Questõessobre Tipologia Textual

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1cf8232d-e0
FAG 2015 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual

Quanto ao gênero e ao tipo textual, o texto 2 pode ser classificado como um(a):

Texto 2


Coragem


“A pior coisa do mundo é a pessoa não ter coragem na vida”. Pincei essa frase do relato de uma moça chamada Florescelia, nascida no Ceará e que passou (e vem passando) poucas e boas: a morte da mãe quando tinha dois anos, uma madrasta cruel, uma gravidez prematura, a perda do único homem que amou, uma vida sem porto fixo, sem emprego fixo, mas com sonhos diversos, que lhe servem de sustentação.
    Ela segue em frente porque tem o combustível que necessitamos para trilhar o longo caminho desde o nascimento até a morte. Coragem.
    Quando eu era pequena, achava que coragem era o sentimento que designava o ímpeto de fazer coisas perigosas, e por perigoso eu entendia, por exemplo, andar de tobogã, aquela rampa alta e ondulada em que a gente descia sentada sobre um saco de algodão ou coisa parecida.
    Por volta dos nove anos, decidi descer o tobogã, mas na hora H, amarelei. Faltou coragem. Assim como faltou também no dia em que meus pais resolveram ir até a Ilha dos Lobos, em Torres, num barco de pescador. No momento de subir no barco, desisti. Foram meu pai, minha mãe, meu irmão, e eu retornei sozinha, caminhando pela praia, até a casa da vó.
    Muita coragem me faltou na infância: até para colar durante as provas eu ficava nervosa.
    Mentir para pai e mãe, nem pensar. Ir de bicicleta até ruas muito distantes de casa, não me atrevia. Travada desse jeito, desconfiava que meu futuro seria bem diferente do das minhas amigas.
    Até que cresci e segui medrosa para andar de helicóptero, escalar vulcões, descer corredeiras d’água. No entanto, aos poucos fui descobrindo que mais importante do que ter coragem para aventuras de fim de semana, era ter coragem para aventuras mais definitivas, como a de mudar o rumo da minha vida se preciso fosse. Enfrentar helicópteros, vulcões, corredeiras e tobogãs exige apenas que tenhamos um bom relacionamento com a adrenalina.
    Coragem, mesmo, é preciso para terminar um relacionamento, trocar de profissão, abandonar um país que não atende nossos anseios, dizer não para propostas lucrativas porém vampirescas, optar por um caminho diferente do da boiada, confiar mais na intuição do que em estatísticas, arriscar-se a decepções para conhecer o que existe do outro lado da vida convencional. E, principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o quanto ela fortalece o ser humano.
    Não subi no barco quando criança – e não gosto de barcos até hoje. Vi minha família sair em expedição pelo mar e voltei sozinha pela praia, uma criança ainda, caminhando em meio ao povo, acreditando que era medrosa. Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia.
MEDEIROS, Marta. A graça das coisas. Porto Alegre - RS: L&PM, 2014, p. 90-91.
A
debate sobre a importância da coragem.
B
tese sobre a relação entre coragem e aventura.
C
artigo de natureza informativa sobre coragem e ousadia.
D
crônica em que os fatos relatados servem a uma argumentação.
E
Nenhuma das alternativas anteriores.
7d3200d0-e3
UEM 2013, UEM 2013, UEM 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A intenção de exaltação dos elementos nacionais vincula-se ao ideário romântico, mas a linguagem do texto revela as raízes árcades de José de Alencar. O texto é repleto de inversões sintáticas, de vocabulário clássico e erudito, de jogos de raciocínio, o que impede a fluidez da leitura.

