Questõessobre Tipologia Textual
A intenção de exaltação dos elementos
nacionais vincula-se ao ideário romântico, mas
a linguagem do texto revela as raízes árcades
de José de Alencar. O texto é repleto de
inversões sintáticas, de vocabulário clássico e
erudito, de jogos de raciocínio, o que impede a
fluidez da leitura.
Todo texto se desenvolve conforme padrões recorrentes de tipos e gêneros. Dessa forma, para o
êxito na compreensão do Texto 1, convém que o
entendamos como um texto:
TEXTO 1
A leitura como tratamento para diversas doenças
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras.
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade.
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago.
Que intencionalidade estrutura o texto?
(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)
Assinale a alternativa INCORRETA.
Texto para a questão
O texto é, predominantemente,
Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se
I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;
II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem
situado em contexto histórico-social determinado;
III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da
disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.
Está correto o que se afirma em
Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se
I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;
II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem situado em contexto histórico-social determinado;
III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.
Está correto o que se afirma em
Texto para a questão.
Machado de Assis, Quincas Borba.
A partir da leitura desse trecho, é correto afirmar que:
Este trecho é o início da biografia de Geralda Barbosa Pinto, moradora da comunidade Padre João Afonso, escrita por Layane Vieira Barbosa, como parte do livro ―Padre João Afonso: traços e laços de uma comunidade do campo‖. Utilize-o como base para a resolução da questão.
GERALDA BARBOSA PINTO "
Trago em mim a simplicidade, eu sou aquilo que a vida me ensinou... Sou sentimento, sou do campo, sou do povo, sou os versos de um caipira sonhador!‖ Robson Ruas Geralda Barbosa Pinto, nascida em 27 de fevereiro de 1934 na Fazenda Beira do Suaçuí, município de Paulistas, relata sua história de vida com orgulho estampado na face. Em uma quarta-feira, às quatro horas da tarde, nasce uma bela moça, a caçula de sete irmãos. Disse: ―E eu sô uma caçulinha bem novinha, só 83 anos (risos).‖ [...]
Fonte: BARBOSA, L. V. Geralda Barbosa Pinto. In: PEREIRA, D. N.; SILVA, H. M.; MENDES, M. T. (Orgs.) Padre João Afonso: traços e laços de uma comunidade do campo. Diamantina: UFVJM. 2018
Leia esta passagem do romance Dom Casmurro de Machado de Assis.
— Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça
desconfiar. Basta a idade; Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana
passada; são dois criançolas. Não se esqueça que foram criados juntos, desde aquela
grande enchente, há dez anos, em que a família Pádua perdeu tanta coisa; daí vieram as
nossas relações. Pois eu hei de crer? ... Mano Cosme, você que acha?
Tio Cosme respondeu com um "Ora!" que, traduzido em vulgar, queria dizer: "São
imaginações do José Dias; os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?"
— Sim, creio que o senhor está enganado.
— Pode ser, minha senhora. Oxalá tenham razão; mas creia que não falei senão depois de
muito examinar...
(...)
Minha mãe assoou-se sem responder. Prima Justina creio que se levantou e foi ter com
ela. Seguiu-se um alto silêncio, durante o qual estive a pique de entrar na sala, mas outra
força maior, outra emoção... Não pude ouvir as palavras que tio Cosme entrou a dizer.
Prima Justina exortava: "Prima Glória! Prima Glória!" José Dias desculpava-se: "Se
soubesse, não teria falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir
um dever amargo, um dever amaríssimo...”
(ASSIS, 1974, p.19-20).
Assinale a alternativa CORRETA a repeito dessa passagem.
O Texto requer que o interpretemos como um
exemplar do discurso:
Mais ativos, mais espertos.
Os textos 1 e 2 possuem em comum
Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se
I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;
II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem situado em contexto histórico-social determinado;
III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.
Está correto o que se afirma em
Entre as técnicas narrativas que entram na composição do excerto encontra-se
I o emprego dos discursos direto, indireto e indireto livre;
II o foco da narração incidindo primeiramente sobre a vida mental e de relação, mas bem situado em contexto histórico-social determinado;
III o narrador onisciente, que, no entanto, constitui as personagens principalmente a partir da disseminação de indícios e de sugestões, demandando a perspicácia do leitor.
