado). 
A
a explicação de um termo.
B
uma sequência de discurso direto.
C
um elemento que expressa finalidade.
D
a enumeração de uma lista de objetos.
E
uma síntese do trecho anterior.
8460eeb5-06
UFRGS 2016 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso do ponto e vírgula, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Uso da Vírgula

Considere o trecho abaixo, extraído do texto, e as três propostas de reescrita para ele.

Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, já contava com mais de 20 milhões de habitantes, enquanto o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. (l. 19-23)

I - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.
II - Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa. Por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas; a França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.
III- Na época, a França era de longe o país mais populoso da Europa: por volta de 1700, o Reino Unido tinha pouco mais de 8 milhões de pessoas. A França, entretanto, já contava com mais de 20 milhões de habitantes.

Quais estão corretas e preservam o sentido do trecho original?


A
Apenas I.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas I e III.
E
I, II e III.
20c6e83b-fe
ABEPRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Pronomes pessoais retos, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Considere os trechos abaixo extraídos do texto:

1. Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. (1°  parágrafo)
2. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente. (2°  parágrafo)
3. Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. (3°  parágrafo)

Assinale a alternativa correta.

De Newton à Nature


Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. Copérnico, Galileu e Newton, por exemplo, escreviam livros técnicos, relatando suas experiências e resultados. Com o tempo, a divulgação passou a acontecer menos por livros e mais por artigos científicos – peças curtas, publicadas em revistas e periódicos especializados.


As primeiras revistas científicas, lá no século XVIII, não tinham fins lucrativos. Mas com o aumento dos investimentos públicos nos laboratórios, a partir da década de 1950, as universidades passaram a ter muito mais pesquisadores. São todos funcionários com carteira assinada, que precisam mostrar serviço – e que recebem avaliações de desempenho. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente.


Pois bem. Os cientistas não querem lucro, só divulgação. Então entregam o material de graça. Na outra ponta da equação, há as universidades, que não têm outra opção a não ser pagar o que as editoras pedem para ter acesso às pesquisas mais importantes (afinal, um pesquisador só consegue trabalhar se puder ler o trabalho de outros pesquisadores). Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. Criaram-se grifes da ciência: periódicos muito seletivos, que só publicam a nata das pesquisas. Sair em títulos como Cell, Nature ou Science dá visibilidade e é bom para a carreira dos cientistas.


“Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier no Brasil. “Ela inibe a disseminação de informações equivocadas e colabora com a distribuição da pesquisa de qualidade.” De fato, os padrões de excelência da Elsevier e de outras editoras de peso continuam altos. Mas o sistema causa distorções. “Um Newton da vida, que passava a vida toda trabalhando e publicava pouco, não teria chance no século XXI”, diz Fernando Reinach, ex-biólogo da USP.


VOIANO, B. A máquina que trava a ciência. Superinteressante. ed. 383, dez/2017. p. 40-41. [Adaptado]

A
Em 1 e 3, o pronome “você” faz referência direta a um determinado leitor do texto, tomado especificamente como interlocutor, em uma interação dialógica explícita entre a primeira e a segunda pessoa do discurso.
B
Em 2, as expressões “suposto” e “em teoria” intensificam o grau de assertividade das afirmações em cujo escopo se encontram.
C
Em 2, os dois critérios mencionados são de natureza quantitativa e qualitativa, respectivamente.
D
Em 2 e 3, o sinal de dois-pontos é usado para introduzir uma enumeração, em cada uma das ocorrências.
E
Em 3, “dono da editora de periódicos científicos” funciona como aposto explicativo, que esclarece a referência pronominal precedente.
2b1de2a6-f8
UFRGS 2019 - Português - Parênteses, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Uso da Vírgula

Na coluna da esquerda, abaixo, estão listados sinais de pontuação e marcações gráficas; na da direita, o sentido ou a função que expressam no contexto em que ocorrem.

Associe corretamente a coluna da direita à da esquerda.

