Questõessobre Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre
O trecho “era um homem modesto, disse ao xá” (2º parágrafo) foi construído em discurso indireto. Ao se adaptar
tal trecho para o discurso direto, o verbo “era” assume a
seguinte forma:
Considere as seguintes propostas de reescrita de segmentos do texto, envolvendo transposição de
discurso direto para indireto.
I - – Filha, não fique aí no sol (l. 19):
Devinne pediu à filha que não fique no sol.
II - – Você vai pra praia hoje? (l. 22):
A filha de Devinne lhe pergunta se ia pra praia hoje.
III- – Não sei. Falou com a mãe? (l. 25):
Devine respondeu à filha que não sabia e perguntou-lhe se ela tinha falado com sua mãe.
Quais estão corretas?
Considere os textos 1, 2, 3 e 4 para responder esta questão. Os quatro textos apresentam trechos de discurso direto, como ilustram os excertos a seguir.
1. Sobre essa dualidade humana (Buttel) escreveu: O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal,
tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação
simbólica. (Texto 1)2. “Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito”, diz Mary Del Priore... (Texto 2)3. “O trabalho que fazemos como historiadores do livro é mostrar que o
sentido de um texto depende também da forma material como ele
se apresentou a seus leitores originais e por seu autor”, diz Chartier.
(Texto 2)
4. Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte
do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de
humor pretendido. A secretária da escola atende ao telefone. – Alô. […]
(Texto 3)
5. “Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”,
afirma Dante Cid… (Texto 4)
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ).
( ) Os cinco excertos apresentam o uso de argumentos de autoria de
personalidades de referência, para corroborar afirmações dos autores
e dar credibilidade aos textos.
( ) Em 1, o uso da forma verbal “escreveu” distancia, no tempo, o discurso
direto introduzido, diferentemente do que ocorre com as formas verbais de função similar nos demais excertos.
( ) Em seu conjunto, os excertos exemplificam o fato de que tanto a
forma de introdução como a forma de representação do discurso
direto não seguem um padrão fixo na escrita.
( ) As formas verbais usadas nos cinco excertos para introduzir o discurso
direto agregam à função típica de verbo dicendi também avaliações
opinativas dos autores dos textos que as utilizam.
( ) Em todos os excertos, o discurso direto se reporta a uma terceira pessoa, não incluindo a pessoa que produz o referido discurso.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
texto 1
Sociologia Ambiental
O interesse da academia no desenvolvimento de estudos voltados para as questões ambientais é relativamente novo. Só começou a aparecer em meados de 1970, quando o mundo, fortemente influenciado por movimentos ecologistas e ambientalistas nascidos nos EUA, finalmente voltava seus olhos aos desastres ambientais causados pelos homens. Até então acreditava-se que os recursos naturais eram infinitos e que os impactos causados pelo homem eram facilmente revertidos pela natureza. Assim, discutir o futuro do planeta não parecia ser relevante.
Na década de 1990, os estudos voltados para a relação sociedade-natureza deram um grande salto com as contribuições de um dos mais respeitados e conhecidos sociólogos ambientais do mundo: Frederick Howard Buttel. Nascido nos Estados Unidos, Buttel dedicou sua vida acadêmica a compreender as complexas relações entre a sociedade e o ambiente natural. Apontava o caráter ambivalente do homem, que seria parte integrante da paisagem natural, submetido às dinâmicas próprias da natureza e, ao mesmo tempo, agente modificador e criador de novos ambientes. Sobre essa dualidade humana escreveu:
O ser humano, especialidade zoológica da Sociologia, é singular em todo o mundo animal, tanto quanto o é sua capacidade de criar uma cultura e comunicação simbólica. A Sociologia não pode nem deve se tornar um ramo da ecologia comportamental. Mas o ser humano também é uma espécie entre muitas, e é uma parte integral da biosfera. Assim, um entendimento perfeito do desenvolvimento histórico e do futuro das sociedades humanas se torna problemático quando se deixa de considerar o substrato ecológico e material da existência humana. Esse entendimento é limitado pelo antropocentrismo sociológico. Parece certo que, no futuro, haverá prolongados debates sobre articulação ou isolamento “adequados” entre a Sociologia e a Biologia.