Assinale o que for correto sobre o romance Iracema, de José de Alencar. 
C
Certo
E
Errado
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FPS 2017 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual

Todo texto se desenvolve conforme padrões recorrentes de tipos e gêneros. Dessa forma, para o êxito na compreensão do Texto 1, convém que o entendamos como um texto:

TEXTO 1

A leitura como tratamento para diversas doenças


(1) Imagine chegar ao consultório ou ao hospital com um incômodo qualquer e sair de lá com a prescrição de uma terapia intensiva de George Orwell, seguida de pílulas de Fernando Pessoa, emplastros de Victor Hugo e doses generosas de Monteiro Lobato. Você não leu errado: uma boa história ajuda a aliviar depressão, ansiedade e outros problemas que atingem a cabeça e o resto do organismo.
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras. 
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade. 
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago. 

A
narrativo, do gênero ‘notícia’, em que se faz o relato de fatos fantasiosos envolvendo vários agentes.
B
expositivo, do gênero ‘comentário de divulgação científica’, objetivo e consistente.
C
descritivo, do gênero ‘síntese’, no qual uma situação é, subjetivamente, descrita e detalhada.
D
injuntivo, do gênero ‘normas’, em que se indica a sequência de ações frente a problemas de saúde.
E
dissertativo, do gênero ‘argumentação’, no qual se defende a conservação das tradições em saúde.
36f34c56-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Que intencionalidade estrutura o texto?


(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)

A
Anunciar qualidades de um produto, procurando persuadir o leitor a comprá-lo.
B
Destacar a beleza de uma nova linha de papel, utilizado em empresas e gráficas.
C
Fazer uma crítica ao excessivo desmatamento para transformar o verde em papel.
D
Sensibilizar o consumidor a comprar um novo produto: papel hidrográfico.
E
Despertar interesse de pessoas poliglotas a utilizarem material próprio para impressoras, copiadoras de multiuso.
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MACKENZIE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Análise sintática, Tipologia Textual, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa INCORRETA.

Texto para a questão


Vera Teixeira de Aguiar, O verbal e o não verbal

A
Se precisamos estar em constante contato com os outros (linha 01) exprime a finalidade do fato contido na oração que lhe segue imediatamente.
B
A partícula las em pô-las (linha 05) refere-se anaforicamente a regras de comunicação.
C
A expressão a que (linha 10) pode ser substituída por “ao qual”, sem que haja alteração dos sentidos originais do texto.
D
O advérbio aliás (linha 09) denota, no texto, noção de retificação.
E
Verbais ou não verbais (linha 21) é expressão que caracteriza os sinais criados pelo homem, mencionados posteriormente no texto.
33c37106-dc
UFRN 2011 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual



O texto é, predominantemente,

A
explicativo, considerando-se a interação dos personagens marcada pela alternância entre perguntas e respostas.
B
descritivo, considerando-se a relação entre os substantivos e os adjetivos, responsável pela caracterização dos personagens.
C
injuntivo, considerando-se o uso de verbos no modo imperativo, característico de textos que apresentam instruções de uso.
D
dialogal, considerando-se a interação verbal dos personagens e as alternâncias de fala, marcadas pelo uso de travessões.
1d8b04c7-de
FGV 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se


I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;

II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem situado em contexto histórico-social determinado;

III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.


Está correto o que se afirma em

Texto para a questão.


Machado de Assis, Quincas Borba. 

A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
5c35870b-d9
UFVJM-MG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A partir da leitura desse trecho, é correto afirmar que:

Este trecho é o início da biografia de Geralda Barbosa Pinto, moradora da comunidade Padre João Afonso, escrita por Layane Vieira Barbosa, como parte do livro ―Padre João Afonso: traços e laços de uma comunidade do campo‖. Utilize-o como base para a resolução da questão.


GERALDA BARBOSA PINTO "

Trago em mim a simplicidade, eu sou aquilo que a vida me ensinou... Sou sentimento, sou do campo, sou do povo, sou os versos de um caipira sonhador!‖ Robson Ruas Geralda Barbosa Pinto, nascida em 27 de fevereiro de 1934 na Fazenda Beira do Suaçuí, município de Paulistas, relata sua história de vida com orgulho estampado na face. Em uma quarta-feira, às quatro horas da tarde, nasce uma bela moça, a caçula de sete irmãos. Disse: ―E eu sô uma caçulinha bem novinha, só 83 anos (risos).‖ [...]