Está correto o que se afirma em
Embora o texto seja narrativo, há nele trechos em que o tom
argumentativo, característico da dissertação, se faz presente,
como se observa em:
A compreensão de um texto depende, entre outros
fatores, de sua composição, ou seja, de seu tipo e
gênero. O Texto 1 tem os distintivos óbvios de:
O conto contrasta dois tipos de texto em sua estrutura.
Enquanto o segundo parágrafo se configura como narrativo, o primeiro parágrafo se aproxima
da seguinte tipologia:
A EDUCAÇÃO PELA SEDA
Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
Há uma invasão de patinetes elétricas. O negócio começou em cidades dos Estados Unidos
e da Europa e atingiu o Brasil. No Rio, elas são mais numerosas no Centro, região que conta com
quase 80 estações de compartilhamento, e em bairros da zona sul: Botafogo, Copacabana,
Ipanema e Leblon. Ainda não chegaram às mui esburacadas ruas e calçadas dos subúrbios.
Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de
deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta. Parece um transporte
barato, mas não é bem assim. Dependendo da empresa, a viagem de um minuto pode custar
R$3,00 mais R$0,50 por minuto extra. Para dar o gostinho ao freguês, a primeira corrida, de dez
minutos, sai de graça.
Se você tem um celular (e quem não tem?), é fácil aderir ao modismo. Para fazer o
desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro, vincular um cartão de
crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão. Depois, é só sentir o vento batendo
no rosto na avenida Rio Branco ou na praça Mauá. Pura modernidade em equilíbrio precário.
Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela
rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado. E uma moça
machucou o belo nariz ao levar um tombo nos trilhos do VLT, onde, aliás, é proibido trafegar. A
circulação está autorizada em ciclovias, ciclofaixas e — ai de nós, pedestres — nas calçadas.
Será mais uma moda passageira, como bambolês, ioiôs e cubos mágicos? Ou, na esteira
dela, poderão surgir mais alternativas ecologicamente corretas de mobilidade urbana? Se eu
pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da patinete. Além
de trazer à memória os versos do samba de Moacyr Luz e Aldir Blanc: “Eu sou rolimã numa ladeira/
Não tenho o vício da ilusão”.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2019/04/a-invasao-das-patinetes.shtml Acesso em
08.abr.2019.
De acordo com as características do texto e, considerando que a comunicação é um jogo
em que um indivíduo age sobre o outro, é correto afirmar, EXCETO, que
Com relação aos tipos textuais, em VILAREJO, predominam sequências tipológicas
Assinale a alternativa correta em relação aos textos 1 e 2
Agora quando você morrer poderá se transformar na árvore de sua preferência
Adaptado de: http://diariodebiologia.com/2014/10/que-tal-morrer-e-virar-arvore/
TEXTO 1
A BioUrna é um projeto que oferece de maneira inteligente, sustentável e ecologicamente correta de superar um dos momentos mais tristes de uma família: a hora da morte. Embora muitos se sintam incomodados em falar sobre ela, a morte faz parte do ciclo natural de nossas vidas e este projeto provavelmente irá mudar a forma como as pessoas veem a perda de um ente querido, transformando o fim da vida em “um retorno” através da natureza.
Trata-se de uma urna biodegradável, feita com casca de coco, contendo turfa compactada e celulose, com as quais as suas cinzas serão misturadas. A urna vem com uma semente de árvore, que irá germinar quando enterrada. Os familiares podem escolher entre diversos tipos de árvores. O projeto que foi desenvolvido por dois jovens (Roger e Gerard Moliné), visa principalmente a aceitação do ciclo de vida natural e custa 105 dólares. A pessoa que fizer o pedido receberá uma única caixa e a semente da árvore escolhida.
É lógico que ninguém quer morrer e muito menos perder um ente querido, mas que com essa ideia morrer ficou mais confortante: Ah isso ficou!
TEXTO 2
Considere o texto abaixo.
Rede de Sementes do Xingu formaliza a sua produção
segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Biodiversidade
Esta notícia está associada ao Programa:
Xingu
Lei de sementes e mudas é aplicada como estratégia para a gestão da qualidade e garante a adequação legal da iniciativa.
