Questõesde UNICENTRO sobre Sintaxe

1
1
1
Foram encontradas 42 questões
4cd37962-ff
UNICENTRO 2019 - Português - Regência, Sintaxe

A alternativa que traz uma forma verbal cuja predicação é completa, ou seja não necessita de complemento


A
"perguntou" (l. 1).
B
"desciam" (l. 8).
C
"trazia" (l. 10).
D
"Calçava" (l. 10).
7fce8a40-ff
UNICENTRO 2016 - Português - Flexão verbal de número (singular, plural), Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Flexão verbal de pessoa (1ª, 2ª, 3ª pessoa), Morfologia - Verbos, Regência, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Funções morfossintáticas da palavra SE, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o poema, é correto afirmar:

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar,

1964. p. 70.

A
As expressões “compor um poema” (v. 1) e “escrever um poema” (v. 2) são semanticamente opostas e possuem estruturas morfossintáticas diferentes.
B
O sujeito poético, nos versos 5 e 16, explora um recurso de linguagem conhecido por pleonasmo..
C
As formas verbais “declarou” (v.10) e “melhoram” (v. 13) apresentam a mesma conjugação verbal e a mesma exigência em relação à sua regência.
D
O “se” dos versos 14 e 17 exercem, respectivamente, funções morfossintáticas de elemento reflexivo e conectivo condicional.
91188ef2-ff
UNICENTRO 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Regência, Problemas da língua culta, Pronomes pessoais oblíquos, Locução Verbal, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Em relação ao emprego dos verbos e pronomes do poema, é correto afirmar:

 

GUIMARAENS, Alphonsus. Hão de chorar por ela os cinamomos.

Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/literatura/cinco-poemasalphonsus-guimaraens.htm>;. Acesso em: 22 set. 2016.

A
A locução “Hão de chorar” (v. 1) expressa impessoalidade da mesma forma que o é em “hão de cair”(v. 3) e “Hão de chorar” (v. 8).
B
As formas nominais “Murchando” (v. 2) e “Lembrando-se” (v. 4) possuem a mesma regência verbal, exigindo o mesmo tipo de complemento.
C
A forma verbal “pomos” (v. 7) retoma uma ideia recorrente expressa em “pomos”(v. 3).
D
Em “ela se morreu” (v. 6), a partícula “se” tem função expletiva, tornando-se desnecessário o seu uso.
91110a24-ff
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação à análise dos elementos linguísticos que estruturam o texto IV, é correto afirmar:

TEXTO III.

    “— és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. [...] O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foi levantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estava dentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas.” 
ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias.
Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros. 
Acesso em: 22 set. 2016.


TEXTO IV.

     Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; [...] Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Disponível em:< http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros>.
Acesso em 22 set. 2016
A
A partícula “se” (l. 1-2), em suas duas ocorrências, exerce função de pronome reflexivo, já que se trata em narrar a própria história.
B
A colocação da palavra “defunto”, em diferente posição, uma antes e outra depois da palavra “autor”, é um recurso linguístico sem diferentes conotações.
C
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, as vírgulas aí aplicadas obedecem à mesma regra de pontuação.
D
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, o termo “a”, nas duas ocorrências, exerce diferentes funções morfossintáticas.
11b5b03d-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Assinale a única alternativa em que o sujeito é inexistente.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Roubaram todas as coisas daquele pobre rapaz.
B
“Do riso fez-se o pranto”, escreveu o poeta.
C
Dolores e Nélson casaram-se durante o verão.
D
Fiz tudo que me foi pedido.
E
Havia muitas pessoas em Barcelona durante a festa.
11bb95c2-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Termos integrantes da oração: Objeto direto, Objeto indireto, Complemento nominal, Agente da Passiva, Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Termos integrantes da oração: predicativo do sujeito e predicativo do objeto

Assinale a única alternativa incorreta em relação à frase: “A menina deu muito amor aos pais durante a vida toda”.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Apresenta sujeito simples.
B
“Muito amor” funciona como objeto direto do verbo dar.
C
“Aos pais” funciona como objeto direto preposicionado do verbo dar.
D
O verbo é transitivo direto.
E
Durante a vida toda funciona como adjunto adverbial.
119f8f95-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Regência, Sintaxe