( ) vírgula (l. 01) 1 - Permite inserir enumerações.
( ) vírgula (l. 09) 2 - Permite inserir um comentário elucidativo.
( ) dois-pontos (l. 50) 3 - Permite realçar a inserção de termo técnico.
( ) parênteses (l. 66-68) 4 - Permite inserir um aposto.
5 -Permite deslocar um adjunto.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

Instrução: A questão está relacionada ao texto abaixo.  

Adaptado de: KENEDY, E. Curso básico de linguística
gerativa. São Paulo: Contexto, 2013. p. 79-80.
A
5 -4 -3 -2.
B
1 - 5 - 3 - 2.
C
4 - 1 - 3 - 2.
D
5 - 4 - 2 - 4.
E
4 -2 -4 - 3.
6264c494-8e
CEDERJ 2020 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

"Quando falo de humanidade não estou falando só Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos baleia, tiramos barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele.”

As expressões introduzidas pelos dois-pontos estabelecem com o trecho anterior uma relação de:

NÃO SE COME DINHEIRO
Ailton Krenak

     Quando falo de humanidade não estou falando só Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos a baleia, tiramos barbatanas de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além da matança de todos os outros humanos que nós achamos que não tinham nada, que estavam aí só para nos suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade - que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições -, foram devastando tudo ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são as sub-humanidades. Não são só os caiçaras, quilombolas e os povos indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar. Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando no percurso tudo o que não interessa; o que sobra, a sub-humanidade - alguns de nós fazemos parte dela.
     É incrível que esse vírus que está aí agora esteja atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do organismo da Terra (...) dizer: "Respirem agora, eu quero ver.” [...] Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar poralguns minutos, nós morremos. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal humanidade: se extingue com a mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é a declaração da Terra.
     E, se nós não estamos com nada, deveríamos ter contato com a experiência de estar vivos para além dos aparatos tecnológicos que podemos inventar. A ideia da economia, por exemplo, essa coisa invisível a não ser por aquele emblema de cifrão. Pode ser uma ficção afirmar que se a economia não estiver funcionando plenamente nós morremos. Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do banco central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, qual economia deles. Ninguém come dinheiro.
     Hoje de manhã eu vi um indígena norte-americano do conselho dos anciãos do povo lakota falar sobre o coronavírus. É um homem de uns setenta e poucos anos, chamado Wakya Um Manee, também conhecido como Vernon Foster.
(Vernon, que é um típico nome americano, pois quando os colonos chegaram na América, além de proibirem as línguas nativas, mudavam os nomes das pessoas.) Pois, repetindo as palavras de um ancestral, ele dizia: "quando o último peixe estiver nas águas e a última árvore for removida da Terra, só então o homem perceberá que ele não é capaz de comer seu dinheiro”.

KRENAK, Ailton. Não se come dinheiro. In: Avida não é útil.
SP: Companhia das Letras, 2020. Adaptado.
A
comparação entre as partes
B
levantamento de hipóteses
C
argumento de autoridade
D
enumeração de fatos
f9e18d7c-6b
ENEM 2020 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano; um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.


Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans, camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e mais divertida. Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura interior.


Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e muito mais alegria.


LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2011.


Nesse texto, há duas ocorrências de dois-pontos. Na primeira, eles anunciam uma enumeração das negociações que podemos fazer conosco. Na segunda, eles introduzem uma

A
opinião sobre o uso de jeans, camiseta e mocassins.
B
explicação sobre a simbologia de sapatos e roupas.
C
conclusão acerca da oposição entre otimismo e realidade.
D
comparação entre ostentação e conforto em termos de vestuário.
E
retomada da ideia de negociação discutida no primeiro parágrafo.
213b71c4-32
UEL 2019 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos dois-pontos, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os recursos de pontuação empregados no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. As aspas, ao marcarem o discurso direto, revelam o grau de formalidade do discurso, próprio de textos opinativos.
II. No trecho “A gente vai trabalhando numa escalada:”, após os dois pontos há uma sequência com efeito de gradação.
III. Em “Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental”, as vírgulas separam um trecho explicativo.
IV. As vírgulas utilizadas no discurso direto do primeiro parágrafo desempenham papel fundamental de enumerar ações.