Fonte: BARBOSA, L. V. Geralda Barbosa Pinto. In: PEREIRA, D. N.; SILVA, H. M.; MENDES, M. T. (Orgs.) Padre João Afonso: traços e laços de uma comunidade do campo. Diamantina: UFVJM. 2018

A
é um texto argumentativo, como os verbos no presente evidenciam.
B
quando Geralda afirma ser uma ‗caçula bem novinha‘, ela faz uso de ironia.
C
a moradora de Padre João Afonso escreveu uma autobiografia em primeira pessoa.
D
a epígrafe explora predominantemente a função conativa ou apelativa da linguagem.
198bb045-dc
FAME 2014 - Português - Interpretação de Textos, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia esta passagem do romance Dom Casmurro de Machado de Assis.

— Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça desconfiar. Basta a idade; Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada; são dois criançolas. Não se esqueça que foram criados juntos, desde aquela grande enchente, há dez anos, em que a família Pádua perdeu tanta coisa; daí vieram as nossas relações. Pois eu hei de crer? ... Mano Cosme, você que acha? Tio Cosme respondeu com um "Ora!" que, traduzido em vulgar, queria dizer: "São imaginações do José Dias; os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?"

— Sim, creio que o senhor está enganado.

— Pode ser, minha senhora. Oxalá tenham razão; mas creia que não falei senão depois de muito examinar...

(...)

Minha mãe assoou-se sem responder. Prima Justina creio que se levantou e foi ter com ela. Seguiu-se um alto silêncio, durante o qual estive a pique de entrar na sala, mas outra força maior, outra emoção... Não pude ouvir as palavras que tio Cosme entrou a dizer. Prima Justina exortava: "Prima Glória! Prima Glória!" José Dias desculpava-se: "Se soubesse, não teria falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo, um dever amaríssimo...”

(ASSIS, 1974, p.19-20).

Assinale a alternativa CORRETA a repeito dessa passagem.

A
A presença de discurso direto e indireto denota o profundo conhecimento que o narrador tem das personagens.
B
O narrador em 3ª pessoa distancia-se dos fatos, pois é imparcial e desconhece as personagens.
C
A atenção do narrador é dada à desconfiança de José Dias, que é aprovada pelos demais ouvintes.
D
Os tempos verbais denotam que os diálogos aconteceram ao mesmo tempo em que o narrador relata os fatos.
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CESMAC 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

O Texto requer que o interpretemos como um exemplar do discurso:

TEXTO

Mais ativos, mais espertos.
O cérebro de quem pratica atividade física regularmente funciona melhor. Os atletas e os profissionais de educação física dizem isso há muito tempo. Pela primeira vez, porém, os cientistas conseguiram reunir um conjunto de evidências para sustentar a afirmação que antes parecia ser apenas um recurso para manter os leitores estimulados. Com ajuda de imagens de ressonância magnética, os pesquisadores conseguiram determinar o que acontece no cérebro de quem malha. Concluíram que fazer exercício uma hora por dia, pelo menos três vezes por semana, estimula a produção de neurônios e favorece a aprendizagem. Em outras palavras, quem se exercita fica mais esperto.
Cientistas da Universidade de Colúmbia e do Instituto de Pesquisa Salk, nos Estados Unidos, submeteram um grupo de voluntários a essa rotina de malhação durante três meses. Concluíram que a prática dobrou o fluxo de sangue no cérebro e provocou o nascimento de novas células no hipocampo, a área relacionada com a memória e com a capacidade de aprendizagem.
Para investigar esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas decidiram analisar a cabeça dos judocas profissionais. O cérebro deles foi comparado com o de indivíduos sedentários pelo educador físico Wantuir Jacini, sob a orientação do neurologista Li Li Min. Imagens de ressonância magnética revelaram que os atletas possuíam maior quantidade de massa cinzenta em áreas ligadas ao desenvolvimento motor e à concentração.