A aplicação das regras de regência, previstas pelos manuais de gramática da língua portuguesa, só não está adequada na alternativa:

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Como tínhamos ingressos da ala VIP, assistimos o jogo confortavelmente instalados.
B
Informaram-lhe todas as datas possíveis para o evento.
C
Comunicaram-no de tudo que poderia ocorrer durante a maratona.
D
Todos os presentes visavam a alcançar uma boa colocação.
E
Eustácio namora Leocádia há anos.
1190e2d1-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Sintaxe, Orações subordinadas adverbiais: Causal, Comparativa, Consecutiva, Concessiva, Condicional..., Orações subordinadas substantivas: Subjetivas, Objetivas diretas, Objetivas indiretas...

Assinale a alternativa que estiver em desacordo com as relações morfossintáticas presentes neste fragmento: “Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…”

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Os termos “Diante dessa realidade” exercem a função sintática de adjunto adverbial de tempo.
B
Temos um período composto, em que “acreditar na ideia” funciona como uma oração subordinada substantiva subjetiva.
C
Neste mesmo período, os termos “de que uma pessoa, (...), mais velha fica”, completam o termo “ideia”, constituindo, por isso, uma oração subordinada substantiva completiva nominal.
D
Este período apresenta pelo menos uma oração subordinava adverbial proporcional.
E
Em: “... para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…”, temos uma oração subordinada adverbial final.
119c1eca-fd
UNICENTRO 2017 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Sobre as regras gramaticais de concordância, assinale o que estiver incorreto.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Contiveram-se o rapaz e seus familiares durante o tumulto.
B
A maioria dos clientes optaram por retirar o prêmio em dinheiro.
C
Naquele dia, fizemos bastantes exercícios de fixação.
D
Mesmo com todo trabalho, estávamos menos cansados que no dia anterior.
E
As condições dos pacientes pioraram muito, o que deixou os médicos bastantes preocupados.
04af1e94-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Ortografia, Regência, Análise sintática, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Crase, Acentuação Gráfica: Proparoxítonas, Paraxítonas, Oxítonas e Hiatos, Sintaxe, Morfologia

No que diz respeito aos recursos linguísticos presentes no texto, está correto o que se afirma em
I. O termo preposicionado “da natureza” (l. 3) exerce a mesma função sintática que “de comunicação” (l. 7), ambos tendo valor passivo, pois completam o sentido de um nome.
II. O vocábulo “países” (l. 6) é acentuado, porque o -i- do hiato não aparece antecedido de ditongo, forma sílaba sozinho, e não vem seguido de -nh, enquanto a acentuação do ditongo aberto -oi- de “heróis” (l. 6) e de “mói” (l. 18) deve-se, respectivamente, ao fato de se tratar de palavra oxítona e de um monossílabo tônico.
III. A presença do sinal de crase em “à magnificação” (l. 8) revela a fusão de duas vogais idênticas, embora pertencentes a classes gramaticais diferentes, sendo uma decorrente de regência verbal, e outra determinante de um nome feminino.
IV. Os verbos em negrito no fragmento “superar ou controlar a violência” (l. 14-15) classificam-se como transitivos, fazem parte da mesma conjugação e compõem orações subjetivas que se alternam entre si.
V. As palavras “desigualdades” (l. 41) e “injustiças” (l. 41) são derivadas pelo mesmo processo, não obstante os prefixos que as formam expressarem diferentes ideias.

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
 I e II.
B
II e V.
C
I, III e V.
D
 II, III e IV.
E
III, IV e V.
04a0b86a-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Uso dos conectivos, Advérbios, Preposições, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Quanto aos elementos linguísticos presentes na tessitura do texto, é correto afirmar:

CAMARGO, Orson. Bullying. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
A marca linguística “mais”, em “e são exercidas por um ou mais indivíduos” (l. 4-5), possui valor pronominal e indica quantidade.
B
O termo destacado no trecho “de uma relação desigual de forças ou poder.” (l. 8-9) constitui um exemplo de expressão denotativa de restrição.
C
O advérbio “praticamente”, no fragmento “podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto” (l. 10-11), mantém relação semântica com “geralmente”, em “Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas” (l. 17).
D
A presença da preposição “de” e do artigo “as”, na frase “Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos” (l. 14-15), em lugar da contração das, não procede em virtude da inexistência de alguma razão para que tal fato aconteça.
E
O articulador “desde que”, no excerto “desde que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.” (l. 28-29), introduz, no período em que se insere, a ideia de temporalidade.
048cd3f3-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Advérbios, Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação aos aspectos coesivos presentes no texto e seus efeitos de sentido, está correto o que se afirma em
I. O advérbio “especialmente” (l. 4) destaca o uso do trabalho escravo africano em relação ao indígena. II. O conector “que” (l. 11) dá progressão temática ao texto restringindo a ideia expressa por “a urbanização acelerada” (l. 11).
III. A expressão “Em contrapartida” (l. 18) introduz uma concessão relacionada com o informe que será apresentado a seguir.
IV. O vocábulo “mais” (l. 28) modifica “diversos” (l. 28), intensificando-lhe o sentido, em um contexto opinativo sobre o incremento de ações por parte dos variados âmbitos sociais com o objetivo de debelar a violência.
V. O conectivo “mas também” (l. 29-30) acrescenta outras medidas indispensáveis ao combate da tirania que ganha cada vez mais espaço no Brasil

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

CAMARGO, Orson. A violência no Brasil, outro olhar. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
I e II.
B
II e III.
C
I, IV e V.
D
II, III e IV.
E
III, IV e V.
0482d1ef-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Artigos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Pronomes possessivos, Análise sintática, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia, Morfologia - Pronomes

A análise linguística dos elementos verbais que compõem a mensagem está correta em
I. A partícula “o”, nos dois casos, é o masculino de “a”, em “a força”, já que se trata de artigos.
II. O termo preposicionado “de saber” modifica “dom”, na função de adjunto adnominal. III. O elemento coesivo “que”, nas três ocorrências, pertence à mesma classe de palavras.
IV. A oração reduzida “por acreditar” expressa a ideia de causa, podendo ser desdobrada.
V. Os pronomes “sua”, “seu”, “suas” e “sua” possuem o mesmo referente.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a



ALVES, Luis. O verdadeiro otimista. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016.
A
I e II.
B
II e III.
C
III e IV.
D
I, III e V.
E
II, IV e V
047f0907-fd
UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia

Sobre o termo destacado no trecho “mas simplesmente por acreditar”, a única afirmativa incorreta é a que se faz na alternativa



ALVES, Luis. O verdadeiro otimista. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016.
A
Expressa a ideia de exclusão.
B
Possui o mesmo valor morfológico de “não”.
C
É um modificador de “acreditar”, que exprime modo.
D
Pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, por meramente.
E
Indica impossibilidade de deslocamento para depois do verbo.
c6dc7edc-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Orações subordinadas adjetivas: Restritivas, Explicativas, Sintaxe

Assinale a alternativa correta sobre o reconhecimento de orações em períodos do texto.

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
A
Em “Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável...”, a segunda oração é subordinada substantiva objetiva direta.
B
Em “Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento”, a primeira oração é subordinada adverbial consecutiva.
C
No período “Facilita a queda e impede novos caminhos”, as orações são coordenadas assindéticas.
D
O período “Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo” tem, na segunda oração, uma subordinada substantiva completiva nominal.
E
Em “Todos temos medos que nos impedem de agir”, a segunda oração é subordinada adjetiva restritiva.
c6ec2a92-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Analise, no contexto do poema, os dois procedimentos distintos utilizados para a concordância entre o verbo caber e o sujeito a ele posposto. Em relação à concordância feita na quarta estrofe, é correto afirmar que

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
o verbo está corretamente no singular, porque o núcleo do sujeito é poema.
B
a forma singular se justifica, porque o sujeito posposto é simples e denota uma singularidade em relação ao “homem sem estômago”.
C
o desrespeito à regra da concordância ocorre em função da licença poética, ou seja, o poeta se desprendeu da normatividade das regras gramaticais para destacar somente o sujeito “homem sem estômago”.
D
o verbo está corretamente no singular, porque concorda apenas com o núcleo do sujeito mais próximo, como que se referindo, implicitamente, a cada um dos demais núcleos separadamente, singularizandoos.
E
o verbo está erroneamente no singular, pois ele se refere a um sujeito composto, devendo obrigatoriamente estar no plural.
c6e83087-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as seguintes afirmativas:

I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.

É correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
II e III
B
I e III
C
I e IV
D
II, III e IV
E
I, II e III
c6dfcc13-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Morfologia - Verbos, Classificação dos verbos (Regulares, Irregulares, Defectivos, Abundantes, Unipessoais, Pronominais), Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo)

Considerando os verbos que foram empregados no texto e as relações sintáticas que estabelecem, analise as afirmativas abaixo.

I. A expressão verbal se acorda está empregada na forma pronominal, portanto o pronome se é classificado como objeto indireto.
II. A oração “Foi venerada em todos os tempos” foi formada com a voz passiva do verbo venerar e seu sujeito paciente é retomado da oração anterior.
III. O verbo trazer que aparece no primeiro parágrafo é um verbo irregular e está empregado no tempo presente do modo subjuntivo.
IV. Os verbos ambicionar e trabalhar que foram usados no segundo parágrafo, no tempo presente do modo indicativo, se empregados no pretérito mais que perfeito do mesmo modo verbal, apresentariam as seguintes formas: ambicionara e trabalhara.
V. A forma verbal se aproxima é pronominal, o se é um pronome oblíquo reflexivo e exerce a função sintática de objeto direto reflexivo.

É correto apenas o que se afirma na alternativa

Texto para a questão 

A Velhice 
    A velhice é uma idade sagrada. Foi venerada em todos os tempos. Na antiguidade teve obséquios e cultos oficiais. Pode apreciar-se o grau de cada civilização histórica pelo respeito e pelo carinho dispensados a estes seres de energia quebrada e de esperanças desfeitas, que trazem nos olhos tristes o reflexo, cada vez maior, da morte pavorosa que se aproxima.
    A velhice é a quadra sem prazer de toda a vida humana. A infância sabe só que vive, e ri; a mocidade tem o sonho que a embala e canta; a vida adulta conta com o futuro, ambiciona e trabalha; a velhice é um sonambulismo trêmulo e quase sempre atormentado, de que só se acorda na agonia extrema... para morrer.

OSTA, Antonio Cândido. A Velhice.Disponível em http://rascunhorasgado.blogspot.com/2015/10/a-velhice.html. Acesso em 10 de ago. 2018.
A
I, II, III
B
II, III, IV
C
II, IV, V
D
I, II, V
E
I, IV, V
feccf43c-b0
UNICENTRO 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre a análise linguística dos termos transcritos, é correto o que se afirma em

TEXTO:


MORIN, Edgar. Amor, poesia, sabedoria. São Paulo: Bertrand Brasil,

2003, Prefácio. Adaptado. Não paginado.

A
“ou seja” (l. 2) denota dúvida.
B
“Mas” (l. 13) evidencia uma explicação.
C
“para” (l. 19) encerra a noção de limite.
D
“também” (l. 29) exprime uma contradição.
E
“excesso” (l. 45) expressa a ideia exagero.
fec7b4d5-b0
UNICENTRO 2010 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Sintaxe, Redação - Reescritura de texto

A oração “Se o amor expressa o ápice supremo da sabedoria e da loucura” (l. 43-44), sem alterar o sentido original do contexto, pode ser reescrita da seguinte forma:

TEXTO:


MORIN, Edgar. Amor, poesia, sabedoria. São Paulo: Bertrand Brasil,

2003, Prefácio. Adaptado. Não paginado.

A
Caso o amor expresse o ápice supremo da sabedoria e da loucura.
B
Já que o amor expressa o ápice supremo da sabedoria e da loucura.
C
Embora o amor expresse o ápice supremo da sabedoria e da loucura.
D
Conforme o amor expresse o ápice supremo da sabedoria e da loucura.
E
Desde que o amor expresse o ápice supremo da sabedoria e da loucura.