Assinale a alternativa correta.

Leia o texto a seguir e responda à questão.

Projeto ajuda a interromper ciclo de violência contra mulheres

Em Sergipe, um projeto tem ajudado a interromper o ciclo de violência contra mulheres. Foram 16 anos sofridos em silêncio até que ela resolveu dar um basta. “Quando eu saí de casa, fui para a casa de minha mãe. Ele me ligou, esculhambou de tudo, falou que estava indo para a casa da minha mãe para me bater, para quebrar meus dentes, para fazer o que ele queria. Foi nessa hora que resolvi ir para a delegacia e prestei queixa”, disse a mulher.
A queixa virou um acordo entre o casal. Ao invés de responder a um inquérito, uma vez por semana, o ex-marido frequenta um grupo só para homens. Antes do primeiro empurrão, do tapa, geralmente existe a agressão verbal seguida de ameaça. Os homens que foram denunciados por esse tipo de agressão estão no grupo para aprender a enxergar a mulher com outros olhos, com respeito. Uma mudança de comportamento que fez romper o ciclo da violência doméstica. 
“A ideia do grupo é uma mudança de atitude, de comportamento, mesmo que você não concorde. Está na lei”, diz a psicóloga aos homens. Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental. “Quando eles chegam ao grupo, a gente tem que sensibilizá-los de que aquilo que eles fizeram é algo que é uma agressão ao outro”, disse.
A cada encontro, novas descobertas. Um homem que sequer admitia que era agressor está na sexta reunião e já mudou de atitude. “Reconheço sim, reconheço que errei com ela. O grupo ajudou muito, graças a Deus”, disse. Mas se ele voltar a ser violento, não tem acordo.
“A gente vai trabalhando numa escalada: para os crimes mais simples, oferecendo a mediação. Houve descumprimento, a gente vai para investigação com medida protetiva. Se ele descumprir, a gente pede a prisão”, disse a delegada Ana Carolina Machado Jorge.
O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Sergipe com a prefeitura e delegacia da cidade de Lagarto. Começou há seis anos e, nesse tempo, foi registrado apenas um caso de feminicídio na cidade. Pelo grupo já passaram mais de 300 homens e muitas foram as lições. “Estou aprendendo várias coisas. Se eu pudesse não errar, voltava para trás”, disse o homem.

Adaptado de: g1.globo.com
A
Somente as afirmativas I e II são corretas
B
Somente as afirmativas I e IV são corretas.
C
Somente as afirmativas III e IV são corretas
D
Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
E
Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
212a1874-32
UEL 2019 - Português - Uso dos conectivos, Uso dos dois-pontos, Sintaxe, Pontuação

Sobre o trecho “E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra”, assinale a alternativa que substitui, corretamente, os dois pontos, sem alterar o sentido original.

Leia a crônica a seguir, de Luis Fernando Veríssimo, e responda à questão:

Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando “Não me olhem! Não me olhem!”, só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
VERISSIMO, Luis Fernando. Da Timidez. In: Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 111-112.
A
isto é
B
nesse sentido
C
afinal
D
por conseguinte
E
até que
f7c6e7cc-fc
FUVEST 2019 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação

O Twitter é uma das redes sociais mais importantes no Brasil e no mundo. (...) Um estudo identificou que as fake news são 70% mais propensas a serem retweetadas do que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos pensam, esses robôs não são os grandes responsáveis por disseminar notícias falsas. Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.

Super Interessante, “No Twitter, fake news se espalham 6 vezes mais rápido que notícias verdadeiras”. Maio/2019.


