Questõesde UNESPAR sobre Português

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UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Álvares de Azevedo, poeta pertencente ao 2º momento do romantismo brasileiro, morreu jovem, com apenas 20 anos de idade. Seu livro de poesias, Lira dos Vinte anos, figura entre alguns dos melhores momentos da poesia brasileira.


Sobre a obra, é INCORRETO afirmar:

A
É possível perceber traços do pessimismo e da melancolia, aspectos característicos também na obra do poeta Byron;
B
Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo, apresenta uma linguagem marcada pela dualidade, confrontando duas formas distintas de ver e pensar a realidade;
C
Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo é composta de três partes. Nas primeira e terceira partes, surge o poeta sonhador em busca do amor e prenunciando a morte. Na segunda parte, surgem poesias com bom-humor, graciosidade e uma certa alegria;
D
Álvares de Azevedo, deixa transparecer em Lira dos Vinte Anos sua incapacidade de adaptação ao mundo real, razão pela qual o sonho e a fantasia tornam-se seu refúgio, em que a presença da morte era tida como encontro com a paz;
E
Lira dos vinte anos é marcada por uma linguagem caracterizada por hipérboles e por espaços amplos, como o mar, o céu, o infinito, o deserto.
feba20a2-1b
UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

João Guimarães Rosa, com a obra Sagarana, um conjunto de contos, abriu uma nova perspectiva para o regionalismo, revalorizando a linguagem e a universalização do regional. Sobre o conto A hora e a vez de Augusto Matraga, podemos afirmar que:

A
trata-se de um conto em que se narram as aventuras de um burocrata em busca de afirmação social;
B
Augusto Matraga é um fazendeiro que nunca trabalhou, dominado por sua mulher e decadente nas finanças e na política, desrespeitando a todos;
C
Os jagunços que aparecem no conto são vistos como seres irracionais, que praticam a violência para satisfazer seus impulsos sanguinários;
D
Augusto Matraga transforma-se na narrativa após ser surrado, o que permite interpretar esta transformação como uma morte para a vida de maldades e um renascimento para a vida devota e contrita;
E
O lema de vida de Augusto Matraga era a frase dita por Seu Joãozinho Bem-Bem: “cada um tem a sua hora e a sua vez, você há de ter a sua”.
feb6dfb8-1b
UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Em relação aos elementos coesivos do texto acima, é INCORRETO afirmar:


A
“onde” (no título da matéria) se refere a “casas” (também no título);
B
“estas” (linha 01) recupera “desconfiança por parte dos patrões ou autocensura, medo de pedir” (linha 01);
C
“mulheres entrevistadas” (linha 03), “mensalistas e (...) diaristas” (linhas 07 e 08) e “profissionais” (linha 10) se referem à “empregadas domésticas” (linha 02);
D
“apesar de” (linha 07) e “ além de” (linha 09) são elementos de coesão sequencial que estabelecem, respectivamente, relações de CONCESSÃO e ADIÇÃO;
E
“delas” (linha 11) se refere a “quatro responsáveis pelo levantamento” (linhas 12 e 13).
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UNESPAR 2018 - Português - Análise sintática, Sintaxe


No contexto deste post, o slogan de campanha de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (“Faça a América grande de novo!”) e a imagem destacando a etiqueta de procedência de uma peça de gravata de coleção assinada pelo mesmo Donald Trump (“Made in China”/”Hecho en China” = Feito na China) expressam uma relação de:

A
Exemplificação;
B
Condicionalidade;
C
Contradição;
D
Consequência;
E
Proporcionalidade.
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UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“D E C Ú B I T O: do latim decumbere, jazer. Uma linguagem jornalística anacrônica, encontrável sobretudo na crônica policial, insiste na substituição de termos mais simples por vocábulos de uso mais raro. Assim, mãe é genitora, hospital é nosocômio, e a vítima de acidente ou morte é encontrada em decúbito, e não deitada. Se estava de bruços, escrevem que estava em decúbito ventral; se estava deitada de lado, dizem que foi encontrada em decúbito lateral. Alguns, mais excêntricos, encontrando a suposta vítima em pé, dizem que a encontraram em posição ortostática. Uma das razões desta prática é o fato de historicamente o analfabetismo ser a maior reserva brasileira e o domínio da escrita servir não para esclarecer o público, mas para ostentar saber e confundir os leitores, em nome de uma suposta precisão de linguagem.”

