Questão 2b8248c4-c3
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Há uma invasão de patinetes elétricas. O negócio começou em cidades dos Estados Unidos
e da Europa e atingiu o Brasil. No Rio, elas são mais numerosas no Centro, região que conta com
quase 80 estações de compartilhamento, e em bairros da zona sul: Botafogo, Copacabana,
Ipanema e Leblon. Ainda não chegaram às mui esburacadas ruas e calçadas dos subúrbios.
Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de
deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta. Parece um transporte
barato, mas não é bem assim. Dependendo da empresa, a viagem de um minuto pode custar
R$3,00 mais R$0,50 por minuto extra. Para dar o gostinho ao freguês, a primeira corrida, de dez
minutos, sai de graça.
Se você tem um celular (e quem não tem?), é fácil aderir ao modismo. Para fazer o
desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro, vincular um cartão de
crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão. Depois, é só sentir o vento batendo
no rosto na avenida Rio Branco ou na praça Mauá. Pura modernidade em equilíbrio precário.
Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela
rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado. E uma moça
machucou o belo nariz ao levar um tombo nos trilhos do VLT, onde, aliás, é proibido trafegar. A
circulação está autorizada em ciclovias, ciclofaixas e — ai de nós, pedestres — nas calçadas.
Será mais uma moda passageira, como bambolês, ioiôs e cubos mágicos? Ou, na esteira
dela, poderão surgir mais alternativas ecologicamente corretas de mobilidade urbana? Se eu
pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da patinete. Além
de trazer à memória os versos do samba de Moacyr Luz e Aldir Blanc: “Eu sou rolimã numa ladeira/
Não tenho o vício da ilusão”.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2019/04/a-invasao-das-patinetes.shtml Acesso em
08.abr.2019.
De acordo com as características do texto e, considerando que a comunicação é um jogo
em que um indivíduo age sobre o outro, é correto afirmar, EXCETO, que
Há uma invasão de patinetes elétricas. O negócio começou em cidades dos Estados Unidos
e da Europa e atingiu o Brasil. No Rio, elas são mais numerosas no Centro, região que conta com
quase 80 estações de compartilhamento, e em bairros da zona sul: Botafogo, Copacabana,
Ipanema e Leblon. Ainda não chegaram às mui esburacadas ruas e calçadas dos subúrbios.
Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de
deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta. Parece um transporte
barato, mas não é bem assim. Dependendo da empresa, a viagem de um minuto pode custar
R$3,00 mais R$0,50 por minuto extra. Para dar o gostinho ao freguês, a primeira corrida, de dez
minutos, sai de graça.
Se você tem um celular (e quem não tem?), é fácil aderir ao modismo. Para fazer o
desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro, vincular um cartão de
crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão. Depois, é só sentir o vento batendo
no rosto na avenida Rio Branco ou na praça Mauá. Pura modernidade em equilíbrio precário.
Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela
rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado. E uma moça
machucou o belo nariz ao levar um tombo nos trilhos do VLT, onde, aliás, é proibido trafegar. A
circulação está autorizada em ciclovias, ciclofaixas e — ai de nós, pedestres — nas calçadas.
Será mais uma moda passageira, como bambolês, ioiôs e cubos mágicos? Ou, na esteira
dela, poderão surgir mais alternativas ecologicamente corretas de mobilidade urbana? Se eu
pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da patinete. Além
de trazer à memória os versos do samba de Moacyr Luz e Aldir Blanc: “Eu sou rolimã numa ladeira/
Não tenho o vício da ilusão”.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/alvaro-costa-e-silva/2019/04/a-invasao-das-patinetes.shtml Acesso em
08.abr.2019.
De acordo com as características do texto e, considerando que a comunicação é um jogo
em que um indivíduo age sobre o outro, é correto afirmar, EXCETO, que
A
em “Cuidado: a velocidade da bichinha chega a 20km/h. Um cronista, que vinha flanando pela
rua Visconde de Pirajá em busca de assunto, escapou por pouco de ser atropelado.”, a função
fática que inicia o trecho serve para introduzir uma sequência narrativa.
B
em “Se eu pudesse, promovia a volta do rolimã, que é uma espécie de primo mais esperto da
patinete.”, ao aliar a função emotiva à metalinguística, o produtor se vale de uma sequência
narrativa.
C
em “Para fazer o desbloqueio do veículo, basta baixar o aplicativo, preencher um cadastro,
vincular um cartão de crédito à conta e escanear o código que fica debaixo do guidão.”, a função
referencial veiculada pelo trecho é corroborada por uma sequência injuntiva.
D
em “Já íntimas, são chamadas de “verdinhas”. Têm como desculpa a opção prática de
deslocamento e são menos poluentes que o automóvel ou a motocicleta.”, a sequência
descritiva que aparece no trecho objetiva fazer o leitor refletir sobre o assunto.