(Revista Época. 5/11/2007, p. 128).
A
narrativo, que desenvolve um enredo, com cenário, personagens e sucessivas intervenções.
B
dissertativo, apoiado numa perspectiva particular e meramente opinativa.
C
objetivo, respaldado pela verificação e pela comprovação de resultados.
D
expositivo, com base em suposições culturais relacionadas à área da saúde.
E
descritivo, apenas; o qual, nem implicitamente, incita a uma mudança comportamental.
668ca9ef-d8
IF-RN 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os textos 1 e 2 possuem em comum

A
o gênero textual.
B
a temática.
C
o tipo textual.
D
a intenção comunicativa.
4c40f73b-d7
FGV 2013 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se


I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;

II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem situado em contexto histórico-social determinado;

III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.


Está correto o que se afirma em 

A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
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FAMERP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Embora o texto seja narrativo, há nele trechos em que o tom argumentativo, característico da dissertação, se faz presente, como se observa em:

Leia o trecho do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, para responder à questão.

    Quaresma viveu lá, no manicômio, resignadamente, conversando com os seus companheiros, onde via ricos que se diziam pobres, pobres que se queriam ricos, sábios a maldizer da sabedoria, ignorantes a se proclamarem sábios; mas, deles todos, daquele que mais se admirou, foi de um velho e plácido negociante da Rua dos Pescadores que se supunha Átila1 . Eu, dizia o pacato velho, sou Átila, sabe? Sou Átila. Tinha fracas notícias da personagem, sabia o nome e nada mais. Sou Átila, matei muita gente – e era só.
    Saiu o major mais triste ainda do que vivera toda a vida. De todas as cousas tristes de ver, no mundo, a mais triste é a loucura; é a mais depressora e pungente.
    Aquela continuação da nossa vida tal e qual, com um desarranjo imperceptível, mas profundo e quase sempre insondável, que a inutiliza inteiramente, faz pensar em alguma cousa mais forte que nós, que nos guia, que nos impele e em cujas mãos somos simples joguetes. Em vários tempos e lugares, a loucura foi considerada sagrada, e deve haver razão nisso no sentimento que se apodera de nós quando, ao vermos um louco desarrazoar, pensamos logo que já não é ele quem fala, é alguém, alguém que vê por ele, interpreta as cousas por ele, está atrás dele, invisível!...

(Triste fim de Policarpo Quaresma, 1992.)

1 Átila: rei dos hunos, governou o maior império europeu de seu tempo, desde o ano 434 até sua morte em 453; muitas lendas o retratam como um imperador violento e cruel. 
A
“daquele que mais se admirou, foi de um velho e plácido negociante da Rua dos Pescadores que se supunha Átila” (1º parágrafo).
B
“Quaresma viveu lá, no manicômio, resignadamente, conversando com os seus companheiros” (1º parágrafo).
C
“ricos que se diziam pobres, pobres que se queriam ricos, sábios a maldizer da sabedoria, ignorantes a se proclamarem sábios” (1º parágrafo).
D
“Saiu o major mais triste ainda do que vivera toda a vida” (2º parágrafo).
E
“De todas as cousas tristes de ver, no mundo, a mais triste é a loucura” (2º parágrafo).
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CESMAC 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A compreensão de um texto depende, entre outros fatores, de sua composição, ou seja, de seu tipo e gênero. O Texto 1 tem os distintivos óbvios de:

O QUE OS BRASILEIROS SABEM (E NÃO SABEM) SOBRE DIABETES


(1) O Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com mais diabéticos no mundo. São ao redor de 12,5 milhões de cidadãos convivendo com a doença. Em meio a esse contingente, estima-se que 40% das pessoas desconheçam seu diagnóstico e menos de 30% não estejam com a glicemia controlada. Isso tudo leva a uma série de complicações, capazes de encurtar a expectativa de vida. Hoje, o diabetes já figura como a terceira causa de morte no Brasil.
(2) Claro que há boa notícia em meio a essa história. Os avanços tecnológicos envolvendo profissionais e novas medicações, além de outros fatores, vêm permitindo a um número crescente de brasileiros botar as rédeas sobre o diabetes. Mas, é preciso ter em mente que o país possui 14 milhões de pré-diabéticos, pessoas que, se nada for feito, irão inflacionar todas as estatísticas apresentadas até aqui.
(3) Significa um desafio dos grandes, não? E como é que vamos enfrentá-lo e solucioná-lo? Ora, com doses cavalares de informação e de conscientização. Essas são as razões que conduziram uma pesquisa inédita, para descobrir o que os brasileiros sabem e não sabem sobre diabetes.
(4) “Um dos achados mais relevantes é que parte expressiva dos entrevistados não têm uma percepção da gravidade do problema”, analisa um dos pesquisadores. Outro dado que chama a atenção é que a população teme mais certas complicações da doença - como cegueira e amputação - do que os males cardiovasculares. As pessoas ainda não se conscientizaram de que a principal causa de morte entre os diabéticos são os problemas do coração.
(5) Há um longo trabalho pela frente tanto para os profissionais de saúde como para a sociedade, de disseminar informação qualificada e convencer as pessoas a se cuidarem. Isso ajudaria a reverter situações, como o déficit na realização de exames preventivos, o que foi apontado na pesquisa.
(6) A maioria dos entrevistados acredita que adotar hábitos saudáveis é determinante para o controle da doença. Há uma grande relação entre diabetes e alimentação. A pesquisa ressalta a necessidade de os pacientes contarem com uma orientação nutricional mais consistente, calcada em evidências e não em dietas mirabolantes. Reforça ainda o papel do médico e de outros profissionais na adesão dos pacientes ao plano terapêutico e a um estilo de vida longe do sedentarismo. Na realidade, toda a sociedade precisa acordar e se engajar para superar os desafios do diabetes.

(Saúde. Abril. Com.Br. agosto de 2018, p. 58-63. Adaptado)
A
uma narração: com cenário, diferentes agentes e um conflito resolvido no final.
B
uma exposição: pontos expressivos são vistos em resposta a determinado problema.
C
uma ordem: passos são indicados na direção de uma operação concreta.
D
uma suposição: uma situação é vista a partir de um ponto de vista hipotético.
E
um comentário opinativo: conforme dados aleatórios, são expostos argumentos de solução.
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UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

O conto contrasta dois tipos de texto em sua estrutura.
Enquanto o segundo parágrafo se configura como narrativo, o primeiro parágrafo se aproxima da seguinte tipologia:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.

Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.

Rosa Amanda Strausz

Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.

A
injuntivo
B
descritivo
C
dramático
D
argumentativo
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UFU-MG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Há uma invasão de patinetes elétricas. O negócio começou em cidades dos Estados Unidos e da Europa e atingiu o Brasil. No Rio, elas são mais numerosas no Centro, região que conta com quase 80 estações de compartilhamento, e em bairros da zona sul: Botafogo, Copacabana, Ipanema e Leblon. Ainda não chegaram às mui esburacadas ruas e calçadas dos subúrbios.
Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta. Parece um transporte barato, mas não é bem assim. Dependendo da empresa, a viagem de um minuto pode custar R$3,00 mais R$0,50 por minuto extra. Para dar o gostinho ao freguês, a primeira corrida, de dez minutos, sai de graça.
Se você tem um celular (e quem não tem?), é fácil aderir ao modismo. Para fazer o desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro, vincular um cartão de crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão. Depois, é só sentir o vento batendo no rosto na avenida Rio Branco ou na praça Mauá. Pura modernidade em equilíbrio precário.
Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado. E uma moça machucou o belo nariz ao levar um tombo nos trilhos do VLT, onde, aliás, é proibido trafegar. A circulação está autorizada em ciclovias, ciclofaixas e — ai de nós, pedestres — nas calçadas.
Será mais uma moda passageira, como bambolês, ioiôs e cubos mágicos? Ou, na esteira dela, poderão surgir mais alternativas ecologicamente corretas de mobilidade urbana? Se eu pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da patinete. Além de trazer à memória os versos do samba de Moacyr Luz e Aldir Blanc: “Eu sou rolimã numa ladeira/ Não tenho o vício da ilusão”.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2019/04/a-invasao-das-patinetes.shtml Acesso em 08.abr.2019.