No período “Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.”, os dois‐pontos são utilizados para introduzir uma

A
conclusão.
B
concessão.
C
explicação.
D
contradição.
E
condição.
bca48b26-ff
UEMG 2019 - Português - Uso dos conectivos, Uso dos dois-pontos, Sintaxe, Pontuação

Leia o texto:


Desolado com a possibilidade de extinção da língua portuguesa, deputado apresenta projeto de lei com o objetivo de proibir o uso de palavras de outros idiomas em meios de comunicação, nomes comerciais, documentos oficiais, etc. [...] A identidade das línguas não se esconde nos vocabulários, mas na maneira como eles se articulam. Seus segredos estão em palavras que a maioria dos mortais relega a segundo plano como artigos, preposições, conjunções, ou em processos relacionais como regências, concordâncias, flexões, declinações, sintaxes. Enquanto os fanáticos por computadores conjugarem o anglicismo “escanear” como se fosse “escaneio, escaneias, escaneia...” tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas como “desolado” ou “parlamento”... – a última , um caso particularmente interessante, por nos fornecer uma palavra latina por tabela, sua raiz é latina, mas sua existência se deve aos ingleses. No dia em que começarmos a lidar com respeitáveis palavras de ascendência diretamente romana como “falar” em termos de “eu fala, tu fala, ele fala, nós fala”, aí talvez seja o momento de profetizar a agonia da “última flor de Lácio” [...] O simples fato de determinada comunidade usar ou não determinada expressão contém significado que jamais poderá ser traduzido por outra palavra. Voltando ao nosso apaixonado por computadores, se ele começar a disparar verbos como “escanear”, “printar”, deletar ou congêneres, saberemos de sua condição de info-fanático. Ninguém precisará nos dizer isso. Além de nos informar que vai imprimir ou apagar algo, ele está nos dizendo, também, que se quiser pode estourar o disco rígido de nosso computador sem que notemos. Quando um executivo fala em personal banking, ele não se refere apenas à relação personalizada que a informática permite entre ele e seu banco, informa-nos, também, sobre a tribo à qual pertence [...] A lei contém, portanto, elemento limitador da expressão. Quando pretende se impor a meios de comunicação, o problema torna-se mais grave. Além da redução quantitativa de informações que permite à comunidade, realiza, também, uma redução qualitativa: estabelece que certas categorias de informações simplesmente não podem ser transmitidas. Antigamente isso se chamava censura. (Texto adaptado de: AVELAR, Marcelo Castilho. O idioma está acima do controle das leis. Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 set. 2000. Espetáculo/Opinião, p.4.)


O dois-pontos usado no fragmento “[...] tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas [...]” dá idéia de ________ e pode ser substituído por ________.

Completa corretamente as lacunas:

A
Causa / uma vez que
B
Conseqüência / porque
C
Exemplificação / por isso
D
Explicação / logo
964b318c-e6
Esamc 2016 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Advérbios, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Morfologia, Acentuação Gráfica: acento diferencial, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre a linguagem do trecho a seguir, é correto:


    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais

(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)


    [...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.

    “Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.

    Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.

    [...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.

    Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.

    Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.

    Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]

    Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.

    Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.

    [...]


(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f acebook&utm_campaign=redesabril_super)

A
Pela nova ortografia, em vigor a partir de 2016, “têm” perdeu o acento diferencial.
B
“se aproximam” deveria ser “aproximam-se”, pois os dois pontos repelem o pronome.
C
“dão um caldo” é uma expressão informal, mas adequada ao veículo e ao gênero textual.
D
Embora não caracterizem erro formal, advérbios terminados em “mente”, como “sorrateiramente”, são muito orais.
E
A forma verbal “descansam” traz uma ambiguidade muito interessante, dado o contexto.
2397f0f3-ea
IF Sul Rio-Grandense 2017 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso dos dois-pontos, Pontuação, Uso da Vírgula

Em relação ao emprego dos sinais de pontuação, a informação correta está em que

Disponível em:<http://istoe.com.br/o-acesso-educacao-e-o-ponto-de-partida/> . Acesso em: 20 març. 2017)