(Verbete retirado de SILVA, Deonísio da. A vida íntima das palavras: origens e curiosidades da língua portuguesa. São Paulo: Editora Arx, 2002, pg. 135)


Em relação ao descrito no verbete acima, está INCORRETO afirmar que:

A
Há uma crítica explicita à linguagem arcaica e rebuscada, frequentemente encontrada na imprensa escrita, em especial nas páginas policiais;
B
O uso de termos mais sofisticados enriquece o texto do jornalista policial e contribui para superar o analfabetismo, cujas raízes são históricas no Brasil;
C
Usos como o descrito no verbete contribuem para preservar uma visão elitista e sofisticada de língua pátria, que está presente em expressões como “A língua portuguesa é uma das línguas mais difíceis do mundo”;
D
Dentre os usos sociais da linguagem, o objetivo de clareza para fácil entendimento não é, necessariamente, o primordial, servindo a linguagem como um verdadeiro “arame farpado” das relações sociais;
E
“Decúbito”, que significa “jazer”, nos contextos exemplificados poderia ser substituído por um termo mais simples, como “deitar”.
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UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em 01/09/2016, o portal UOL fez uma publicação sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff da Presidência da República do Brasil, com o título: “Sem Dilma, país deve melhorar, mas analistas preveem desemprego e impostos”. Alguns dias depois, a página do Facebook “Caneta Desmanipuladora” publicou uma captura de tela da manchete, retirando palavras com o intuito de dar outra perspectiva ao que estava escrito:



Em relação ao post adaptado da página do Facebook “Caneta Desmanipuladora”, é correto afirmar que a “desmanipulação” (exclusão da sequencia “... país deve melhorar, mas...”) mostra que:


I. Há uma inversão da informação pela opinião, especialmente com o uso da frase “deve melhorar”, o que pode transmitir uma sensação de amadorismo na coleta e divulgação da informação, demonstrando não só a opinião dos especialistas econômicos, mas também a opinião da jornalista e do meio de comunicação;

II. Não se pode confirmar nenhuma manipulação na manchete reproduzida, visto que os autores da “Caneta Desmanipuladora” inserem, ao lado, um comentário assumindo que “Essa não conseguimos nem explicar...”;

III. A manchete original do Portal UOL pode ser tomada como exemplo de que durante o processo de criação e desenvolvimento de uma notícia são levados em consideração os chamados valores/notícia, que dizem respeito ao conteúdo, ao produto informativo, ao público e à concorrência. Em consequência disso, a organização do trabalho determina a chamada “linha editorial” de como deve ser noticiado um determinado acontecimento para o seu público, o que nunca é feito de forma isenta e completamente imparcial.


Estão CORRETAS:

A
Todas as alternativas;
B
Somente as alternativas I e II;
C
Somente as alternativas II e III;
D
Somente as alternativas I e III;
E
Nenhuma das alternativas.
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UNESPAR 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao texto acima, é correto afirmar:


I. Trata-se de notícia que relata resultados de uma pesquisa sobre acesso à internet e hábitos de navegação de empregadas domésticas mensalistas e diaristas da Grande São Paulo;

II. “Auto censura” e “medo de pedir”, são apresentados como sinônimos dentre as principais razões apontadas pelas domésticas para não ter acesso à senha do Wi-Fi do local de trabalho;

III. A pesquisa da InterLab mencionada na matéria constatou que a maioria das diaristas não adicionou os empregadores nas redes sociais.


Estão CORRETAS:


A
Todas as alternativas;
B
Somente as alternativas I e II;
C
Somente as alternativas II e III;
D
Somente as alternativas I e III;
E
Nenhuma das alternativas.
c215efee-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale A ÚNICA ALTERNATIVA CORRETA sobre O filho eterno, de CristovãoTezza.

A
Este foi o primeiro livro de CristovãoTezza a ter Curitiba como espaço. Em todos os outros a ação acontece em uma cidade de Santa Catarina, onde o escritor nasceu;
B
A leitura do romance remete o leitor ao processo de autoajuda, claramente identificado pelas explicações dadas pelo personagem “pai” sobre a síndrome de Down;
C
Na narrativa, as figuras da mãe e da irmã desviam o foco narrativo da relação pai/filho, ganhando peso na história que se desenvolve no núcleo familiar;
D
Durante o tempo em que o personagem viveu em Portugal, ele se aliou aos revolucionários, que fizeram a Revolução dos Cravos;
E
O filho eterno é uma obra na qual se pode acompanhar a trajetória de Tezza, não só como homem, em sua relação com o filho,mas também seu percurso como autor, que se revela em plena maturidade nesta obra.
c20dba0b-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos

Leia atentamente o trecho a seguir, retirado do livro O filho eterno, de Cristovão Tezza, p. 63 e marque A ÚNICA ALTERNATIVA INCORRETA.