De acordo com as características do texto e, considerando que a comunicação é um jogo em que um indivíduo age sobre o outro, é correto afirmar, EXCETO, que

A
em “Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado.”, a função fática que inicia o trecho serve para introduzir uma sequência narrativa.
B
em “Se eu pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da patinete.”, ao aliar a função emotiva à metalinguística, o produtor se vale de uma sequência narrativa.
C
em “Para fazer o desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro, vincular um cartão de crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão.”, a função referencial veiculada pelo trecho é corroborada por uma sequência injuntiva.
D
em “Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta.”, a sequência descritiva que aparece no trecho objetiva fazer o leitor refletir sobre o assunto.
cbcf0b74-cb
IF-PE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Com relação aos tipos textuais, em VILAREJO, predominam sequências tipológicas

TEXTO 3

VILAREJO

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

Terra de heróis, lares de mãe
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal

Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá

Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão

Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos
Os destinos e essa canção
Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo Antunes
A
argumentativas.
B
injuntivas.
C
descritivas.
D
expositivas.
E
narrativas.
adb17c6b-cb
IF-PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

Assinale a alternativa correta em relação aos textos 1 e 2

Agora quando você morrer poderá se transformar na árvore de sua preferência

Adaptado de: http://diariodebiologia.com/2014/10/que-tal-morrer-e-virar-arvore/

TEXTO 1

    A BioUrna é um projeto que oferece de maneira inteligente, sustentável e ecologicamente correta de superar um dos momentos mais tristes de uma família: a hora da morte. Embora muitos se sintam incomodados em falar sobre ela, a morte faz parte do ciclo natural de nossas vidas e este projeto provavelmente irá mudar a forma como as pessoas veem a perda de um ente querido, transformando o fim da vida em “um retorno” através da natureza.

    Trata-se de uma urna biodegradável, feita com casca de coco, contendo turfa compactada e celulose, com as quais as suas cinzas serão misturadas. A urna vem com uma semente de árvore, que irá germinar quando enterrada. Os familiares podem escolher entre diversos tipos de árvores. O projeto que foi desenvolvido por dois jovens (Roger e Gerard Moliné), visa principalmente a aceitação do ciclo de vida natural e custa 105 dólares. A pessoa que fizer o pedido receberá uma única caixa e a semente da árvore escolhida.

    É lógico que ninguém quer morrer e muito menos perder um ente querido, mas que com essa ideia morrer ficou mais confortante: Ah isso ficou!

TEXTO 2


A
Ambos os textos (1 e 2) são argumentativos, trazem as mesmas informações, defendem a mesma opinião, sendo a presença do texto não verbal desnecessária, servindo apenas de ilustração ao primeiro.
B
O texto 1 é argumentativo, consiste na defesa da ideia de uma maneira distinta de lidar com a morte, tendo como objetivo central a formação de opinião do leitor contra a iniciativa da BioUrna, a melhor solução para a morte de um ente querido.
C
O texto 2 é injuntivo, pois está pautado no método para a concretização da ação de reunir as cinzas à semente, indicando o procedimento para realizar o “enterro”. Transmite para o leitor além de informações, instruções, explicações, sem argumentação.
D
O texto verbal e o não verbal são expositivos informacionais, uma vez que têm por objetivo simplesmente transmitir as informações sobre a questão da morte, sem grandes apreciações e, por isso, com o máximo de neutralidade, sem defesa de opinião.
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PUC - Campinas 2016 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o texto abaixo.