Também na década de 1990, a Sociologia Ambiental ganhou mais contribuições com os estudos do sociólogo, antropólogo e filósofo da ciência, o francês Bruno Latour. Em seu ensaio monográfico Jamais fomos modernos, ele afirma que essa divisão sociedade-natureza seria, na verdade, uma invenção ocidental. Seria um traço característico da modernidade a criação de Constituições que definem e separam o que é humano do não humano, “legalizando” assim essa separação. No entanto, defende ele que na realidade essa separação não existe, porque o homem está em constante mudança em função do meio em que vive, assim como a natureza está em constante mudança em função das vontades humanas. Em outras palavras, o social está submetido ao natural e vice-versa.
RAMOS, V. R. Os caminhos da Sociologia Ambiental. Sociologia. ed. 72. 2017. p. 45-46.[Adaptado]
texto 2
Roger Chartier, o especialista em história da leitura
A história da cultura e dos livros tem uma longa tradição, mas só há pouco tempo ela ampliou seu âmbito para compreender também a trajetória da leitura e da escrita como práticas sociais. Um dos responsáveis por isso é o francês Roger Chartier. “Ele fez uma revolução ao demonstrar que é possível estudar a humanidade pela evolução do escrito”, diz Mary Del Priore, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. “Se a história cultural sempre foi baseada em dados estatísticos ou sociológicos, Chartier a direcionou para as significações sociais dos textos.” O historiador “escolheu concentrar-se nos estudos das práticas culturais, sem postular a existência de uma ‘cultura’ geral”, diz Mary Del Priore.
O pesquisador francês costuma combater a ideia do material escrito como um objeto fixo, impossível de ser modificado e alterado pelas pessoas que o utilizam e interagem com ele. As novas tecnologias lhe dão razão – a leitura na internet costuma ser descontínua e fragmentária, e o leitor raramente percebe o sentido do todo e da contiguidade, que, por exemplo, o simples manuseio de um jornal já gera. Essa diferença fundamental, que torna a leitura dos livros mais profunda e duradoura, faz com que ele preveja a sobrevivência do formato impresso, apesar da disseminação dos meios eletrônicos. “O trabalho que fazemos como historiadores do livro é mostrar que o sentido de um texto depende também da forma material como ele se apresentou a seus leitores originais e por seu autor”, diz Chartier. “Por meio dela, podemos compreender como e por que foi editado, a maneira como foi manuseado, lido e interpretado por aqueles de seu tempo.” O suporte, portanto, influencia o sentido do texto construído pelo leitor.
Ele gosta de enfatizar duas outras mudanças importantes nos padrões predominantes de leitura. A primeira: feita em voz alta à frente de plateias, foi para a silenciosa na Idade Média. A segunda: da leitura intensiva para a extensiva, no século XVIII – quando os hábitos de retorno sistemático às mesmas e poucas obras escolhidas como essenciais foram substituídos por uma relação mais informativa e ampla com o material escrito.
FERRARI, M. Roger Chartier, o especialista em história da leitura. [Adaptado] Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/2529/roger-chatier-o-especialista-em-historia-da-leitura Acesso em: 09/12/2017.
texto 3
Contextualização na escrita
É preciso fazer distinção entre contexto de produção e contexto de uso. No caso da interação face a face, eles coincidem, mas, no caso da escrita, não. Nesta, o mais importante para a interpretação é o contexto de uso.
O sentido de um texto, qualquer que seja a situação comunicativa, não depende apenas da estrutura textual em si mesma (daí a metáfora do texto como um iceberg). Os objetos de discurso a que o texto faz referência são apresentados em grande parte de forma incompleta, permanecendo muita coisa implícita.
O produtor do texto pressupõe da parte do leitor/ ouvinte conhecimentos textuais, situacionais e enciclopédicos e, orientando-se pelo Princípio da Economia, não explicita as informações consideradas redundantes ou desnecessárias. Ou seja, visto que não existem textos totalmente explícitos, o produtor de um texto necessita proceder ao “balanceamento” do que necessita ser explicitado textualmente e do que pode permanecer implícito, supondo que o interlocutor poderá recuperar essa informação por meio de inferências.
Vejamos – como exemplo – o texto a seguir que pressupõe, por parte do leitor, a produção de inferências, para obtenção do efeito de humor pretendido.
A secretária da escola atende ao telefone.
– Alô.
– Meu filho está muito gripado e não vai poder ir à escola hoje.
– Quem está falando?
– Quem tá falando é o meu pai.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006. p.71-72. Adaptado.
texto 4
De Newton à Nature
Na ciência, não basta descobrir, é preciso contar aos outros o que você descobriu. Copérnico, Galileu e Newton, por exemplo, escreviam livros técnicos, relatando suas experiências e resultados. Com o tempo, a divulgação passou a acontecer menos por livros e mais por artigos científicos – peças curtas, publicadas em revistas e periódicos especializados.