A
a vírgula presente na linha 11 poderia ser substituída por um ponto-final sem prejudicar a correção sintática.
B
a expressão por um lado (linha 12) deveria estar isolada por vírgulas, a fim de estabelecer a correção gramatical.
C
os dois-pontos presentes na linha 17 têm por função introduzir uma expressão de caráter enumerativo.
D
as vírgulas que isolam a expressão segundo os especialistas (linha 20) poderiam ser retiradas sem alterar a correção linguística.
04b32a96-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso do ponto e vírgula, Uso dos dois-pontos, Uso das aspas, Pontuação, Uso da Vírgula

O sinal de pontuação usado no texto que tem sua aplicação devidamente justificada é o citado em

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
As aspas que destacam o termo “Exterminador do Futuro” (l. 10) recebem a mesma justificativa das que isolam o período que começa por “É impossível” (l. 15-16) e o que se conclui com “a farinha.” (l. 19).
B
As vírgulas que aparecem na frase “Nessa cultura, o militar, o banqueiro e o especulador valem mais do que o poeta, o filósofo e o santo.” (l. 10-12) foram usadas pela mesma razão.
C
Os dois-pontos depois de “1932” (l. 14) apresentam-se com uma função completamente diferente da que possuem os colocados após a forma verbal “responde” (l. 15).
D
A interrogação presente em “é possível superar ou controlar a violência?” (l. 14-15) expressa dúvida, assim como a que encerra a pergunta “Onde buscar as inspirações para cultura da paz?” (l. 61).
E
O ponto e vírgula existente entre as expressões “hoje globalizada” (l. 38) e “sua lógica” (l. 39) pode ser substituído por um ponto, sem comprometer gramaticalmente o contexto, desde que o possessivo “sua” passe a ser grafado com a consoante inicial maiúscula.
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IF-RS 2016 - Português - Uso do ponto e vírgula, Uso dos dois-pontos, Análise sintática, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula

Sobre pontuação, assinale a alternativa INCORRETA.

A
A vírgula depois de “antiga” (l. 01) justificase por demarcar um objeto indireto que está deslocado de seu lugar original, notadamente após o verbo.
B
Os dois-pontos (l. 01) introduzem a explicação do que vem a ser “subenredo oculto”.
C
As vírgulas após “Zeus” (l. 03) e “grega” (l. 04) estão juntas e servem para demarcar um aposto.
D
O ponto-e-vírgula após “final” (l. 06) poderia ser substituído por vírgula sem que houvesse nenhuma mudança de sentido na oração.
E
Os dois-pontos após “simples” (l. 10), embora auxiliem na compreensão, podem ser dispensados, sem que haja mudança no sentido da frase.
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IF-MT 2017 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Uso dos dois-pontos, Travessão, Pontuação, Uso da Vírgula

Das sentenças abaixo, sobre o uso dos sinais de pontuação, assinale a única sentença CORRETA.

A
As provas de vestibular, visam observar selecionar candidatos para o ingresso no ensino superior.
B
Ser, estar, correr e andar são verbos, regulares, e podem ser conjugados tanto nos tempos do indicativo, como do subjuntivo.
C
A vida corre célere. Vivamos, pois, cada momento.
D
Josefa disse: - Venha, João. E ele lhe respondeu imediatamente que não queria sair, de onde estava.
E
Aplicar, adequadamente, sinais de pontuação, colabora para a compreensão do texto.
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UFC 2011 - Português - Uso dos dois-pontos, Conjunções: Relação de causa e consequência, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula

Na frase: A natureza deveria cooperar: os homens envelhecem de modo diferente. Os dois pontos poderiam ser substituídos por vírgula, se estabelecermos o nexo entre as orações pela conjunção:

A
portanto.
B
embora.
C
conforme.
D
pois.
E
e.
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MACKENZIE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Interjeições, Uso dos conectivos, Uso dos dois-pontos, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta.