Rede de Sementes do Xingu formaliza a sua produção

segunda-feira, 25 de Maio de 2015

Biodiversidade


Esta notícia está associada ao Programa:

Xingu


Lei de sementes e mudas é aplicada como estratégia para a gestão da qualidade e garante a adequação legal da iniciativa. Os debates e ações em torno da conservação e restauração da biodiversidade têm esbarrado em um gargalo legal. Trata-se da lei de sementes e mudas que torna obrigatória uma série de procedimentos e documentações para a venda de sementes e mudas no Brasil. Se, por um lado, a lei se propõe a aplicar um sistema nacional de controle de qualidade de sementes e mudas com fiscalização, por outro, escancara as limitações para colocar tais exigências em prática, considerando a realidade das iniciativas e comunidades rurais. Esses cenários controversos trazem uma importante questão: como conseguir sementes e mudas legalizadas para a recuperação de áreas degradadas no Brasil?

A Rede de Sementes do Xingu incorporou a questão em sua atuação para estudar e propor um plano estratégico de adequação para que as sementes possam ser utilizadas. Para além de cumprir puramente as exigências burocráticas, a Rede partiu do princípio de que a melhor opção seria adequar-se à lei, o que traria ganhos efetivos na qualidade da produção e na gestão da iniciativa.

A adequação legal é um trabalho que exige tempo e formação, já que os seus reflexos incidem na gestão de toda a cadeia de produção de sementes. Há alguns anos, as questões legais estavam mais distantes das atividades e do trabalho dos coletores. Com a lei de sementes e mudas o cenário se alterou.

[...] 

Hoje a Associação conquistou a sua inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). “É inédito uma associação comunitária se credenciar para produzir sementes de acordo com a legislação vigente. Esse resultado é fruto da construção participativa, passo a passo. Espero que essa conquista possa encorajar outras iniciativas Brasil afora a seguir o mesmo caminho”, avalia Rodrigo Junqueira, coordenador do Programa Xingu.

(Adaptado de: www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/rede-de-sementes-do-xingu-formaliza-a-sua-producao. Acesso em: 13/04/2016)


O gráfico, no contexto em que está inserido, 

A
representa matemática e visualmente que os coletores de sementes do Xingu estão, desde 2012, debatendo a questão da biodiversidade e tomando as medidas necessárias para restaurá-la.
B
indica que o gargalo legal em torno da conservação da biodiversidade se instaura quando o governo propõe uma fiscalização severa na coleta de sementes e mudas e desconhece como as comunidades rurais têm recuperado áreas degradadas.
C
mostra que a Associação Rede de Sementes do Xingu mudou a compreensão dos coletores, que, em 2012, passaram do desconhecimento da lei de sementes e mudas ao cumprimento rigoroso das exigências burocráticas.
D
sinaliza que, por mais que os coletores da Rede, em 2012, avaliassem como importante a existência de um sistema nacional para controlar a qualidade das sementes, eles desconheciam a lei de sementes e mudas e suas implicações na prática.
E
indica que o princípio da adequação estrita à lei adotado pela Rede de Sementes do Xingu, ao propor um plano de adequação para que as sementes possam ser utilizadas, trouxe ganhos efetivos para os coletores da região
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UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual

A sequência textual que predomina no texto 1 é


A
narrativa, pois o autor narra fatos acontecidos com personagens, situando-os no tempo e no espaço.
B
expositivo-argumentativa, pois o autor expõe uma tese e argumenta em favor de sua opinião.
C
descritiva, porque o autor descreve as situações a fim de que o leitor consiga fazer uma imagem daquele acontecimento.
D
injuntiva, porque o autor escreve seu texto, explicando e induzindo o leitor a realizar algumas ações.