“Escrever: fingir que não está acontecendo nada, e escrever. Refugiado nesse silêncio, ele voltava à literatura, à maneira de antigamente. Uma roda de amigos- o retorno a tribo- e ele lê em voz alta o capítulo quatro do Ensaio da Paixão, que continua a escrever para esquecer o resto. Ler em voz alta: um ritual que jamais repetiu na vida. Naquele momento, ouvir a própria voz e rir de seus próprios achados, com a plateia exata, é um bálsamo. E ele escreve de outras coisas, não de seu filho ou de sua vida- em nenhum momento, ao longo de mais de vinte anos, a síndrome de Down entrará em seu texto. Esse é um problema seu, ele repete, não dos outros, e você terá que resolvê-lo sozinho.”
(TEZZA, Cristovão. Rio de Janeiro: Record, 2009. p.63)

A
O narrador em terceira pessoa é um recurso utilizado pelo autor que facilita o distanciamento e mantém o narrador afastado do sentimentalismo, já que o livro tem forte cunho autobiográfico;
B
Ao narrar a história do filho com síndrome de Down, CristovãoTezza abandona a ficção para construir uma autobiografia, na qual todos os fatos narrados realmente aconteceram;
C
O Filho Eterno é um romance muito premiado, reconhecido pela crítica, de modo geral, já como um clássico, embora tenha sido publicado há pouco tempo;
D
Embora a narrativa seja em terceira pessoa, o narrador, diversas vezes, parece penetrar na mente do personagem “pai”, aproximando-se da narração em primeira pessoa, embora personagem e narrador nunca se confundam;
E
O texto dialoga frequentemente com as várias artes e também há várias referências a outras obras de Tezza, como acontece no trecho selecionado.
c1f772a2-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Das passagens transcritas abaixo, qual pode ser considerada como uma proposta defendida pelo autor para superar o que, ao longo do texto, é caracterizado como o comportamento dos brasileiros frente ao genericamente definido como “diferente”:


A
“A ausência de experiências divergentes, ou, em outras palavras, a carência de contato com o outro, com o estranho – o que é de fora, o que nos é desconhecido – acaba estimulando comportamentos tacanhos.” (linhas 30 a 32);
B
“[...] ao invés de olharmo-nos no espelho e admitirmos o quanto somos intolerantes, xenófobos, hipócritas e ufanistas, preferimos nos esconder por detrás da dissimulada máscara de cordialidade que nos assenta bem ao rosto.” (linhas 37 a 39);
C
“Continuamos a repetir clichês inventados por uma elite predatória, interessada no pastoreio de um povo dócil e submisso.” (linhas 40/41);
D
“Temos pois que, antes, escutar o discurso discordante, mirar os olhos de quem não se assemelha a nós, nos colocar na pele do vizinho”. (linhas 51/52);
E
“...nossa vida poderia sim até ter mais amores, mas no momento tudo encontra-se envenenado pela peçonha da ignorância.” (linhas 57 a 59).
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UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dos pontos de vista abaixo relacionados, qual NÃO É DEFENDIDO PELO AUTOR DO TEXTO:


A
Os brasileiros agem como os cegos da fábula hindu, por destacarem aspectos parciais ao defenderem as supostas superioridades naturais e de comportamento do país e de seu povo;
B
O mito da cordialidade do brasileiro é uma falácia, que encobre nossa dificuldade em nos assumirmos como intolerantes, xenófobos, hipócritas e ufanistas;
C
O brasileiro age de maneira patética e/ou bestialmente em determinadas situações que implicam em sua relação com estrangeiros, por falta de experiências com “o outro”, “o diferente”, “o estranho”;
D
O exemplo descrito entre as linhas 12/13, de um descendente de japoneses negociando doce de procedência espanhola, é uma prova da convivência pacífica entre povos de diferentes procedências e da tolerância entre os brasileiros e os imigrantes;
E

Em pleno Século XXI, os brasileiros continuam a reproduzir alguns estereótipos ufanistas, enaltecidos em obras literárias datadas do Século XIX.

c1e9e80c-c2
UNESPAR 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Assinale a alternativa em que o conectivo conserva o mesmo sentido da conjunção “se”, presente no enunciado “Se quiser, em pouco tempo estou na França [...]” (linhas 23/24).