As primeiras revistas científicas, lá no século XVIII, não tinham fins lucrativos. Mas com o aumento dos investimentos públicos nos laboratórios, a partir da década de 1950, as universidades passaram a ter muito mais pesquisadores. São todos funcionários com carteira assinada, que precisam mostrar serviço – e que recebem avaliações de desempenho. Para fazer essas avaliações, a comunidade acadêmica adotou basicamente dois critérios: a quantidade de artigos científicos publicados em revistas – um suposto sinal de produtividade e dedicação – e o número de vezes em que esses artigos são citados em outros artigos – o que, em teoria, é uma evidência de que o trabalho foi relevante e influente.
Pois bem. Os cientistas não querem lucro, só divulgação. Então entregam o material de graça. Na outra ponta da equação, há as universidades, que não têm outra opção a não ser pagar o que as editoras pedem para ter acesso às pesquisas mais importantes (afinal, um pesquisador só consegue trabalhar se puder ler o trabalho de outros pesquisadores). Isso deu origem a um modelo de negócio sem igual: você, dono da editora de periódicos científicos, recebe conteúdo de graça e vende a um público disposto a pagar muito. Criaram-se grifes da ciência: periódicos muito seletivos, que só publicam a nata das pesquisas. Sair em títulos como Cell, Nature ou Science dá visibilidade e é bom para a carreira dos cientistas.
“Na era digital, a figura da editora científica é ainda mais importante”, afirma Dante Cid, vice-presidente de relações acadêmicas da Elsevier no Brasil. “Ela inibe a disseminação de informações equivocadas e colabora com a distribuição da pesquisa de qualidade.” De fato, os padrões de excelência da Elsevier e de outras editoras de peso continuam altos. Mas o sistema causa distorções. “Um Newton da vida, que passava a vida toda trabalhando e publicava pouco, não teria chance no século XXI”, diz Fernando Reinach, ex-biólogo da USP.
VOIANO, B. A máquina que trava a ciência. Superinteressante. ed. 383, dez/2017. p. 40-41. [Adaptado]
Em Lima Barreto, a sequência grande de
perguntas ao longo do texto configura o:
Assinale a alternativa que realiza adequadamente a transposição do trecho a seguir para o discurso
indireto.
Tenho ainda alguns anos de vida; quero ver como você se conduz; vai para Paris, o lugar
mais perigoso para um rapaz (1. 46-49).
Identifica-se corretamente no texto
Em quais das alternativas abaixo, as aspas foram utilizadas com o fim exclusivo de marcar emprego de discurso
direto?
I – “The 99” (linha 4);
II – “As palavras do presidente Obama serviram de empurrão” (linhas 11-12);
III – “O que posso dizer é que tudo começa com desconfiança entre os dois lados, que mais tarde é
superada para salvar o mundo.” (linhas 13-14);
Na forma de discurso indireto, o verbo procurar da
frase - “Vossa Excelência talvez os procure há muito
tempo” - deverá ficar
Papéis Velhos
Vou ocupar o tempo em reler uns papéis velhos que o meu criado José achou dentro de uma velha mala e me trouxe agora. A cara dele tinha a expressão de prazer que dá o serviço inesperado; aquele gosto de descobrir papéis que podem ser importantes fazia-o risonho, olhos escancarados, quase comovidos.
- Vossa Excelência talvez os procure há muito tempo.
Eram cartas, apontamentos, minutas, contas, um inferno de lembranças que era melhor não se terem achado. Que perdia eu sem elas? Já não curava delas; provavelmente não me fariam falta. Agora estou entre estes dois extremos, ou lê-las, primeiro, ou queimá-las já. Inclino-me ao segundo. Ante mim continuava o meu José com a mesma expressão de gosto que lhe deu o achado. Naturalmente agradecia à sua boa Fortuna que lhe deparou; contará que é mais um elo que nos prende. Talvez a ideia que o levou à mala fosse a esperança de algum valor extraviado, uma joia, por exemplo, ou ainda menos, uma camisa, um colete, e sendo assim o silêncio era mui possível. Achou papéis velhos, veio fielmente entregar-mos.