A
No texto I, os dois pontos (linha 01) introduzem uma sequência linguística que se relaciona com a anterior estabelecendo uma relação de oposição.
B
No texto I, a expressão puxa (linha 03) indicia a presença de um tom de informalidade, uma vez que tem valor de interjeição.
C
No texto I, a pergunta E o que tem a ver com o amor? (linhas 10 e 11) é na verdade retórica, prescindindo, assim, de uma resposta de fato, como se evidencia na sequência do texto.
D
No texto II, a partícula até (linha 04) denota a delimitação de um limite temporal relacionado à ideia central do fragmento.
E
No texto II, a expressão Se fosse leve (linha 04) relaciona-se com o fragmento que lhe é posterior, estabelecendo ideia de causalidade.
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Inatel 2019 - Português - Uso dos dois-pontos, Pontuação

Falem o que quiserem os otimistas: a vida é uma coisa amarga.


Os dois pontos representam a seguinte relação de ideias:

Texto I

Maio Amarelo: 5 Pilares da ONU que Explicam a Importância da Busca Pela Segurança no Trânsito

Quando chega o mês de maio, os olhos do mundo se voltam para o Maio Amarelo, movimento que busca chamar a atenção para o alto índice de mortos e feridos no trânsito.
Neste ano, o tema do movimento é “No trânsito, o sentido é a vida”, buscando estimular condutores, ciclistas e pedestres a optarem por um trânsito mais seguro.
Além disso, apresenta o lema “Me ouça”, proposta que tem por fim incentivar os adultos a ouvirem os conselhos dados pelas crianças e, assim, absorverem, sem filtros, o que é certo ou errado.
De acordo com o site do movimento, que é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil, ao todo, 27 países apoiam a campanha atualmente, incluindo, é claro, o Brasil.
Ainda sobre o Maio Amarelo, sua criação esta atrelada à campanha Década de Ação para a Segurança no Trânsito, decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 11 de maio de 2011.
O amarelo foi a cor escolhida para representar o movimento porque, na sinalização de trânsito, serve para chamar a atenção dos condutores para o que acontece a sua volta.
Este ano, o Maio Amarelo chega a sua sexta edição, desejando que a sociedade se envolva mais nas ações educativas realizadas pelo mundo e, assim, reflita sobre a mobilidade urbana.
No Brasil, o movimento tem o apoio da Associação Nacional de DETRANS (AND) e do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), sendo mais uma tentativa para que o número de infrações de trânsito, que ocasionam ferimentos graves e muitas vezes levam à morte, diminua em nosso país.
(doutormultas.com.br) 