Os debates e ações em torno da conservação e restauração da biodiversidade têm esbarrado em um gargalo legal. Trata-se da
lei de sementes e mudas que torna obrigatória uma série de procedimentos e documentações para a venda de sementes e
mudas no Brasil. Se, por um lado, a lei se propõe a aplicar um sistema nacional de controle de qualidade de sementes e mudas
com fiscalização, por outro, escancara as limitações para colocar tais exigências em prática, considerando a realidade das
iniciativas e comunidades rurais. Esses cenários controversos trazem uma importante questão: como conseguir sementes e
mudas legalizadas para a recuperação de áreas degradadas no Brasil?
A Rede de Sementes do Xingu incorporou a questão em sua atuação para estudar e propor um plano estratégico de adequação
para que as sementes possam ser utilizadas. Para além de cumprir puramente as exigências burocráticas, a Rede partiu do
princípio de que a melhor opção seria adequar-se à lei, o que traria ganhos efetivos na qualidade da produção e na gestão da
iniciativa.
A adequação legal é um trabalho que exige tempo e formação, já que os seus reflexos incidem na gestão de toda a cadeia de
produção de sementes. Há alguns anos, as questões legais estavam mais distantes das atividades e do trabalho dos coletores.
Com a lei de sementes e mudas o cenário se alterou.
[...]
Hoje a Associação conquistou a sua inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). “É inédito uma
associação comunitária se credenciar para produzir sementes de acordo com a legislação vigente. Esse resultado é fruto da
construção participativa, passo a passo. Espero que essa conquista possa encorajar outras iniciativas Brasil afora a seguir o
mesmo caminho”, avalia Rodrigo Junqueira, coordenador do Programa Xingu.
(Adaptado de: www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/rede-de-sementes-do-xingu-formaliza-a-sua-producao. Acesso
em: 13/04/2016)
O gráfico, no contexto em que está inserido,
Considere o texto abaixo.
Rede de Sementes do Xingu formaliza a sua produção
segunda-feira, 25 de Maio de 2015
Biodiversidade
Esta notícia está associada ao Programa:
Xingu
Lei de sementes e mudas é aplicada como estratégia para a gestão da qualidade e garante a adequação legal da iniciativa. Os debates e ações em torno da conservação e restauração da biodiversidade têm esbarrado em um gargalo legal. Trata-se da lei de sementes e mudas que torna obrigatória uma série de procedimentos e documentações para a venda de sementes e mudas no Brasil. Se, por um lado, a lei se propõe a aplicar um sistema nacional de controle de qualidade de sementes e mudas com fiscalização, por outro, escancara as limitações para colocar tais exigências em prática, considerando a realidade das iniciativas e comunidades rurais. Esses cenários controversos trazem uma importante questão: como conseguir sementes e mudas legalizadas para a recuperação de áreas degradadas no Brasil?
A Rede de Sementes do Xingu incorporou a questão em sua atuação para estudar e propor um plano estratégico de adequação para que as sementes possam ser utilizadas. Para além de cumprir puramente as exigências burocráticas, a Rede partiu do princípio de que a melhor opção seria adequar-se à lei, o que traria ganhos efetivos na qualidade da produção e na gestão da iniciativa.
A adequação legal é um trabalho que exige tempo e formação, já que os seus reflexos incidem na gestão de toda a cadeia de produção de sementes. Há alguns anos, as questões legais estavam mais distantes das atividades e do trabalho dos coletores. Com a lei de sementes e mudas o cenário se alterou.
[...]
Hoje a Associação conquistou a sua inscrição no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem). “É inédito uma associação comunitária se credenciar para produzir sementes de acordo com a legislação vigente. Esse resultado é fruto da construção participativa, passo a passo. Espero que essa conquista possa encorajar outras iniciativas Brasil afora a seguir o mesmo caminho”, avalia Rodrigo Junqueira, coordenador do Programa Xingu.
(Adaptado de: www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/rede-de-sementes-do-xingu-formaliza-a-sua-producao. Acesso em: 13/04/2016)
O gráfico, no contexto em que está inserido,