Não lhe quero mal por isso. Não lhe quis no dia em que descobri que ele me levava dos coletes, ao escová-los, dois ou três tostões por dia. Foi há dois meses, e possivelmente já o faria antes, desde que entrou cá em casa. Não me zanguei com ele; tratei de acautelar os níqueis, isso sim; mas, para que não se creia descoberto, lá deixei alguns, uma vez ou outra, que ele pontualmente diminui; não me vendo zangar é provável que me chame nomes feios, descuidado, tonto, papalvo que seja... Não lhe quero mal do furto nem dos nomes.
Ele serve bem e gosta de mim; podia levar mais e chamar-me pior.
Resolvo mandar queimar os papéis, ainda que dê grande mágoa ao José que imaginou haver achado recordações grandes e saudades. Poderia dizer-lhe que a gente traz na cabeça outros papéis velhos que não ardem nunca nem se perdem por malas antigas; não me entenderia.
(Machado de Assis)
“— Agora você vai me contar uma história de amor — disse
o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em
que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.”
(1o
parágrafo)
Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem, respectivamente, as seguintes
formas:
Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem, respectivamente, as seguintes formas:
— Agora você vai me contar uma história de amor — disse o rapaz à moça. — Quero ouvir uma história de amor em que entrem caravelas, pedras preciosas e satélites artificiais.
— Pois não — respondeu a moça, que acabara de concluir o mestrado de contador de histórias, e estava com a imaginação na ponta da língua. — Era uma vez um país onde só havia água, eram águas e mais águas, e o governo como tudo mais se fazia em embarcações atracadas ou em movimento, conforme o tempo. Osmundo mantinha uma grande indústria de barcos, mas não era feliz, porque Sertória, objeto dos seus sonhos, se recusava a casar com ele. Osmundo ofereceu-lhe um belo navio embandeirado, que ela recusou. Só aceitaria uma frota de dez caravelas, para si e para seus familiares.
Ora, ninguém sabia fazer caravelas, era um tipo de embarcação há muito fora de uso. Osmundo apresentou um mau produto, que Sertória não aceitou, enumerando os defeitos, a começar pelas velas latinas, que de latinas não tinham um centavo. Osmundo, desesperado, pensou em afogar-se, o que fez sem êxito, pois desceu no fundo das águas e lá encontrou um cofre cheio de esmeraldas, topázios, rubis, diamantes e o mais que você imagina. Voltou à tona para oferecê-lo à rígida Sertória, que virou o rosto. Nada a fazer, pensou Osmundo; vou transformar-me em satélite artificial. Mas os satélites artificiais ainda não tinham sido inventados. Continuou humilde satélite de Sertória, que ultimamente passeava de uma lancha para outra, levando-o preso a um cordão de seda, com a inscrição “Amor imortal”. Acabou.
— Mas que significa isso? — perguntou o moço, insatisfeito. — Não entendi nada.
— Nem eu — respondeu a moça —, mas os contos devem ser contados, e não entendidos; exatamente como a vida.
“E o rato respondeu:
— Muito simples. Estabeleci uma relação matemática entre seu tamanho e o meu — é claro que você precisa comer
muito mais.” (12°
e 13°
parágrafos)
Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, o termo
sublinhado assume a seguinte forma:
Sobre os recursos de pontuação empregados no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. As aspas, ao marcarem o discurso direto, revelam o grau de formalidade do discurso, próprio de textos
opinativos.
II. No trecho “A gente vai trabalhando numa escalada:”, após os dois pontos há uma sequência com efeito de
gradação.
III. Em “Sandra Aiaish Menta, doutora em psicologia da Universidade Federal de Sergipe, tem um papel fundamental”, as vírgulas separam um trecho explicativo.
IV. As vírgulas utilizadas no discurso direto do primeiro parágrafo desempenham papel fundamental de enumerar ações.
Assinale a alternativa correta.
Os versos – Aos vapores do vinho, à noite insano / Debrucei-me
do jogo nos fervores! – redigidos em ordem direta, assumem a
seguinte estrutura:
Na frase “disse-me meu pai”, ocorre ordem indireta, uma vez que seu sujeito está posposto ao
verbo. No texto, há outros exemplos desse tipo de inversão.
Considere os seguintes trechos:
I “que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de
carinho”;
II “que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental”;
III “e não viesse de longe a enfiada das decepções”.
Configura também frase com sujeito posposto a que está citada em
“Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis,
aquelas estrelas tumultuadas, aqueles ciprestes deformados,
dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.”