Texto II


Plano de Ação Global da ONU e a Busca Pela Segurança no Trânsito


Em 2011, a ONU propôs uma união mundial pela busca de um trânsito mais seguro. O movimento Maio Amarelo busca juntar forças à ONU que, há oito anos, propôs ao mundo uma tarefa bastante difícil: diminuir o número de vidas perdidas em decorrência de acidentes de trânsito.
A Global Plan for the decade of action for Road Safety (Década de Ação para Segurança Viária), Plano de Ação Global da ONU, propôs que, até o ano de 2020, os governos de todo o mundo desenvolvam planos nacionais para a Década, como um complemento das demais ações educativas para o trânsito que acontecem pelo mundo.
De acordo com a ONU, acidentes de trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano, sendo que a maior parte desses acidentes acontece em países populosos, como o Brasil, a China e a Índia.
Além disso, esses países estão entre os que mais têm vítimas no trânsito porque os serviços de emergência disponíveis não são capazes de atender de forma adequada os feridos, já que as condições oferecidas não são capazes de proporcionar bons atendimentos.
Ao propor a Década, a ONU informou que o problema da acidentalidade no trânsito é grande demais para ser solucionado de forma isolada por apenas uma entidade, órgão ou autoridade.
Com isso, a organização reforça, a cada ano, o convite, para que o número de acidentes continue a diminuir e, ao final do prazo (2020), o trânsito seja um lugar mais seguro em todos os cantos do mundo.
A meta, que é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito, é orientada a partir de cinco pilares básicos, propostos pela Organização.
Veja abaixo quais são e como eles são capazes de reduzir esses números.
1. Gestão da segurança no trânsito
Com este pilar, a ONU visa incentivar, nos países, a criação de parcerias para que o desenvolvimento e a elaboração de estratégias nacionais de segurança no trânsito sejam realizados, assim como planos de ações.
O órgão acredita que, ao coletar dados referentes ao trânsito em seus territórios, os países conseguirão desenvolver também estudos para que a avaliação e as concepções de medidas que consigam reduzir o número de acidentes de trânsito tenham sua eficácia.
A ONU também indicou que os países estabelecessem uma agência nacional, na qual grupos de coordenação e desenvolvimento de trabalhos devem ser desenvolvidos.
Ainda neste pilar, a ONU recomenda, aos países definidos, objetivos realistas a longo prazo, instalando e mantendo os sistemas de dados necessários para que possam ser obtidos os resultados da supervisão, avaliação e demais medidas em processo. 
Todas essas instruções, de acordo com a ONU, devem acontecer aliadas à verificação dos financiamentos necessários, tendo como base operações já realizadas e que obtiveram bons resultados em outros países.
2. Infraestrutura viária adequada
Aumentar a segurança das redes viárias, proporcionando um ambiente seguro a todos, principalmente aos usuários mais vulneráveis, como os pedestres, ciclistas e motociclistas, é um dos objetivos da ONU com o Plano de Ação.
Aliás, este pilar propõe algo muito importante: a responsabilidade de todas as partes envolvidas na busca pela segurança no trânsito.
A ONU indicou, em 2011, quando propôs a Década de Ação para a Segurança Viária, que os governos e órgãos gestores de vias tivessem como objetivo banir vias de alto risco até o ano de 2020.
É também solicitado aos governos repassar as melhorias da segurança no trânsito para os órgãos gestores de vias, que devem apresentar relatórios anuais sobre a situação da segurança e sobre as melhorias realizadas.
No Brasil, esse serviço é realizado pelas concessionárias de rodovias, que têm seus serviços regulamentados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A ONU também solicita que os países levem em conta, ao realizarem novas obras, as necessidades de cada tipo de usuário do trânsito, assim como as condições de segurança das novas construções.
Ainda dentro deste pilar, a ONU indica aos Estados que promovam a segurança na operação, manutenção e melhoramentos da infraestrutura, realizando avaliações para que sejam identificadas as vítimas e os fatores ligados à infraestrutura que ocasionam os acidentes de trânsito.
3. Segurança veicular
A ONU chama a atenção para a importância dos dispositivos de segurança
Este pilar é muito importante, pois ele visa incentivar o uso de tecnologias comprovadas para que a segurança dos veículos possa estar assegurada aos condutores.
Para este pilar, a ONU estabeleceu que haja incentivo por parte dos Estados-Membros em relação aos programas de avaliação de automóveis em todas as regiões do mundo para que os consumidores tenham acesso às informações referentes à segurança dos veículos motorizados.
A solicitação da ONU também aponta que, até 2020, todos os veículos estejam equipados com dispositivos de segurança de qualidade, como o cinto de segurança.