A
Caso;
B
Embora;
C
Portanto;
D
Mas;
E
Conforme.
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UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação às afirmações abaixo descritas:

I. A oração que se inicia na linha 04, seguindo até a linha 08, faz uso de um PARALELISMO SINTÁTICO, ao enumerar as diferentes avaliações dos cegos da fábula hindu.
II. No texto, o fato de ter prosperado no negócio da venda de churros é apresentado como CAUSA de o japonês de Cataguases ter passado à frente a carrocinha e mudado para longe (linhas 16/17).
III. O suposto fato de que “[...] pode-se cortar o território de leste a oeste, de norte a sul, mais de quatro mil quilômetros em ambas as direções, sem anotar praticamente nenhuma variação significativa de nada.” (linhas 26 a 29) é apresentado como ARGUMENTO para sustentar o ponto de vista de J.T.L de que o Brasil é uma ilha (linha 26).
IV. “Resultados evidentemente desastrosos” (linhas 46/ 47) são referidos como CONSEQUÊNCIA do fato de os cegos da fábula hindu terem sido incapazes de perceber o elefante como um todo (linhas 45/46).

São VERDADEIRAS:


A
As afirmações I, II e III;
B
As afirmações II, III e IV;
C
As afirmações I, II e IV;
D
Somente a afirmação IV;
E
Nenhuma das afirmações.
c1efec6b-c2
UNESPAR 2016 - Português - Advérbios, Morfologia

Os advérbios são uma classe de palavras que tem como finalidade modificar um verbo, um adjetivo, ou até mesmo um outro advérbio. Essa função de modificador faz com que o advérbio atribua uma circunstância ao termo que ele modifica.

A partir dessa afirmação, analise os enunciados a seguir:

I. “[...] algo bem brasileiro [...]” (linha 12).
II. “[...] onde se localiza o Big Ben” (linha 22).
III. “[...] podemos agir pateticamente [...]” (linha 34).
IV. “Talvez até descobríssemos [...]” (linhas 52/53).

De acordo com o texto, os advérbios “bem”, “onde”, “pateticamente” e “talvez”, nas passagens acima, exprimem, respectivamente, as circunstâncias de:


A
Modo – lugar – meio – intensidade;
B
Meio – lugar – modo – intensidade;
C
Modo – lugar – intensidade – dúvida;
D
Afirmação – lugar – modo – dúvida;
E
Intensidade – lugar – modo – dúvida.
c1f493d6-c2
UNESPAR 2016 - Português - Substantivos, Morfologia

Na frase “Havia filas durante todo o dia de pessoas interessadas [...]” (linha 14), o verbo “havia” está no singular porque foi usado no sentido de existir e, por isso, é impessoal, ou seja, não apresenta sujeito. Nesse caso, o verbo em questão só é conjugado na terceira pessoa do singular. Assinale a alternativa em que também ocorre um caso de verbo impessoal.


A
A falta de dinheiro e a greve dos bancos confirmaram o caos;
B
Muitos candidatos chegaram atrasados ao local da prova;
C
Os alunos já haviam saído quando o professor chegou;
D
Fazia dois anos que não via os seus colegas de turma;
E
Os que perseverarem até o fim haverão de ser vitoriosos.
c1d8dc06-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Em relação à tipologia textual, é CORRETO afirmar que:


A
Trata-se de texto narrativo, onde prevalecem passagens que reproduzem fábula e momentos da vida do autor, como fica comprovado pelo contido nos três primeiros parágrafos (linhas 01 a 29);
B
Trata-se de texto descritivo, uma vez que são descritos aspectos da cordialidade do povo brasileiro (linhas 13 a 16) e algumas das belezas naturais do Brasil (linhas 41/42);
C
Trata-se de texto argumentativo, no qual, para construir os argumentos em favor de seu ponto de vista, o autor faz uso, dentre outras, de passagens narrativas (linhas 01 a 29), além de reproduzir um conhecido poema de Gonçalves Dias (linhas 41/42);
D
Trata-se de texto jornalístico, cuja tipologia não pode ser determinada com exatidão, uma vez ser construído pela sobreposição de passagens narrativas (como nas linhas 01 a 29), descritivas (linhas 25 a 29) e poéticas (linhas 41/42);
E
Faltam elementos para especificar com exatidão a tipologia predominante do texto, o que faz com que não se enquadre em nenhuma das classificações disponíveis.
c1e419f1-c2
UNESPAR 2016 - Português - Funções morfossintáticas da palavra QUE

O vocábulo “que” pode desempenhar diferentes funções na língua portuguesa, dentre elas, a de pronome relativo e a de conjunção integrante. Com base em tal afirmação, analise os períodos a seguir e assinale a alternativa CORRETA quanto à classificação do conectivo “que”.