(1° parágrafo)
Ao se transpor o trecho para o discurso indireto, os termos
sublinhados assumem a seguinte redação:
Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações,
destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa
utilização, analise as afirmativas a seguir.
I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo),
as aspas marcam o discurso direto do aluno.
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º
parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança,
estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre
textos.
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º
parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um
dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que,
de acordo com o autor, não pode ser provada.
Assinale a alternativa CORRETA.
O sol cresce, amadurece. Mas eles estão esperando
é a febre, mais o tremor. Primo Ribeiro parece um
defunto – sarro de amarelo na cara chupada, olhos
sujos, desbrilhados, e as mãos pendulando, compondo
o equilíbrio, sempre a escorar dos lados a bambeza do
corpo. Mãos moles, sem firmeza, que deixam cair tudo
quanto ele queira pegar. Baba, baba, cospe, cospe,
vai fincando o queixo no peito; e trouxe cá para fora a
caixinha de remédio, a cornicha de pó e mais o cobertor.
• O trecho acima integra o conto Sarapalha e faz
parte da obra Sagarana de João Guimarães Rosa.
Dessa narrativa como um todo, é errado afirmar que
O sol cresce, amadurece. Mas eles estão esperando é a febre, mais o tremor. Primo Ribeiro parece um defunto – sarro de amarelo na cara chupada, olhos sujos, desbrilhados, e as mãos pendulando, compondo o equilíbrio, sempre a escorar dos lados a bambeza do corpo. Mãos moles, sem firmeza, que deixam cair tudo quanto ele queira pegar. Baba, baba, cospe, cospe, vai fincando o queixo no peito; e trouxe cá para fora a caixinha de remédio, a cornicha de pó e mais o cobertor.
• O trecho acima integra o conto Sarapalha e faz
parte da obra Sagarana de João Guimarães Rosa.
Dessa narrativa como um todo, é errado afirmar que
O texto jornalístico em análise, ao procurar manter a imparcialidade e a objetividade, utiliza-se do discurso direto e do indireto para registrar a fala de pessoas envolvidas na notícia. Atente para as seguintes afirmações a esse respeito:
I. No trecho “Peritos da ONU calculam que será necessário aumentar em 60% da produção de alimentos para dar conta das necessidades futuras da humanidade, um patamar insustentável para o planeta” (linhas 32-36), o jornalista busca reproduzir literalmente a fala dos peritos da ONU para permanecer sempre fiel aos fatos relatados.
II.O autor se vale do discurso direto no trecho “Conseguir o maior número possível de alimentos de cada gota de água, porção de terreno, partícula de fertilizantes e minuto de trabalho poupa recursos para o futuro e torna os sistemas mais sustentáveis” (linhas 70-75), para validar, de forma segura, a informação transmitida.
III. No enunciado “A organização destacou a importância de uma dieta equilibrada para combater o aumento da obesidade e garantir a saúde das populações” (linhas 80-83), o jornalista se reportou, através do discurso indireto, à fala da organização para adaptá-la aos objetivos da notícia.IV. No excerto “as superfícies agrícolas utilizadas para a produção de alimentos que não serão utilizados equivalem às do Canadá e da Índia, em conjunto” (linhas 39-42), embora não haja marcas textuais, como o uso do verbo dicendi, e nem tipográficas, como o uso de dois pontos e de travessão, temos um caso de uso do discurso direto, em que o jornalista, para valorizar o que diz o especialista, recupera, pela indicação das aspas, sua fala literal.
Está correto apenas o que se afirma em
O texto jornalístico em análise, ao procurar manter a imparcialidade e a objetividade, utiliza-se do discurso direto e do indireto para registrar a fala de pessoas envolvidas na notícia. Atente para as seguintes afirmações a esse respeito:
I. No trecho “Peritos da ONU calculam que será necessário aumentar em 60% da produção de alimentos para dar conta das necessidades futuras da humanidade, um patamar insustentável para o planeta” (linhas 32-36), o jornalista busca reproduzir literalmente a fala dos peritos da ONU para permanecer sempre fiel aos fatos relatados.
IV. No excerto “as superfícies agrícolas utilizadas para a produção de alimentos que não serão utilizados equivalem às do Canadá e da Índia, em conjunto” (linhas 39-42), embora não haja marcas textuais, como o uso do verbo dicendi, e nem tipográficas, como o uso de dois pontos e de travessão, temos um caso de uso do discurso direto, em que o jornalista, para valorizar o que diz o especialista, recupera, pela indicação das aspas, sua fala literal.