Para isso, a Organização também indica que empresas que sigam esses parâmetros de segurança recebam incentivos fiscais, para que importações e exportações de automóveis de segunda mão, com padrões de segurança reduzidos, sejam combatidas.
A ONU também solicita, neste período que vai até 2020, que haja incentivo para a aplicação de regulamentações cujo objetivo é obter a segurança de pedestres, para que sejam reduzidos os riscos aos usuários mais vulneráveis.
4. Usuários mais seguros
Este pilar tem como objetivo promover, aos usuários do trânsito, programas completos para que o mau comportamento seja evitado, estabelecendo medidas que combinem educação e sensibilização do público, como é o caso de muitas campanhas que acontecem no mundo e no Brasil.
Programas que incentivem, por exemplo, o uso dos acessórios de segurança, promovam o combate ao excesso de velocidade e ao uso de substância psicoativa ao dirigir são de grande valia, pois abordam comportamentos que devem ser combatidos pelas campanhas educativas.
Para isso, a ONU sugere que os países aumentem o conhecimento em relação a esses fatores, assim como às medidas preventivas, realizando campanhas de marketing social, a fim de ajudar a influenciar as atitudes e opiniões dos condutores.
No Brasil, de acordo com a legislação, essas campanhas também devem ser financiadas com o dinheiro arrecadado com as multas de trânsito, como está previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), artigo 320.
Este pilar também prevê a criação de leis que alertem os motoristas a respeito do uso do capacete, do cinto de segurança e do consumo de álcool, como acontece aqui no Brasil com a Lei Seca.
A ONU também recomenda que sejam estabelecidas leis profissionais de saúde e de segurança relativas ao transporte, assim como normas e regras para a operação segura dos veículos utilitários, como fretes, transportes rodoviários e frotas de veículos, para que sejam reduzidos os números de acidentes.
Por fim, de acordo com o documento disponibilizado pela ONU, para que os países membros possam melhorar as estatísticas de segurança no trânsito em seus territórios, é preciso desenvolver pesquisas e políticas públicas para que os prejuízos causados por acidentes de trânsito ligados ao trabalho nos setores públicos sejam evitados.
5. Resposta pós-acidente 
Priorizar o atendimento às vitimas de trânsito, de acordo com a ONU, ajudaria na diminuição de vidas perdidas no trânsito
Por fim, o último pilar que serve como base para que os países melhorem os índices de acidentes e mortes no trânsito é a questão da assistência às emergências decorrentes das tragédias no trânsito.
A ONU acredita que, até 2020, é preciso melhorar a capacidade do sistema de saúde e dos demais sistemas envolvidos neste processo para que seja fornecido tratamento emergencial adequado e urgente às vítimas, assim como oportunidade de reabilitação.
No Brasil, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo pagamento do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), somente em 2017, foram pagas 383.993 indenizações relativas a acidentes, sendo que mais de 41 mil pessoas morreram em decorrência do trânsito. Todos esses casos significam perdas de vidas, pessoas que deixam um vazio na vida daqueles que os amam. Além disso, representam, aos órgãos públicos de saúde, números com os quais, muitas vezes, não estão preparados para lidar, principalmente em países de terceiro mundo, onde está a maior incidência dos acidentes de trânsito.
A ONU reforça neste pilar a importância de que sejam incentivadas iniciativas que visam analisar quem são essas pessoas e quais os prejuízos do trânsito, podendo, assim, procurar acertos equitativos para as famílias dos mortos e feridos.
Portanto, a Organização acredita que é preciso melhorar a assistência às vítimas de acidentes para que os reflexos dessas perdas não signifiquem prejuízos para a sociedade como um todo.
(doutormultas.com.br)



Texto III 




Instruções:

Fuja das generalizações, clichês, lugares-comuns e frases feitas.
Seu texto deve obrigatoriamente conter um título.
O texto deve ter, no máximo, 25 linhas.
Utilize a última folha da prova como rascunho. É permitido destacá-la.


Coletânea:

Leia toda a coletânea e selecione o que julgar pertinente para a realização da proposta. Articule os elementos selecionados com sua história de leituras e suas reflexões.


Tema: “Como melhorar a situação do trânsito no Brasil?” 
A
consequência;
B
concessão;
C
adição;
D
adversidade;
E
explicação.
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IF-BA 2012 - Português - Uso dos dois-pontos, Análise sintática, Sintaxe, Pontuação, Morfologia

Coloque V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações seguintes:


( ) "pelo assunto" (l. 6) - completa o sentido do nome

( ) "outros públicos é de tirar o fôlego:" (l. 20) - o uso dos dois pontos justifica-se por acrescentar uma esclarecimento;

( ) "a" em "a mais DVDs" (l. 24) e "a" em "a pré-adolescência" (l. 50) pertencem à mesma categoria gramatical;


A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a



A
V - V - V
B
F - V - F
C
F - F - V
D
V - V - F
E
F - F - F