A
Na frase “[...] que parecia o tronco de uma árvore;” (linha 6), o conectivo “que” é um pronome relativo, que se refere à palavra “tronco” e introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa;
B
Na frase “[...] que tinham à sua frente” (linha 4), o conectivo “que” é um pronome relativo, que retoma a palavra “animal” e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva;
C
Na frase “[...] que nosso céu tem mais estrelas [...]” (linha 53), o conectivo “que” é uma conjunção integrante e introduz uma oração subordinada adverbial de lugar;
D
Na frase “[...] que não se parece conosco [...]” (linha 33), o conectivo “que”, embora seja um pronome relativo, não retoma um antecedente e introduz uma oração subordinada substantiva explicativa;
E
Na frase “[...] que discorressem sobre o aspecto do animal [...]” (linhas 3/4), o conectivo “que” é um conjunção integrante e introduz uma oração subordinada substantiva subjetiva.
c1dfc388-c2
UNESPAR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao emprego dos mecanismos de coesão textual, assinale a alternativa INCORRETA:


A
“uma ilha” (linha 23) refere-se à “Bangor, País de Gales” (linha 19);
B
“isso” (linha 32) recupera anaforicamente a sequência anterior entre as linhas 30 e 31;
C
“agir pateticamente como os cataguasenses [...],” (linha 34) e “bestialmente como em relação aos imigrantes haitianos” (linhas 35/36) referem-se ao que foi anteriormente anunciado como “comportamentos tacanhos” (linha 32);
D
“um povo dócil e submisso” (linha 41), refere-se a “nós, brasileiros”, sujeito implícito de “continuamos” (linha 40);
E
“quem não se assemelha a nós” (linha 52), refere-se a “cegos da fábula hindu” (linha 45).
c1dcbd49-c2
UNESPAR 2016 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

As conjunções, as preposições e alguns grupos de pronomes formam a classe dos conectivos, que são palavras de que a língua dispõe para estabelecer relações sintáticas e semânticas entre os diferentes enunciados de um texto, fazendo com que este não seja apenas um aglomerado de frases, mas um todo uno, coeso e coerente. Dessa forma, tais conectivos, muito mais do que “ligar” um enunciado a outro, influenciam na construção do sentido do texto.

Assim sendo, assinale a alternativa INCORRETA em relação ao uso do conectivo e o efeito semântico que esse uso provoca:


A
O título do texto é iniciado com o conectivo “por que”, equivalente a “por qual razão”, “por qual motivo”. O uso do “por que”, nesse caso, sugere ao leitor a ideia de que o autor irá elencar quais são os motivos pelos quais o Brasil deve ser considerado “o melhor país do mundo”. No entanto, são elencados vários exemplos que desconstroem a imagem ufanista/nacionalista do Brasil, tão presente na memória dos brasileiros;
B
A conjunção “embora”, presente no enunciado “[...] embora fique a apenas 300 quilômetros do Rio de Janeiro [...]” (linha 9), tem valor concessivo, ou seja, exprime contrariedade. Nesse caso, a contrariedade de ideias se expressa no fato de que não seria comum, Cataguases, uma cidade, relativamente próxima ao Rio de Janeiro, não ter contato com as diferentes etnias e culturas tão frequentes na “Cidade Maravilhosa”;
C
No enunciado “[...] ganhou tanto dinheiro que logo passou à frente a carrocinha [...]” (linha 16/17), a locução conjuntiva “tanto que”, exprime a ideia de comparação, com o objetivo de enfatizar a prosperidade do imigrante japonês no Brasil, o que só foi possível, graças ao acolhimento que recebeu do povo brasileiro;
D
Há, no enunciado, “[...] que estamos oprimindo as mulheres, e os negros, e os índios, e os homossexuais [...]” (linhas 55 e 56), o uso reiterado da conjunção “e”. Além do valor aditivo, uma vez que indica a soma de novas ideias, a repetição dessa conjunção, no texto em questão, não serve apenas para chamar a atenção do leitor para os substantivos “mulher”, “negro”, “índios” e “homossexuais”, mas também, pode-se dizer que tal repetição pretende estender o efeito de inclusão expresso pelo conectivo aos sujeitos representados por esses substantivos, os quais, normalmente, são vítimas de exclusão e preconceito na sociedade;
E
No enunciado “Temos pois que, antes [...]” (linha 51), a conjunção “pois”, posposta ao verbo, indica uma conclusão, que remete à necessidade de reconhecer e aceitar a diversidade existente no Brasil.